O Filho Do Caminhoneiro (Volume 4) (CONTINENTAL 171405638) - (1984) - Carlos Cézar e Cristiano
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Boiadeiro Mentiroso
Caminha o boiadeiro a passo lento na estrada
Levando como bagagem lembrança de sua amada
Que há muito deixou sozinha sentindo a dor da saudade
Dizendo que voltaria, boiadeiro diz a verdade.
Um boiadeiro não mente não se tem muito amor no coração
Um boiadeiro não mente não se tem muito amor no coração
Porém o tempo passou esperando o seu amado
Aquele rosto bonito agora estava marcado
De dor e de sofrimento, cansaço, mágoa e desgosto
Mas boiadeiro não mente, esperança brilha em seu rosto
Um boiadeiro não mente não se tem muito amor no coração
Um boiadeiro não mente não se tem muito amor no coração
Muitas boiadas passaram, boiadeiro não voltou
Mas um dia bem distante um berrante repicou
Assim seu amor tocava, bateu forte o coração
Chorou ao ver que era outro que tinha o berrante na mão
Um boiadeiro não mente não se tem muito amor no coração
Um boiadeiro não mente não se tem muito amor no coração
Que Será, Será
Quando eu era pequenino eu perguntava quando crescer
Serei eu pobre ou muito rico e eu ouvia assim:
Que será, será, aquilo que for será
O futuro não se vê, que será, que será.
O que for será...
Quando cresci me apaixonei e quis saber do meu amor
Se para sempre me amaria e ela me respondeu:
Hoje eu vivo o dia a dia dos bons momentos vou desfrutar
Se estou alegre ou muito triste nada vai regular
Lembrança
Lembrança por que não foge de mim
Ajude a arrancar do peito esta dor
Afaste meu pensamento e o seu
Porque vamos reviver este amor
Amando nós padecemos iguais
Eu tenho meu lar e ela também
É triste ser prisioneiro e sofrer
Sabendo que a liberdade não vem.
Vai lembrança não voltes mais
Para acalmar os meus ais
Deste dilema de dor
Vai para bem longe de mim
Não posso viver assim
Devo esquecer este amor
Lembrança já imaginaste o que é
Distante dois corações palpitar
Querendo junto viver sem poder
Com outra tem que viver sem amar
Enquanto você lembrança não for
É este o nosso dilema sem fim
Pensando nela eu vivo a sofrer
E ela também sofrendo por mim
Alma De Cigarra
Pra mim basta uma guitarra
Tenho alma de cigarra
Gosto mesmo é de cantar
Canto para minha gente
Digo aquilo que ela sente
E precisa escutar
Sem querer bancar o gênio
Da plateia ganho prêmio
Pois é simples minha arte
É um dom que vem de Deus
Porque são os sonhos meus
Na canção que se reparte
Canta cigarra, canta que eu fico alegre a te ouvir
Eu também estou cantando ouvindo o povo me aplaudir
Canta cigarra, canta que eu fico alegre a te ouvir
Eu também estou cantando ouvindo o povo me aplaudir
Canto sempre o dia a dia
A tristeza, a alegria
Da saudade á esperança
Não é só fogo de palha
É o amor que se espalha
E a todo mundo alcança
Agradeço comovido
Eu sonhei em ser ouvido
Por vocês que me escutaram
Sei que isso não é novo
Mas é pra você meu povo
Que eu agora estou cantando
Canta cigarra, canta que eu fico alegre a te ouvir
Eu também estou cantando ouvindo o povo me aplaudir
Canta cigarra, canta que eu fico alegre a te ouvir
Eu também estou cantando ouvindo o povo me aplaudir
Começo Do Fim
Se amor é isso que estou vivendo
Nunca mais eu quero amar um outro alguém
Pois estou vivendo em grande desespero
E já estou perdendo quem eu quero bem
Há homens que choram quando estão sofrendo
Outros desabafam na mesa de um bar
Mas é diferente o meu procedimento
Gosto de mim mesmo, para que chorar?
