55 Anos De Sucessos (ATRACAO ATR 21823) - (2012) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Serenata Do Amor
Nesta noite eu canto serenata
A você minha mulher amada
Que deitada sozinha em seu leito
Ouve minha voz tão apaixonada
Eu lhe peço desculpa meu bem
Por lhe causar tanto desamor
O ciúme é o grande problema
Das nossas brigas de amor

Por favor, oh minha querida
Eu lhe considero a mulher mais bela
Quero ver seu lindo sorriso
Quando você abrir a janela

Se você soubesse meu amor
Da emoção que sinto agora
Ao vê-la linda e atraente
Nesta bonita qual manhã de aurora
Abrace, me beije meu bem
Nesta noite tão maravilhosa
Vou beijar tua boca querida
E lhe oferecer um botão de rosa

Por favor, oh minha querida
Eu lhe considero a mulher mais bela
Quero ver seu lindo sorriso
Quando você abrir a janela

Caminho De Minha Vida
Não vale nada a vida, a vida não vale nada
Começa sempre chorando e assim chorando se acaba
Por isso é que neste mundo a vida não vale nada

A vida é um triste caminho cheio de curva e subida
Aonde não encontramos nenhuma sombra perdida
Pra descansar um pouquinho o grande peso da vida

Caminho de minha vida não passe por minha terra
Porque naquele lugar não há ninguém que me espera
A casa de minha infância hoje é uma triste tapera

Não há mais flor no terreiro não há mais ave no ninho
Quem tanto eu amei um dia já mora em outro caminho
O peso da minha vida preciso levar sozinho

Flor Da Lama
Venho agora dizer adeus aos meus amigos
Eu já não posso mais viver neste lugar
Porque a mulher que viveu sempre comigo
Manchou meu nome e na lama foi morar

O nosso lar que era um ninho de amor
Hoje é um recanto que só existe a solidão
E na lama nasceu uma nova flor
Para enfeitar o ambiente da perdição

E sozinho no silêncio do meu quarto
Quantas noites amanheço acordado
Sempre olhando na parede o teu retrato
Relembrando quando estava a meu lado

Sinto a mágoa destruir minha existência
Tenho vergonha de saber onde ela mora
Não podendo suportar a sua ausência
Soluçando de saudade eu vou embora

Tarde da noite, quando apaga a luz da lua
E os boêmios, passam em frente a minha janela
Sobre meu leito, sozinho escuto uma voz na rua
Que vem passando e vem falando o nome dela

Recordação
Amargurado pela dor de uma saudade
Voltei de novo o recanto onde eu nasci
Onde passei minha bela mocidade
Voltei chorando da tristeza que senti 

Vi a campina que eu brincava com maninho
Vi a palmeira que meu velho pai cortou
Chorei demais com saudades do velhinho
Que Deus do céu há muitos anos já levou

E onde estão meus estimados companheiros
Se foram tantos janeiros desde que eu deixei meus pais
Adeus lagoa poço verde da esperança
Meu tempinho de criança que não volta nunca mais

Meu pé de cedro desfolhado já sem vida
Final amargo de uma rósea esperança
Oh! monjolinho quero ouvir sua batida
A embalar a minha alma de criança

Manso regato que brotava lá na serra
Saudosa fonte que alegrava o meu viver
Adeus paisagem céu azul da minha terra
Rincão querido hei de amar-te até morrer

E onde estão meus estimados companheiros
Se foram tantos janeiros desde que eu deixei meus pais
Adeus lagoa poço verde da esperança
Meu tempinho de criança que não volta nunca mais

Coxinilho
Enquanto eu viajava pelo sertão à fora
O meu amor ficava em casa a preparar
Um novo coxinilho para a próxima viagem
Dormindo sobre ele como era bom sonhar

Com fios de algodão por meu amor trançado
Meu novo coxinilho ficava bem macio
Para ser a minha cama à sombra de um coqueiro
No chão de alguma estrada à beira de algum rio

Coxinilho, meu leito de algodão
Coxinilho, venha forrar meu chão

Me lembro de uma vez dormindo sobre ele
Na confusão de um sonho eu me senti um rei
Com toda a criadagem rodeando o meu castelo
Eu vi que era verdade na hora que acordei

Eu era o rei da estrada e via nas alturas
Um exército de estrelas por sobre mim marchar
Seus raios pareciam milhares de soldados
Batendo continência na praça do luar

