Os Amantes Da Rancheira (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9030) - (1961) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Como É Bonito
Você bem sabe que eu te amo tanto
Você já disse que me ama também
Então por que você vive sozinha
Se é só minha e de mais ninguém

Venha correndo para os braços meus
Venha ver o quanto que eu te quero bem
Venha correndo para os braços meus
Venha ver o quanto que eu te quero bem

Como é bonito amar nesta vida
Como é bonito gostar de alguém
Eu gosto tanto de você querida
Não vendo e nem troco você por ninguém

Venha correndo para os braços meus
Venha ver o quanto que eu te quero bem
Venha correndo para os braços meus
Venha ver o quanto que eu te quero bem

Necessito Dinheiro
Necessito dinheiro, muito dinheiro
Pra dar riqueza àquela mulher
Necessito dinheiro, muito dinheiro
Porque sou pobre e muita riqueza é o que ela quer

É triste a vida, não posso mais
Sofro demais cada dia que passa
Pois todos dizem que esta mulher
O que ela quer é ver minha desgraça

Preciso riqueza e muita beleza
Só tenho pobreza nesta vida
Pois necessito de muito dinheiro
Pra não perder a mulher querida

Deus Eterno
Senhor eu venho ao teu altar
Para pedir para implorar que me ouça, por favor
Levaste minha amada
Pra última eterna morada foi pro céu com o Senhor

E agora minha vida
E vazia e sem guarida que prefiro morrer
Te  peço de mão postada
Me leva com minha amada de um fim no meu sofrer

Beberei
Enquanto existir mulher beberei até morrer
Enquanto existir bebida beberei pra te esquecer

Em cada taça que bebo te vejo no pensamento
Por não te ver em meus braços aumenta meu sofrimento

Não sei qual é o motivo que estás me desprezando
Me vem perguntar sorrindo por que eu estou chorando.

Se um dia você souber que morri por te querer
O remorso pouco a pouco também tira o seu viver

Não Sou Culpado
Como que pode ser tão cruel
E fazer tanto mal nesta vida
Como que pode ser tão traidora
Viver tão errada e ser tão fingida
Tu destruíste um amor tão sincero
Hoje te conheço, também não te quero
Arrependerás, oh, minha querida

Ai, ai, ai, vai andando pela tua estrada
Ai, ai, ai, depois verás que tu foste errada

E te agradeço por este tempo
Que eu fui feliz mesmo sendo desenganado
Com tua ausência não estou vencido
Nem vou me tornar um alguém fracassado
Desejo sempre ser o mesmo homem
Por isso eu não quero manchar o meu nome
Por um erro que não sou culpado

Ai, ai, ai, vai andando pela tua estrada
Ai, ai, ai, depois verás que tu foste errada

Realidade
Meu amigo sente aqui junto comigo
Ouça bem o que lhe digo é verdade pode crer
A sua esposa que julgava ser sincera
Ela não lhe considera está traindo você

Eu passando em frente a sua janela
Vi outro abraçando ela trocando juras de amor
E eu olhando aquela grande traição
Senti no meu coração por você uma grande dor

E foi por isso que vim aqui lhe encontrar
A verdade lhe contar, mas eu peço que não chora
Você é homem vi isso por esquecido
Mulher que trai o marido o jeito é mandar embora

Só que lhe peço não me pergunte quem é
Quem beijava a sua mulher é meu amigo também
Assim cheguei a triste realidade 
Que só existe a falsidade e ninguém é de ninguém
Assim cheguei a triste realidade 
Que só existe a falsidade e ninguém é de ninguém

Meu Sentimento
O meu grande sentimento
É a lembrança do momento que perdi o teu amor
Fiquei triste tão sozinho
Solitário num cantinho soluçando a minha dor

Os meus olhos rasos d'água
Não esconde a grande mágoa de um boêmio infeliz
Não me foge da lembrança
O desejo da vingança da mulher que não me quis

Quantas vezes da janela
Vejo a linda imagem dela quando passa em minha frente
Sinto uma vontade louca
De beijar aquela boca que beijei antigamente

Meu desgosto é tão profundo
Carregando pelo mundo esta cruz eu Deus me deu
Sinto a alma em pedaços
Por que vejo em outros braços este amor que já foi meu

Solitário
Alguém me contou que vai abandonar-me
Porque tens agora um novo amor
Não sei por que é que tu vai desprezar-me
Deixando em meu peito pra sempre essa dor

