4 De Ouro (CARTAZ LPC 5056) - (1970) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Deixe-me Outro Dia, Menos Hoje
Se você está pesando em deixar-me
Por favor, quero lhe pedir
Deixe-me outro dia sim, porém hoje não

Tanto tempo nós ficamos separados
E hoje eu vim lhe dar meu coração
Deixe-me outro dia sim, porém hoje não

Tantas vezes eu chorei de tristeza tudo enfim
Só pensando em você, eu não pensava em mim
Bem distante o meu amor foi crescendo sem saber
Que um dia de repente eu ia lhe perder

Se você ainda pensa em deixar-me
Por favor, eu quero lhe pedir
Deixa-me outro dia, sim, porém hoje não

Os Verdes Campos De Minha Terra
Se algum dia à minha terra eu voltar
Quero encontrar as mesmas coisas que deixei
Quando o trem parar na estação
Eu sentirei no coração a alegria de chegar

De rever a terra em que nasci
E correr como em criança
Nos verdes campos do lugar

Quero encontrar a sorrir para mim
O meu amor na estação a me esperar
Pegarei novamente em suas mãos
E seguiremos com emoção
Nos verdes campos do lugar

Pegarei novamente em suas mãos
E seguiremos com emoção
Nos verdes campos do lugar

Neste instante que eu vivo a esperar 
Sempre a sonhar na minha grande solidão
E nos sonhos eu consigo transformar 
O frio piso do meu quarto
Nos verdes campos do lugar

E revivo os momentos de alegria
Com meu amor a passear
Nos verdes campos do meu lar

A Pretendida
Reclamas que te faltam meus carinhos
E dizes que não sou como antes fui
E que meus beijos não apagam os teus desejos
Até me culpas que eu tenho mais alguém

Reclama te compreendo e me conformo
Mas não me culpes porque nunca te enganei
Foste deixando no abandono nosso ninho
A culpa é tua não fui eu quem fracassei

Queres deixar-me, eu não posso mais prender-te
Segue o destino a liberdade eu te dou
Pelos caminhos será sempre a pretendida
E nesta queda sentirás imensa dor

Queres deixar-me, vou chorar porque te amo
Eu te desejo muita sorte sem rancor
E se um dia bateres em minha porta
Podes entrar eu te darei o meu perdão

Murmura O Mar
Murmura o mar a derramar uma canção
Rolando azul na tarde mansa a me chamar
Nasce de nós, vivendo em nós imensa paz
Deixando atrás de cada um uma canção

O meu olhar sorriu feliz no teu olhar
O mundo envolta do teu rosto emudeceu
E junto ao mar sonhando assim
Eu pressenti imenso amor nascendo em mim

Murmura o mar a derramar uma canção
Rolando azul na mansa paz desta manhã
O mesmo léu veio cantar nossa canção
Na mesma voz lembrando o amor, murmura o mar

Quem sabe o tempo ou mesmo o vento pode apagar
Na areia branca o nosso amor e nossa paz
Mas sempre a voz, a voz do mar
Por onde for nos lembrará uma canção

Quando Me Enamoro
Dizem que eu não sei amar as flores
E que não tenho nada para entregar-te
Pensam que tenho gelo no coração
E que por isso não sei mais amar-te

Mas meu amor bem sabe não é verdade
O meu amor bem sabe que quando

Quando me enamoro dou a minha vida
A quem se enamore de mim
E não há no mundo quem possa mudar-me
E nem afastar-me de ti

Eu sei que do amor, mas se a vida
E minha vida eu dei a quem eu amo
A quem me diga viste outro dia
Que me restou do tempo de quando
 
Quando me enamoro dou a minha vida
A quem se enamore de mim
E não há no mundo quem possa mudar-me
E nem afastar-me de ti

Quando Saí De Cuba
Não poderei morrer meu coração não o tenho aqui
Em minha terra espera que muito breve eu volte ali
Quando saí de Cuba deixei a vida, deixei o amor
Quando saí de Cuba deixei enterrado meu coração

É o sonho de todo homem poder voltar a terra onde nasceu
É o que acontece comigo,
Toda noite eu rezo uma oração silenciosa
Aguardo o dia em que eu volte a meu lar
Sentir de novo o calor da terra
Ver outra vez os lugares onde brincava
Muitas coisas podem afastar o homem da sua pátria
Mas nem os anos, nem a estrada pode mudar
O que o homem tem no coração
De algum dia, de alguma maneira,
Eu voltarei à terra que tanto eu amo

Não poderei morrer meu coração não o tenho aqui
Em minha terra espera que muito breve eu volte ali
Quando saí de Cuba deixei a vida, deixei o amor
Quando saí de Cuba deixei enterrado meu coração

Coisinha Estúpida
Existe um amo dentro de mim 
Que eu não posso mais me controlar 
Se olho pra você vejo 
Teu jeitinho de sorrir e de falar

