Os Milagres Do Menino Da Tábua (SERTANEJO 211405238) - (1979) - Pardinho e Pardal

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Os Milagres Do Menino Da Tábua
Sobre o milagroso menino da tábua
Com muito prazer eu vou falar de novo
Na outra canção eu contei sua vida
E tornou-se um hino na voz do meu povo

Um grande milagre que ele me fez
Não tenho palavras para agradecer
Porque nova etapa da minha vida
Com ajuda dele eu consegui vencer

Alguns dos milagres que ele tem feito
Pra todos saberem eu quero falar
Um pobre menino já com treze anos
Com paralisia não podia andar

Seu pai fez promessa se o filho sarasse
Duas bicicletas ele compraria
Dava uma delas ao filho querido
E ao menino santo outra levaria

E o menino da tábua atendeu
Porque no outro dia o menino andou
E o pobre pai cumpriu a promessa
Duas bicicletas sorrindo comprou

Só pra comprovar aquele milagre
Também pra mostrar a sua gratidão
Levou a bicicleta e deixou no túmulo
Para todos verem está em exposição

Uma enfermeira que mora em Assis
De um mal incurável vivia a sofrer
Já desenganada de uma junta médica
Só esperava a hora chegar pra morrer

Ela fez pedido ao menino da tábua
No dia seguinte a mulher sarou
Só pra comprovar que estava curada
O exame negativo no túmulo deixou

Lá no cemitério de Maracaí
Chegam romarias do Brasil inteiro
Porque acreditaram na minha canção
Por isso agradeço a todos romeiros

Pra toda essa gente que fazem promessa
Vou saudar a todos e vai meu abraço
E peço a Deus e ao menino da tábua
Que abençoe a todos e guie seus passos 

Venenoso
Nasci num ninho de cobra minha mãe é a serpente
Bebi do veneno dela meu sangue ficou mais quente
Leão eu venço no tapa, cascavel venço no dente
O cachorro que me morde ai, sempre morre de repente
Atarraquei de unha e dente no pescoço de um dragão
Apaguei o fogo dele no tapa e no pescoção
Eu rasguei ele na unha comi o seu coração
Do couro do carniceiro ai, fiz a bota e o cinturão

O tatu traz a gordura escondida na carcaça
Eu escondo meu veneno no tonel de por cachaça
Eu olho na lenha verde faço levantar fumaça
Fiz tombar na cabeçada ai, um touro de muita raça

Não chega perto do fogo quem tiver rabo de palha
Meu pagode é venenoso e o seu veneno não falha
É igual fogo na pólvora rapidamente se espalha
Na estrada do sucesso ai, meu pagode não encalha

Chuva De Pranto
Não deixe o pranto afogar o sonho do nosso amor
O pranto é chuva que cai das nuvens do coração
Pingando lento das folhas mortas do desengano
No céu escuro de nossas noites de solidão

Vivemos longe, mas nas lembranças estamos perto
Perto dos beijos que nos trocamos em nosso adeus
Ainda sinto todo calor acariciante
Daqueles beijos queimando em brasa os lábios meus

Não chores mais porque a distância e a saudade
Mais aproxima dois corações que se querem bem
Vamos chorando de mim te lembras tenha certeza
Que aqui distante de ti querida lembro também

De cada passo que hoje separa as nossas vidas
Eu plantaria a flor mais bela do nosso amor
Para ficarmos sempre abraçados com a primavera
Entrelaçados num longo e lindo colar de flor

Quisera ainda que a nossa triste chuva de pranto
Formassem rios e os grandes rios formassem mar
Pra ir buscá-la no barco azul da felicidade
E aos meus braços adormecendo poder sonhar

O que sentimos nessa distância um pelo outro
Já é loucura é desespero, alucinação
Só o abraço bem apertado do nosso encontro
Apagaria o fogo ardente desta paixão

Rio De Piracicaba
O rio de Piracicaba que te viu e quem te vê
Até mesmo a natureza hoje chora por você
Até mesmo a natureza hoje chora por você

O rio está poluído na mais cruel judiação
Os peixes todos morreram por causa da poluição
Ficaram até sem água todos piracicabanos
Porque o rio foi represado pra indústria dos seus fulanos

Não se vê mais passarinhos, a garça com sua beleza
Hoje o rio está coberto com um véu roxo de tristeza
Este rio é um tesouro que a ninguém nada custou
É uma obra que Deus fez e a natureza criou

O rio de Piracicaba que te viu e quem te vê
Até mesmo a natureza hoje chora por você
Até mesmo a natureza hoje chora por você

