Criação Do Mundo (ATRACAO ATR) - (2010) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Criação Do Mundo
Há milhões de anos passados não sabemos exatamente
Este mundo foi criado por um ser onipotente
Antes do mundo ser mundo não tinha nenhum vivente
Tudo começou do nada sobre as trevas, sobre as águas Deus vivia permanente

Criou terra, céu e mar e fez o rio de água corrente
Criou peixes e animais em espécie diferente
Criou todas as passaradas pra viverem livremente
Fez o sol e fez a lua e pra companheira sua fez as estrelas cadente

Criou uma legião de anjos pra servir futuramente
Tinha um anjo que mandava quando Deus estivesse ausente
Deus quis fazer uma prova pra ver se era suficiente
Anjo luz se engrandeceu julgando ser igual a deus passou ser desobediente

Anjo luz, anjo das trevas que de Deus é o concorrente
Deus fez o homem e a mulher pra ser um corpo somente
E o fruto do pecado proibiu severamente
Demônio sempre invejoso também era poderoso transformou-se numa serpente

Da mulher veio o pecado apesar de ser inocente
E também desse pecado é que somos descendentes
Pecado em palavra e obras demônio fica contente
Da mulher nasceu Jesus pra morrer sobre uma cruz pela salvação da gente

Jesus Cristo é nossa luz brilhando resplandecente
É o caminho que conduz para o céu diretamente
Quem for no reino de Deus vai gozar eternamente
Quem perder o reino eterno entra no reino do inferno onde há dor e ranger de dentes

Por Um Amor
Por um amor te revelo e vivo apaixonado tenho um amor
Que em minha vida deixou pra sempre um amargura e dor 

Pobre de mim esta vida é melhor que se acabe não és para mim
Pobre de mim, ai, coração pobre de mim, não sofrer mais
Como sofre meu peito que chora somente por ti

Por um amor estou chorando gotinhas de sangue do coração
Você tem me deixado ferido sem compaixão

Pobre de mim esta vida é melhor que se acabe não és para mim
Pobre de mim, ai, coração pobre de mim, não sofrer mais
Como sofre meu peito que chora somente por ti

Chorar, Chorar
Nesta noite vou beber, vou beber, beber, vbeber
Por alguém me entrego na bebida
Esta miséria de vida quem sabe vou esquecer

Ai, veja quanto estou sofrendo
Vivo nos bares bebendo tu não tem pensa de mim
Ai, sou um louco apaixonado
A morrer sou condenado breve será o meu fim

Já cansei de chorar, de chorar, chorar, chorar
Esse amor que me mata pouco a pouco
Que me deixa quase louco fingindo não me amar

Ai, veja quanto estou sofrendo
Vivo nos bares bebendo tu não tem pensa de mim
Ai, sou um louco apaixonado
A morrer sou condenado breve será o meu fim

Manera Aí
Manera aí, manera aí, manera aí
Se esta bebendo exagerado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado

Sua mulher vive falando por aí
Que você não é mais o homem que ela tinha
Cuidado amigo você vai acabar perdendo
A sua esposa que parece uma rainha
Cuidado amigo você vai acabar perdendo
A sua esposa que parece uma rainha

Manera aí, manera aí, manera aí
Se esta bebendo exagerado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado

To te alertando quem avisa amigo é
Manera aí com essa pingaiada
Já tem malandro rodeando sua casa
Mulher bonita meu amigo é cobiçada
Já tem malandro rodeando sua casa
Mulher bonita meu amigo é cobiçada

Manera aí, manera aí, manera aí
Se esta bebendo exagerado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado

Sua esposa vive triste aborrecida
Desiludida coração cheio de mágoa
Uma mulher tão linda igual a sua
Não vai viver a vida inteira com pau d’água
Uma mulher tão linda igual a sua
Não vai viver a vida inteira com pau d’água

Manera aí, manera aí, manera aí
Se esta bebendo exagerado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado
O dia inteiro você fica no boteco
Cê chega em casa e não da conta do recado

Menino Santo
Já faz mais de dois milênio quando numa estrebaria
Veio ao mundo um ser divino que acordou com profecia
Todo céu se iluminou no clarão da estrela guia
Anunciando que nasceu o santo menino deus filho da Virgem Maria

Rei Gaspar e Balthazar, Melchior fez companhia
Os primeiros a louvar e chegada do messias
Rei Herodes quando soube que um novo rei surgia
Sanguinário e assassino mandou matar os meninos na mais cruel tirania