Coxinilho, meu leito de algodão
Coxinilho, venha forrar meu chão

De um simples boiadeiro ao dono de um império
Não existe diferença se a gente pensar bem
O rei dá a suas ordens igual a um boiadeiro
Que ao som de um berranteiro as ordens dá também

Depois de uma noitada dobrava o coxinilho
Por sobre o meu arreio saía no estradão
Atrás de uma boiada cantando ia embora
Sentindo nessa hora ser o rei do sertão

Coxinilho, meu leito de algodão
Coxinilho, venha forrar meu chão

Mágoa De Boiadeiro
Antigamente nem em sonho existia, tantas pontes sobre os rios nem asfalto nas estradas
A gente usava quatro ou cinco sinueiros pra trazer os pantaneiros no rodeio da boiada
Mas hoje em dia tudo é muito diferente com progresso nossa gente nem se quer faz uma ideia
Quem entre outros fui peão de boiadeiro por este chão brasileiro os heróis da epopeia

Tenho saudade de rever nas corruptelas as mocinhas na janela acenando uma flor
Por tudo isso eu lamento e confesso que a marcha do progresso é a minha grande dor
Cada jamanta que eu vejo carregada transportando uma boiada me aperta o coração
E quando olho minha tralha pendurada de tristeza dou risada pra não chorar de paixão

O meu cavalo relinchando pasto afora e por certo também chora na mais triste solidão
Meu par de esporas, meu chapéu de aba larga, uma bruaca de carga, o berrante e um facão
O velho basto, o sinete e o apeiro, o meu laço e o cargueiro, o meu lenço e o gibão
Ainda resta a guaiaca sem dinheiro deste pobre boiadeiro que perdeu a profissão

Não sou poeta sou apenas um caipira e o tema que me inspira é a fibra de peão
Quase chorando imbuído nesta mágoa rabisquei estas palavras e saiu esta canção
Canção que fala da saudade das pousadas que já fiz com a peonada junto ao fogo de um galpão
Saudade louca de ouvir o som manhoso de um berrante preguiçoso nos confins do meu sertão

Herói Sem Medalha
Sou filho do interior do grande estado mineiro
Fui um herói sem medalha na profissão de carreiro
Puxando tora do mato com doze bois pantaneiros
Eu ajudei desbravar nosso sertão brasileiro 
Sem vaidade eu confesso do nosso imenso progresso eu fui um dos pioneiros

Vejam como o destino muda a vida de um homem
Uma doença malvada minha boiada consome
Só ficou um boi mestiço que chamava lobisomem
Por ser preto igual carvão foi que eu lhe pus esse nome
Em pouco tempo depois eu vendi aquele boi pros filhos não passar fome

Aborrecido com a sorte dali resolvi mudar
E numa cidade grande com a família fui morar
Por eu ser analfabeto tive que me sujeitar
Trabalhar num matadouro para o pão poder ganhar
Como eu era um homem forte nuqueava o gado de corte pros companheiros sangrar

Veja só a nossa vida como muda de repente
Eu que às vezes chorava quando um boi ficava doente
Ali eu era obrigado matar a rês inocente
Mas certo dia o destino me transformou novamente
Um boi da cor de carvão pra morrer na minha mão estava na minha frente

Quando vi meu boi carreiro não contive a emoção
Os olhos encheram d’água meu pranto caiu no chão
O boi me reconheceu e lambeu a minha mão
Sem poder salvar a vida do boi de estimação
Pedi a conta e fui embora desisti na mesma hora desta ingrata profissão

Sete Palavras
Deus amou tanto este mundo o mundo não correspondeu
Então Deus mandou os profetas, mas ninguém obedeceu
Deus mandou seu próprio filho, mas ninguém não conheceu
Quando ele perambulou teve porta que fechou na hora que ele bateu

Pra salvar a humanidade o nosso senhor nasceu
Trinta e três Anos de idade neste mundo ele viveu
Deus de infinita bondade do mundo compadeceu
Ele deu a própria vida pra juntar a ovelha querida que do rebanho se perdeu

Na hora da santa ceia beijou os pés dos discípulos seus
Em seguida ele falou vocês façam como eu
Vou pra casa de meu pai de onde a gente desceu
Um de vós vai me trair até Pedro vai fingir que nunca me conheceu

