Chitãozinho E Xororó - Acústico (2007) - (2007) - Chitãozinho e Xororó

Saudade de Minha Terra 
De que me adianta viver na cidade se a felicidade não me acompanhar
Adeus paulistinha do meu coração lá pro meu sertão eu quero voltar
Ver a madrugada quando a passarada fazendo alvorada começa a cantar
Com satisfação arreio o burrão cortando o estradão saio a galopar
E vou escutando o gado berrando o sabiá cantando o jequitibá

Por nossa senhora meu sertão querido vivo arrependido por ter deixado
Esta nova vida aqui na cidade de tanta saudade eu tenho chorado
Aqui tem alguém diz que me quer bem, mas não me convém eu tenho pensado
Eu digo com pena mas esta morena não sabe o sistema que eu fui criado
To aqui cantando de longe escutando alguém está chorando com o rádio ligado

Que saudade imensa do campo e do mato do manso regato que corta as campinas
Aos domingos ia passear de canoa nas lindas lagoas de águas cristalinas
Que doce lembrança daquelas festanças onde tinham danças e lindas meninas
Eu vivo hoje em dia sem ter alegria o mundo judia, mas também ensina
Estou contrariado, mas não derrotado eu sou bem guiado pelas mãos Divinas

Pra minha mãezinha já telegrafei e já me cansei de tanto sofrer
Nesta madrugada estarei de partida pra terra querida que me viu nascer
Já ouço sonhando o galo cantando o inhambu piando no escurecer
A lua prateada clareando a estrada a relva molhada desde o anoitecer
Eu preciso ir pra ver tudo ali foi lá que nasci, lá quero morrer

Obras de Poeta 
Os passarinho enfeitam, os jardins e as florestas
São iguais as melodias vivem na alma dos poetas
Qualquer tipo de canção sertaneja ou popular
Serve de inspiração como tema pra rimar

O construtor da floresta faz seu prédio na paineira
E o maestro sabiá faz seu show na laranjeira
Na copada de um pinheiro canta alegre o bem-te-vi
À tarde na capoeira canta triste a juriti

Quando ouço o disparo de espingarda tenho dó
Por saber que na palhada está morrendo o xororó
Quando o gavião malvado vem chegando de mansinho
Atacando sem piedade deixa viúvo o canarinho

No pomar as lindas asas nas mais variadas cores
Num constante vaivém dos pequenos beija-flores
No moinho o tico-tico enche o papo de fubá
E a pombinha mensageira foi pra nunca mais voltar

Faz Um Ano 
Se eu pudesse te contar como eu sofro noite e dia
Se eu soubesse onde estás ao teu lado eu voltaria
Faz um ano que eu choro noite-dia
Faz um ano que eu padeço de saudade vida minha
Faz um ano que eu padeço de saudade vida minha

Ainda existe a palmeira lá na gruta três-marias
Tua sombra nosso abrigo nos domingos de tardinha
No tronco da palmeira já está se apagando
Os versos de amor que escrevemos dentro de um coração

Mais um dia que se acaba outra noite se aproxima
Um suspiro que anuncia outra lágrima perdida
Faz um ano que eu choro noite e dia
Faz um ano que eu padeço de saudade vida minha
Faz um ano que eu padeço de saudade vida minha 

Desde Que Te Vi 
Um dia de manhãzinha ao percorrer a fazenda
Encontrei com minha prenda que passeava sozinha
Eu disse ó minha querida não sabes quanto te quero
Eu sou um moço sincero que seu amor solicita
Quisera que Deus permita eu ser o seu amor primeiro

Desde que te vi que te quero desde que te vi que te adoro
Desde que te vi te venero porque tu és o meu tesouro
Porque que tenho que tenho que querer, porque que tenho
Que tenho que adorar porque que tenho que querer
Nem que seus pais não queiram me ver

Não tenho muito dinheiro pra construir nosso ninho
Mas terá todo carinho do meu amor verdadeiro
Meu amor te quero tanto mais que tudo nesta vida
Ainda juro querida que a ti serei sincero
Saibas que muito te quero eis o meu amor primeiro

Desde que te vi que te quero desde que te vi que te adoro
Desde que te vi te venero porque tu és o meu tesouro
Porque que tenho que tenho que querer, porque que tenho
Que tenho que adorar porque que tenho que querer
Nem que seus pais não queiram me ver

