Rasta Bonito (CONTINENTAL 101404377) - (1989) - Almir Sater
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Rasta Bonito
Se proteja moço que essa noite o frio
Vem cortando a alma vem que vem no cio
Vão se ouvir ao longe um mundo de gritos
Da dança dos lobos o rasta bonito
Se você conhece você é um lobo
Que saiu das matas pra jogar o jogo
Mas na lua cheia você fica aflito
Sai na janela e uiva bonito
Iêiêêêêêêêê....
Ao bater a noite seu olhar em brasa
Olha para a lua no teto da casa
Um neon na mesa o som nas alturas
Você vira um bicho e o rasta te cura
Iêiêêêêêêêê....
O temor amigo é um mito antigo
Tanto tempo faz que a gente se arrepia
Alma do outro mundo gosta é de poesia
Dos bares da moda e de muita folia
Pode ser agora pode ser um dia
Pode ser jamais e você não sabia
Que nas sextas-feiras das noites aflitas
As bruxas possuem as moças bonitas
Iêiêêêêêêêê....
Tristeza Do Jeca
Nesses versos tão singelos minha bela, meu amor
Prá você quero contar o meu sofrer e a minha dor
Eu sou como o sabiá quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está
Eu sou como o sabiá quando canta é só tristeza
Desde o galho onde ele está
Nesta viola eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Eu nasci naquela serra num ranchinho beira-chão
Todo cheio de buraco onde a lua faz clarão
Quando chega a madrugada lá da mata a passarada
Principia o barulhão
Quando chega a madrugada lá da mata a passarada
Principia o barulhão
Nesta viola, eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Lá no mato tudo é triste desde o jeito de falar
Pois o Jeca quando canta dá vontade de chorar
O choro que vem caindo devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar
O choro que vem caindo devagar vai se sumindo
Como as águas vão pro mar
Nesta viola, eu canto e gemo de verdade
Cada toada representa uma saudade
Capim Azul
Instrumental
Um Violeiro Toca
Quando uma estrela cai no escurão da noite
E um violeiro toca suas mágoas
Então os olhos dos bichos vão ficando iluminados
Rebrilham neles estrelas de um sertão enluarado
Quando o amor termina perdido numa esquina
E um violeiro toca sua sina.
Então os olhos dos bichos vão ficando entristecidos
Rebrilham neles lembranças dos amores esquecidos
Quando o amor começa, nossa alegria chama
E um violeiro toca em nossa cama
Então os olhos dos bichos são os olhos de quem ama
Pois a natureza é isso, sem medo, nem dó, nem drama
Tudo é sertão, tudo é paixão, se um violeiro toca
A viola, o violeiro e o amor se tocam
Tudo é sertão, tudo é paixão, se um violeiro toca
A viola, o violeiro e o amor se tocam
Homeless Souls
Here lies a man who reaches for a hand
With a little hope he could learn to cope in the world
Homeless souls everywhere look to those who really care
Don't turn your back on him lend a hand and be a friend
Homeless souls
He doesn't know how he ever got this low
he looks for the heart that will help him to start once again
Homeless souls everywhere look to those who really care
Don't turn your back on him lend a hand and be a friend
Tenessee Waltz
I was waltzing with my darling to the Tennessee Waltz
When an old friend I happened to see
Introduced him to my loved one and while they were waltzing
My friend stole my sweetheart from me
I remember the night and the Tennessee Waltz
Now I know just how much I have lost
Yes I lost my little darling the night they were playing
The beautiful Tennessee Waltz
Canoa
Canoa foi rio acima canoa não volta mais
Foi só um sonho bonito e a vida não volta atrás
Na hora de ir embora eu chorei, você chorou
Canoa foi rio acima foi levando o nosso amor
Levou o som da viola e foi indo embora nunca voltou
Só não levou na bagagem o perfume de uma flor
Que ela punha nos cabelos esse perfume ficou
Ficou só como lembranças, lembranças de um grande amor
Que sumiu na curva do rio ninguém nunca viu nunca mais voltou
Ô canoa, viajou foi seguindo o destino do rio
Ninguém nunca mais viu nunca mais voltou
Índio Adeus
Quem chegou primeiro veio do estrangeiro
E os tupiniquins receberam lindos presentes
De pedras baratas, porém vício bateu
Índios adeus, desce então
Tudo que se sonha e liberta as asas da imaginação
É o que se pratica nas ondas do tempo
Nos astros e lendas longe do chão
Índios ou não, ilusão
Reparei no firmamento que o céu azul foi pintado
Num letreiro estrelado procuro onde é que estão
Índios ou não, ilusão
E o futuro é isso não serão as guerras Nem será Tupã
Restará pra gente as noites ardentes
Os dias urgentes cada manhã
Índios jamais, Deus Trovão.
Boiada
Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada
A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada
Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada
E sumiram lá na curva, na curva da vida, na curva da estrada
E depois dali pra frete, não se tem notícias, não se sabe nada
Nada que dissesse algo de boi, de boiada, de peão de estrada
Disse um viajante, história mal contada
Ninguém viu, nem rastro, nem homem, nem nada
Isso foi há muito tempo, tempo em que a tropa ainda viajava
Com seus fardos e pelegos no rangeu do arreio ao romper da aurora
Tempos de estrelas cadentes, fogueiras ardentes, ao som da viola
Dias e meses fluindo, e o destino seguindo, e a gente indo embora
Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte da história
E até hoje em dia quando junta a peãozada
Coisas assombradas, verdades juradas
Dizem que sumiram, que não existiram ninguém sabe nada
Ele foi levando boi, um dia ele se foi no rastro da boiada
A poeira é como o tempo, um véu, uma bandeira, tropa viajada
Foram indo lentamente, calmos e serenos, lenta caminhada
Dias e meses seguindo, e o destino fluindo, e a gente indo embora
Isso tudo aconteceu no fato que se deu, faz parte da história
E até hoje em dia quando junta a peãozada
Coisas assombradas, verdades juradas
Dizem que sumiram, que não existiram
Cruzada
Não quero andar sozinho por estas ruas
Sei do perigo que nos rodeiam pelos caminhos
Não há sinal de sol, mas tudo me acalma
No seu olhar
Não quero ter mais sangue morto nas veias
Quero o abrigo do seu abraço que me incendeia
Não há sinal de cais, mas tudo me acalma
No seu olhar
Você parece comigo
Nenhum senhor te acompanha
Você também se dá um beijo, dá abrigo
Flor nas janelas da casa olho no seu inimigo
Você também se dá um beijo, dá abrigo
Se dá um riso, dá um tiro
Não quero ter mais sangue morto nas veias
Quero o abrigo da sua estrela que me incendeia
Não há sinal de sol, mas tudo me acalma
No seu olhar