Mineiro E Manduzinho - 78 RPM 1955 (RCA Victor 801488) - (1955) - Mineiro e Manduzinho (Primeira Dupla: Década De 1950)

Baile Moderno
Pra cantar essa moda eu peço permissão 
Pras mocinhas que dançam na bonita reunião
Eu também não sou santo pra quere da lição 
No sistema moderno dessa diversão
Pois eu não tenho nada a perder 
Mas porém posso dar opinião
Se eu bato nessa tecla é com muita razão 
Por ver a vergonha de certas função
Os moço ali vai não perde a ocasião 
Vê pai de família com a cara no chão, ai 
Com o modo das filhas dentro do salão

Elas chegam no baile já vem um bonitão 
Com cabelo de poeta e a moda jaquetão
Essas boca de sino mostrando o garrão 
É um terno de luxo feito a prestação
O tal fala bonito de fato 
Com o seu sotaque de Dom Juan
Dizendo que o tal na repartição 
E ainda tem cara de ser valentão
E as moças acredita nessas tapeação 
Mal sabe as coitadas que o tal malandrão, ai 
Não traz na algibeira um triste tostão

Quando o baile se acaba já é madrugadão 
No caminho de casa não tem luz, nem lampião
Se os dois abusaram um pouco do quentão 
O que vai acontecer comentar nem é bom
E a moça sendo elogiadas
Ficam mole que nem requeijão
Se elas vai no bico do espertalhão 
O caboclo empaca no pé do mourão
O preto no branco ele não passa não 
O tal pica o burro e já dobra o espigão ai 
Deixando a mocinha em má situação

As mocinhas ajuizadas não vai nesta ilusão 
Elas só vão no baile com o pai os irmão
Se o rapaz quer dançar e tem boa intenção 
Ele fala pro velho com educação
Me permita eu tirar vossa filha 
Se o velho da autorização
Os dois dança de longe sem exibição 
Isto é um prazer pra um cidadão
Não toma uma tábua nesta condição 
A fruta madura tem mais cotação, ai 
Quando ela ta longe do alcance da mão

Homem Perverso
No alto da Campininha conheci o José Machado
E também a dona Rosa pouco tempo eram casado
Tinham dois filhos pequenos o nome eu não to lembrado
Era um homem perverso não pensava no pecado
Judiava da mulher trazia os filhos num cortado

A senhora dona Rosa com paciência ela sofria
Por ser mãe tão amorosa nem de casa não saía
O marido tão violento quase sempre lhe batia
Um dia de madrugada sendo que nem entendia
Tirou a vida da mulher na hora que ela dormia

Esse homem desumano tal e qual alma criminosa
Como foi tirar a vida de uma mulher prestimosa
Um arame colocou no pescoço de dona Rosa
Enterrando duas voltas com uma força impiedosa
A coitada inocente teve a morte tão penosa

Quando as crianças acordaram foi o baque mais doído
Sua mãe estava morta com o rosto desfalecido
Sem poder dar a benção para os seus filhos queridos
Que chorava tristemente entre soluço e gemido
Tirando do coração o suspiro mais sentido

Já foi preso o criminoso na sua declaração
Do ato que praticou não deu justificação
Então ele confessou que matou por alucinação
Por isso foi condenado trinta anos de prisão
Onde pagará bem caro essa dura ingratidão

Músicas do álbum Mineiro E Manduzinho - 78 RPM 1955 (RCA Victor 801488) - (1955)

Nome Compositor Ritmo
Baile Moderno Teddy Vieira / Vicente Lia Corrido
Homem Perverso Roque De Almeida / Sebastião Vitor Moda De Viola
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