Caipira 
O que eu visto não é linho ando até de pé no chão
E o cantar de um passarinho é pra mim uma canção
Vivo com a poeira da enxada entranhada no nariz
Trago a roça bem plantada pra servir meu país

Sou, sou desse jeito e não mudo
Aqui eu tenho de tudo
E a vida não é mentira
Sou, sou livre feito um regato
Eu sou um bicho do mato
Me orgulho de ser caipira

Doutor eu não tive estudo só sei mesmo é trabalhar
Nessa casa de matuto é bem vindo quem chegar
Se tenho as mãos calejadas é do arado rasgando o chão
Se minha pele é queimada é o sol forte do sertão

Sou, sou desse jeito e não mudo
Aqui eu tenho de tudo
E a vida não é mentira
Sou, sou livre feito um regato
Eu sou um bicho do mato
Me orgulho de ser caipira

Enquanto alguns fazem guerra trazendo fome e tristeza
Minha luta é com a terra pra não faltar pão na mesa
Às vezes vou a cidade mas nem sei falar direito
Pois caipira de verdade nasce e morre desse jeito

Sou, sou desse jeito e não mudo
Aqui eu tenho de tudo
E a vida não é mentira
Sou, sou livre feito um regato
Eu sou um bicho do mato
Me orgulho de ser caipira

Castelo de Amor 
Num lugar longe, bem longe, lá no alto da colina
Onde vejo a imensidão e a beleza que fascina
Ali eu quero morar juntinho com minha flor
Ali quero construir nosso castelo de amor

Quando longe, muito longe surge o sol no horizonte
Fazendo rajas no céu fazendo clarão nos montes
Aquecendo toda a terra bebendo o orvalho das flores
Quero brindar com carinho nosso castelo de amor

Quando longe, muito longe, formar nuvem no céu
E a chuva lentamente cobre a terra como um véu
E o vento calmo a soprar o nosso jardim em flor
Quão felizes sentiremos em nosso castelo de amor

Quando um dia nossos sonhos tornarem realidade
Unidos então seremos em plena felicidade
Aí então cantaremos louvores ao Criador
Será mesmo um paraíso nosso castelo de amor

Rio de Lágrimas 
O rio de piracicaba vai jogar água prá fora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora

Lá no bairro onde eu moro só existe uma nascente
É a nascente dos meus olhos que formou água corrente
Pertinho da minha casa já virou uma lagoa
Com lágrimas dos meus olhos por causa de uma pessoa

O rio de piracicaba vai jogar água prá fora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora

Eu quero apanhar uma rosa minha mão já não alcança
Eu choro desesperado igualzinho uma criança
Duvido alguém que não chore pela a dor de uma saudade
Eu quero ver quem não chora quando amar de verdade

O rio de piracicaba vai jogar água prá fora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora
Quando chegar a água dos olhos de alguém que chora

Brincar de Ser Feliz 
Tranquei a porta do meu peito depois joguei a chave fora
E bem depressa eu mandei a solidão embora
E nem dei o primeiro passo já dei de cara com você
Me olhando com aquele jeito que só você tem quando quer me vencer

Dona das minhas vontades com a chave da paixão
Tranqüilamente vai e volta entra e abre a porta do meu coração
Já sabe do meu ponto fraco das minhas manhas e desejos
Desliza sobre a minha pele põe na minha boca o mel dos seus beijos

Como é que eu posso me livrar das garras desse amor gostoso
O jeito é relaxar e começar tudo de novo
Como é que eu posso não querer se na verdade eu quero bis
Rolar com você nem que seja prá brincar de ser feliz

Sinônimos 
Quanto o tempo o coração leva prá saber
Que o sinônimo de amar é sofrer
No aroma de amores pode haver espinhos
É como ter mulheres e milhões e ser sozinho

Na solidão de casa descansar
O sentido da vida encontrar
Quem pode dizer onde a felicidade está

O amor é feito de paixões e quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo sinônimo de amor é amar

Quem revelará o mistério que tem a fé
E quantos segredos traz o coração de uma mulher
Como é triste a tristeza mendigando um sorriso
Um cego procurando a luz na imensidão do paraíso

