Quarto Da Saudade (COELP 41325) - (1980) - Abel e Caim

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Quarto Da Saudade
Quando eu entro em nosso quarto de saudade
Minha tristeza se transforma em agonia
Ao contemplar nós dois juntinhos no retrato
Na cabeceira da nossa cama vazia

Sem você a minha vida não é vida
O nosso lar sem você ficou vazio
Eu não consigo mais dormir aqui sozinho
O nosso leito sem você ficou tão frio

Amor esta casa ainda é sua, 
E você continua sendo minha ilusão
Volte viver de novo ao meu lado
Seu lugar esta guardado em meu coração

A Nascente Do Rio Turvo
A nascente do Rio Turvo é um recanto de beleza
Lá eu encontrei a flor que enfeita a natureza
E nas águas deste rio despejei minha tristeza

Minha vida no passado era amarga igual um fel
Minha sorte era ingrata, meu destino era cruel
Mas ao lado desta flor que pra mim caiu do céu
Não preciso de mais nada
Minha vida esta mudada esta doce igual um mel

A nascente do Rio Turvo é um recanto de beleza
Lá eu encontrei a flor que enfeita a natureza
E nas águas deste rio despejei minha tristeza

Entre nós existe amor não vai existir adeus
Eu sei que ela não quer perder os carinhos meus
Ela sabe que eu não vivo sem os doces beijos seus
Com essa mulher querida
Eu estou vivendo a vida que sempre pedi a deus

A nascente do Rio Turvo é um recanto de beleza
Lá eu encontrei a flor que enfeita a natureza
E nas águas deste rio despejei minha tristeza

O Menino Do Orfanato
Quando vejo uma senhora 
Com o filinho nos braços eu me lembro de você

Que também já teve um filho
Porem foi aquele mãe que não cumpriu o seu dever

Foi embora para sempre
Desprezando o inocente que nem viu você sair
Eu me esforcei demais
Pra servir e mãe e pai, porém eu não consegui

Pense um pouco em nosso filho qual a culpa que ele tem
Seu destino é tão ingrato
Vivendo num orfanato é um filho de ninguém
Pense um pouco em nosso filho qual a culpa que ele tem
Seu destino é tão ingrato
Vivendo num orfanato é um filho de ninguém

Se você voltar um dia
Esta casa tão vazia será sua outra vez
Vou buscar nosso filhinho
Que só vejo o coitadinho quando chega o fim do mês

Se você quiser voltar
Nosso filho e nosso lar é quem vão lhe agradecer
Não imploro seu carinho
Volte por nosso filhinho que reclama por você

Pense um pouco em nosso filho qual a culpa que ele tem
Seu destino é tão ingrato
Vivendo num orfanato é um filho de ninguém
Pense um pouco em nosso filho qual a culpa que ele tem
Seu destino é tão ingrato
Vivendo num orfanato é um filho de ninguém

Morrer Por Amor
Meu coração está triste batendo descompassado
A esperança nasce morta neste peito apaixonado
Pela mulher que eu amo estou sendo desprezado
Com mais nada me importo canto por que não suporto
Viver sofrendo calado

A paixão está morando no abrigo do meu peito
Entrou sem pedir licença no coração fez o seu leito
O meu amor me deixou esta dor que não tem jeito
Toda vez que vejo ela tendo outro ao lado dela
Sinto meu sonho desfeito

Vou rastejando sem rumo nas frias pernas da dor
Minha sorte foi madrasta meu destino enganador
E a sombra da solidão me segue por onde eu for
Se esta é minha sorte eu não vou sentir a morte 
Por que morro por amor

Lugar Dos Meus Sonhos
Vou procurar um lugar bem alto 
Onde a inveja não consiga chegar
Vou construir lá um outro mundo 
Onde nada possa me atacar

Quero viver longe da maldade 
Da falsidade, tristeza e dor
Tenho nas mãos o que sonhei na vida 
Valendo mais que o maior valor

A onde vou também vai ter o sol 
A onde vou também vai ter a lua 
Carinho vai ser minha casa 
Alegria vai ser minha rua
 
Quando chegar no lugar dos meus sonhos
Não quero nem olhar pra traz
Para não ter tanto sofrimento 
Me judiando e roubando a paz

Foi com espinho me ferindo a alma 
Que consegui apanha minha flor 
Só vou levar nesta minha mudança 
Felicidade, paz e muito amor

A onde vou também vai ter o sol 
A onde vou também vai ter a lua 
Carinho vai ser minha casa 
Alegria vai ser minha rua

Adeus Maria
Adeus Maria é chegada a hora
Eu vou embora muito além daqui
Na minha viagem vou levar comigo
O meu castigo de viver sem ti

Mais uma vez o dinheiro vence
Meu amor pertence para quem venceu
Só vou levar nesta longa estrada
A cruz pesada do desprezo teu

Não adianta viver da lembrança
Se a esperança já perdeu a cor
Não sei dizer o que será do mundo
Se o amor profundo não tem mais valor

Mais uma vez o dinheiro vence
Meu amor pertence para quem venceu
Só vou levar nesta longa estrada
A cruz pesada do desprezo teu

Meu coração está em greve
Meu coração está em greve não insista por favor
O que ele está querendo é um novo aumento de amor

Pois quem ele tanto amou só lhe fez ingratidão
E o prêmio que ganhou foi somente a solidão
Hoje decidiu que é melhor ficar sozinho
Do que amar e receber só migalhas de carinho

Meu coração está em greve não insista por favor
O que ele está querendo é um novo aumento de amor

