Zé Carreiro E Carreirinho - 78 RPM 1955 (CONTINENTAL 17083) - (1955) - Zé Carreiro e Carreirinho

Rosa Branca
Fui cantar em Tanabi tá fazendo poucos dias
De lá eu fui passear na fazenda dos Garcia
É terra dos coqueirais só vendo que maravilha
Dá gosto a gente vê no pasto a gadaria
Fazendeiro muito forte de tanto vender como cia

Quando cheguei na fazenda no horizonte o sol sumia
Avistei o panorama que há muito tempo eu não via
O céu estava azulado as nuvens no céu corria
Aqueles lindos coqueiros igual leque se abria
Parecia despedindo da tardinha que morria

É bonito na fazenda quando vem raiando o dia
Seu Antônio se levanta e os trabalhos principia
Recolhe as vacas leiteiras solta no pasto as novilhas
É lindo avistar aquelas verdes camparias
De tão grande que ela é da minha vista sumia

O que mais me encantou vou falar com alegria
Uma linda rosa branca que lá no galho pendia
Naquele jardim tão lindo a rosa resplandecia
Meu coração deu um balanço quase do peito saia
O nome dela eu não digo é orgulho da família

Boi Soberano
Me lembro e tenho saudade do tempo que vai ficando Do tempo de boiadeiro que eu vivia viajando
Eu nunca tinha tristeza vivia sempre cantando
Mês e mês cortando estrada no meu cavalo ruano
Sempre lidando com gado desde a idade de quinze anos
Não me esqueço de um transporte seiscentos bois cuiabanos
No meio tinha um boi preto por nome de Soberano

Na hora da despedida o fazendeiro foi falando
Cuidado com este boi que nas guampas é leviano
Este boi é criminoso já me fez diversos danos
Tocamos pela estrada naquilo sempre pensando
Na cidade de Barretos na hora que eu fui chegando
A boiada estouro, ai só via gente gritando
Foi mesmo uma tirania na frente ia o Soberano

O comércio da cidade as portas foram fechando
E na rua tinha um menino de certo estava brincando
Quando ele viu que morria de susto foi desmaiando
Coitadinho debruçou na frente do Soberano
O Soberano parou ai, em cima ficou bufando
Rebatendo com o chifre os bois que vinham passando
Naquilo o pai da criança de longe vinha gritando

Se esse boi matar meu filho eu mato quem vai tocando
E quando viu seu filho vivo e o boi por ele velando
Caiu de joelho por terra e para Deus foi implorando
Salve meu anjo da guarda desse momento tirano
Quando passou a boiada o boi foi se retirando
Veio o pai dessa criança me comprou o Soberano
Esse boi salvou meu filho ninguém mata o Soberano

Músicas do álbum Zé Carreiro E Carreirinho - 78 RPM 1955 (CONTINENTAL 17083) - (1955)

Nome Compositor Ritmo
Rosa Branca Geraldina Rodrigues / Alvim Ferreira Da Silva Moda De Viola
Boi Soberano Izaltino Gonçalves De Paula / Pedro Lopes De Oliveira / Carreirinho Moda De Viola
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