Um anjo disse a José o perigo que corria
Fugiram para o Egito numa longa travessia
De volta pra sua terra na pobreza ele vivia
Ensinando professores debatendo com doutores com grande sabedoria

Para ouvia sua palavra multidão se reunia
Ele era o salvador de um povo que sofria
Muita gente presenciou os milagres que fazia
No lugares que passava aleijados caminhavam, cego via a luz do dia

E sentindo sua morte nas montanhas se escondia
Para se ligar ao pai meditou quarenta dias
Judas cumprindo a missão com beijo denuncia
Da tortura e da paixão e sua ressurreição eu vou falar outro dia

Boêmio No Bar
Falam de mim por que vivo bebendo
Quase vivendo no interior de um bar
Mal desejo a própria vida
Num copo de bebida minha mágoa afogar

Esta mágoa que estou lhe dizendo
Que venho sofrendo é saudade de um grande amor
É por isso que sou boêmio
Neste bar eu venho acalmar minha dor

Não sei se é miragem
Mas aquela imagem estou sempre a ver
É por isso que eu me embriago
Garçom traz mais um trago vou beber para esquecer
É por isso que eu me embriago
Garçom traz mais um trago vou beber para esquecer

Égua Bailarina
Num arreio mexicano com peitoral de argolinha
Um freio banhado a ouro tendo as rédeas de crina
Pra completar a arriada tem dois estribos de prata minha égua bailarina
Minha égua alazão é mesmo uma bailarina
Joga as mãos levanta poeira na hora que ela empina

Minha égua alazão, manga larga pura raça
Eu comprei ela ainda potranca, hoje é sucesso na praça
Tem sete palmos de altura com a sua formosura já ganhei diversas taças
Minha égua alazão é mesmo uma bailarina
Joga as mãos levanta poeira na hora que ela empina

Eu levanto bem cedinho dou um banho na alazão
Eu sinto que ela agradece eu faço isso todas as manhãs
Depois saio pra cidade vendendo felicidade na minha égua alazão
Minha égua alazão é mesmo uma bailarina
Joga as mãos levanta poeira na hora que ela empina

Quando eu vou num rodeio ou na festa de peão
Ela caminha de lado batendo as patas no chão
Eu sou peão de gosto não tem dinheiro seu moço pra comprar minha paixão
Minha égua alazão é mesmo uma bailarina
Joga as mãos levanta poeira na hora que ela empina

O Amor E A Lua
A lua foi embora meu amor foi atrás
A lua foi e voltou, meu amor não voltou mais
A lua foi embora meu amor foi atrás
A lua foi e voltou, meu amor não voltou mais

Partiu pra longe me deixou aqui sozinho
Hoje sofro dia e noite vivendo sem seus carinhos
Será que foi pra Minas, pra Bahia ou pra Goiás
Não sei o teu paradeiro esquecer não sou capaz

A lua foi embora meu amor foi atrás
A lua foi e voltou, meu amor não voltou mais

Se meu amor soubesse a falta que ela me faz
Voltava pra mim correndo devolvia minha paz
Mas a vida é mesmo assim quem ama não tem valor
Entreguei meu coração estou morrendo por amor

A lua foi embora meu amor foi atrás
A lua foi e voltou, meu amor não voltou mais

Meu amor te quero tento não consigo te esquecer
O meu peito esta ferido aqui longe de você
Se errei peço perdão se algum mal eu te fiz
Volte logo minha vida para gente ser feliz

A lua foi embora meu amor foi atrás
A lua foi e voltou, meu amor não voltou mais

Sangue De Pirangueiro
Levantei um dia cedo tomei meu café com broa
Peguei o meu samburá, o meu remo e a canoa
Meu caniço de taboca e uma pinga da boa
Um palheiro pra espantar muriçoca que ferroa
E desci o rio abaixo me equilibrando na proa

Me apoitei numa vazante já no vale da Ribeira
Perto de um remanso fundo no costão lá da pedreira
Eu joguei o meu anzol com a isca verdadeira
Logo a linha zuniu e a fisgada foi certeira
Pra tirar o peixe da água, lutei não foi brincadeira

Quando foi escurecendo a canoa estava cheia
De peixe de qualidade pra eu fazer minha ceia
A garrafa de cachaça tinha bem menos que meia
Contemplei o Criador por tudo que ele semeia
É sangue de pirangueiro que corre na minha veia