Levantou os olhos pro céu pegou o pão e benzeu
Esse pão é o meu corpo cada discípulo comeu
Esse vinho é o meu sangue cada discípulo bebeu
Judas atirou no chão aquele pedaço de pão saiu da mesa e correu

Trinta Moedas de prata foi o quanto recebeu
No horto da oliveiras levou soldado e prendeu
Jesus preso e amarrado calado permaneceu
Depois de tanto maltrato já gritaram a Pilatos crucifique o galileu

Na hora da sua morte a Terra empalideceu
Trovejou de sul a norte Judéia toda tremeu
O véu do templo rasgou Pilatos se arrependeu
Um sorria outro chorava Jesus disse essas palavras Que na cruz ele morreu

"Pai, perdoa-os
Eles não sabem o que estão fazendo
Pai, em tuas mãos
Entrego meu espírito
Tudo está consumado
Tudo está consumado

Dama De Vermelho 
Garçom olhe pelo espelho a dama de vermelho que vai se levantar
Note que até a orquestra fica toda em festa quando ela sai pra dançar
Essa dama já me pertenceu e eu fui o culpado da separação
Hoje eu morro de ciúmes, ciúmes do perfume que ela deixa no salão

Garçom amigo apague a luz da minha mesa
Eu não quero que ela note em mim tanta tristeza
Abra mais uma garrafa hoje eu vou embriagar
Quero dormir para não ver outro homem lhe abraçar

Boneca Cobiçada
Quando eu te conheci do amor desiludida
Fiz tudo e consegui dar vida a tua vida
Dois meses de aventura o nosso amor viveu
Dois meses com ternura beijei os lábios teus

Porém eu já sabia que perto estava o fim
Pois tu não conseguias viver só para mim
Eu poderei morrer, mas os meus versos não
Minha voz hás de ouvir ferindo o coração

Boneca cobiçada das noites de sereno
Teu corpo não tem dono teus lábios têm veneno
Se queres que eu sofra é grande o teu engano
Pois olha nos meus olhos vê que não estou chorando

Galopeira
Foi num baile em Assuncion capital do Paraguai
Onde eu vi as paraguaias sorridentes a bailar
E ao som de suas guitarras quatro guapos a cantar
Galopeira, galopeira eu também entrei dançar

Galopeira, nunca mais te esquecerei
Galopeira, pra matar minha saudade
Pra minha felicidade paraguaia eu voltarei
Pra minha felicidade paraguaia eu voltarei

Está Chegando A Hora / Guadalajara
Quem parte leva
saudade de alguém,
que fica chorando de dor
Por isso, não quero lembrar
quando partiu meu grande amor

Quem parte leva
saudade de alguém,
que fica chorando de dor
Por isso, não quero lembrar
quando partiu meu grande amor

Ai ai ai ai, tá chegando a hora
O dia já vem raiando, meu bem
Eu tenho que ir embora
Ai ai ai ai, tá chegando a hora
O dia já vem raiando, meu bem
Eu tenho que ir embora

Músicas do álbum 55 Anos De Sucessos (ATRACAO ATR 21823) - (2012)

Nome Compositor Ritmo
Serenata Do Amor Marciano, Darci Rossi / Sargento Oliveira Rancheira
Caminho De Minha Vida José A. Jimenez / Sandoval - Versão: José Fortuna Rancheira
Flor Da Lama Paiozinho / Benedito Seviero Huapango
Recordação Goiá / Nenete Toada
Coxinilho Bneto J. Guedini Toada
Mágoa De Boiadeiro Nonô Basílio / Ãndio Vago Toada
Herói Sem Medalha Sulino Moda De Viola
Sete Palavras Luizinho Rosa Cururu Piracicabano
Viva A Alegria / El Jarabe Tapatio / La Paloma Araguary - D. R. - Sebastian Yradier / J. G. Esquivel
Ay Jalisco No Te Rajes / El Rancho Grande / La Adelita Ernesto M. Cortazar / M. Esperon - Silvano Ramos / Maurice Vandair - Mauricio Arriaga / Jorge Eduardo Marguia
Dama De Vermelho Ado Benatti / Jeca Mineiro Bolero
Boneca Cobiçada Biá / Bolinha Bolero
Galopeira Mauricio Cardoso Ocampo - Versão: Pedro Bento Polca
Está Chegando A Hora / Guadalajara Henricão / Rubens Campos - Pepe Guizar Rancheira
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