Pombinha Branca (CABOCLO 103405212) - (1976) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Pombinha Branca
Quando o sol sai lá nos montes e a noite terminou
Mais um dia de alegria a viver sem rumo vou
O sol bate no meu rosto faz vibrar todo o meu ser
Na manhã eu sinto gosto da vontade de correr

Uma pombinha branca passa no céu a voar
Uma pombinha branca voando livre no ar
Não tem ninguém que vive tão bem

Minha casa no horizonte meu tesouro, minha fé
Nas estradas e nos montes o meu carro são meus pés

Uma pombinha branca passa no céu a voar
Uma pombinha branca voando livre no ar
Não tem ninguém que vive tão bem

Hei! Barretos
Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 
Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 

O ano que vem eu volto pra cantar e divertir
Junto com a peonada outra vez estou aí

Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 
Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 

Aos peões o meu abraço, viva os independentes 
O ano que vem estou em Barretos novamente 

Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 
Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 

Tem gauchada dançando, tem fandango no galpão 
Tem catira no tablado cultivando a tradição

Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 
Ei, Barretos, ei Barretos bom
Amanha eu vou embora, te levo no coração 

Caboclo Que É Caboclo
Na casa de um caboclo que é caboclo 
Existe sempre uma santinha no altar 
Existem sempre mantimentos com fartura 
Também existe uma cabocla para se amar 
Existe sempre um paiol cheio de milho 
Na sua mente não existe poluição 
Nas suas costas uma roupa de simplesinha 
Mas em seu peito bate forte um coração 

Na casa de um caboclo que é caboclo 
Existe sempre um monjolo no quintal 
Existe sempre uma paineira bem viçosa
Também existe ao seu lado um curral
Existe sempre no nascer do novo dia
Nova esperança para o dia que surgiu 
A passarada num gorjeio melodioso 
Parece rosa de um botão que se abriu 

Na casa de um caboclo que é caboclo 
Existe sempre um sorriso pra visita 
Existe sempre um ribeirão ali por perto 
Também existe uma cantiga bem bonita 
Existe sempre um terreiro, uma moenda 
Que marca a tempo de um caboclo original 
Quem não conhece Deus de perto venha logo 
Pois ele é meu vizinho de quintal 

Na casa de um caboclo que é caboclo 
Existem sempre um carro velho no mangueiro 
Existem sempre um cavalo bom de sela 
Também existe um gibão e um sinuelo 
Existe sempre uma viola afinadinha 
Igual cigarra um bom peito pra cantar 
Só não inveja essa vida de caboclo 
Quem por ventura não conhece esse lugar

Não Chore Meu Bem
Não chore meu bem, não chore, meu amor não chore não
Fale comigo sorrindo você chora sem razão 

Você é a minha querida gosto de brincar consigo 
Eu disse por brincadeira você se zangou comigo 
Não chore meu bem não chore enxugue sue rosto lindo 
Não quero lhe ver chorando gosto de lhe ver sorrindo 

Não chore meu bem, não chore, meu amor não chore não
Fale comigo sorrindo você chora sem razão 

Você chora de ciúme eu também sou ciumento 
Meu amor eu não lhe deixo nem mesmo no pensamento 
Se por acaso eu sonhar que você está me enganando 
Eu tenho toda a certeza que vou acabar chorando

Não chore meu bem, não chore, meu amor não chore não
Fale comigo sorrindo, você chora sem razão 

Quem Sofre Vence
Quem me vê assim cantando pensa que eu não sofri 
Passei horas de amargura sem ter onde dormir 
Quantas noites no relento, mas sofrendo eu aprendi 
Que o mundo da muitas voltas e abriu-me uma porta aproveitei e subi 

Com a luta tive sorte agradeço o Criador 
Que brilhou o meu caminho fazendo merecedor 
Agradeço aos companheiros, amigos programador 
Que meu disco estão tocando sempre em meu nome falando nas capitais e interior 

Há gente que ainda tem querem ver o meu fracasso 
Gente sem capacidade que não faz o que eu faço 
Tem ciúme ao me ver cruzar a viola nos braços 
O meu peito é um estouro a minha voz vale ouro ninguém sai do nó que faço

Irmã Do Ferreirinha
Na cidade de Andradina chegou um circo muito bom
Trazendo na companhia o cavalo redomão
O cavalo ficou famoso por ter matado um peão
Gomercindo e Zé Pretinho montaram e beijaram o chão
Essa fama redobrou seu dono desafiou a peonada da região

No circo chegou uma moça de uma bela estatura
Disse o que eu estou sentindo sei que ninguém não calcula
É hoje que eu quero ver se este cavala ainda pula
Tirou o lenço e guardou a bolsa e o anel de formatura
O povo pagou pra ver, ai, seu moço vou lhe dizer foi uma parada dura

Sei dizer que esta moça foi atração do rodeio
Foi brincando com o cavalo o aplaudiu em cheio
Depois de cinco minutos o brinquedo ficou feio
Com o pulo que o macho deu topete quebrou no meio
Gritou por Nossa Senhora afirmou o par de espora o bicho parou no reio

Aquela linda donzela mostrou a classe que tinha
Perguntaram o seu nome o lugar de onde ela vinha
Disse eu venho de Pardinho porque é a terra minha
Uns me chama Rosa Branca outros me chama Rosinha
Pra mim isso é brincadeira me chamo Rosa Ferreira sou irmã do Ferreirinha

Honrosa Missão
Irmão aqui da cidade eu venho lá do sertão 
Minhas mãos são calejada da enxada e do enxadão 
Eu vim procurar saber tenho muito que aprender dê-me a colaboração 

Eu não aprendi pegar a pena para escrever 
Meus olhos enxergam letras confesso que não sei ler 
Sei lidar com terra bruta onde é tão grande a luta pra ganhar o que comer 