Quem tem amor na vida tem sorte
Quem na fraqueza sabe ser bem mais forte
Ninguém sabe dizer onde a felicidade está

O amor é feito de paixões e quando perde a razão
Não sabe quem vai machucar quem ama nunca sente medo
De contar o seu segredo sinônimo de amor é amar

Saudade de Matão 
Neste mundo choro a dor por uma paixão sem fim
Ninguém conhece a razão por que eu choro no mundo assim
Quando lá no céu, surgiu uma peregrina flor
Pois devem saber que a sorte me tirou foi uma grande dor

Lá no céu junto a Deus
Em silêncio minha alma descansa
E na terra todos cantam
Eu lamento minha desventura desta pobre dor

Ninguém me diz que sofreu tanto assim
Essa dor que me consome não posso viver
Quero morrer vou partir para bem longe daqui
Já que a sorte não quis me fazer feliz

Quando lá no céu, surgiu uma peregrina flor
Pois devem saber que a sorte me tirou foi uma grande dor

Fio de Cabelo 
Quando a gente ama qualquer coisa serve para relembrar
Um vestido velho da mulher amada tem muito valor
Aquele restinho do perfume dela que ficou no frasco
Sobre a penteadeira mostrando que o quarto
Já foi o cenário de um grande amor

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido já esteve grudado em nosso suor

Quando a gente ama e não vive junto da mulher amada
Uma coisa à toa é um bom motivo pra gente chorar
Apagam-se as luzes ao chegar a hora de ir para a cama
A gente começa a esperar por quem ama
Na impressão que ela venha se deitar

E hoje o que encontrei me deixou mais triste
Um pedacinho dela que existe um fio de cabelo no meu paletó
Lembrei de tudo entre nós do amor vivido
Aquele fio de cabelo comprido já esteve grudado em nosso suor

Porque Brigamos
Quanto mais eu penso em lhe deixar mais eu sinto que eu não posso
Pois eu me prendi a sua vida muito mais do que devia
Quando é noite de regresso você briga por qualquer motivo
Confesso que tenho vontade de ir pra bem longe, pra nunca mais te ver

Óh meu amor, porque brigamos?
Não posso mais viver assim sempre chorando
A minha paz estou perdendo
A nossa vida deve ser de alegria, pois eu te amo tanto

Já não consigo esquecer as tolices que você diz nessas horas já tentei mais não posso
Tenho a impressão que do amor que uma dia existiu entre nós hoje só resta uma chama apagando
O medo de ficar só me apavora eu me desespero
Só me resta pedir sua ajuda pedir que você não me deixe meu amor

Óh meu amor, porque brigamos?
Não posso mais viver assim sempre chorando
A minha paz estou perdendo
A nossa vida deve ser de alegria, pois eu te amo tanto

Chitãozinho e Xororó
Eu não troco o meu ranchinho amarradinho de cipó
Por uma casa na cidade nem que seja bangalô
Eu moro lá no deserto sem vizinho eu vivo só
Só me alegra quando pia lá praqueles cafundó
É o inhambu chitão e o xororó é o inhambu chitão e o chororó

Quando rompe a madrugada canta o galo carijó
Pia triste a coruja na cumeeira do paiol
Quando chega o entardecer pia triste o jaó
Só me alegra quando pia lá praqueles cafundó
É o inhambu chitão e o xororó, é o inhambu chitão e o xororó

Eu faço minhas caçadas bem antes de sair o sol
Espingarda de cartucho patrona de tiracolo
Tenho buzina e cachorro pra fazer forrobodó
Só me alegra quando pia lá praqueles cafundó
É o inhambu chitão e o xororó, é o inhambu chitão e o xororó

Quando sei de uma notícia que outro canta melhor
Meu coração dá um balanço, fica meio banzaró
Suspiro sai do meu peito que nem bala geveló
Só me alegra quando pia lá praqueles cafundó
É o inhambu chitão e o xororó, é o inhambu chitão e o xororó

No Rancho Fundo 
No rancho fundo bem prá lá do fim do mundo
Onde a dor e a saudade contam coisas da cidade
No rancho fundo de olhar triste e profundo
Um moreno canta as mágoas tendo os olhos rasos d'água

Pobre moreno que de noite no sereno
Espera a lua no terreiro tendo um cigarro por companheiro
Sem um aceno ele pega na viola
E a lua por esmola vem pro quintal desse moreno

