Carlos Cezar E Cristiano (1989) (RGE 3086198) - (1989) - Carlos Cézar e Cristiano

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Moça Do Carro De Boi 
Velho carreiro ao parar de carrear 
Pra sua filha o comando ele entregou 
E aqueles bois se acostumaram com a moça 
De tal maneira que jamais ele encalhou 
Podia estar no lamaçal mais perigoso 
Bastava a ela dar apenas um sinal 
Para se ouvir gemer cocão dentro do barro 
E os bois tirando o carro do terrível pantanal 

Somente a moça a boiada obedecia 
Sem o seu grito o velho carro não saía
Somente a moça a boiada obedecia 
Sem o seu grito o velho carro não saía

Um dia a moça adoeceu e aqueles bois 
Outro carreiro não queria respeitar 
Era preciso que ela viesse a janela 
E desse ordens pra boiada carrear 
Até que um dia sem ouvir a voz da moça 
Puxaram o carro a passos lentos pela estrada 
É que levavam o seu corpo num caixão 
Qual a flor de estimação pra sua última morada 

Esse mistério ninguém sabe se não foi 
A voz da moça do além tocando os bois 
Esse mistério ninguém sabe se não foi 
A voz da moça do além tocando os bois

Daquele dia tudo se modificou 
Tanta tristeza tomou conta do lugar 
O velho carro que era dela silenciou 
E a boiada nunca mais quis carrear 
De sentimento por perder a companheira 
Foram morrendo um a um pelos currais 
Quem somos nós pra entender tamanha dor 
Como cabe tanto amor no coração dos animais 

Esse mistério ninguém sabe se não foi 
A voz da moça do além chamando os bois
Esse mistério ninguém sabe se não foi 
A voz da moça do além chamando os bois

O Rei Da Estrada
Enquanto a vida roda na roda viva rodo também 
Por cima de muitas rodas eu vou rodando num vai e vem 
Eu sou um caminhoneiro e chego primeiro onde tem amor 
Na minha carga pesada levo carinho pra onde eu for 

Sou rei da estrada este mundo vou rodando 
O pesadão vai cortando as veredas e sertões 
Das ilusões os pneus passam por cima 
Canto versos, faço rimas, vou ganhado corações

Não importa noite ou dia, chuva pesada, pó, cerração
Tenho em Deus de meu ajudante que me garante tudo de bom 
Se encontro um a pequena loira ou morena que quer me dar 
Um anoite de saudade, perco a vontade de viajar 

Sou rei da estrada este mundo vou rodando 
O pesadão vai cortando as veredas e sertões 
Das ilusões os pneus passam por cima 
Canto versos, faço rimas, vou ganhado corações

Manhã Sem Aurora
Você me mandou entrar em seu coração, eu já fui entrando 
Você me mandou ficar em seu coração, eu já fui ficando 
Você me mandou dormir em seu coração, fui logo deitando 
Se um dia você pedir para eu partir, partirei chorando 

Por Deus eu te peço não me mande embora 
É tão longa a noite, é tão frio lá fora 
Sem você serei roseiral sem flora 
Sol sem claridade, lua sem seresta, manhã sem aurora
Sem você serei roseiral sem flora 
Sol sem claridade, lua sem seresta, manhã sem aurora

Você me mandou pousar em seu coração eu já fiz um ninho 
Parei para descansar pedi pra ficar só mais um tiquinho 
Em você eu fui morrendo e me perdendo por mil caminhos 
Se eu tiver que partir já não saberei caminhar sozinho

Por Deus eu te peço não me mande embora 
É tão longa a noite, é tão frio lá fora 
Sem você serei roseiral sem flora 
Sol sem claridade, lua sem seresta, manhã sem aurora
Sem você serei roseiral sem flora 
Sol sem claridade, lua sem seresta, manhã sem aurora

Vaya Com Dios
Ya llegó el momento de separarnos 
En silencio y el corazón dice y suspira

"Vaya con Dios, mi vida"
"Vaya con Dios, mi amor"

Las campanas de la iglesia suenan tristes 
y parece que al sonar también te dicen

"Vaya con Dios, mi vida" 
"Vaya con Dios, mi amor"

Adonde vayas tú yo iré contigo
En sueños junto a ti siempre estaré 
Mi voz escucharás, dulce amor mío
Pensando como yo estarás volvernos siempre a ver
La alborada al despertar te dice: "Espera"
Sin tu corazón yo voy adonde quieras 

Vaya con Dios, mi vida
Vaya con Dios, mi amor 

¡Vaya con Dios, mi vida! 
¡Vaya con Dios, mi amor!

Lua E Flor
Eu amava como amava algum cantor
De qualquer clichê de cabaré, de lua e flor
E sonhava como a feia na vitrine
Como carta que se assina em vão

Eu amava como amava um sonhador
Sem saber porquê e amava ter, no coração
A certeza ventilada de poesia
De que o dia, amanhece não

Eu amava como amava um pescador
Que se encanta mais com a rede que com o mar
Eu amava, como jamais poderia
Se soubesse como te encontrar 

O Menino Da Gaita
Era um rapaz olhos claros bem azuis
Andava só uma gaita em sua mão
Ouça sua linda canção 
Olhos tristes no chão e caminha sozinho
Ouça lá vai ele a tocar 
Notas tristes no ar é assim que pede amor

Caminha só ninguém sabe de onde vem
Triste a tocar pela rua sem ninguém
Sente que uma lágrima vem
O seu rosto molhar como a chuva que cai
Ouça lá vai ele a tocar
Notas tristes no ar é assim que pede amor
Toca, toca só pra mim...

