Tonico E Tinoco No Cinema (PHILIPS P 630479 L) - (1962) - Tonico e Tinoco

Triste Coração
Meu amor, sem teu carinho
Eu não posso mais viver
Meu coração fica triste 
Quando não posso te ver

Da roseira nasce a rama
Eu nasci para você
Meu coração fica triste
Quando não posso te ver

Do amor nasce o ciúme
Do ciúme o bem querer
Meu coração fica triste
Quando não posso te ver

Com saudade eu vou-me embora
Procurando te esquecer
Meu coração fica triste
Quando não posso te ver

Chora, Viola
Canta, canta morenada 
Pra alegria do sertão 
Eu também vivo cantando 
Pra alegrar meu coração 
Eu também vivo cantando 
Pra alegrar meu coração 

Chora viola em meu peito 
Nesta triste solidão 
A saudade da cabocla 
Que foi embora do sertão 
A saudade da cabocla 
Que foi embora do sertão

Chora viola magoada 
Nesta triste solidão 
A saudade da cabocla 
Magoou meu coração 
A saudade da cabocla 
Magoou meu coração 

Canta, canta morenada 
Pra alegria do sertão 
Eu também vivo cantando 
Pra alegrar meu coração 
Eu também vivo cantando 
Pra alegrar meu coração 

Chora viola em meu peito 
Nesta triste solidão 
A saudade da cabocla 
Que foi embora do sertão 
A saudade da cabocla 
Que foi embora do sertão

Superstição
Pra espantar visita que só dá amolação
Uma pitada de sal põe debaixo do pilão 
Pra curar soluço escutar aqui seu moço
Pega uma meia velha e enrola no pescoço 

Pra espanta os temporal com relâmpago e trovão
Pega clara de ovo põe em riba do mourão 
Se você quer pegar peixe, peixe bom e dos maior
Você dá uma cuspida bem na ponta do anzol

Eu não sou supersticioso tenho dito e confirmado
Pra que te superstição isso dá um azar danado 

Mãezinha Querida
Mãezinha, que felicidade
Com muita saudade
Venho te abraçar
Eu vivo tão longe e sozinho
Sem os teus carinhos
Não posso ficar 

Mãezinha, enxugue teu pranto
Eu te adoro tanto
Em meu coração
Longe de ti não esqueço
Hoje eu te ofereço
Esta minha canção

Pede querida mãezinha
Pela sorte minha
Rezando pra Deus
Minha prece da seis horas
Rezo pra senhora
E pras mães que morreu

Finado
A tristeza no meu peito é quando a noite escurece
Meus suspiro são dobrado, todas coisas me aborrece
Meu rancho ficou desfeito, o meu coração padece
Meu amor foi pra bem longe e nunca mais aparece 

Todo dia de Finado faço a minha penitência
Eu vou lá no povoado, rever a minha querência 
Onde há tempo a minha amada terminou sua existência
Foi-se embora deste mundo, para outra residência 

Levo na minha bagagem uma coroa de flor
Com espinho da saudade, num coração sofredor
Levo no peito a tristeza, lembrança do nosso amor
Oferecendo uma prece, com meu rosário de dor

Ao sair do cemitério, sem querer meus olhos chora
Faço minha despedida e sozinho venho embora
Acendo vela, rezando para Deus e Nossa Senhora
Que proteja a minha amada no céu onde ela mora 

Pangaré
Arriei o eu cavalo por nome de Pangaré 
Fui cortando estrada afora procurando quem me quer 
Eu já tenho uma viola e bom rancho de sapé 
Agora tá me faltando um carinho de mulher

Fui descendo serra abaixo no meu Pangaré ferrado 
Avistei uma morena num retiro do outro lado 
Ela deu um sinal pra mim um sorriso delicado 
Fui dá um aperto de mão respondendo o seu agrado

Ela me falou sorrindo boiadeiro rei da estrada 
Como veio prestas banda onde tá sua peãozada 
Eu virei disse pra ela arrendei minha invernada 
Tô querendo me casar já vendi minha boiada

A cabocla deu um suspiro quero ser sua mulher
Me leva eu na garupa do seu macho Pangaré 
Nós casamos lá na capela nem que o velho bata o pé 
E vamos viver juntinho até quando Deus quiser 

Gaúcho Alegre
Eu vou deixar meu querido Rio Grande 
Eu vou contar este meu padecimento
Eu era noivo duma linda China 
Tava marcado o nosso casamento 
Ela fugiu com um cabra aventureiro, ai
E esqueceu do nosso juramento 

