Prato Do Dia (GTLLP 1002) - (1980) - Taviano e Tavares
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Prato Do Dia
Sobre as margens de uma estrada uma simples pensão existia
A comida era tipo caseira e o frango caipira era o prato do dia
Proprietário homem de respeito ali trabalhava com sua famÃlia
Cozinheira era sua esposa e a garçonete era uma das filhas
Foi chegando naquela pensão um viajante já fora de hora
E dizendo para garçonete me traga um frango vou jantar agora
Eu estou bastante atrasado terminando eu já vou embora
Ela então respondeu num sorriso mamãe tá de pé pode crer não demora
Quando ela foi servir à mesa delicada com muito bom jeito
Me desculpe mas trouxe uma franga talvez não esteja cozida direito
O viajante foi lhe respondendo pra mim franga crua talvez eu aceito
Sendo uma igual a você seja qualquer hora também não enjeito
Foi saindo de cabeça baixa pra queixar ao seu pai a mocinha
Minha filha mate outra franga pode temperar mais só não cozinha
Vou levar esta franga na mesa se bem que comigo a conversa é curtinha
É a coisa que mais eu detesto é ver homem barbado fazendo gracinha
Foi chegando o velho e dizendo vim servir o pedido que fez
Quando o cara tentou recusar já se viu na mira de um Schmidt inglês
O negócio foi limpar o prato quando o proprietário lhe disse cortês
Nós estamos de portas abertas pra servir a moda que pede o freguês
A Saudade Dói
Meu bem a saudade dói, dói porque
Meu bem a saudade dói, por você
Meu amor se despediu tomou o trem da estação
Me deixou triste chorando na mais negra solidão
Me deixou lenço bordado com letra nos quatro cantos
Quem partir leva saudade quem fica enxuga seu pranto
Aquele amor da minha vida foi-se embora pra cidade
Com a passagem do destino seguiu no trem da saudade
A saudade dói, porque
Meu bem a saudade dói, por você
Meu bem a saudade dói, dói porque
Meu bem a saudade dói, por você
Quero esquecer e não consigo vou partir em outro trem
Vou buscar o meu amor sem ela não sou ninguém
Mas perdi seu endereço não sei o apartamento
Também o nome da rua se é no bairro ou é no centro
Quem disser que o amor não dói, só que não tem coração
Quem ama conforme eu amo vai saber se dói ou não
A saudade dói, porque
Meu bem a saudade dói, por você
O Trabalho
Pai Eterno trabalho fez o mundo em sete dias
Fez o sol e fez a lua a luz que nos alumia
Fez o mar e fez A Terra esta grande imensidão
Do pó ele fez o barro fez a Eva e Adão
São José foi operário, Jesus também trabalhou
Santo Antônio foi vigário e São Pedro pescador
O senhor São Benedito no mundo foi cozinheiro
São Cristóvão transportava nos seus ombros passageiro
Até mesmo o presidente trabalha e faz o decreto
As águas do rio não param e o vento não fica quieto
Até as ondas do mar todo dia banha a praia
Brilha o sol todas manhãs vejam bem que nunca falha
Os passarinhos trabalham, os insetos e animais
Todos lutam pela vida qualquer coisas eles faz
O trabalho valoriza o trabalho faz a glória
Não há luta abençoada que sempre alcançou vitória
Fui criado no trabalho gosto do trabalhador
Todo aqueles que trabalham admiro e dou valor
Não gosto de vagabundo não gosto de covardia
Se eu mandasse no mundo estes dois não existiam
O X
Não quero saber, não quero se choras o dia inteiro
O cigarro e a bebida são hoje teus companheiros
Não toque meu telefone, não me escreva nem um x
Seu lamento não consegue quebrar a jura que fiz
Sei que deus não me castiga sou home de muita fé
O seu plano fracassou não caà estou de pé
Nunca mereci desprezo nunca serei desprezado