A Volta Do Boiadeiro
Por que voltei vocês vão saber agora
Por que voltei se sorrindo eu fui embora
Por que voltei se deixei meu par de esporas
E o meu cavalo esquecido em campo a fora

Voltei trazendo no peito a dor da saudade
E o velho pinho, meu amigo de verdade
Voltei de novo pra cantar lá nas pousadas
As velhas modas com vocês companheirada

Há muito tempo vocês devem estar lembrados
Por um amor eu parti enfeitiçado
Um boiadeiro que jamais foi dominado
Por esta ingrata acabou sendo enganado

Voltei pra pôr minha bota empoeirada
Ouvir o galo anunciando a madrugada
Quero abraçar o meu cachorro campeiro
Ouvir ao longe o berro do pantaneiro

Se estou chorando com franqueza é que lhe digo
Não é por ela ao passado já não ligo
Igual a ave que retorna ao ninho antigo
Choro de alegre por rever os meus amigos

Quem não sentiu o ar puro das campinas
Quem não ouviu um berrante em surdina
Não viu a lua repousado num baixeiro
Não sabe amigos, quanto é bom ser boiadeiro
Não viu a lua repousado num baixeiro
Não sabe amigos, quanto é bom ser boiadeiro

Eu Vendo Dois Olhos Negros
Eu vendo dois olhos negros para quem quiser comprar 
Dois olhos apaixonados que não cansam de te olhar 
Eu vendo dois olhos negros para quem quiser comprar 
Dois olhos apaixonados que não cansam de te olhar

Mais me despreza mais te amo yo
Em todas as noites eu passo implorando teu amor
Mais me despreza mais te amo yo
Em todas as noites eu passo implorando teu amor

Eu vendo dois olhos negros que olhando seu coração 
Descobriram o calor do fogo desta paixão
Eu vendo dois olhos negros que olhando seu coração 
Descobriram o calor do fogo desta paixão

Mais me despreza mais te amo yo
Em todas as noites eu passo implorando teu amor
Mais me despreza mais te amo yo
Em todas as noites eu passo implorando teu amor

Teus olhos são diamantes, são dois raios de luar
Teus olhos negros são noites que você vem clarear
Teus olhos são diamantes, são dois raios de luar
Teus olhos negros são noites que você vem clarear

Mais me despreza mais te amo yo
Em todas as noites eu passo implorando teu amor
Mais me despreza mais te amo yo
Em todas as noites eu passo implorando teu amor

Vai Meu Carro, Vai
Lá vai o carro, com seu carreiro
Deixando rastro neste solo brasileiro meu
Cante uma música, velho cocão
Para que todos lembrem sua tradição

Minha boiada, deixe seu rastro
Puxando forte o velho carro com seu casco sim
Não é preciso usar ferrão porque ferir seu coração
Ouço seus passos no compasso do cocão

Vai meu carro velho, vai
Você e eu somos mesmo quase iguais
Porque, tudo mudou eu sei
Choro a saudade do que foi e não volta mais

Serras e vales, meu carro vai
Atravessando entre campos e revoadas de pardais
Meu carro cante pra mim uma canção
Que seu carreiro tem no peito um coração que dói

Carreiro vai, carreiro vem
De longe escuta o rangido de cocão no além
Cantarolando este homem se agita
Suspendendo o braço grita, viva o nosso sertão

Vai meu carro velho, vai
Você e eu somos mesmo quase iguais
Porque, tudo mudou eu sei
Choro a saudade do que foi e não volta mais

Choro a saudade do que foi e não volta mais
Choro a saudade do que foi e não volta mais
Choro a saudade do que foi, vai meu carro velho, vai

Chalé De Madeira
Eu fiz um chalé lá no alto da serra 
Arei toda a terra e fiz um jardim 
Plantei a semente da felicidade 
De amor sem saudade pra ela e pra mim
Depois de prontinho o chalé dos meus sonhos 
Fui todo risonho contar pro meu bem 
Mas só encontrei uma carta dizendo 
Perdão, se puderes, eu tenho outro alguém

Chalé de madeira, casinha criança 
A minha esperança rolou pelo chão 
A quem tu pertences nem sabe que existe 
Chalezinho triste da minha ilusão

O negro destino roubou dos meus braços 
O real motivo desta construção 
Fui abandonado por quem poderia 
Dar tudo que havia na minha ilusão

E o meu chalezinho no alto da serra 
Plantado na terra jamais se abriu 
Prefiro curtir pelo lado de fora 
Minha alma que chora nas noites de frio

Chalé de madeira, casinha criança 
A minha esperança rolou pelo chão 
A quem tu pertences nem sabe que existe 
Chalezinho triste da minha ilusão

Músicas do álbum Carlos Cezar E Cristiano (1989) (RGE 3086198) - (1989)

Nome Compositor Ritmo
Moça Do Carro De Boi Carlos Cezar / José Fortuna Toada
O Rei Da Estrada Carlos Cézar / Virginia Keer Balanço
Manhã Sem Aurora Carlos Cezar / José Fortuna Rasqueado
Vaya Com Dios Larry Russe / Inez James / Buddy Peper / Pedro I. Gamboa Balada
Lua E Flor Oswaldo Montenegro Balanço
O Menino Da Gaita Fernando Arbex / Sérgio Reis Balanço
A Volta Do Boiadeiro Teddy Vieira Toada
Eu Vendo Dois Olhos Negros Versão: Carlos Cezar / Tom Gomes Rasqueado
Vai Meu Carro, Vai Juracy / Marcito Toada
Chalé De Madeira Leonardo Rancheira
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