Hoje só resta saudade do rio de antigamente
Aqui fica o meu protesto em nome da nossa gente
O progresso vai chegando aos poucos tudo se acaba
Mas precisamos salvar o rio de Piracicaba

O rio de Piracicaba que te viu e quem te vê
Até mesmo a natureza hoje chora por você
Até mesmo a natureza hoje chora por você

Um Coração E Dois Amores
Para o coração de alguém eu pergunto como ele faz
Para iludir dois amores porque eu não sou capaz
Quero que você me ensine eu preciso aprender
Porque sei que aprendendo eu não deixo o meu sofrer

Me responda coração qual deles é o importante
Um está sempre ao seu lado e o outro vive distante
Me ensine coração por favor volto a insistir
O que eu tenho em meu peito ele não sabe fingir

Dentro de ti dois amores colocou como bem quis
Um deles é um sofredor e o outro é bem feliz
Sou eu quem vive distante por isso sofro por ela
E aquele que feliz é o próprio esposo dela

E como é fácil a conquista de um amor
Enjoa logo e o carinho não satisfaz
Mas quando o amor é difícil e proibido
A gente insiste ainda ama muito mais

O Castigo Da Cruz
Um boiadeiro sem alma quando uma cruz encontrava
Pela beira dos caminhos com desprezo ele arrancava
Se encontrasse vela acesa sorrindo ele apagava
Jogava o cavalo em cima com a cruz estraçalhava

Uma noite numa estrada uma cruz ele encontrou
Quando tentou arrancar no braço da cruz pegou
Aquela cruz de madeira num homem se transformou
O vulto dentro da noite em sua frente ficou

O vulto falou meu filho não pratique isso mais
Você tentou arrancar a cruz do seu próprio pai
Porque aqui eu morri há muitos anos atrás 
Na palma de sua mão meu nome gravado vai
 
O boiadeiro de susto caiu no chão desmaiado
Acordou no outro dia pensou que tinha sonhado
Mas chorou arrependido quando ele viu confirmado 
Na palma de sua mão o nome do pai gravado

E aquele boiadeiro que não tinha religião
Deste dia em diante mudou de opinião
Para a alma do seu pai ele faz sua oração
E se encontra uma cruz rezando pede perdão

Datas Do Ano
Cantaremos as datas do ano com amor e com felicidade
O primeiro dia do ano é o dia da fraternidade
Vinte e cinco do mês de janeiro de São Paulo foi a fundação
Fevereiro é mês do carnaval são três dias de alegre função
Em abril vem a semana santa que pregaram Cristo na cruz
Aleluia o mundo festeja a ressurreição do divino Jesus

Tiradentes é vinte e um de abril pela pátria morreu sem temor
E no dia primeiro de maio é a data do trabalhador
O segundo domingo de maio é o dia das mães adoradas
Namorado é dia dose de junho essa data é muito festejada
Santo Antônio é treze de junho nosso bom santo casamenteiro
São João é no dia vinte e quatro e dia vinte e nove é São Pedro chaveiro

Vinte e cinco de julho esse dia os motoristas festejam demais
O segundo domingo de agosto é o famoso dia dos pais
Dia quinze de agosto é feriado Ascensão de Nossa Senhora
E no dia sete de setembro a liberdade o Brasil comemora
E finados é dois de novembro traz saudades e recordação
Dia quinze do mês de novembro da nossa república a proclamação

Dia oito do mês de dezembro é a Virgem da Conceição
O Natal é no dia vinte e cinco é um dia de paz e união
Fim do ano chegou novamente quando todas as crianças bem cedo
Fica a espera de papai noel pra esperança de ganhar brinquedos
Ao chegar trinta e um de dezembro mais um ano que chega ao fim
Meia noite parentes e amigos alegres festejam cantando assim

Adeus ano velho feliz ano novo
Que tudo se realize no ano que vai nascer
Muito dinheiro no bolso saúde pra dar e vender

A Saudade Terminou
Saudade é uma palavra muito fácil pra dizer
Porém eu não gosto dela porque já me fez sofrer
Como a dor da saudade jamais terá outra igual
É mais doída que o tédio e não existe remédio para curar este mal

Saudade tem sete letras e nasce no coração
Às vezes traz alegria também traz desilusão
Quem já amou nesta vida, mas perdeu seu grande amor
A saudade é um drama no coração de quem ama faz o seu ninho de dor

Hoje eu não sinto saudade como eu sentia outrora
Meu bem voltou para mim e saudade foi embora
Eu sou feliz novamente e por mais nada reclamo
E no lugar da saudade mora a felicidade e a mulher que mais amo

Pagode Não Tem Dono
Muito tempo ando no campo muitos anos que eu canto
Não há boca que não tampo tem intriga, 
Entretanto na viola sou um rei
Na viola eu sou um rei e no pagode então nem sei