Se está vivendo infeliz comigo
Me abandone agora é melhor para nós dois
Pois quem não odeia pode ser amigo
Quando o amor é falso é pior depois
Se estou dizendo isso pra você
Tenho meus motivos pra desabafar
Pois estou notando tudo diferente
Até na maneira de você me olhar
Quando nós casamos eu chorei por dentro
A felicidade era dona de mim
Mas o tempo passa tudo vai mudando
Já estou sentindo o começo do fim
Se está vivendo infeliz comigo
Me abandone agora é melhor para nós dois
Pois quem não odeia pode ser amigo
Quando o amor é falso é pior depois
O Filho Do Caminhoneiro
Hoje é o meu aniversário, também faz alguns anos
Que meu pai perdeu a vida numa estrada
E eu sigo o mesmo itinerário vou junto a meu padrinho
Que era outrora seu amigo de jornada
Hoje é o meu aniversário, o dia está cinzento
E a chuva fina está molhando o m eu coração
Eu olho para o lado e vejo lágrimas nos olhos
Do padrinho recordando o amigão
Eu olho para o lado e vejo lágrimas nos olhos
Do padrinho recordando o amigão
Eu sou o filho do caminheiro
Faz alguns anos vou cortando estrada
Viajo ao lado de um homem valente
No sol, no inverno ou na pista molhada
Hoje é o meu aniversário, minuto por minuto
Eu espero esta data o ano inteiro
Onde meu querido pai morreu em sua homenagem
Se reúnem seus antigos companheiros
Vamos cantar todos numa só voz e ao mesmo tempo
Eu peço a cada um que acelere o seu caminhão
Que ele em sua estrada de estrelas vai acelerando
Em coro pelo azul da imensidão
Que ele em sua estrada de estrelas vai acelerando
Em coro pelo azul da imensidão
Eu sou o filho do caminheiro
Faz alguns anos vou cortando estrada
Viajo ao lado de um homem valente
No sol, no inverno ou na pista molhada
Eu sou o filho do caminheiro
Faz alguns anos vou cortando estrada
Viajo ao lado de um homem valente
No sol, no inverno ou na pista molhada
Amor Na Relva
Eu sempre me lembro do que houve entre nós
É muito difícil esquecer de lembrar
Foi muito bonito, foi felicidade
Amei o teu corpo, te fiz delirar
Hoje no presente vivo do passado
Me restou apenas a recordação
Porém não me canso de sua lembrança
Te levo pra sempre no meu coração
Te amei na relva no começo da manhã
E o sol nascendo viu nosso amor
Quando ele se foi você também se foi
E a lua veio assistir a minha dor
Teus olhos pequenos medindo meu corpo
Fizeram minha cabeça, meu bem
Mas tenho certeza que você não sabe
Fizeram meus olhos chorarem também
Num lugar distante bem longe daqui
Nosso amor se fez e ali mesmo morreu
Mas tenho comigo uma dor gostosa
Quem amou seu corpo primeiro fui eu
Te amei na relva no começo da manhã
E o sol nascendo viu nosso amor
Quando ele se foi você também se foi
E a lua veio assistir a minha dor
Que Pobres Tão Ricos
Não sei te lembras da nossa casinha
O piso de terra, o teto de zinco, luz de querosene
O pão era pouco, a fome era muita
Que nem mesmo dava pra gente ser pobre o simples salário
Eu nunca enxergava um filho na mesa
Porém nosso amor enchia a casa de felicidade
Que pobre tão rico diziam os outros
Quando abraçados, pela velha praça falavam de amor
Mas um dia de inverno o sol me aqueceu
A vida mudou e aquele cantinho desapareceu
O luxo chegou, a fome partiu
O amor acabou, você se entregou ao primeiro que viu
Que ricos tão pobre murmuram os outros
Quando nos encontram pela velha praça ou lugar qualquer
E agora que existe fartura na mesa
Que pobre me sinto por não mais te ver a mesma mulher
Vaqueiro Velho
Vaqueiro velho que um dia foi criança
E no aboio embalou sua ilusão
Sonhos crescendo ente a água da esperança
Correndo junto com você de pés no chão
Vaqueiro velho que domou a rês bravia
E foi destaque de rodeio e vaquejadas
Do peão garboso só restou a montaria
Lembrança, estória na parede pendurada
Hei gado rumina o tempo consumido pela dor
Hei, hei, hei, hei gado, pasta a paisagem deste sonho já sem cor
Vaqueiro velho que um dia viu a vida
Estraçalhada qual o boi que vai pro corte
Quando em rodeio sua perna foi ferida
Dia da caça em que o boi era mais forte
Vaqueiro velho que sem bois cortou madeira
A cabiúna, a imburana e juntou cola
E nem sei mesmo se por gosto ou brincadeira
Hoje repica a vida em sonhos de uma viola
Hei gado ouve a viola e o passado de um peão
Hei, hei, hei, viola, tempera a vida com toada e ilusão
Hei, hei, hei, viola, tempera a vida com toada e ilusão
O Ídolo
Era uma vez um menino que vivia cantando
Na sua casa, na igreja, em qualquer lugar
Filho de família pobre cresceu trabalhando
Nas folgas ele aprendeu a guitarra tocar
Tinha uma voz diferente que todos gostavam
Era dos caminhoneiros a grande atração
Naqueles postos de estrada quando ele chegava
Todos pediam uma canção
Love me tender, love me sweet, never let me go.
Até que um dia a sorte sorriu para ele
Gravou o primeiro disco e o mundo aplaudiu
Filmes, jornais e revistas, as rádios falavam
Do maior ídolo que neste mundo existiu
Porém a felicidade é tão passageira
E tudo aquilo pra ele foi só ilusão
Longe dos fãs e dos amigos de tudo e de todos
Parou pra sempre seu coração
Love me tender, love me sweet, never let me go
Love me tender, love me sweet, never let me go
Msicas do lbum O Filho Do Caminhoneiro (Volume 4) (CONTINENTAL 171405638) - (1984)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Boiadeiro Mentiroso | Cristiano / Carlos Cezar | Toada |
Que Será, Será | Jay Livingston / Ray Evans - Versão: Nadir Corte Real | Rancheira |
Lembrança | José Fortuna | Guarânia |
Alma De Cigarra | Carlos Cezar / Paulo Gaucho | Balanço |
Começo Do Fim | Cristiano / Ainda Dos Santos | Huapango |
O Filho Do Caminhoneiro | Carlos Cezar / Sebastião Ferreira Da Silva | Toada Ligeira |
Amor Na Relva | Cristiano / José Raimundo | Guarânia |
Que Pobres Tão Ricos | Carlos Cezar / Waldemar De Freitas Assunção | Balanço |
Vaqueiro Velho | Téo Azevedo / Thais De Almeida | Toada |
O Ídolo | Carlos Cezar / Djalma Chaves | Balada |