No rancho fundo bem prá lá do fim do mundo
Nunca mais houve alegria nem de noite, nem de dia
Os arvoredos já não contam mais segredos
E a última palmeira já morreu na cordilheira

Os passarinhos hibernaram-se nos ninhos
De tão triste essa tristeza enche de trevas a natureza
Tudo por que só por causa do moreno
Que era grande, hoje é pequeno pra uma casa de sapê

Se Deus soubesse da tristeza lá da serra
Mandaria lá prá cima todo o amor que há na terra
Porque o moreno vive louco de saudade
Só por causa do veneno das mulheres da cidade

Ele que era o cantor da primavera
E que fez do rancho fundo o céu melhor que tem no mundo
Se uma flor desabrocha e o sol queima
A montanha vai gelando lembra o cheiro da morena

Chuá Chuá 
Deixa a cidade formosa morena
Linda pequena e volte ao sertão
Beber a água da fonte que canta
E se levanta no meio do chão

Se tu nasceste cabocla cheirosa
Cheirando a rosa no peito da terra
Volta pra vida serena da roça
Da velha palhoça no alto da serra

E a fonte a cantar chuá, chuá
E a água a correr chuê, chuê
Parece que alguém tão cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer a saudade
No meio das águas rolando também

A lua branda de luz prateada
Faz a jornada no alto do céus
Como se fosse uma sombra altaneira
Da cachoeira fazendo escarcéu

Quando essa luz lá na altura distante
Loira ofegante no poente a cair
Dá-me essa trova que o pinho de serra
Que eu volto pra serra que eu quero partir

E a fonte a cantar chuá, chuá
E água a correr chuê, chuê
Parece que alguém tão cheio de mágoa
Deixasse quem há de dizer a saudade
No meio das águas rolando também

História de Um Prego 
Meu filho, vem cá, corre! Vem sentar aqui comigo
Sou seu pai, sou seu amigo! Quero te aconselhar
Olhe na parede aquele prego ali pregado
Ele sabe o meu passado, mas eu quero te contar

Naquele prego eu já pendurei meu laço
O arreio do picasso cavalo de estimação
E um par de esporas que custou muito dinheiro
E o chapéu de boiadeiro que eu lidava no sertão

Naquele prego pendurei muito cansaço
Muito suor do mormaço e poeira do estradão
E quantas vezes minha mágoa pendurei
Sentimentos eu guardei pra não magoar teu coração

De agora em diante vou tirar dele meu laço
O arreio do Picasso e as esporas vou guardar
Naquele prego pendure uma sacola
Cheia de livros da escola e vontade de estudar

Quando amanhã você estiver aqui sentado
Lembrando nosso passado olhando o prego pioneiro
Quero que seja um doutor bem afamado
E diga sempre em alto brado sou filho de um boiadeiro

Tropeiro 
Eu sou tropeiro e adoro essa vida
A gente vai para onde quiser
Não tenho amores, querência nenhuma
Eu nunca me prendo por uma mulher

Ter liberdade um pingo de raça
Essa é a vida que sempre eu quis
Levando a tropa eu vou pelo o mundo
Vagando e cantando sou muito feliz

Muitas mulheres bonitas me querem
Muitas promessas de amor recebi
Mas meu destino é vagar pelo o mundo
Sempre cantando sou muito feliz

Quando sozinho eu cruzo as campinas
Ou quando estou nos confins do sertão
Tenho saudade de uma linda china
Que ficou pra sempre em meu coração

Muitas mulheres bonitas me querem
Muitas promessas de amor recebi
Mas meu destino é vagar pelo o mundo
Sempre cantando sou muito feliz

Cavalo Enxuto 
Eu tenho um vizinho rico fazendeiro endinheirado
Não anda mais a cavalo só compra carro importado
Eu conservo a minha tropa e meu cavalo ensinado
O fazendeiro moderno só me chama de quadrado
Namorando a mesma moça veja só o resultado

Um dia a moça falou pra não haver discussão
Vamos fazer uma aposta a corrida da paixão
Granfino corre no carro você no seu alazão
Eu vou pra minha fazenda esperar lá no portão
Quem dos dois chegar primeiro vai ganhar meu coração