Sai correndo como as folhas secas 
Que sem destino acompanhando o vento 
Peguei meu pingo bati rasto afora 
Hoje eu mudei este meu pensamento 
Não vale apenas gastar uma bala ai
Ai no costado de um mau elemento 

Estou morando neste chão paulista 
Deixo a querência e muito sentimento 
Meu apelido é Gaúcho Alegre 
Ninguém conhece meu padecimento 
Eu canto xotes lá do meu Rio Grande ai
Meus olhos choram mais eu não lamento

Eu brinco e danço com toda a moçada 
Mas tudo dentro do regulamento 
Eu canto moda que até as velhas choram
As morenadas querem casamento 
Meu coração é como a flor do campo 
Que ela nasce e morre ao relento 
 
Prece A São João
Saudade eu tenho da infância 
Saudade do meu sertão 
A saudade da cabocla 
Machucou meu coração 
Foi-se embora pra bem longe 
Numa festa de São João 
Não chore tanto meu coração 
Faça uma prece a São João 

A fogueira da saudade 
Queimando meu coração 
Já não toco mais viola 
Já morreu minha ilusão 
Vou-me embora pra cidade 
Onde não tem São João 
Não chore tanto meu coração 
Faça uma prece a São João 

Querência Do Céu
Gaúcha por que soluça 
Na porteira do curral
Meu bem morreu num rodeio 
Pertinho deste lugar 

O nosso pranto é amargo 
Muito mais que o chimarrão 
Tu chora por teu amado 
Eu choro por meu irmão 

Finquei uma cruz de cedro 
Bem no meio do galpão 
É lembrança de um rodeio 
A saudade do peão

Enxugue o pranto gaúcha
E acalme a tua dor 
Ele foi pra outros pagos 
Na querência do Senhor 

Meu irmão neste momento 
Cavalga de del em del 
Galopa lançando estrela 
Nas campinas lá do céu 

Chofer De Caminhão
Um chofer de caminhão é corajoso e é forte 
Viaja por este mundo no Brasil de Sul ao Norte 
Seguindo a estrada da vida desafia a própria morte 
É um soldado do progresso na batalha do transporte 

Despede dizendo adeus sem saber sua chegada 
Vai cumprindo a missão na mais longínqua parada 
Dorme no pó do encerado na lama das enxurradas 
E muitos assassinados por assaltante de estrada

Viajando pro sertão nessas estradas compridas 
Nas curvas mais perigosa tem uma cruz esquecida 
Marcando o fim de uma viajem uma triste despedida 
Descansa um pobre chofer que perdeu a sua vida
 
Deixando longe a família numa triste solidão 
Os filho desamparado muitas vez sem proteção 
Pedimos à São Cristóvão em toda nossa oração 
Que proteja os motorista de automóvel e caminhão 

Triste Natal
O Natal que é alegria 
Para os rico e para os nobre 
É tristeza e nostalgia 
Para os simples e para os pobre

Pai Noel que oferece 
Ilusão que não tem preço 
Das favelas sempre esquece 
Por não ter seu endereço 

Que tristeza e sofrimento 
Nos olhinhos da menina 
Que deseja um só momento 
A boneca da vitrina 

Que tristeza e sofrimento 
Nos olhinhos da menina 
Que deseja um só momento 
A boneca da vitrina

A mãezinha desolada 
Com vontade de chorar 
Diz à filha não é nada 
O amanhã vai melhorar 

Sofrê Sozinho
O tempo passa eu tão sozinho
Sem teu amor, sem teu carinho
E a saudade do teu carinho
Me faz sofrer, sofrer sozinho

Os ano passa, já estou velhinho
Com desengano no meu caminho
Sem teu amor, sem teu carinho

 

Músicas do álbum Tonico E Tinoco No Cinema (PHILIPS P 630479 L) - (1962)

Nome Compositor Ritmo
Triste Coração Tonico / Tuta Corrido
Chora, Viola Tinoco Milonga
Superstição Nhô Mário / Nhô Luiz Toada
Mãezinha Querida Tinoco / Zacarias Mourão / Nhô Mário Valsa
Finado Teddy Vieira / Benedito Seviero Moda De Viola
Pangaré Cascatinha / Carreirinho Cateretê
Gaúcho Alegre Tonico / Zé Carreiro Xote
Prece A São João Tonico / João Borges Valsa
Querência Do Céu Tonico / Zé Paioça Milonga
Chofer De Caminhão Tonico / Ado Benatti Toada
Triste Natal Tonico / Ytami / Nhô Mário Valsa
Sofrê Sozinho Mário Albaneze Rancheira
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