Cowboy Das Meninas
Tenho um rancho grande em Colorado
No pé da serra onde vivo muito bem
Tenho um cachorro e um cavalo ensinado
No meu rancho espero sempre por alguém
É uma linda professora em seu trolinho
Em meu rancho todas tardes vem passear
Ela gosta do meu tipo de rancheiro
De espora e bota sempre pronto pra montar

Aos domingos vou a vila fazer compras
Meu trinta e oito vai no coldre pendurado
Chapéu grande Pralana verdadeiro
Por onde passo todos fica admirados

Certo dia no salão flecha de ouro
Três bandidos me cercaram e na sala
Nesse hora o meu trinta funcionou
Nas suas testas escrevi meu nome a bala.
No rodeio quando eu chego as moças falam
Vai chegando o herói das montaria
Dou um beijo na Juliana e na Mariana
Na Claudete, na Carol e na Maria

O xerife lá da vila é competente
Mas na hora do apuro me escala
Por eu ser firme, no gatilho bem certeiro
Me apelidaram destemido abre ala

Heróis Da Minha Infância
Todo carreiro é um herói da minha infância
E um berrante me fazia arrepiar
Ainda me lembro que meu sonho de criança
Era um dia fazer meu carro cantar

E hoje em dia o candeeiro já não grita
E um som de toca fita imita o berro de um boi
Na moda triste que o caipira apresenta
Minha saudade aumenta desse tempo que já foi
Cadê o carreiro, meu herói da mocidade
Cadê o canto da saudade que saia de um cocão
E o boiadeiro na laçada do novilho
Sinto pena que meu filho não conheceu o sertão

Saudade vem na poeira essa lembrança me encobre o coração
A minha vida inteira guardo lembranças dos heróis do meu sertão

Todo carreiro é um herói da minha infância
E um berrante me fazia arrepiar
Ainda me lembro que meu sonho de criança
Era um dia fazer meu carro cantar

Naquela estrada hoje passa um trem de ferro
Só que eu escuto o berro de um boi lá no vagão
Até parece que ele também tem saudade
Da aventura de verdade rasgando estrada de chão
Não tenho medo quando meu corpo arrepia
Ao ouvir a luz do dia o comando de um carreiro
É meu desejo escutar este lamento
A saudade vem de dentro, coração é o candeeiro

Saudade vem na poeira essa lembrança me encobre o coração
A minha vida inteira guardo lembranças dos heróis do meu sertão

Fogo Na Casa
Esperou eu viajar e levou tudo que era meu
Na surdina foi embora carregando os sonhos meu
Não deixou nem um bilhete dizendo o que aconteceu
Eu dava tudo pra ela que diabo que deu nela que bicho foi que te mordeu

Eu não quero nem saber pra onde ela bateu asas
Se ela não telefonar dizendo que vai voltar eu meto fogo nessa casa
Eu não quero nem saber pra onde ela bateu asas
Se ela não telefonar dizendo que vai voltar eu meto fogo nessa casa

Quando a mulher quer voar ela vira passarinho
Quebra a porta da gaiola, vai pousa em outro ninho
Se ela não sentir saudade não tem jeito, acabou
Eu não sei até agora por que ela foi embora se tudo fiz por este amor

Eu não quero nem saber pra onde ela bateu asas
Se ela não telefonar dizendo que vai voltar eu meto fogo nessa casa
Eu não quero nem saber pra onde ela bateu asas
Se ela não telefonar dizendo que vai voltar eu meto fogo nessa casa

Viola E Paixão
Eu quando pego a viola canto versos soluçando
Já não sou mais quem eu era desde quando estou amando
Eu amo e sou amado confesso vivo penando
Se eu pudesse todos os dias seus lábios ficar beijando
Queria seus braços fortes meu corpo sempre abraçando

A doçura dos teus beijos faz meu sentido sumir
É macio e tem quentura na hora de se unir
Meu corpo treme inteirinho parece que vou cair
O que mais me entristecer é a hora de despedir
Um dia parece um ano que fico longe de ti

Deito na cama se durmo sonhando estou com você
Nossos corpos se unindo, nosso amor acontecer
Acordo fico pensando o que eu posso fazer
Preciso dos teus carinhos fico louco pra te ver
Se for pra viver assim eu acho melhor morrer