O pagode não tem dono, nem coroa nem patrono
Quem estiver no abandono vem cantar se não tem sono
Que eu vou acompanhar
Que eu vou acompanhar e a viola pontear

A viola é meu descanso de tocar eu não me canso
No pagode ou no balanço a noite inteira eu canto e danço
Que quiser que venha ver
Que quiser que venha ver até o dia amanhecer

Uma coisa eu te digo pra lorotas eu não ligo
Eu não tenho inimigos, tenho mais de mil amigos
Que a viola me arrumou
Que a viola me arrumou e o pagode confirmou

Não Se Compra O Amor
Nasci no berço de ouro a vida me deu riqueza
Mas meu pobre coração vive sempre com tristeza
Tenho tudo e nada tenho sou rico e me sinto pobre
Chego até perder a calma a solidão de minha alma
Meu dinheiro não encobre

Existem certos mistérios até hoje eu não entendi
Porque alguém tão pobre tem o que eu não consegui
Se Deus me desse o poder trocava o destino meu
Um certo alguém pobrezinho quem tem amor e carinho
E é bem mais feliz que eu

Aquele home que vive somente do seu salário
É um rico muito pobre é um pobre milionário
Porque com sua pobreza não foi preciso pagar
Eu confesso com franqueza o que a minha riqueza
Jamais conseguiu comprar

Isto é o maior tesouro que na vida não tem preço
É o coração da mulher porque eu tanto padeço
Eu preferia ser pobre, mas não ser um sofredor
Meu sentimento é profundo maior riqueza do mundo
É quem tem um grande amor

Balaio De Gato
Deixei o chão do nordeste pra cantar por todo lado
Cantando de peito aberto, mas tenho corpo fechado
Mandaram fazer pra mim um tal balaio de gato
Mas eu tenho um santo forte que até nó cego eu desato

Meu machado é de madeira derruba matas de aço
Todos inimigos fogem dos lugares onde eu passo
Eu ando em noite escura, mas com Deus na minha frente
Piso em rodia de cobra mas, ela esquece os dentes

Me esperaram de tocaia só a fim de me matar
Cão de guarda não latiu e ninguém me viu passar
Me atiraram pelas costas nos sertão paraibano
Mas o revólver falhou e correu água pelo cano

Foram até na Bahia apelar pro candomblé
Queriam me derrubar não cai, fiquei de pé
Esqueceram que só Deus que faz tudo e desfaz
Eles vivem perturbados, mas eu vivo na santa paz

Amor Proibido
Neste mundo não tem dor maior do que amar e não ser amado
Por querer quem nunca me quis estou vivendo amargurado
Nosso amor não é permitido por um motivo que não vou dizer
Este sentimento de guarde segredo só me faz sofrer

Meu bem porque você não tem dó de mim
Meu bem porque você decretou meu fim
Nunca mais na vida mulher querida amarei assim

Gamadão
Eu gostei da balconista do restaurante da praça
Seu nome não é Maria mas ela é cheia de graça
Eu já vi mulher bonita mas esta ganhou a taça
O meu pão de cada dia a manteiga ela quem passa

O café é bom é bom demais 
Não posso me esquecer do cafezinho que ela faz

Pra ver a mulher bonita eu me encosto no balcão
O pessoal daquela rua me chama de gamadão
Eu estou gamado mesmo estou morrendo de paixão
O café que ela faz já adoçou meu coração

O café é bom é bom demais 
Não posso me esquecer do cafezinho que ela faz

Músicas do álbum Os Milagres Do Menino Da Tábua (SERTANEJO 211405238) - (1979)

Nome Compositor Ritmo
Os Milagres Do Menino Da Tábua Mairiporã / Pardal
Venenoso João Amaral / Vitor Gonçalves Pagode
Chuva De Pranto José Fortuna / Mairiporã Guarânia
Rio De Piracicaba Mairiporã / Bekeke / Chicão Pereira Rojão
Um Coração E Dois Amores Mairiporã / José Homero Guarânia
O Castigo Da Cruz José Fortuna / Gentil Rossi Cururú
Datas Do Ano José Fortuna / Mairiporã Corrido
A Saudade Terminou Mairiporã / Paulo Roberto Alello Querumana
Pagode Não Tem Dono Victor Settanni / Dino Franco Pagode
Não Se Compra O Amor Mairiporã / Pardinho Valsa
Balaio De Gato Mairiporã / Hélio Alves Cururú
Amor Proibido Dino Franco Guarânia
Gamadão Pardal / Tião Do Carro / João Francisco Rojão
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