Cowboy Do Asfalto (POLIGRAM 848189) - (1990) - Chitãozinho e Xororó
EvidênciasÂ
Quando eu digo que deixei de te amar é por que te amo
Quando eu digo que não quero mais você, é por que te quero
Eu tenho medo de te dar meu coração e de confessar que estou nas tuas mãos
Mas não posso imaginar o que vai ser de mim se eu te perder um dia
Eu me afasto e me defendo de você, mas depois me entrego
Faça tipo, falo coisas que eu não sou, mas depois eu nego
Mas a verdade é que eu sou louco por você e tenho medo de pensar em te perder
Eu preciso aceitar que não dá mais para separar as nossas vidas
E nessa loucura de dizer que não te quero vou negando as aparências
Disfarçando as evidências, mas para que viver fingindo
Se eu não posso enganar meu coração eu sei que te amo
Chega de mentiras de negar meu desejo
Eu te quero mais do que tudo, eu preciso do teu beijo
Eu entrego a minha vida para você fazer o que quiser de mim
Só quero ouvir você dizer que sim
Diz que é verdade, que tem saudade
Que ainda você pensa muito em mim
Diz que é verdade que tem saudade
Que ainda você quer viver pra mim
Natureza, Espelho de DeusÂ
Eu sou a água dos rios das beiras da terra
A dar de beber as sedentas sementes
Eu sou a nascente, o cerrado e a serra
Eu sou o grito de dor da madeira ferida
A relva, a selva, a seiva da vida
Peão boiadeiro que o laço não erra
Eu sou o doce das frutas, a erva que amarga
O quarto de milha e o manga larga
As águas revoltas são os prantos meus
Quem envenena meus mares, me queima e desmata
Me sangra sem pena, aos poucos me mata
Não vê que eu sou o espelho de Deus
Eu sou a natureza, indefesa, não me trate assim
Eu sou a águia, a baleia e o angelim
Somos irmãos da terra, pedra, bicho, planta, gente, enfim
Pra que essa vida viva cuida bem de mim
Eu sou o sol das manhãs sobre minhas campinas
O frio das neves, as claras colinas
Os pássaros livres, a sombra que resta
Eu sou o bicho do mato, a flor pantaneira
Eu sou a savana, a serpente, a palmeira
O cheiro do verde que vem da floresta
Sou cavaleiro do mundo, eu sou a boiada
Eu sou o estradeiro e o pó da estrada
Sou crença nos olhos dos homens ateus
Quem me devasta, me fere, me caça, me extingue
Me arranca as raÃzes não deixe que eu vingue
Não pode se ver no espelho de Deus
Eu sou a natureza, indefesa, não me trate assim
Eu sou a águia, a baleia e o angelim
Somos irmãos da terra, pedra, bicho, planta, gente, enfim
Pra que essa vida viva cuida bem de mim
É Assim Que Te AmoÂ
Sem me pedir você chegou assim e se alojou dentro de mim
Fez e desfez no meu interior e me ensinou o que é o amor
E agora vem dizer que eu preciso te esquecer
Pois tudo acabou que foi bom enquanto durou
Será que você não pode entender que eu sem você não sei viver
Sou mais, mais você do que eu é assim que te amo
Muito mais que a mim mesmo é assim que te amo
Sem você não existo pra mim
Será que você não pode entender que eu sem você não sei viver
Sou mais, mais você do que eu é assim que te amo
Muito mais que a mim mesmo é assim que te amo
Sem você não existo pra mim
Tô Deixando VocêÂ
To deixando você to deixando essas coisas que me sufocam
O amor sem amor q emoção sem valor e o sabor das mentiras amargas na boca
To deixando você o que eu quero dá vida é bem mais que o costume
De viver com alguém sem prazer sem ciúme de viver por viver nessa monotonia
To deixando você se eu não posso te amar posso ser teu amigo
Sem brigar com você faço as pazes comigo e te vendo de longe eu te vejo melhor
Adeus é a palavra que a gente tem medo de usar
Eu não vou te dizer que não vou mais voltar
Só estou te dizendo que to indo embora
Adeus até breve, até nunca ou até daqui a pouco
Desta vez eu me certo ou então fico louco
Desta vez eu te esqueço ou te assumo de vez
Bom Dia
O grande sentido da vida é a gente vencer cada dia
Como se fosse o maior de todos os prêmios
E quem pode dar a partida são todos que têm harmonia
Pra gente cantar a canção do terceiro milênio
A gente tem muita esperança devemos plantar a semente
Queremos colher o sorriso que tem nossa gente
Ninguém vai mudar nossa idéia e eu sei que você vai sorrir
Por isso cantamos bem alto pro mundo ouvir
Bom dia! (Bom dia!)
