As Mais Românticas De Tião Carreiro E Pardinho (CD 826044030) - (2002) - João Mulato e Douradinho

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Raízes Do Amor
As raízes do amor brotam mais depressa
Plantada num coração cheio de bondade
Adubada com abraços e muitos carinhos
E regada com os beijos de felicidade

Plantei minha esperança no chão do seu peito
Mas o sol do seu desprezo do cruel verão
Não deixou que as sementes criassem raízes
Que secaram na estiagem do seu coração

Amor que não tem raízes
Dura pouco ou quase nada
Nasce na boca da noite
Pra morrer de madrugada

Raízes de amor sincero não terminam nunca
Cai o troco e elas ficam numa longa espera
E a chuva de ternura sobre elas chegam
Para se vestir de novo numa primavera

O amor que eu perdi me deixou raízes
Hoje apenas num aceno que ela me fez
Num longo abraço apertado nos reconciliamos
E no peito eu sinto a aurora brilhar outra vez

Amor que não tem raízes
Dura pouco ou quase nada
Nasce na boca da noite
Pra morrer de madrugada

A Mão Do Tempo
Na solidão do meu peito o meu coração reclama
Por amar que está distante e viver com quem não ama
Eu sei que você também da mesma sina se queixa
Querendo viver comigo, mas o destino não deixa
 
Que bom se a gente pudesse arrancar do pensamento
E sepultar a saudade na noite do esquecimento
Mas a sombra da lembrança é igual a sombra da gente
Pelos caminhos da vida ela está sempre presente
 
Vai lembrança e não me faça querer um amor impossível
Se o lembrar nos faz sofrer esquecer é preferível
O que adianta querer bem alguém que já foi embora
É como amar uma estrela que foge ao romper da aurora
 
Arranque da nossa mente horas distante vividas
Longas estradas que um dia foram por nós percorridas
Apague com a mão do tempo os nossos rastos deixados
Como flores que secaram no chão do nosso passado

Veneno Lento
São quatro horas desta madrugada fria
Neste tormento eu não consigo dormir
A solidão neste quarto é demais
Desesperado sem destino vou sair
 
Provavelmente hoje não volto pra casa
Quero beber até o dia clarear
Enquanto ela amanhece em outros braços
Eu amanheço bebendo de bar em bar
 
Oi, saudade, veneno lento que está me torturando
Oi, saudade, veneno lento que aos poucos vai me matando
 
E quando o sol clarear o novo dia
Pressinto a mágoa que existe em meu rosto
Amargurado e solitário vou dormir
Pra dar repouso ao cansaço e ao desgosto
 
Isso acontece uma noite atrás da outra
Não durmo em casa nem uma noite se quer
Nem que eu beber toda bebida deste mundo
Eu não consigo esquecer esta mulher
 
Oi, saudade, veneno lento que está me torturando
Oi, saudade, veneno lento que aos poucos vai me matando

Velho Amor
No chão que eu pisei, você já pisou
O ar que eu respirei,você respirou
Da água que eu bebi, você já bebeu
Do pão que eu comi, você já comeu

Amor, meu velho amor
Amor que sobre e não reclama
Eu destruí a sua juventude
E acabei com a sua saúde
Fiz pra você todo mal que pude
E ainda sou o homem que você ama

O pranto que eu chorei, você já chorou
O frio que eu passei, você já passou
No quarto que eu dormi, você já dormiu
A fome que eu senti, você já sentiu
 
Amor, meu velho amor
Amor que sobre e não reclama
Eu destruí a sua juventude
E acabei com a sua saúde
Fiz pra você todo mal que pude
E ainda sou o homem que você ama

A Saudade Continua
Saudade palavra linda que todos querem falar 
Pra gente sentir saudades, saudade tem que deixar 
Saudade neste meu peito chegou a criar raiz
Saudade de longe vem, a saudade de alguém que já me fez feliz 

Já fazem quase três anos não tenho notícias sua
Apesar de tanto tempo a saudade continua
Velhos guardados de amor tempos que não voltam mais
Queria eu ser feliz e a saudade não quis e nem a saudade me deixa em paz
 