Espero amorzinho 
Que o meu carinho por você não seja em vão 
Lhe entrego de presente 
Minha vida, meu destino e meu coração

Existe um amo dentro de mim 
Que eu não posso mais me controlar 
Se olho pra você vejo 
Teu jeitinho de sorrir e de falar

É algo tão estranho 
Que eu mesmo não consigo mais compreender 
É uma coisinha estúpida 
Que eu gosto de sentir que é amar você

Amigo, Amigo
Amigo, amigo uma paixão me mata
Por uma ingrata por quem eu sofro e choro
Não sei por que por ela vivo a chorar
Ai, não, não, não esta mulher vai me matar

Amigo, amigo aconselhe a esta mulher
A esta mulher que tanto me faz sofrer
Por onde quer que eu ande no meu pensamento ela está
Ai, não, não, não esta mulher vai me matar

Mil Vezes
Mim vezes pedi teus carinhos, mil vezes disseste que não
Mil vezes chorei tão sozinho desprezado por teu coração
O tempo fiel companheiro ensinou-me a renunciar
Esqueci teu amor traiçoeiro sou feliz tenho outra em meu lar

Agora tu vives pagando
Todo o mal que fizeste a mim
Vive sempre o meu nome chamando
Tua vida é um martírio sem fim

Hoje volta cansada do mundo implorando reconciliação
Mas o meu sentimento é profundo nunca mais terá meu perdão
Francamente agora te digo não desejo nem mesmo te ver
Tu merece sofrer por castigo, por que tarde foste arrepender

Agora tu vives pagando
Todo o mal que fizeste a mim
Vive sempre o meu nome chamando
Tua vida é um martírio sem fim

Serenata Mexicana
Querida que esta dormindo venha a janela meu ouvir
O seresteiro que canta esta canção para ti.

Assim eu canto com todo sentimento
Mesmo sabendo com outro está sonhando
O teu desprezo a mim não importa nada
De quem é namorada de ti vive zombando

Eu sinto orgulho em querer-te tanto, tanto
Dou minha vida em troca dos teus beijos
Morrer nos braços de ti tenho esperança
Será minha vingança e o meu maior desejo

A lua vai se escondendo com seu luar com de prata
Fico cantando sozinho minha fiel serenata

Homem Não Chora
Não chore rapaz faça como eu fiz
Eu também na vida fui muito feliz
Mas perdi aquela que eu tanto quis
Eu sou o culpado de ser infeliz
Hoje estou pagando é como se diz
O que eu fiz com as mãos com os pés desfiz

Quando a madrugada se aproximava
E de minhas boemias ela me esperava
Quando já cansada então se deitava
Lendo suas revistas e o sono não chegava
Já de manhazinha pro meu lar voltava
Todas as vez em pranto eu a encontrava

Quando cinco anos assim completou
Este sofrimento ela não suportou
Uma carta escrita para mim deixou
Uma frase escrita em meu peito gravou
Se neste meu lar sobrando eu estou
Não queira saber para onde eu vou

Hoje reconheço depois que a perdi
O que ela sofreu eu também já sofri
Quantas noites em claro eu amanheci
Olhando seu retrato sempre a sorrir
Hoje bebo, bebo pra poder dormir
Mas as minhas lágrimas ninguém vê cair

Saudade Esperança
Não devo contar o tempo da tua ausência
Só devo tranquilamente vê-lo passar
Pois cada noite que passa vejo mais perto o amanhecer
O dia que certamente hás de voltar

Não devo ter mais saudade do que a esperança
Só devo serenamente buscar em Deus
A quem em vez de chorar devo agradecer todo aquele amor
Que ainda é todo encanto dos dias meus

Chorar, chora quem sorri, sorri só quem já chorou
Voltar, volta quem partiu, partir só quem já ficou
Por isso entre a saudade e a esperança vai tudo em paz
Pois antes que o mal se acabe a outra sabe que voltará

Músicas do álbum 4 De Ouro (CARTAZ LPC 5056) - (1970)

Nome Compositor Ritmo
Deixe-Me Outro Dia, Menos Hoje Roberto Carlos / Erasmo Carlos Bolero
Os Verdes Campos De Minha Terra Putman - Versão: Geraldo Figueiredo Toada
A Pretendida Pepe Avila Bolero
Murmura O Mar Romualdo / P. Servan / S. Lebrall - Versão: Flavia De Q. Lima Rancheira
Quando Me Enamoro D. Pace / M. Panzeri / R. Livraghi - Versão: Nazareno Brito Bolero
Quando Saí De Cuba Luiz Aguile Bolero
Coisinha Estúpida C. Carson Parks - Versão: Gileno Bolero
Amigo, Amigo Montez Gil - Versão: Celinho Fox
Mil Vezes Carlos Armando / Zé Da Estrada Rancheira
Serenata Mexicana Ramon Cariz - Versão: Pedro Bento Bolero e Rancheira
Homem Não Chora Carreirinho Guarânia
Saudade Esperança Luiz Carlos Paraná Guarânia
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