Porque Te Amo (CABOCLO CONTINENTAL 103405161) - (1975) - Liu e Léu
Porque Te AmoÂ
Não sei por que tu recusas meus carinhosÂ
Não compreendo por que não me dá valor
Se é que existe outro amor em tua vidaÂ
Em minha vida não existe outro amor
Tu me desprezas mesmo assim eu não reclamoÂ
Porque te amo, porque te amo
Porque te amo não consigo te esquecerÂ
Mesmo sofrendo eu não quero te perder
Os meus amigos aconselham te esquecerÂ
Pois teu prazer é me fazer ingratidão
Porém não posso porque toda minha vidaÂ
Te entreguei de corpo e alma o coração
Tu me desprezas mesmo assim eu não reclamoÂ
Porque te amo, porque te amo
Porque te amo não consigo te esquecerÂ
Mesmo sofrendo eu não quero te perder
Boiadeiro ApaixonadoÂ
A mineira me pediu um vestido delicado
Eu mandei dizer pra ela espera vender meu gado
Mineira mandou dizer boiadeiro está quebrado
Mineira mandou dizer boiadeiro está quebrado
Se quiser que eu vá e volte mande varrer as estradas
Tire as pedras do caminho sereno da madrugada
Já comprei o seu vestido já vendi minha boiada
Já comprei o seu vestido já vendi minha boiada
Desse lado tem batuque do outro lado também tem
Eu quero passar pra lá quero ir buscar meu bem
O galo já está cantando a barra do dia vem
O galo já está cantando a barra do dia vem
Mineirinha estou de volta veja quanto te adoroÂ
Você é minha santinha quero ser seu oratório
Ponha seu vestido novo vamos juntos pro cartório
Ponha seu vestido novo vamos juntos pro cartórioÂ
O Grande MilagreÂ
Lá perto de Montes Claros na fazenda do Simão
Lá existe uma estátua com um chicote na mão
Dizem que ha muitos anos no tempo da escravidão
Existia um fazendeiro que fazia prisioneiras as famÃlias do sertão
O homem e seus capangas matavam sem piedade
Quem tentasse uma fuga da fazenda Soledade
O povo morria a mÃngua com uma esperança em vão
Quem reclamasse apanhava o seu Chicote estalava na maior judiação
Um velho já bem cansado cuidava do seu netinho
Fazia oração chorando pra salvar o menininho
Ao ver a criança pedir vovô não me deixe morrer
Saiu com menino doente pediu na fazenda urgente ajude meu neto viver
O carrasco olhou o velho que ajoelhado ao chão
Nos braços com seu netinho implorada compaixão
Mas na hora o fazendeiro foi em cima do velhinho
Ao levantar o chicote o velho sentiu a morte abraçou-se ao netinho
O menino amedrontado chamou sua mãe querida
Proteja vovô lhe peço oh, Senhora Aparecida
O milagre aconteceu foi uma grande explosão
O fazendeiro malvado ali ele foi transformado numa estátua e chicote na mão
Minha Minas GeraisÂ
Na minha terra no azul do infinitoÂ
O luar é mais bonito as estrelas brilham mais
Minha cidade berço amado tão queridoÂ
É um lugar esse escondido no sul de Minas Gerais
Nesse momento se eu pudesse voarÂ
Hoje mesmo ia parar onde o pensamento alcança
Ia rever minha cidade mineiraÂ
Minha terra hospitaleira que não me sai da lembrança
Ô Minas Gerais
Ia rever lá no alto da colinaÂ
A igrejinha pequenina onde eu ia rezar
Sentava à sombra da paineira da pracinhaÂ
Onde a namorada minha sentava me esperar
Abraçaria meus companheiros de novoÂ
Então saberia o povo que novamente voltei
E quando a noite com seu luar cor de prataÂ
Ia fazer serenata para alguém que lá deixei
Ô Minas Gerais
Sinceramente essa é a realidadeÂ
Pois todos sentem saudade da sua terra querida
Em minhas preces rogo a Deus por piedadeÂ
Quero na minha cidade terminar a minha vida
Emocionado fiz essa canção singelaÂ
Mesmo não sendo tão bela expressei o que senti
Deus poderoso oh, Senhor OnipotenteÂ
Abençoai aquela gente e o lugar onde nasci
Ô Minas Gerais
Despedida De SolteiroÂ
Meus amigos e colegas das noites enluaradas
Dos violões em serenatas no romper da madrugada
Hoje dou a despedida pra vocês companheirada
Deixo a minha mocidade aqui nesta encruzilhada
Vocês vão por um caminho eu sigo por outra estrada
Vou deixar a serenata no passado sepultada
No clarão da lua cheia na poeira das estrada
Quando estiver bem velhinho que lembrar as horas passadas
Dessa vida de solteiro que será sempre lembrada
Muitas lágrimas de dor vão ser por mim derramadas
Pra enfrentar a nova vida levo junto minha amada
A flor que na mocidade no jardim foi apanhada
Vamos seguindo juntinho e quando a vida cansada
Nos destruir como a rosa pelo vento desfolhada
Juntinhos também seguimos pra derradeira morada
Abismo CruelÂ
Meu amor é melhor mais depressa esquecer do que tarde demais
Porque o erro é igual a um cristal que ao quebrar não se emenda jamais
Eu sou comprometido e não posso querida fazê-la feliz
Siga outro caminho querida e leve contigo esses versos que fiz
Â
Meu bem a nossa paixão tem um destino atroz
Porque existe um abismo profundo entre nós
Meu bem esqueça de mim que nos dois assim não podemos viver
Porque agente gostar sem poder amar é melhor morrer
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Em meu dedo esse anel é um abismo cruel que separa nos dois
Todos que não pensar no momento de errar se arrependem depois
Apesar deu gostar de você em meu lar também sou feliz