Bom dia! (Bom dia!)
Bom dia pro sol da manhã
Bom dia pros homens da Terra
Bom dia irmão ou irmã
Bom dia pra quem não faz guerra
Bom dia! (Bom dia!)
Bom dia! (Bom dia!)
Bom dia, ó Mãe Natureza
Bom dia, ó Pai, Salvador
Bom dia pra toda criança
Pra toda pessoa que planta o amor
Nuvem de LágrimasÂ
Há uma nuvem de lágrimas sobre meus olhos
Dizendo pra mim que você foi embora
E que não demora meu pranto rolar
Eu tenho feito de tudo pra me convencer
E provar que a vida é melhor sem você
Mas meu coração não se deixa enganar
Vivo inventando paixões pra fugir da saudade
Mas depois da cama a realidade
É só sua ausência doendo demais
Dá um vazio no peito, uma coisa ruim
O meu corpo querendo seu corpo em mim
Vou sobrevivendo num mundo sem paz
Ah, Jeito triste de ter você
Longe dos olhos e dentro do meu coração
Me ensina a te esquecer
Ou venha logo e me tire dessa solidão
Cowboy do AsfaltoÂ
São três horas da manhã, o sol ainda está dormindo
Lá vou eu mais uma vez outra viagem
E enquanto esquenta o motor do caminhão
Eu escuto pelo rádio alguma informação
Uma voz bem conhecida diz cuidado, companheiro
Vai chover e o asfalto fica perigoso
Uma oração pra Deus que me acompanhe na jornada
Vou pra dentro da cabine e pego a estrada
Como quem entra na arena de um rodeio
Pego as rédeas do volante e chego o reio
Se de longe alguém me escuta buzinar bem alto
Sabe que ali vai um cowboy do asfalto
Quando passa um caminhão ali vai sempre um bom amigo
Um irmão de profissão mais um guerreiro
Um aceno e lá se vai igual um furacão
Que Deus viaje sempre no seu caminhão
Entre uma canção e outra alguém me lembra pelo rádio
Que é preciso ter cuidado a toda hora
Devagar também é pressa e quem espera sempre alcança
E atrás da bola sempre uma criança
Como quem entra na arena de um rodeio
Pego as rédeas do volante e chego o reio
Se de longe alguém me escuta buzinar bem alto
Sabe que ali vai um cowboy do asfalto
Sempre quando a noite vem encosto o meu velho estradeiro
Vejo se não tem nenhum pneu furado
Como alguma coisa e na cabine vou dormir
E a saudade do meu bem me pede pra seguir
A viagem continua e tem neblina lá na frente
Mas quem tem um bom amigo não tem medo
Pelo rádio ele me avisa dos perigos que há lá diante
Pé no freio e mãos bem firmes no volante
Como quem entra na arena de um rodeio
Pego as rédeas do volante e chego o reio
Se de longe alguém me escuta buzinar bem alto
Sabe que ali vai um cowboy do asfalto
Meus DireitosÂ
Eu sou tudo que a vida tem pra me oferecer
Meu Deus é força que hoje brota no meu peito
Luto pelos meus direitos quero este amor aqui
Aqui onde a semente está prá desabrochar
Chegando a flor ganhando vida e seu lugar
Tudo renasce no mistério deste céu e mar
Aqui onde as plantas lutam pra sobreviver
O mesmo amor que tenho pela natureza
Deus me deu e com certeza juro tenho por você
Assim o sol sorri quando ele despe pro teu despertar
A lua branca se escondendo neste madrugarÂ
Vejo os teus olhos espreguiçando para me olhar
É assim a gente planta uma flor pra admirar
Ela dá frutos a gente torna a plantar
