Por Do Sol (RGE 3086219) - (1989) - Dino Franco e Mouraí

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Pôr Do Sol
No pôr do sol eu vejo as aves revoando
Cada uma procurando um lugar para pousar
O rei dos astros vagaroso e reluzente
Pela estrada do poente vai sozinho viajar

As nuvens brancas vão ficando coloridas
E parecem comovidas se despedindo de alguém
Enquanto a Terra sente o resto de calor
Eu sinto imensa dor da saudade do meu bem

No outro dia o sol volta da viagem
Vem tirando da ramagem o orvalho que ficou
Só em meus olhos permanecem sem piedade
O orvalho da saudade do amor que me deixou

O véu da noite do nascente se desprende
Lentamente se estende revestindo a natureza
Porém não cobre esta dor que já é grande 
E ainda se expande nos meandros da tristeza

Vem-me a lembrança de um pôr do sol distante
Cultivando num instante orvalhar os olhos meus
Porque a mulher que meu coração adora
No pôr do sol foi embora nem se quer me disse adeus

No outro dia o sol volta da viagem
Vem tirando da ramagem o orvalho que ficou
Só em meus olhos permanecem sem piedade
O orvalho da saudade do amor que me deixou

Nunca Mais
Quando alguém que um dia partiu e agora não sei onde está
Nunca mais outro amor existiu e eu sei que não existirá
Imagino teus olhos azuis e pedindo para te abraçar
No teu corpo eu sinto calor e até ouço o teu respirar

Onde está nesta hora meu bem em que ponto da vida estará
Peço a Deus que te lembres também deste alguém que não te esquecerá
Não ouvi tua voz nunca mais nunca mais o teu corpo toquei
Nunca mais senti teu calor nunca mais os teus lábios beijei

Confissão

Depois que acostumei viver contigo
Depois que enfeitastes nosso abrigo
Sem motivo deixastes de mim
Nem sei dizer o quanto foi doído
Ver todo meu sonho destruído
E a voz do teu adeus dizendo assim

Perdoe meu bem por confessar que não te quero mais
Se compreender partirei em paz
E entre nós não vai haver rancor
Perdão meu bem sejas feliz que eu também serei
Viver mentindo é contra a lei
Por ti jamais eu vou sentir amor

Brinquedo De Criança
Eu quando penso que jogamos tudo fora
E que você já foi embora esquecendo nosso lar
Me modifico sinto ódio de mim mesmo
Por dizer coisas a esmo e depois ter que chorar

Mas quando penso que você também errava
Que às vezes me evitava me deixando pra depois
Eu que padeço e a amo loucamente
Me condeno de repente tendo ódio de nós dois

Quantas pessoas que torciam pela gente
Nossos amigos ou parentes vem falar-me sobre nós
Eu me envergonho arrasado moralmente
Um soluço finalmente vem calar minha própria voz

Tudo por causa desse amor tão imaturo
Que apressou nosso futuro e a nós todos enganou
Amor loucura, sem juízo e esperança
Um brinquedo de criança que de frágil se quebrou

Quando me dizem que você quase não come
E que só fala em meu nome e não esqueceu de mim
Eu quase morro de angústia e sofrimento
Me pergunto em pensamento como pode ser assim

Que contra senso esse amor de adolescentes
Que por ser inconsequente pela vida se perdeu
Plantinha triste que nasceu na primavera
Mas fraquinha como era vicejou, mas não cresceu

Porto Triste
A Chalana foi e levou meu bem
Pelo rio além quanta dor

Eu fiquei no Porto chorando minha cruel paixão
Acalmando meu triste coração
Que só por um triz não morreu de amor

Eu fiquei no Porto chorando minha cruel paixão
Acalmando meu triste coração
Que só por um triz não morreu de amor

Já não sei viver juro que não sei
Vou morrer talvez de chorar

Minha pobre alma ficou sentindo tamanho frio
Neste Porto triste do grande rio
Que levou meu bem pra não mais voltar

Minha pobre alma ficou sentindo tamanho frio
Neste Porto triste do grande rio
Que levou meu bem pra não mais voltar
A Chalana foi e levou meu bem