Oh! Que maldita saudade porque me maltrata assim
Será que aonde ela está sente saudade de mim
Foi uma linda mulher, perdição da minha vida
Saudade eu peço pra você para sempre esquecer essa ingrata fingida

Nossos Devaneios
Esse amor bonito queimando em meu peito
Mostra meu direito de poder te amar
Sinto-me tomado por seus devaneios
De mistérios cheios pra eu desvendar
Tua formosura tanto me fascina
Que me alucina entre os teus ais
Vejo me envolvido nestes teus anseios
Atingindo em cheio os meus ideais
Neste universo de sonho e magia que vivemos nós
Sinto o teu corpo ouço a tua voz
Dizendo baixinho meu amor é teu
E na claridade destes olhos lindos foi que me tornei
Teu dono amante, santo e teu rei
Ninguém neste mundo é mais feliz que eu
 
Tua formosura tanto me fascina
Que me alucina entre os teus ais
Vejo me envolvido nestes teus anseios
Atingindo em cheio os meus ideais
Neste universo de sonho e magia que vivemos nós
Sinto o teu corpo ouço a tua voz
Dizendo baixinho meu amor é teu
E na claridade destes olhos lindos foi que me tornei
Teu dono amante, santo e teu rei
Ninguém neste mundo é mais feliz que eu

Amor E Saudade
Eu passei na sua terra já era de madrugada
As luzes da sua rua estavam quase apagadas
Fiquei horas recordando a nossa vida passada
O tempo do nosso amor que se acabou tudo em nada
 
A sua casinha triste estava toda fechada
Pelo varal do alpendre umas roupas penduradas
Conheci no meio delas sua blusa amarelada
Aumentou minha saudade eta! vida amargurada
 
No tempo que nós se amava eu fiz muita caminhada
Chegava na sua casa mesmo sendo hora avançada
Você de casaco preto vinha toda enamorada
Ali nós dois se abraçava sem que ninguém visse nada
 
Mas no mundo tudo passa a sorte é predestinada
Você se casou com outro eu segui minha jornada
Deixei você me acenando lá na curva da estrada
Adeus cabocla faceira rosa branca perfumada

Vim Dizer Adeus
Eu vim dizer adeus, amor
Sei que me dói demais o adeus
Mas Levarei por onde for
As marcas deste amor 
Amor que não morreu
Amor que vive e mim
Amor que não é meu

Eu não tenho mais o teu calor
Teus longos beijos de amor
Pra outro eu perdi
Não, não adianta esperar
Se já tem outro em meu lugar
Nada mais me prende aqui

Eu não tenho mais o teu calor
Teus longos beijos de amor
Pra outro eu perdi
Não, não adianta esperar
Se já tem outro em meu lugar
Nada mais me prende aqui

Meu Passado
Se os dias do meu passado renascessem novamente
Eu teria ao meu lado quem eu amo loucamente
Meus sonhos teriam vida meus lábios beijos ardentes
Eu não padecia mais, afogando os meus ais e a dor que meu peito sente
 
Se voltassem meus cabelos a cor de antigamente
As rugas que me envelhecem se acabavam simplesmente
Minhas pernas enfraquecidas ficariam resistentes
Eu seguia a minha estrada procurando minha amada que eu perdi para sempre
 
Vai bem longe aquele tempo que jamais me sai da mente
Levando a felicidade que passou tão de repente
Assim como o vento passa vai pra outros continentes
Passou minha mocidade só deixando por maldade a velhice no presente
 
Vivo mergulhado em pranto a fingir que estou contente
Carregando sofrimento que aos poucos mata a gente
No silêncio dos meus dias eu alcançarei somente
O final da minha estrada onde eu encontro morada pra morar eternamente

Estrela De Ouro
Meu Deus onde está agora a mulher que amo
Será que está sozinha ou acompanhada
Só sei que aqui distante eu estou morrendo
Morrendo de saudade dela num mundo de lágrimas
 
Meu Deus mande que o vento encontre com ela
Pra dar minhas tristes notícias com seu açoite
Dizer que por não estar abraçado por ela
Eu choro num canto escondido no colo da noite
 
Meu Deus eu morro por ela e a ausência dela provoca meu choro
Ela é a luz que me ilumina, deusa da minha sina minha estrela de ouro