É a estrela mais brilhante que ilumina minha vida
É a flor mais perfumada nas lindas manhãs floridas
Eu tenho ciúme de tudo que rodeia a ti querida
Ciúme até de sua imagem que no espelho é refletida
Queria só pra mim me amando por toda vida

Janela Do Tempo
Eu abri minha janela olhei o céu tão bonito
Meu pensamento voou nas asas do infinito
Cruzou vales e campinas, matarias e cerrado
Depois desceu de repente e pousou suavemente lá no chão do meu passado

Meu cachorrinho paqueiro que eu criei na mamadeira
Sentindo minha chegada me esperou lá na porteira
Saltitante de contente em meus braços se atirou
Enquanto ele me lambia parece que ele dizia foi bom que você voltou

Do portãozinho da sala tirei o prego e a corrente
E entrando devagar segurando nos batente
Meus olhos encheram d’água quando vi mamãe sentada
Naquele mesmo banquinho remendando com carinho a minha roupa rasgada

Um retrato preto e branco na parede pendurado
Eu no colo de mamãe e meu pai ali do lado
A sala de chão batido e a nossa linda mobília
A mesa e quatro cadeiras, lá num canto a cristaleira e um velho radião à pilha

Na despensa e na cozinha benza deus quanta fartura
Carne de porco na lata misturada na gordura
Fornada de pão caseiro que a mãe fez a caprichado
Fiz uma prece pra ela depois fechei a janela e fui dormir sossegado

Sítio Do Nhô Bastião
Joguei a viola no carro e com destino eu saí
No sítio do Nhô Bastião fui pra pescar lambari
Foi o Chico, foi o Téco, Cido levou a mulher, Paquito foi com Zé Luiz

O sitio do Nhô Bastião é um remédio pra mente
Os passarinhos cantando vem pousa na mão da gente
No rio não joga a tarrafa quem chegar lá com essa graça saí dali com o lombo quente

No passa cinto é gostoso, onde a gente se relaxa
Lá também é proibído sair atirando em caça
Por que o amigo Bastião tem lá dentro um garruchão, querendo soltar fumaça

Num instante começou todo o céu escurecer
Um trovão lá na montanha fez minha perna tremer
Começou a chuvarada com toda aquela enxurrada o rio começou a encher

Paquito veio correndo lá do meio da quiçaça
Trouxe um garrafão bem cheio até a boca de cachaça
Acabou a pescaria todo povo ali bebia de taça, taça e mais taça

Bastião gritou lá de longe pra sua companheirada
Agora daqui pra frente vocês não pegam mais nada
Foi o jeito que achamos mais umas pingas tomamos amanhecemos na trucada

São Judas Tadeu
Quem não esquece o que na vida sofreu
Faça uma prece para São Judas Tadeu
Seja novena ou pequenina oração
Toda ventura terrena estará sempre em seu coração

Você será feliz, amando São Judas Tadeu
Com toda fé que Deus lhe deu levando ao céu a sua prece
E pode ter certeza, que ele será seu protetor
Se tiver feito seu amor de você ele jamais se esquece

São Judas Tadeu ajudai-me a ser feliz
Faça o milagre que me queira quem nunca me quis
Que o meu coração não odeie e nem tenha rancor
Eu lhe agradeço São Judas com resignação e amor

Músicas do álbum Criação Do Mundo (ATRACAO ATR) - (2010)

Nome Compositor Ritmo
Criação Do Mundo Luizinho Rosa Cururu Piracicabano
Por Um Amor Versão: Wanderlei Pereira Balanço
Chorar, Chorar Pedro Bento Rancheira
Manera Aí José A. Piccollo / Zé Da Estrada Rojão
Menino Santo Ademar Braga / Pedro Bento Cururu
Boêmio No Bar Pedro Bento / Douradense Samba Canção
Égua Bailarina Pedro Bento Rasqueado
O Amor E A Lua João Miranda / Gauchinho De Bagé Cana Verde
Sangue De Pirangueiro João Miranda / Da Costa Cururu
Cowboy Das Meninas Pedro Bento / Caroline Leme Arrasta-pé
Heróis Da Minha Infância Paulo Azarias / Marináh Toada Balanço
Fogo Na Casa Elton Nazaré / Ezeldo Rangel Rojão
Viola E Paixão Pedro Bento Cateretê
Janela Do Tempo Ademar Braga / Pedro Bento Cururu
Sítio Do Nhô Bastião Pedro Bento / Zé Luiz Querumana
São Judas Tadeu Palmeira / Luizinho Rancheira
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