Conflitos
Clima de suspense paira sobre a Terra é o fim dos tempos já vejo os sinais
Pestilências, fome, terremotos, guerras inquietação e temores gerias
Muitos perseguidos por causa de um nome presente conflito entre filhos e pais
E devido a falta de amor entre os homens vejo muita gente morrendo de fome
Enquanto alguns morrer por comer demais

A caça e a pesca indiscriminadas estão extinguindo espécies animais
A fauna e a flora sendo devastadas já nos restam poucas áreas florestais
Nossa juventude buscando prazeres zombam dos antigos valores morais
Sofrem consequências sem nada a dever há filhos que morrem antes de nascer
Ou crescem jogados pelo amor dos pais

Vejo nossa Terra toda dividida cheia de conflitos internacionais
O egoísmo faz a verdade esquecida que perante deus somos todos iguais
A atmosfera está poluída há também nas águas venenos mortais
As sofisticadas armas nucleares podem toda Terra mandar pelos ares
Ao se confrontarem potências rivais

Porém não devemos perder a esperança pois o Criador prometeu e nos traz
Uma nova era cheia de bonança e sua palavra nunca volta atrás 
Seu grande projeto será realizado um mundo habitado por homens leais
Fiel é a promessa no livro sagrado o nosso planeta será transformado
Em um paraíso de amor e de paz

Candidato Caipira
Vou embora pra cidade chega de viver no mato
Não quero mais conviver com este povo pacato
Um velho sonho que eu tenho quero transformar num fato
Vou deixar de ser honesto, sair do anonimato
Pra mostrar que estou vivo a um cargo eletivo eu quero ser candidato

Com minha cara de pau, vou entrando de gaiato
Fazendo minha campanha, espalhando o meu retrato
Se eu ganhar a presidência vai ser o maior barato
Que se danem os operários e os caipiras lá do mato
Cada um tem sua vida, com essa gente sofrida eu não quero mais contato

Quero ser o presidente todo cheio de aparatos
Ambicioso como Judas, covarde como Pilatos
Depois de encher a barriga eu quero quebrar o prato
Quero frequentar banquetes, passear de avião a jato
Eu sendo rei do terreiro, vou cantar no meu poleiro quem fica no chão é pato

Vou fazer do meu governo um exemplo de status
Quero muita mordomia, inflação eu não combato
Pouco importa se a pobreza não possa comprar sapatos
Vou punir o cidadão que discordar dos meus atos
A coisa que mais anseio é sair de bolso cheio no final do meu mandato

Amanhecer Divino
Amanheceu oh santo Deus que maravilha
Olha o sol como rebrilha no caudal do ribeirão
A alvorada despertando a natureza
Resplandece a beleza no romper do seu clarão

Cantam cigarras e revoam beija flores
Neste festival de cores que o nosso Pai criou
Os bem-te-vis orquestrando em sinfonia
Saúdam com alegria mais um dia que raiou

Amanheceu, amanheceu

Nas verdes copas dos pinheiros das colinas
Há rumores de oficina que parecem ser reais
São arapongas a cumprir com seus destinos
Imitando a voz dos sinos quando batem seus metais

E junto a junte de vaidade quase humana
Uma linda suçuarana gosta de se admirar
Também seguida mansamente ela caminha
Mais parece uma mocinha quando sai a passear
Amanheceu, amanheceu

Eu sou pequeno bem menor que um pedregulho
Mas eu tenho um orgulho que não é pecado não
Me regozijo oh meu Deus por ser teu filho
Ser poeta e andarilho pra cantar pro teu sertão

Mundo perfeito de amanhecer divino
Onde vejo Deus-menino cada vez que o dia vem
Este universo há de ter outras moradas
Onde anjos de mãos dadas cantam comigo também
Amanheceu, amanheceu

Vivendo Por Viver
Por Deus que ainda choro se alguém falar pra mim
Que ela está com outro não se importando que estou aqui
Morrendo pouco a pouco vivendo por viver
Estou ficando louco só de imaginar que ela não quer me ver

