Os Diplomatas (COELP 642152) - (1986) - Peão Carreiro e Zé Paulo
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Mão Da Noite
Porque ter saudade de quem foi embora
Porque recordar quem não lembra de mim
Retratos antigos fiz em pedacinhos
O que ela deixou vou em tudo dar fim
O vestido branco que ela usou
Amarga lembrança de um juramento
Cobrindo o seu corpo também me enganou
Foi ele o começo do meu sofrimento
Vai saudade vai, desocupe o meu coração
Não quero sentir saudade de quem me fez ingratidão
Não quero sentir saudade de quem me fez ingratidão
A mão da noite apanhou minha flor
Para jogá-la no lixo da vida
Assim ela vai de braços em braços
Chegará ao final cansada e vencida
Não é meu desejo que o mal lhe aconteça
Mas que seja feita a sua vontade
Pois muito padece quem não tem cabeça
E nunca se encontra com a felicidade
Vai saudade vai, desocupe o meu coração
Não quero sentir saudade de quem me fez ingratidão
Não quero sentir saudade de quem me fez ingratidão
Amor Vadio
Chore em meus braços não tenha receio
Chore pra desabafar sua mágoa de dor
Eu sei que vive sofrendo por quem lhe despreza
É triste gostar de alguém que não tem amor
Há tempo que venho notando sua convivência
Com o homem que sente prazer em lhe machucar
Somente aparece em casa quando é madrugada
Trazendo sujeira de outra pra você lavar
Jogue pra fora do peito esse amor vadioÂ
É melhor um coração vazio do que cheio de amor vulgar
Confesso que ao lhe ver sofrendo sofro o mesmo tanto
Esse homem não vale seu pranto conte comigo quando precisar
Porta Do Mundo
O som da viola bateu no meu peito doeu, meu irmão
Assim eu me fiz cantador sem nenhum professor aprendi a lição
São coisas divinas do mundo que vem num segundo a sorte mudar
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscarÂ
Trazendo pra dentro da gente as coisas que a mente vai longe buscar
Em versos se fala e canta o mal se espanta e a gente é feliz
No mundo das rimas e trovas eu sempre dei provas das coisas que fiz
Por muitos lugares passei mas nunca pisei em falso no chão
Cantando interpreto a poesia levando alegria onde há solidão
Cantando interpreto a poesia levando alegria onde há solidão
O destino é o meu calendário o meu dicionário é a inspiração
A porta do mundo é aberta minha alma desperta buscando a canção
Com minha viola no peito meus versos são feitos pro mundo cantar
É a luta de um velho talento menino por dentro sem nunca cansarÂ
É a luta de um velho talento menino por dentro sem nunca cansar
Rabo De Saia
O coração da mulher é uma caixa de segredo
Tem uma paixão à noite e outra de manhã cedo
Se me chamam de meu bem só é da boca pra fora
Igual abelha na flor rouba o mel e vai embora
Mulher, mulher, mulher, se eu fosse adivinhão
Iria ficar sabendo de quem é o seu coração
Gostar de rabo de saia é um defeito que tenho
Sofrendo por causa disso há muito tempo que venho
Mulher é um mal necessário na vida de cada homem
Se correr o bicho pega se ficar o bicho come
Mulher, mulher, mulher se eu fosse adivinhão
Iria ficar sabendo de quem é o seu coração
Mulher, mulher, mulher, se eu fosse adivinhão
Iria ficar sabendo de quem é o seu coração
Funeral Do Amor
Nadando em dinheiro nos mares da vida
Procurando um porto para me ancorar
Mas sempre encontro uma onda perdida
Que me devolve aos braços do mar
O porto é o sonho da felicidade
Que minha riqueza não pode comprar
O mar que eu enfrento de angústia e saudade
É um grande amor que deixei naufragar
De que vale a vida que adianta o ouro
Se a felicidade é o maior tesouro
O amor é tudo, que a gente quer
Pois dinheiro não compra o coração de uma mulher
A minha mansão é uma jazida
Meu peito é um cofre cheio de amargura
Que traz a cratera da cruel ferida
Da forte paixão que me leva à loucura
Uma cruz de ouro carrego no peito
Cantando a seresta funeral do amor
Nas pedras de prata tropeço chorando
Sofrendo torturas de um mundo de dor
De que vale a vida que adianta o ouro
Se a felicidade é o maior tesouro
O amor é tudo, que a gente quer
Pois dinheiro não compra o coração de uma mulher
Berrante Da Saudade
Quanta saudade de um berrante repicando amadrinhando uma boiada do estradão
Ver a poeira formar nuvem no espaço sentir cansaço do troteio de um pagão
Sentir o gosto da comida boiadeira a costumeira carne seca no feijão
Levar a vida sem parede, sem telhado tocando gado nas estradas do sertão
Hei boi, hei boi, toque o berrante, boiadeiro, hei boi
Na despedida uma cabocla na janela coisa tão bela igual a flor no amanhecer
Lá bem distante conversar com a saudade sentir vontade de voltar para lhe ver
Tingir a roupa com poeira da estrada lá na pousada ouvir o gado remoer
Armar a rede nos esteios do galpão na escuridão se balançando adormecer
Hei boi, hei boi, toque o berrante, boiadeiro, hei boi
