Trilha Sonora Do Filme Os Três Boiadeiros (CABOCLO 103405278) - (1979) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Os Três Boiadeiros
Viajando nas estradas Zé Rolha na frente
Tocando o berrante, chamando a boiada
E Chiquinho, sempre do lado, distraindo o gado
Tomando cuidado nas encruzilhadas
E nós três vivia tocando a boiada
E nós três vivia tocando a boiada

Mas um dia na invernada, deu uma trovoada
E numa derriçada o gado estourou
Nesse dia morreu Zé Rolha, caiu do cavalo
Foi dentro do valo e a boiada pisou
Fiquei eu e Chiquinho tocando a boiada
Fiquei eu e Chiquinho tocando a boiada

Num domingo de rodeio Chiquinho bebeu 
E não me obedeceu pulou no picadeiro
Num relance atirei na rez a vaca tremeu 
Mas no pulo que deu matou meu companheiro
Eu fiquei sozinho tocando a boiada
Eu fiquei sozinho tocando a boiada

Viajando nas estradas, não toco o berrante
Nem vejo lá adiante meus dois companheiros
Deste trio ficou a saudade em toda cidade
O povo pergunta dos três boiadeiros
Eu fiquei sozinho tocando a boiada
Eu fiquei sozinho tocando a boiada

Os Três Heróis Boiadeiros
Somos os três boiadeiros bem felizes a caminhar 
A passo a passo na estrada alegre sempre a cantar 
Vamos boiada, vamos boiada 
A passo a passo na estrada alegre sempre a cantar 

Toque o berrante Zé Roia vamos chegar na aguada 
Chiquinho galopa atrás dessa novilha danada 
Vamos boiada, vamos boiada 
Chiquinho galopa atrás dessa novilha danada 

Quando entregar a boiada nos vamos nos separar 
Vou me casar com Rosinha vou parar de cavalgar 
Vamos boiada, vamos boiada 
Vou me casar com Rosinha vou parar de cavalgar 

Não vou mais ouvir berrante, solto meu baio no pasto 
O arreio vai na parede, no prego penduro o laço 
Vamos boiada, vamos boiada 
O arreio vai na parede, no prego penduro o laço 

Fica minha lembrança saudade dos companheiros 
Saudade, muita saudade dos três heróis boiadeiros 
Vamos boiada, vamos boiada 
Saudade, muita saudade dos três heróis boiadeiros

Meu Tempo De Vaqueiro
Meu cavalo campolino, meu cachorro companheiro 
Na garupa laço forte para laçar boi traiçoeiro 
Meu alforje inseparável, chapéu de couro mateiro 
Meu gibão bem reforçado pra livrar dos espinheiros 

Oh, meu irmão é preciso sim 
Ter muita coragem para vaquejar 
De sol a sol na invernada 
No meu sertão boi bravo pegar
Oh, meu irmão é preciso sim 
Ter muita coragem para vaquejar 
De sol a sol na invernada 
No meu sertão boi bravo pegar 

Certa vez me lembro bem na Fazenda Riachão 
Meu cavalo tombou morto nos chifres de um malhadão 
Não morri naquele dia por Deus eu fui amparado 
Peguei o bicho no laço, deixei no toco amarrado

Oh, meu irmão é preciso sim 
Ter muita coragem para vaquejar 
De sol a sol na invernada 
No meu sertão boi bravo pegar
Oh, meu irmão é preciso sim 
Ter muita coragem para vaquejar 
De sol a sol na invernada 
No meu sertão boi bravo pegar 

Vai Boiada
Vai boiada, vai, vai que eu vou também 
Vai lá no sertão onde está meu bem
Vai boiada, vai, vai que eu vou também 
Vai lá no sertão onde está meu bem

Eu vivo muito contente no meu pedaço de chão 
Eu cuido da minha boiada, eu cuido da plantação 
A natureza é linda, mais linda é nossa união 
Eu vivo lá tão feliz com a dona do meu coração 

Vai boiada, vai, vai que eu vou também 
Vai lá no sertão onde está meu bem
Vai boiada, vai, vai que eu vou também 
Vai lá no sertão onde está meu bem