Vem outro alguém rouba as sementes e nos faz chorar
Vem pra mim que eu te planto de uma vez dentro do peito
Pois eu duvido que lá fora dêem um jeito
Você é minha, quero ver alguém roubar
Eu sei que há momentos em que penso em desistir
Noutros lugares a saudade me acompanha
Solidão eu te proÃbo de querer me perseguir
Assim nada me importa quando não está aqui
Bem lá no fundo me incomoda esta dor
Mas no amor eu acho forças para prosseguir
É assim a gente planta uma flor pra admirar
Ela dá frutos a gente torna a plantar
Vem outro alguém rouba as sementes e nos faz chorar
Vem pra mim que eu te planto de uma vez dentro do peito
Pois eu duvido que lá fora dêem um jeito
Você é minha, quero ver alguém roubar
Gente HumildeÂ
Tem certos dias em que eu penso em minha gente
E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aà me dá como uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com quem contar
São casas simples com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda flores tristes e baldias
Como alegria que não tem onde encostar
E aà me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar
Sem História, Sem DestinoÂ
De repente assim sem mais nem menos
Nem adeus nós nos dissemos
Sem palavras nos perdemos por que motivo?
Sem você sou frágil, sou menino
Sem história, sem destino
Sua ausência é um deserto onde eu não vivo
Morro a cada lua sem te ver
No abismo dessa cama
Cada lágrima que vem diz que te ama
Você não saiu da minha pela
O meu desejo caça seu corpo
Quando em outra tento te esquecer
Você chegou partida
E me partiu assim
Saiu da minha vida
Mas não saiu de mim
E me deixou assim
LongeÂ
Tão longe estás de mim que eu penso ser o fim
Do nosso grande amor por não ouvir a sua voz
Mil vales, céus e rios ficaram no vazio
Pavor do nunca mais somente existe nós
O Longe me faz mal por que lembra final
E o fim me desespera neste tempo de esperar
Que volta aos braços meus por que depois de adeus
A dúvida ficou se vais ou não voltar
Na espera do será a gente nunca está
Completamente só se olhar num ponto muito além
A lua na amplidão a iluminar no chão
De nossa solidão os passos meus e seus também
Se a lua que te ver dissesse o que você
Está pensando agora nesta ausência tão cruel
Se já me esqueceu ou lembras como eu
E ao nosso juramento se mantém fiel
Músicas do álbum Cowboy Do Asfalto (POLIGRAM 848189) - (1990)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Evidências | Paulo Sergio Valle / José Augusto | Balanço |
Natureza (Espelho De Deus) | Paulo Debétio / Paulinho Resende | Balada |
É Assim Que Te Amo | Hammond / Hazlewood - Versão: Xororó | Ritmo Jovem |
Tô Deixando Você | Chico Roque / Carlos Colla | Balanço |
Bom Dia | Mário Marcos | Balada |
Nuvem De Lágrimas | Paulo Debétio / Paulinho Resende | Rasqueado |
Cowboy Do Asfalto | Joel Marques | Country |
Meus Direitos | Roberta Miranda | Balanço |
Gente Humilde | Garoto / Chico Buarque / Vinicius De Moraes | Seresta |
Sem Estória Sem Destino | Paulo Debétio / Paulinho Resende | Balanço |
Longe | José Fortuna / Carlos César | Balada |