Despedida
Muito breve daqui estarei partindo
Para sempre te darei o meu adeus
Vou chorando sei que tu fica sorrindo
O pranto amargo que corre dos olhos meus
 
Eu estou certo que nunca me amou
Me despreza e eu sofro sem merecer
Vou partir não suporto esta dor
Vou enfim lhe procurar te esquecer
 
Se alguém te perguntar por que parti
Seja sincera esta vez, por favor
Diga que fui só porque não resisti
Amar-te tanto e tu zombar do meu amor
 
Eu bem sei que sou um tolo em pensar
Que partindo poderei te esquecer
Tenho desejo de para sempre te odiar
Mas eu sei que vou te amar até morrer

Estrela Da Madrugada
Quarto meu teatro de amor
Nesta cama uma flor eu morri de amar
Quarto dos meus loucos desejos
Mil carícias e beijos hoje eu vi acabar
Quarto, a solidão me anseia
O abajur ainda clareia
O lugar dela vazio
Quarto, eu fiquei no mundo da lua
Lá no teatro da rua
Uma nova estrela surgiu

Era ela a razão da minha vida
A minha flor mais querida
Que o destino meu deu e tomou
Hoje ela entre as flores é a mais procurada
É a estrela da madrugada
Que no céu do meu sonho apagou

Eu, A Viola E Ela
Por causa de você viola quem diz que me adora quer me abandonar
Por ciúme vive a me dizer pra eu escolher com quem vou ficar
Gosto dela e vou sofrer muito, mas este absurdo jamais eu aceito
E prefiro chorar o adeus de quem me conheceu com a viola no peito 
Viola eu me lembro ainda ela estava tão linda naquela janela
E você com o seu ponteado tão apaixonado foi quem me deu ela
Por isso não vou abrir mão deste meu coração que ela quer lhe roubar
Mas se ela for mesmo embora é com você viola que eu vou ficar
 
Viola estou muito triste, mas a dor que existe você me consola
Em seu braço eu faço queixume do amor que o ciúme vai levar embora
E prevejo a qualquer momento este amor ciumento nos deixar pra sempre
Mas que Deus lá do céu lhe acompanhe e deixe que eu ame a viola ela somente

Adeus Meu Bem, Adeus
Adeus meu bem adeus, adeus que eu já vou embora 
Sigo viagem chorando quem fica não sei se chora 
Vou tirar meu coração fazendo um corte no peito 
E deixo pra quem eu amo pra guardar com muito jeito 
Se tiver um lugar no mundo que ainda ninguém pisou 
Eu saio agora sofrendo chorando pra lá eu vou

Adeus meu bem adeus, adeus que eu já vou embora 
Sigo viagem chorando quem fica não sei se chora
Quem me dera estar agora nos braços de quem eu amo 
Eu queria mas não posso é só pranto que derramo 
O amor me deu um tombo chorando vou levantar 
Quem leva tombo de amor não levanta sem chorar 

Adeus meu bem adeus, adeus que eu já vou embora 
Sigo viagem chorando quem fica não sei se chora

Músicas do álbum As Mais Românticas De Tião Carreiro E Pardinho (CD 826044030) - (2002)

Nome Compositor Ritmo
Raízes Do Amor Paraíso / José Fortuna Rancheira
A Mão Do Tempo Tião Carreiro / Zé Fortruna Cateretê
Veneno Lento Tião Carreiro / Zé Matão Rojão
Velho Amor Tião Carreiro / Donizete Guarânia
A Saudade Continua Tião Carreiro / Zé Matão Querumana
Nossos Devaneios Lourival Dos Santos / Tião Carreiro Guarânia
Amor E Saudade Dino Franco / José Milton Falheiros Cateretê
Vim Dizer Adeus Tião Carreiro / Paraíso Balanço
Meu Passado Dino Franco Cateretê
Estrela De Ouro Ronaldo Adriano / Tião Carreiro Guarânia
Despedida Carreirinho Balada
Estrela Da Madrugada Tião Carreiro / Paraíso Rancheira
Eu, A Viola E Ela Praense / Peão Do Vale / Chicão Pereira Cateretê
Adeus Meu Bem Adeus Lourival Dos Santos / Tião Carreiro Guarânia
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