Irmão você é responsável por essa grande nação 
Ajude um analfabeto e dê sua instrução 
Você é bom brasileiro seja então o primeiro nessa honrosa missão 

Assim que eu aprender pro sertão eu voltarei 
Lá então vou semear aquilo que levarei 
O fruto dessa semente é instruir nossa gente, Brasil eu sempre te amei

É Madrugada
É madrugada meu amor eu vou embora 
Muito triste eu vou te deixar querida 
É madrugada o dia vem clareando 
Quase chorando vou fazer a despedida 

O nosso amor durou somente uma noite 
Não é por isso que eu já vou sentir fracasso 
É madrugada o galo já está cantando 
Eu vou lembrando que dormi nos vossos braços

É madrugada a lua cheia vem surgindo 
Sobre o clarão seu lindo sorriso eu vejo 
É madrugada meu amor eu vou partindo 
E vou sentindo o calor dos vossos beijo 

Na madrugada você vai ligar o rádio 
E vai ouvir o pontear de uma viola 
Minha querida você vai me ouvir cantando 
Tenho certeza da saudade coce chora

Aquele Beijo
Eu gostaria que você me desse 
Aquele beijo que me prometeu 
Aquele beijo que há tempo espero 
Talvez você já se esqueceu
Se escutar esta melodia 
Onde estiveres sei que lembrarás
Venha a meus braços oh, meu grande amor
Ansioso espero quero lhe beijar

Aquele beijo será o início 
De um romance escrito por Deus 
Eu lhe prometo sempre lhe adorar
Será a dona dos carinhos meus
Não tenho medo do nosso amanhã 
Jamais por outra iria lhe deixar 
Pois você é a criatura 
Que neste mundo me ensinou a amar

Peão Da Mula Baia
Dos transportes de boiada do meu tempo de peão 
Conservo o velho gibão e toda a tralha guardada 
No repique de um berrante já fui peão caprichoso 
Destemido e corajoso ao lado de uma peonada 

Eu areio o pantaneiro com meu laço e o chinchão 
Em cima do meu mulão pegava boi na emboscada 
No recanto perigoso atento como vigia 
Quantas vezes também seguia na culatra da boiada 

Recordo meus companheiros daquela lida bravia 
Dos transportes que eu fazia das bandas do Araguaia 
Pegando boi barbatão com arrojada destreza 
Já fiz mais de mil proeza no lombo da mula baia 

Parece que estou vendo o cair das tardezinhas 
Pedaço da vida minha hoje vivo a recordar 
Das madrugadas cheirosas do inicio da jornada 
O grito da peonada e um berrante a repicar 

Ganhei por recordação um lenço branco bordado 
De quem já foi adorado lá nas terras paraguaias 
Assim fiquei conhecido em todo chão brasileiro 
Como o rei dos estradeiros, o peão da mula baia

Fama De Valente
Quem conhece a minha fama não quer me ver pessoalmente 
Não pode acreditar que eu seja assim tão valente 
Eu brigo só por prazer também fico impertinente 
No dia que eu não brigar eu não vou dormir contente 

Eu venho de muito longe de um mundo tão diferente 
No lugar que eu nasci caranguejo anda pra frente 
O sol lá nasce gelado, a lua é que nasce quente 
Não uso meu sobrenome só pra não encontrar parente 

Na cidade que eu chegar eu já banco o presidente 
Se eu topar um valentão eu formo um tempo quente 
Eu pulo que nem macaco e rolo que nem serpente 
Sou o rei dos brigador por isso eu tenho patente 

Lá nos campos de batalha estive na linha de frente 
No prazo de poucos dias fui promovido a tenente 
Depois fui condecorado por ser um bom combatente 
Por isso que eu tenho fama de ser um homem valente 

Um cabra de cara feia que pular na minha frente 
Já pode fazer o caixão e despedir de sua gente 
Se eu morrer morro tarde eu não nasci pra semente 
Eu quero morrer de pé sorrindo e mostrando os dentes

Senhora Dos Navegantes
Senhora dos navegantes olha meu barco no mar 
Preciso pescar bastante pra minha família tratar 
Faz dois dias que eu estou nas ondas do oceano 
A saudade dos meus filhos, já esta me torturando
Senhora dos navegantes olha meu barco no mar 

O patrão não quer saber se a maré ta ruim ou boa 
Só quer saber que barco encha de peixe até a proa
Senhora dos navegantes olha meu barco no mar 

De longe avisto o porto, meus filhos a me esperar 
Acenando com as mãos de alegre ponho a chorar
Senhora dos navegantes olha meu barco no mar 

Pra ser bom pescador tem que ter força bastante 
Rezar pra Nossa Senhora que proteja os navegantes
Senhora dos navegantes olha meu barco no mar 

Músicas do álbum Pombinha Branca (CABOCLO 103405212) - (1976)

Nome Compositor Ritmo
Pombinha Branca Silvia Boarato / Murano Corrido
Hei! Barretos Milton José / Pedro Bento Rojão
Caboclo Que É Caboclo Hélio Alves / Pedro Bento Toada
Não Chore Meu Bem Joaquim P. Da Silva / Pedro Bento Rojão
Quem Sofre Vence Pedro Bento Pagode
Irmã Do Ferreirinha Zezé De Campos / Pedro Bento Moda De Viola
Honrosa Missão Chico Sales / Tapuã Rojão
É Madrugada Zezé De Campos / Pedro Bento Rojão
Aquele Beijo Pedro Bento / Geraldo Rocha Rasqueado
Peão Da Mula Baia Zacarias Damião / Pedro Bento Moda De Viola
Fama De Valente Pinguinha / Pedro Bento Cururu
Senhora Dos Navegantes Pedro Bento Cururu
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