Se alguém quiser amar o meu pobre coração
Deixa ele superar esta crise de paixão
Esta mágoa, esta dor tem que acabar muito breve
Ele vai querer amar quando terminar a greve

Meu coração está em greve não insista por favor
O que ele está querendo é um novo aumento de amor

Que seja feita a sua vontade
Minha querida a sua mala mandei aprontar
Sua passagem na rodoviária já mandei comprar
Por que eu não quero que você me diga que eu lhe quis prender
Você é livre para em sua vida fazer tudo aquilo que bem entender

Somos casados, mas o casamento nunca foi prisão
Que meus braços não vão servir pra sua detenção
Um documento não significa que a liberdade chegasse ao fim
A aliança nunca foi algema pra manter você amarrada em mim

Vai com Deus que seja feita a sua vontade
Porém lhe digo com sinceridade que eu não pretendo nunca mais lhe ver
Vai com Deus que eu ficarei com a minha dor
Não se importe que o teu amor eu saberei como esquecer

Canário cantador
Eu sou o canário cantador já não vivo mais sozinho
A rolinha da pinta preta não divide mais carinho
Já espantei o gavião e tomei conta do ninho

A paixão fez aumentar a coragem que eu tinha
Entrei na guerra do amor arriscando a vida minha
Fiz o gavião guerreiro por a espada na bainha
Esta guerra apaixonada o terror da passarada perdeu a sua rolinha

Eu sou o canário cantador já não vivo mais sozinho
A rolinha da pinta preta não divide mais carinho
Já espantei o gavião e tomei conta do ninho

Gavião está sofrendo lamentando a sua dor
A rolinha está comigo num recanto encantador
O nosso ninho é no alto num galho cheio de flor
Gavião lá não tem vez só tem lugar para três eu e ela e nosso amor

Eu sou o canário cantador já não vivo mais sozinho
A rolinha da pinta preta não divide mais carinho
Já espantei o gavião e tomei conta do ninho

O plebeu e o ricaço
Ela diz que gosta de mim por amor
E vai casar com outro por dinheiro
Por que o outro representa segurança
E eu não passo de um pobre aventureiro

Ela disse que pretende conservar 
Dois amores o plebeu e o ricaço
Pra dormir em cima do dinheiro dele
E fazer de travesseiro o meu braço

Eu estou em um caminho sem saída
Ao meu problema não existe solução
Porque vejo o amor de minha vida
Por vaidade dividir seu coração

Meu desejo é viver só eu e ela
Mas não posso lhe dar luxo e conforto
Meu castigo é ver um outro ao lado dela
E de paixão estou vivendo quase morto

Carro 235
Passei um dia pela estação rodoviária
Aproveitando as minhas horas folgadas
Sentei no banco para ler uma revista
Logo chegou uma garota delicada

Com muita pressa ele comprou uma passagem
Reconheci que era minha namorada
Tomou o carro duzentos e trinta e cinco
E foi sumindo na distância da estrada

A malandrinha fez que não me conheceu
Eu quis gritar, mas minha voz não saiu
Sem compreender a razão da sua pressa
Naquele carro a tal garota sumiu

Fiquei chorando a minha cruel tristeza
Senti no peito completamente vazio
Só em pensar que ela ia e não voltava
Meu coração quase que não resistiu

Todas às vezes ao passar na rodoviária
Sinto o meu peito se encher todo de dor
Ao ver o carro encostar na plataforma
Eu acho triste até o barulho do motor

Pois o carro duzentos e trinta e cinco
Que hoje faz eu sofrer tanto amargor
Ele voltou daquela triste viagem
Porém não trouxe a quem mais eu tenho amor

Orquestra da natureza 
Deixem que as aves cantem suas belas melodias 
Pelos campos e florestas chapadões e serranias
Não prendam os passarinhos porque uma ave presa
É um cantor acorrentado que inocente foi tirado da orquestra da natureza

Só os animais compreendem o vento beijando as flores
Da estrela conhece o brilho do arco-íres as cores
Porque tirar de seu mundo uma ave indefesa
Se ela com sua arte cantando fazia parte da orquestra da natureza

O que seria do homem o mundo sem animais
Sem o verde da floresta e as flores dos roseirais 
Sem os peixinhos dos rios brincando na correnteza
Mil vozes em harmonia completando a sinfonia na orquestra da natureza

As aves presas gorjeiam porque não sabe chorar
O animal nos carrega por não saber reclamar
Deus colocou na floresta tanto amor tanta pureza
E aos anjos deu o poder pra do infinito reger a orquestra da natureza

Músicas do álbum Quarto Da Saudade (COELP 41325) - (1980)

Nome Compositor Ritmo
Quarto Da Saudade José Homero / Abel Guaarânia
A Nascente Do Rio Turvo Jesus Belmiro / Leone Belmiro Rojão/Balanço
O Menino Do Orfanato Jack / Abel Balanço
Morrer Por Amor Jesus Belmiro / Paraíso Querumana
Lugar Dos Meus Sonhos Paraíso Corrido
Adeus Maria Paraíso / Abel Fox
Meu Coração Está Em Greve Jack / Abel Polca
Que Seja Feita A Sua Vontade Ronaldo Adriano / Benedito Seviero Guaarânia
Canário Cantador Jesus Belmiro / Paraíso Rojão/Balanço
O Plebeu E O Ricaço Celcino Silva / Caim Rasqueado
Carro 235 Vicente Silva / Caim Corrido
Orquestra Da Natureza José Fortuna / Dino Franco Cateretê
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