Conformamos com nosso destino façamos de conta que a sorte assim quis
Â
Meu bem a nossa paixão tem um destino atroz
Porque existe um abismo profundo entre nós
Meu bem esqueça de mim que nos dois assim não podemos viver
Porque agente gostar sem poder amar é melhor morrer
O Pinheirinho De NatalÂ
Eu vou contar com sentimento e com carinho
A vida de um pinheirinho essa planta de quintal
A vida dele é mais ou menos quinze diasÂ
Foge o riso alegria e pra longe vai morar
Ele não sabe que por sua pouca sorte
Já foi condenado a morte vai morrer vai se acabar
Nos fins de ano levam ele pra cidade
Onde vive a sociedade nos mais altos arranha-céus
Moça bonita trata dele com cuidado
É todinho enfeitado com bolinhas furta-cor
O pinheirinho de natal traz alegriaÂ
Pois relembra um santo dia que nasceu nosso Senhor
E finalmente quando a festa é passada
Tem a fida desprezada vejam que ingratidão
Dali da sala prontamente é retirado
Pelos fundos é jogado pra quem quiser queimar
Mas Deus menino recompensa o pinheirinho
Lá no céu tem um cantinho para a fumaça ficar
Pinheirinho de natal
Retrato De CarreiroÂ
Eu sou um alegre carreiro e vivo a cantar
O meu carro eu vou carreando pras bandas de lá
Os bois vão marcando compasso na canga e nos cascos também
Vai carro e carreiro cantando no balanço que vai e vem
Â
Roda meu carro roda, subindo e descendo estradão
Faz suas trilhas compridas na areia branca do chão
Carreiro que é bom não precisa usar o ferrão
Carreiro que é bom toca o carro com o coração
Â
Carreiro que é bom não tem pressa de ir e nem de voltar
Dê cá pra lá vai cantando vem cantando dê lá pra cá
Roda meu carro roda, subindo e descendo estradão
Faz suas trilhas compridas na areia branca do chão
Â
Quem de longe ouvir o carreiro se reparar bem
 Sabe se ele vai ou se ele vem
Porque o carreiro e o carro tem um segredo na voz
Leva alegria pra frente deixa saudade pra trás
Roda meu carro roda, subindo e descendo estradão
Faz suas trilhas compridas na areia branca do chão
Paisagem Do SertãoÂ
Quando eu era morador lá na cidade
Não tinha tranqüilidade vivia contrariado
Pra me alegra procurava sempre um jeito
Pois tinha dentro do peito um coração abafado
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Ouvi contar dos encantos da natureza
Das paisagens das belezas que existe no sertão
Então troquei meu palacete elegante
Por um rancho bem distante a beira de um ribeirão
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Acordo cedo com o sabiá cantando
E a seriema gritando lá no alto da colina
Então levanto vou alegre satisfeito
De camisa aberta ao peito lavar o rosto na mina
Â
Agora vejo que encontrei o remédio
Que veio curar o tédio que tanto me maltratou
Tirei pra sempre minha gravata seu moço
Pus um lenço no pescoço agora feliz eu sou
Pus um lenço no pescoço agora feliz eu sou
Alegria De Uma TristezaÂ
Existem coisas que agente não esquece nem mesmo o tempo nos apaga da lembrança
Eu não me esqueço das roupinhas remendadas que me vestiram nos meus tempos de criança
Meus pais humildes eram pobres muito pobres e não puderam nem dar estudo pra mim
Por isso hoje eu descrevo com tristeza a minha infância que foi realmente assim
Â
Papai Noel não encontrou meu endereço não tive o riso de uma criança feliz
Faltou-me a luz que ilustra grandes homens não pude dar o melhor de mim ao meu paÃs
Enxergo a vida toda cheia de caminhos onde se cruzam muitos seres diferentes
E toda vez que me defronta um mendigo vem-me a lembrança a pobreza de uma gente
Â
Creio no homem e nas leis da minha terra que todos tenham luz radiante a seguir
E a luz do amor da compreensão e do saber faça meu filho não sofrer o que eu sofri
Papai Noel não encontrou meu endereço não tive o riso de uma criança feliz
Faltou-me a luz que ilustra grandes homens não pude dar o melhor de mim ao meu paÃs
SaudadeÂ
Saudade palavra rica que martiriza e fica dentro de um coração
Da felicidade morta que a saudade comporta trazida de ma paixão
Saudade eu tenho de alguém uma saudade que vem de uma distância sem fim
Será que ela também na falta de outro alguém sente saudade de mim
Â
Eu vivo sempre pensando Meus olhos vivem chorando
Não tenho felicidade estou morrendo aos poucosÂ
O que deixa mais louco é a maldita saudade
Músicas do álbum Porque Te Amo (CABOCLO CONTINENTAL 103405161) - (1975)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Porque Te Amo | Milton José / Luiz De Castro | Bolero |
Boiadeiro Apaixonado | Raul Torres / Geraldo Costa | Cateretê |
O Grande Milagre | Miltinho Rodrigues | Rasqueado |
Minha Minas Gerais | Luiz De Castro / Léu | Toada |
Despedida De Solteiro | Zé Carreiro / Zé Fortuna | Cateretê |
Abismo Cruel | José Fortuna | Valsa |
O Pinheirinho De Natal | Pinchinha | Balanço |
Retrato De Carreiro | Mário Ramos De Souza / Edward De Marchi | Toada Balanço |
Paisagem Do Sertão | Luiz De Castro / Pardinho | Rasqueado |
Alegria De Uma Tristeza | Dino Franco / Braz Bacarim | Toada |
Saudade | Tião Carreiro / Zé Matão | Valsa |
Lenço Perdido | Dr. Alves De Lima | Moda de Viola |