Outra que muito me ama vive feliz ao meu lado
Para essa nova flor que vive junto comigo
Tudo que me pede eu faço rodo que quero eu consigo
Eu vivo muito feliz não desejo tua volta
Assim você fique certa à você fechei a porta
Assim você fique certa à você fechei a porta
Chapéu Furado
Quem entrar na minha sala vê na sala pendurado
Um velho chapéu furado que guardo como lembrança
Lembrança de um passado que ficou em minha mente
O dono do chapéu furado para mim está presente
Trabalhando na pedreira com a rocha de granito
Fazendo papel bonito lutando pela famÃlia
Mas um dia deu errado e a mina explodiu
A vida de um homem honrado uma bomba destruiu
Cada furo do chapéu representa um cascalho
Que o meu pai no trabalho recebeu no acidente
Rogo a Deus Onipotente à ele que está no céu
É por isso minha gente que eu guardo este chapéu
Vai ficar dependurado e do cabide não sai
O velho chapéu furado é lembrança do meu pai
O velho chapéu furado é lembrança do meu pai
Fazenda Morajuba
Passeando no Brasil no estado do ParáÂ
Pelo rio Itacaiúna eu saà de Marabá
Na margem do rio café eu parei pra admirarÂ
A fazenda Morajuba naquele rico lugar
Proprietário é um paulista e da bandeira treze listas me fez logo recordar
A fazenda é muito grande mais de dois mil alqueirão
Grande parte está formada já em franca produção
Eu fiquei admirado de ver a transformação
Aonde a anta morava só de mula e burro bom
Em vez de onça rosnando só se vê gado pastando, braquiária e colonião
A fazenda Morajuba suas terra é de primeira
Produz todos cereais muito rica de madeira
Muito cedro exportação, acapu e seringueira
Pau feijó e ajarana, andiroba e castanheira
Tatajuba e baturi, sapucaia e jutaÃ, pau preto cor de aroeira
Rui Barbosa é proprietário daquele trecho de chão
Em ficar lhe conhecendo foi uma satisfação
Está morando em Rio Preto em sua linda mansão
Nasceu em Potirendaba o ilustre cidadão
Cresceu em Minas Gerais terra dos seus velhos pais mineiro de criação
Senhor doutor Rui Barbosa merece o nosso respeito
É um grande pecuarista também formado em direito
Na alta sociedade goza de grande conceito
É bastante caprichoso gosta de tudo bem feito
Grande fã de violeiros no meio dos catireiros vive a vida satisfeito
Mar De Amor
A água do rio agora vai baixando de repente
Meus olhos não choram mais secaram seus afluentes
Meus olhos não choram mais secaram seus afluentes
Lá no bairro que eu moro o amor é quem domina
Não existe água de pranto só tem água cristalina
Pertinho da minha casa meus senhores não tem água
Só existe o mar de amor onde afogo minhas mágoas
A água do rio agora vai baixando de repente
Meus olhos não choram mais secaram seus afluentes
Meus olhos não choram mais secaram seus afluentes
Sou o dono da roseira a rosa por mim balança
Falaram de quem eu amo, não choro não sou criança
Eu vivo muito feliz nos braços de quem me adora
Minha vida é um paraÃso homem feliz não chora
Punhal Do Desprezo
Meu bem não fala comigo há mais de uma semana
Não sei se é por amor ou se a malvada me engana
O bobo está sendo eu de mim ela não tem dó
Com tanta mulher no mundo eu sofro por uma só
Se meu pobre coração não fosse fraco demais
Eu ia mostrar a ela a falta que um homem faz
Só não posso compreender porque estou sofrendo assim
Meu peito cheio de amor e faltando amor pra mim
Por amar e querer bem eu já não tenho mais calma
Sinto o punhal do desprezo ferindo fundo a minha alma
Se eu ficar sem o meu bem outra eu não sei amar
Prefiro sofrer por ela do que sem ela ficar
Ninguém Será Ninguém