Ele calibrou os pneus apertou bem as arruelas
Eu ferrei o meu cavalo que tem asas nas canelas
O granfino entrou no carro pulei em cima da sela
Ele funcionou o motor e fechou bem as janelas
Chamei o macho na espora bem por baixo das costelas

Eu entrei pelos atalhos pulando cerca e pinguela
Quando terminou o asfalto ele entro numa esparrela
Numa estrada boiadeira toda cheia de cancela
Cheguei no portão primeiro dei um beijo na donzela
Quando o granfino chegou, eu já estava nos braços dela

O progresso é coisa boa reconheço e não discuto
Mas aqui no meu sertão meu cavalo é absoluto
Foi Deus a natureza que criou esse produto
Essa vitória foi minha e do meu cavalo enxuto
A menina hoje vive nos braços deste matuto

Menino da Porteira 
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava a figura de um menino
Que corria abrir a porteira e depois vinha me pedindo
Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo

Quando a boiada passava que a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda e ele saía pulando
Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando
Pra aquele sertão à fora meu berrante ia tocando

Nos caminhos desta vida muito espinhos encontrei
Mas nenhum calou mais fundo do que isso que eu passei
Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada e  o menino eu não avistei

Apeei do meu cavalo e no ranchinho a beira chão
Vi uma mulher chorando quis saber qual a razão
Boiadeiro veio tarde veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração

Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem
Quando passo na porteira até vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro desejando boa viagem

A cruzinha no estradão do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais
Nem que meu gado estoure que eu precise ir atrás
Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais

Ela Fez Minha Cabeça 
Hoje eu gasto o meu último cruzeiro
Vou beber o dia inteiro, mas eu quero esta mulher
Por causa dela eu muito tenho sofrido
E serei mais um bandido se ela não me quiser

Sou obrigado a confessar minha dor
Implorar o seu amor sem importar o que ela é
Pois eu a amo mais que tudo nesse mundo
É um amor tão profundo topo o que der e vier

Ela, que me inspira tanto amor
Se eu sou um sonhador confesso que é por ela
Ela, que fez a minha cabeça
Por incrível que pareça me apaixonei por ela

Vá Pro Inferno Com o Seu Amor 
Não adianta mais 
Chega de sofrer, chega de chorar
Você abusou demais 
Já não temos condições para continuar

Onde eu andei, você andou
Onde eu jurei, você jurou 
Onde eu chorei, você chorou 
Minha proposta você aceitou

Amei demais, você abusou 
Meu coração você maltratou 
Tudo que fiz você zombou 
Do que eu era nem sei quem sou

Vá pro inferno com seu amor 
Só eu amei você não me amou

Músicas do álbum Chitãozinho E Xororó - Acústico (2007) - (2007)

Nome Compositor Ritmo
Saudade De Minha Terra Belmonte / Goiá Rasqueado
Obras De Poeta Vital / Chico Lau Toada
Faz Um Ano Miltinho Rodrigues Rancheira
Desde Que Te Vi Luiz Behamonde / Belmonte Carrilhão
Caipira Joel Marques / Maracaí Cateretê
Castelo De Amor Nenzico / Creone / Barrerito Guarânia
Rio De Lágrimas Lourival Dos Santos / Piraci / Tião Carreiro
Brincar De Ser Feliz Maria Dapaz / Nino Balanço
Sinônimos César Augusto / Cláudio Noan / Paulo Sérgio Balada
Saudade De Matão Jorge Galatti / A. Silva / Raul Torres Valsa
Fio De Cabelo Darci Rossi / Marciano Guarânia
Porque Brigamos Diana
Chitãozinho E Xororó Athos Campos / Serrinha Toada
No Rancho Fundo Ary Barroso / Lamartine Babo
Chuá Chuá Pedro De Sá Pereira / Ari Pavão Toada
História De Um Prego João Pacífico Toada
Tropeiro Capitão Furtado Corrido
Cavalo Enxuto Moacyr Dos Santos / Lourival Dos Santos
O Menino Da Porteira Luizinho / Teddy Vieira Cururu
Introdução Ela Fez Minha Cabeça Constantino Mendes / José Homero
Ela Fez Minha Cabeça Constantino Mendes / José Homero Polca
Vá Pro Inferno Com Seu Amor Meirinho Polca
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