A minha casinha é branca em frente tem um jardim 
Lá mora a felicidade e um amor que não tem fim 
A vida é muito linda, a gente vivendo assim 
Estou vivendo pra ela e ela vivendo pra mim
Vai boiada, vai, vai que eu vou também 
Vai lá no sertão onde está meu bem
Vai boiada, vai, vai que eu vou também 
Vai lá no sertão onde está meu bem

Gritos Ao Vento
Voltei pra ver a casa que ela morava
Era noite e a lua brilhava em sua janela
Todo passado me veio a lembrança
Murmurei chorando o nome dela

Uma dor desceu em meu peito
Trouxe o pranto aos olhos meus
E a brisa passou soluçando
Murmurando um triste adeus

Que desventura que vontade de chorar
Gritar aos ventos minha amargura
Perguntar ao céu onde ela está
Vento da noite encontre a minha amada
Diga a ela como estou sofrendo
Que não suporto este abandono
Que de saudade estou morrendo

E o vento frio da noite
Tristemente me veio a contar
Que ela vive em outros braços
E nunca mais voltará
Vento da noite encontre a minha amada

Recanto Querido
Puxa boi, puxa o arado minha terra vou tombar
Choveu a noite inteirinha já e tempo de plantar
Derramei o meu suor para a terra preparar
Isso era sertão bruto quando aqui eu vim morar

Construí minha casinha já cerquei o meu terreiro
Leite puro da vaquinha, porco gordo no chiqueiro
O capim esta crescendo a boiada engordando
Neste pedaço de chão vivo alegre trabalhando

Planto milho e mandioca, planto arroz e feijão
Nessa terra abençoada e o celeiro da nação
Tem cascata no riacho, bom lugar pra pescar
Lá na mata muita caça pra quem gosta de caçar

Tem luar e tem viola e essa minha canção
Tem cantar dos passarinhos pra alegrar meu coração
Neste recanto querido tem encantos mais de mil
Aqui mora um caboclo que ama este Brasil

Vaqueiro Do Norte
Passo a passo segue o vaqueiro 
Atrás da boiada cortando estradão 
Vai pensando em sua amada 
A namorada do seu coração 

Vai, vai, vai vaqueiro do norte 
O gado de corte entregar ao patrão 
Nem o cansaço da longa viagem 
Tira a coragem do herói do sertão 

O gibão, o chapéu de couro
Laço transado na chincha do arreio
O berrante, a espora e a chibata
Faca de prata e um lenço vermelho

Vai, vai, vai vaqueiro do norte 
O gado de corte entregar ao patrão 
Nem o cansaço da longa viagem 
Tira a coragem do herói do sertão 

Vai na frente o peão cozinheiro
Prepara a pousada e a janta dos peões 
Quando chega os vaqueiros contente 
Cantando dolente bonitas canções

Vai, vai, vai vaqueiro do norte 
O gado de corte entregar ao patrão 
Nem o cansaço da longa viagem 
Tira a coragem do herói do sertão 

Sou Doidão
Já chorei bastante  já resolvi a ficar calado 
A mulher que eu amo de esperar já estou cansado 
Já tomei pingão, já tomei conhaque e não valeu de nada 
Quando eu bebo muito fico doidão durmo na calçada

Eu já fui no centro, fui num terreiro de sarava 
Eu já fiz de tudo desesperado pra ela voltar 
Eu quero que volte para dar fim nesta solidão 
Eu não sou cachorro, nem sou tapete pra viver no chão

Mentiras Paga-se Com Mentiras
Pensei ser somente o dono dos seus beijos 
Me orgulhava tudo aquilo que eu fiz
Todas as vezes que beijei pensava em outra 
Quantas mentiras pra enganar-te dirigi 

Agora eu sei também as juras que fizeste 
Foi enganosa que jamais pensou em mim 
Somos iguais em todos pontos de vista 
Tu mentiste, eu confesso que menti 

Vai com Deus é o muito que desejo 
De mentirosa não posso te chamar 
Também fui audacioso e mentiroso 
Em mentiras conseguimos empatar

Velhos Tropeiros
Quem conheceu não esquece jamais 
De uns velhos anos que não voltam mais 
Ainda me lembro todo dia era dia 
Toda hora era hora, esse tempo ficou pra trás 

