Zé Carreiro E Carreirinho - 78 RPM 1951 (CONTINENTAL 16354) - (1951) - Zé Carreiro e Carreirinho
Pirangueiro
Construà o meu ranchinho amarradinho de cipó
Na beira do rio Mogi lá pra aqueles cafundó
Naquelas beira de rio sem vizinho eu moro só
Quando chega a tardezinha que já vai sumindo o sol
Preparo meu viradinho meu piquá de tiracol
Eu solto minha canoa vou pescar de tromombó
Desço até no porto velho onde o rio faz caraco
Naqueles poços mais fundos é que dá peixe maior
Armadilha mais segura é meu covo de cipó
Vai no bico da canoa o lampião que é meu farol
A espingarda carregada com cartucho juveló
Os peixes cai na canoa que nem milho no paiol
Quando é de madrugada canta o galo carijó
A canoa tá lotada eu termino o tromombó
Eu pesco na água limpa não preciso do timbó
A Morte Do Carreiro
Isto foi no mês de agosto regulava meio dia
O sol parecia brasa queimava que até feria
Foi um dia muito triste só cigarra que se ouvia
O triste cantar dos passos naquelas matas sombrias
Numa campina deserta uma casinha existia
Na frente numa palhada onde a boiada remoÃa
Na estrada vinha um carro com seus cocão que gemia
Meu coração palpitava de tristeza ou de alegria
Lá no alto do serrado a sua hora chegou
O carro tava pesado e uma tora escapou
Fui por cima do carreiro e no barranco imprensou
Depois de uma meia hora que os companheiros tirou
Quando puseram no carro já não podia falar
Somente ele dizia tenho pressa de chegar
E os companheiros gritavam numa toada sem parar
Já avistaram a taperinha e as crianças no quintal
Os galos cantaram triste ai, ai, ai, ai...
No retiro aonde eu moro, ai, ai, ai, ai
Já levaram ele pra cama não tinha mais salvação
Abraçava seus filhinhos fazendo reclamação
Só sinto estes inocentes ficar seu uma proteção
Fechou os olhos e despediu desse mundo de ilusão
Músicas do álbum Zé Carreiro E Carreirinho - 78 RPM 1951 (CONTINENTAL 16354) - (1951)
Nome | Compositor | Ritmo |
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Pirangueiro | Zé Carreiro | Cururu |
A Morte Do Carreiro | Carreirinho / Zé Carreiro | Moda De Viola |