Por que ser tão inocente e não saber amar
Agora estou sofrendo e vivo a chorar
Quem vi chorar um dia agora está sorrindo
Paixão eu não sentia agora estou sentindo
Mas isto é bom porque me fez compreender
Que o amor é tudo o que se possa ter
Já cansei de implorar pedindo pra voltar
Mas ela está feliz e não mais voltará
O tempo foi passando ela cansou de sofrer
Por ela dar amor eu não corresponder
Ela me disse adeus com os olhos lagrimando
Eu que fiquei sorrindo agora estou chorando
Quem tem o seu alguém ouça o conselho que dou
Que a ame de verdade para não sofrer depois
Que o amor é tudo o que na vida tem
Sem o amor de alguém ninguém será ninguém
Sem o amor de alguém ninguém será ninguém
Falso Milionário
Será que no mundo existe pessoas assim como eu
Que desejava riqueza era esse o sonho meu
Talvez por questão de sorte um dia me aconteceu
Vi na pobreza distante que a coisa mais importante para mim o mundo não deu
Hoje em meu rico trono me julgo rei sem coroa
Agora que percebi que a riqueza é tão tola
Dinheiro que eu sonhava pra mim hoje é coisa a toa
Caà na realidade que a minha felicidade depende de outra pessoa
Muitos pensam que o dinheiro compra tudo que quiser
Vão concordar que é engano quando a verdade eu disser
Hoje que tenho o dinheiro para comprar mil mulheres
Porém aquela que amo por mais que choro e reclamo nem com a riqueza me quer
Vai se casar muito breve para viver na pobreza
Desprezando meu dinheiro também amar na certeza
Fui o pobre vitorioso quando atingi a nobreza
Hoje o rico fracassado por um pobre fui trocado de que me vale a riqueza
Uma Vida Sem Amor
Tantos anos, tantos dias e tantas horas uma estrada tão tristonha eu segui
Estou chegando ao fim de uma jornada e a mulher amada ainda não consegui
Faz quatro estações do ano marcaram sofrimento sem fim
Primavera, verão e outono não nasceram para mim
Somente o amargo inverno eu vi nascer e permanecer sempre em mim
Mil paixões já passaram em minha mente mil desilusões amargamente eu senti
Já cansado de viver tão solitário pretendo parar por aqui
Meus cabelos brancos mostrar sofrimento as rugas espelham meu fracasso
Em minha vida fica é por um momento jamais tive o calor de um amor em meus braços
Até As Pedras Se Encontram
Meu querido bem eu não consegui esquecer de ti como fazer
Meu querido bem a tua meiguice está bem gravada toda no meu ser
Meu querido bem o que me tortura é saber que o tempo nos deixou de lado
Amor ficamos no mundo proibidos de amar na distância separados
Assim como a esperança em mim não morreráÂ
Já que as pedras se encontrar eu continuo a te esperar
Meu querido bem o que me tortura é saber que o tempo nos deixou de lado
Amor ficamos no mundo proibidos de amar na distância separados
Assim como a esperança em mim não morreráÂ
Já que as pedras se encontrar eu continuo a te esperar
Músicas do álbum Prato Do Dia (GTLLP 1002) - (1980)
| Nome | Compositor | Ritmo |
|---|---|---|
| Prato Do Dia | Geraldinho | Querumana |
| A Saudade Dói | Santino Augustino | Rojão |
| O Trabalho | Joaquim Moreira / Elão | Pagode |
| O X | Joaquim Moreira / Taviano | Rasqueado |
| Chapéu Furado | Nonô BasÃlio | Rasqueado |
| Fazenda Morajuba | Joaquim Moreira / Tavares | Moda De Viola |
| Mar De Amor | Joaquim Moreira / Taviano | Corta Jaca |
| Punhal Do Desprezo | Peão Carreiro | Cururu |
| Ninguém Será Ninguém | Altair | Rancheira |
| Falso Milionário | Geraldinho | Querumana |
| Uma Vida Sem Amor | Braulino De Oliveira | Guarânia |
| Até As Pedras Se Encontram | Waldemar De Freitas Assunção | Guarânia |