Agora eu sei que fui como um palhaço
Porque meus amigos vão sorrir de mim
Porém quem sou eu pra mudar teus caprichos
Embora o desprezo será o meu fim

Vou embora para bem distante eu aqui já não posso ficar
Vou vagar como o vento no espaço sem destino irei caminhar

Vou viver entre as pedras do campo
Eu prefiro ser um desprezado
Nunca mais terás minhas notícias
Nunca mais voltarei a teu lado

Vou embora para bem distante eu aqui não posso ficar
Vou vagar como o vento no espaço sem destino irei caminhar

Perambulando
Perambulando pelo mundo sem destino
Amargurado sigo sempre o meu caminho
Sou um boêmio, um escravo da orgia
Um escravo da orgia sem amor e sem carinho

Pela mulher que eu amei eu fui traído
Só desengano é o que resta em minha vida
Aquela ingrata destruiu os sonhos meus
Destruiu os sonhos meus, hoje entrego-me a bebida

O meu passado de amargura sempre em meu peito se retrata
Quem eu dei meu amor foi tão cruel e me fez um fracassado

A ela eu dei meu afeto e carinho
Por recompensa a traição eu recebi
Hoje sou um boêmio naufragado
Um boêmio naufragado só com a morte eu sou feliz

Coração Ferido
Trago meus olhos banhado em pranto
Por que fiquei sem o teu amor
Por tua causa eu choro tanto
O desprezo me mata de dor

Se penso em ti suspiro doído
Também delírio de tanta paixão
Trago em meu peito um coração ferido
Cicatrizado pela ingratidão
Trago em meu peito um coração ferido
Cicatrizado pela ingratidão

Ai, como eu sofro em saber que outro
Vive sorrindo nos braços teus
Ai, que tristeza ver outra boca
Beijando os lábios que foram meus

Mas se quiseres voltar aos meus braços
Eu estarei sempre a te esperar
Sem teu carinho não sei o que faço
Eu não consigo deixar de te amar

Despedida
Adeus minha boemia
Longas noites de orgia, perdição dos dias meus
Venho dar a despedida
A quem vive nesta viva sem a luz da paz de Deus

Sou a sombra de um homem
Que as mulheres dão o nome de um vagabundo qualquer
Ainda a chamam de idiota
Quando um homem se derrota por gostar de uma mulher

Pra viver onde ela vive
Eu perdi tudo que eu tive sem ganhar seu coração
Sou como uma sombra que vaga
Como um barco que naufraga nas ondas da perdição

Não nego que gosto dela
Mesmo sabendo que ela deseja-me meu triste fim
E brindando meu fracasso
Ela com outro nos braços vive sorrindo de mim

Sou a sombra de um homem
Que as mulheres dão o nome de um vagabundo qualquer
Ainda a chamam de idiota
Quando um homem se derrota por gostar de uma mulher

Pra viver onde ela vive
Eu perdi tudo que eu tive sem ganhar seu coração
Sou como uma sombra que vaga
Como um barco que naufraga nas ondas da perdição

Não nego que gosto dela
Mesmo sabendo que ela deseja-me meu triste fim
E brindando meu fracasso
Ela com outro nos braços vive sorrindo de mim

Não Me Censure
Não me censure por que estou bebendo
Não me pergunte por que estou penando
Quero contar a minha mágoa
Nesta canção, ai, ai, ai, que canto chorando

Acabe de ver nos braços de outro
Aquela mulher que eu tanto amei
Dizem que homem não chora
Mas eu confesso que não suportei

Uma paixão é doída
E desprezo maltrata
Hoje me entrego a bebida
E a culpa é somente, ai, ai, ai, daquela ingrata

Músicas do álbum Os Amantes Da Rancheira (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9030) - (1961)

Nome Compositor Ritmo
Como É Bonito Pedro Bento / Zé Bonito Carrilhão
Necessito Dinheiro Zé Da Estrada / Mulatinho Carrilhão e Rancheira
Deus Eterno Pedro Bento / Douradence Huapango e Guarânia
Beberei Pedro Bento / Celinho Rancheira
Não Sou Culpado Quintino Elizeu / Luiz A. Pereira Rancheira
Realidade Caçula / Marinheiro Polca
Meu Sentimento Sebastião Aurélio Corrido
Solitário Léo Canhoto / Pedro Bento Rancheira
Perambulando Zé Da Estrada / Piraji Rancheira
Coração Ferido Sebastião Aurélio Carrilhão
Despedida Zé Do Rancho / Zé Do Pinho Tango
Não Me Censure Sebastião Aurélio Rancheira
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