Naqueles anos só tinha o sertão 
Não tinha devastação, caminhão pelas estradas 
Mas haviam muitas criações 
Do cavalo garanhão lá nos campos e no sertão 

Velhos tropeiros com toda sua querência 
Em sua sobrevivência alegrando seu coração 
Quando faziam suas longas caminhadas 
Abrindo simples picada formando povoação 

Hoje só resta, só recordação 
De todo aqueles anos que desapareceu 
Hoje aqueles dias não são dias 
Aquela horas não são horas houve grande transformação

O sertão foi todo devastado 
Por estradas cortado pra passar o caminhão 
As corruptelas já não existem mais 
Os riachos cresceram, cavalos nos currais 

Tropeiro velho já passaram tantos janeiros 
Mas seu nome esta grava do nos corações brasileiros 
Quando encontro com você tiro o chapéu 
Pois alguns estão no céu com toda santificação 
Ainda resta sua fama e sua gloria 
O seu nome está na história patrimônio da nação

Fim Do Baile
É madrugada meu bem, tá chegando a hora 
É fim de baile meu bem, vamos embora
É madrugada meu bem, tá chegando a hora 
É fim de baile meu bem, vamos embora

Quem gosta das flores suporta os espinhos 
Quem gosta de pinga ama botequim 
Pra ganhar amor tem que ser assim 
Amor que eu ganho nunca tem fim 

É madrugada meu bem, tá chegando a hora 
É fim de baile meu bem, vamos embora
É madrugada meu bem, tá chegando a hora 
É fim de baile meu bem, vamos embora

A mulher que eu amo é a Maria Helena 
Quando não a vejo choro que dá pena 
Gosto das mulatas, também das morenas 
Carinho de loira é que me condena

É madrugada meu bem, tá chegando a hora 
É fim de baile meu bem, vamos embora
É madrugada meu bem, tá chegando a hora 
É fim de baile meu bem, vamos embora

Pedra No Meu Caminho
Bateram em minha porta já era de tardezinha 
Alegria estava morta com a noticia que vinha
Foi como água no fogo, foi pedra no meu caminho 
Como eu vou fazer Maria pra viver sem teus carinhos 
Foi como água no fogo, foi pedra no meu caminho 
Como eu vou fazer Maria pra viver sem teus carinhos 

Te peço por caridade não pare perto de mim 
A tua felicidade é o começo do meu fim
Foi como água no fogo, foi pedra no meu caminho 
Como eu vou fazer Maria pra viver sem teus carinhos 
Foi como água no fogo, foi pedra no meu caminho 
Como eu vou fazer Maria pra viver sem teus carinhos 

Aqui neste meu cantinho é grande a minha dor 
O jeito é seguir sozinho em busca de um novo amor
Foi como água no fogo, foi pedra no meu caminho 
Como eu vou fazer Maria pra viver sem teus carinhos 
Foi como água no fogo, foi pedra no meu caminho 
Como eu vou fazer Maria pra viver sem teus carinhos 

Músicas do álbum Trilha Sonora Do Filme Os Três Boiadeiros (CABOCLO 103405278) - (1979)

Nome Compositor Ritmo
Os Três Boiadeiros Anacleto Rosas Júnior Rancheira
Os Três Heróis Boiadeiros Pedro Bento Rancheira
Meu Tempo De Vaqueiro Everaldo Ferraz Toada Balanço
Vai Boiada Chico Salles / Pedro Bento Milonga
Gritos Ao Vento Ocimar / Orimando Rancheira
Recanto Querido Chico Salles / Pedro Bento Milonga
Vaqueiro Do Norte Pedro Bento Toada e Rojão
Sou Doidão Nascimento Rojão
Mentiras Paga-Se Com Mentiras Pedro Bento Guarânia
Velhos Tropeiros Pedro Bento / Jerusalém Fox
Fim Do Baile Nascimento Rojão
Pedra No Meu Caminho Luiz Rosas Sobrinho Rojão
Compartilhe essa página
Aprenda a tocar viola, acesse Apostila de Viola Caipira Material de qualidade produzido por João Vilarim