Fui boiadeiro por gostar da profissão no estradão foi o meu mundo colorido
Cada viagem uma história pra contar a cavalgar pelos rincões desconhecido
Sem comitiva, sem berrante e sem boiada por outra estrada solitária agora eu sigo
Não sei aonde colocar tanta saudade felicidade já não vive mais comigo
Hei boi, hei boi, toque o berrante, boiadeiro, hei boi
Chá De Cama
Você vive comigo, dizendo aos amigos que está tudo bem
Com seu fingimento, escondendo por dentro os defeitos que tem
Em frente às visitas, se põe mais bonita até me excita e se faz sensual
Sozinhos em casa, você me arrasa sou perda de causa, no seu tribunal
Mulher você é esquisita, pois só me agita não sei o que faço
Quando a gente ama, toma chá de cama é fazendo drama, papel de palhaço
Em frente às visitas, se põe mais bonita até me excita e se faz sensual
Sozinhos em casa, você me arrasa sou perda de causa, no seu tribunal
Mulher você é esquisita, pois só me agita não sei o que faço
Quando a gente ama, toma chá de cama é fazendo drama, papel de palhaço
Amor De Todo Jeito
Foi o desprezo que virou minha cabeça
Um coração não pode ser tratado assim
Agora é tarde pra fazer com que eu esqueça
Um novo amor que já tomou conta de mim
Foi uma estrela que brilhou em meu caminho
É o carinho que a outra não quis dar
Foi uma águia que pousou em meu telhado
Fui agarrado e não consigo me soltar
Embora sei que estou num beco sem saÃda
Cada problema tem a sua solução
Vou dividir em duas partes minha vida
Duas mulheres, mas somente uma paixão
Se eu errei, não fui culpado
Falta de amor, coração chora no peito
Assim fiquei, apaixonado
Como é gostoso a gente amar de todo jeito
Uma Vez Por Semana
Quando você me ligar e outra pessoa atender
Desligue rapidamente não diga quem é você
Alguém prometendo uma surpresa pra mim
Se descobrir a verdade vai festejar nosso fim
Meu bem amor em segredo não pode ser revelado
Se o nosso for descoberto vai pesar de lado a lado
Se dividir nossa culpa vamos ter partes iguais
Nós estamos num dilema entre amantes e rivais
Ai meu bem, com jeitinho a gente engana
Podemos trocar carinho só uma vez por semana
Nosso Pecado
Meu bem cometemos um grande pecado
O amor que por nós foi sonhado infelizmente não aconteceu
Nos casamos, Sem saber o que era, nós dois
E deixamos tudo pra depois e um sonho tão lindo morreuÂ
Que não amas os teus olhos estão me dizendo
Neste clima em que juntos vivemos a esperança de tudo perdi
Como amigo rezarei pra que sejas feliz
Nosso amor nunca teve raiz como amantes paramos aqui
Vou embora, pois a minha esperança está morta
Voltarei a bater nesta porta se quiseres somente amizade
Deixaremos o passado coberto de luto
Este amor que morreu sem dar fruto sepultamos em nossa saudade
Festa De Bravos
Sou um peão de rodeio amante da brutalidade
Não tenho paixão recolhida nesta vida me criei sem saudade
Minhas esporas felinas atacam sem ter piedade
É fera engolindo fera na grande rivalidade
Aonde tem festa de bravos valente não passa a vontade
Sou, sou, sou um peão de rodeio
Gosto da vida que levo o destino é o caminho da sorte
Montando em cavalo selvagem a coragem me deixa mais forte
Vai começar o rodeio o locutor anuncia
Abre a porteira e solta pra minha maior alegria
Ouço a plateia gritando é a melhor montaria
Sou, sou, sou um peão de rodeio
Falando Com Deus
Meu Deus não deixe que a revolta me domine
Não deixe que o pecado me encime
Não deixe eu não crer em mais ninguém
Meu Deus repare quantas vidas desiguais
Em tudo quem tão pouco ou nada faz
Aquele que faz tudo nada tem
Meu Deus é triste o que vejo se passando
Na mesa do seu filho está faltando
Até o necessário arroz, feijão
Meu Deus está em suas mãos nosso destino
Olhai para os nossos pequeninosÂ
Não deixe lhes faltar também o pão
Meu Deus eu sei que estás ouvindo a minha voz
Não deixe o mais forte entre nós
Maltratar o próprio irmão
Meu Deus eu sei que o fim dos tempos vem chegando
Caminham seus filhos esperando
O Cristo da salvação
Amém
Músicas do álbum Os Diplomatas (COELP 642152) - (1986)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Mão Da Noite | Peão Carreiro / Zé Paulo | Rancheira |
Amor Vadio | Peão Carreiro / Zé Paulo | Guarânia |
Porta Do Mundo | Peão Carreiro / Zé Paulo | Toada Balanço |
Rabo De Saia | Peão Carreiro / Zé Paulo | Rojão/Batidão |
Funeral Do Amor | Zé Bétio / Wilson Roncatti | Guarânia |
Berrante Da Saudade | Peão Carreiro / J. Dos Santos | Toada Balanço |
Chá De Cama | Peão Carreiro / Zé Paulo | Rancheira |
Amor De Todo Jeito | Peão Carreiro / Zé Paulo | Balanço |
Uma Vez Por Semana | Peão Carreiro / Franco | Rasqueado |
Nosso Pecado | Peão Carreiro / Zé Paulo | Rancheira |
Festa De Bravos | Peão Carreiro / Zé Paulo | Corrido |
Falando Com Deus | Peão Carreiro / Benedito Seviero | Balanço |