Até a solidão se apoderou de mim
Estou amargurado um tanto desolado por viver assim
Procuro disfarçar não dá pra esconder
Com o coração doente de tudo me lembro sofro por você

O pouco que ainda resta em mim é o muito que te quero
É grande a traição, mas o meu coração ainda é sincero
Desejo tanto dar-te amor matar minha vontade
Usa a sensatez não queira de uma vez que eu morra de saudade

Crepúsculos Vermelhos
Dolorosos fins de tarde em que o sol se põe em brasa
Por detrás daquela casa onde não mora mais você
São crepúsculos vermelhos torturantes insensíveis
Que as noites mais horríveis vem zombar do meu sofrer

E pensar que há pouco tempo quando a gente namorava
Nessa hora encontrava perfumada como a flor
E o entardecer de sonhos como rubro relicário
Era o fundo do cenário de um romance de amor

Folhas mortas de uma história que perdura na memória que ninguém pode apagar
Nem você amor saudade nem você que me judia reconhece agonia desta dor crepuscular

Hoje não há mais magia quando a tarde vai se embora
Quem sorria hoje chora pressentindo o anoitecer
O romance virou drama ao romper-se a trajetória
De um amor que teve glória e hoje custa esquecer

É por isso que detesto fim de tardes de hoje em dia
Pois me trazem nostalgia que não sei como apagar
Você foi tenho certeza pôr do sol da minha vida
Numa tarde colorida que se foi pra não voltar

Folhas mortas de uma história que perdura na memória que ninguém pode apagar
Nem você amor saudade nem você que me judia reconhece agonia desta dor crepuscular

Preciso Tanto De Você
Meu bem preciso do seu beijo do seu carinho do seu olhar
Do seu semblante sempre alegre do seu jeitinho de me amar
Preciso tanto do seu corpo do rosto para acariciar

O mar também precisa da areia para se estender
A lua da escuridão precisa para aparecer
A planta sem a chuva na terra não pode crescer
Assim é minha vida precisa tanto de você

Louvor À Brasília
Brasília capital da esperança arquivo memorial de J. K.
Tu és do centro-oeste a mais criança excelsa a visão do nosso olhar
O povo te saúda com bandeiras em todo dia vinte e um de abril
Tu és a princesinha brasileira Brasília capital do meu Brasil

Abraça os teus filhos pioneiros que vivem a cumprir seus ideais
Mantendo o progresso do planalto Brasília coração do meu Goiás
Abraça os teus filhos pioneiros que vivem a cumprir seus ideais
Mantendo o progresso do planalto Brasília coração do meu Goiás

O povo te saúda com bandeiras em todo dia vinte e um de abril
Tu és a princesinha brasileira Brasília capital do meu Brasil

Abraça os teus filhos pioneiros que vivem a cumprir seus ideais
Mantendo o progresso do planalto Brasília coração do meu Goiás
Abraça os teus filhos pioneiros que vivem a cumprir seus ideais
Mantendo o progresso do planalto Brasília coração do meu Goiás

Músicas do álbum Por Do Sol (RGE 3086219) - (1989)

Nome Compositor Ritmo
Pôr Do Sol Jesus Belmiro / Claudio Balestro Toada
Nunca Mais Dino Franco / Tenente Wanderley Rancheira
Confissão Dino Franco / Secreto Bolero
Brinquedo De Criança Dino Franco / Tenente Wanderley Guarânia
Porto Triste Dino Franco / Secreto Rasqueado
Conflitos Dino Franco / Pedro Ornelas Guarânia
Candidato Caipira Dino Franco / Nhô Chico Cururu
Amanhecer Divino Dino Franco / Tenente Wanderley Toada
Vivendo Por Viver Maracaí / Dimarco Guarânia
Crepúsculos Vermelhos Dino Franco / Tenente Wanderley Rasqueado
Preciso Tanto De Você Miguel Angelo / Carlos A Mazzer Chula
Louvor À Brasília Dino Franco / José Milton Falheiros Marcha
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