Lençol Cor De Rosa (LP 526404940) - (1984) - Amaraí e Mussulino

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Lençol Cor De Rosa
Lençol cor de rosa que foi meu amigo até o presente
Tu és testemunha dos nobres momentos que eu já vivi
Pra eterna lembrança ainda tem as manchas gravadas da noite
Que nos braços dela a primeira vez suado dormi

As quatro paredes, os tetos e os móveis assistiram tudo
E o abajur sobre o criado mudo mostrava dois corpos em lua de mel
Hoje são os mesmos que assistem meu corpo tremendo de frio
Nesta casa fria num quarto sombrio, sombras de tristeza, saudade cruel

Lençol cor de rosa eu já não suporto tanto sofrimento
Ao te ver cobrindo a cama que foi doce ninho de amor
Vou te por no fundo do guarda roupa meu lençol amigo
Pra ver se consigo fugir da saudade que ela deixou

As quatro paredes, os tetos e os móveis assistiram tudo
E o abajur sobre o criado mudo mostrava dois corpos em lua de mel
Hoje são os mesmos que assistem meu corpo tremendo de frio
Nesta casa fria num quarto sombrio, sombras de tristeza, saudade cruel

Minha Terra Distante
Sombras de saudade guardo em minha mente
De um feliz passado que não volta mais
Vivo mergulhado na desesperança
Porque a distância solidão me traz

Vim pelos caminhos de deserto imenso
Que são os meus dias de triste penar
E o vento ingrato dos meus desenganos
Apagou meus rastros e eu não sei voltar

Porque ficou tão distante todos os meus sonhos de um passado em flor
Meus pais, meu lar, minha terra, minha mocidade meu primeiro amor

Bahia Dos Meus Amores
Ai se soubesse Maria que é cruel a distância
E a vontade de rever os campos de minha infância
O longe da terra tem que sofrer dissabores
Por isso eu vivo gritando Bahia dos meus amores
Bahia dos meus amores

Quero voltar a Bahia assim que Deus permitir
E se isso não for breve sei que não vou resistir
Preciso rever os bosques que vivem cheios de flores
E chorar junto de ti Bahia dos meus amores
Bahia dos meus amores

Meu pranto será sincero de alegria sem fim
Ao rever meu Salvador e meu senhor do Bonfim
Gritarei de peito aberto esquecendo minhas dores
Heis que é ti terra querida Bahia dos meus amores
Bahia dos meus amores

Vivendo em outras plagas não posso ter alegria
Meu Ser Supremo me permita que eu volte a minha Bahia
Viver junto dos meus velhos que por mim sofrem horrores
E depois morrer cantando Bahia dos meus amores
Bahia dos meus amores

Homem Triste 
Quando você vê um homem triste
Não o chame coitado
Ele tem suas razões
É um homem apaixonado
 
Não o faças perguntas
Que não serão respondidas
Com o rosto banhado em prantos
Ele conta sua vida
 
Em sua vida existe alegria
Emoções e padecimentos
Existe também um amor
Que é a causa do seu sofrimento
 
Amor dissabor de mulher
São as coisas que no mundo mais existem
Quase sempre são elas culpadas
De um homem viver sempre triste

Moreninha Guarany
Eu te adoro moreninha Guarany 
Por isso quero te dizer no meu cantar
És a mais linda das mulheres que já vi 
Toda ternura que eu pude encontrar
E entre as flores que perfumam meu jardim 
Em minha vida para sempre vou te amar
Mas do que nunca quero ser teu companheiro 
Meu amor é verdadeiro e ao teu lado que estar

Minha linda moreninha desde quando a conheci
Ao beijar teus lábios nunca esqueci
Quero todo teu carinho e serás minha mulher
Para toda vida até quando Deus quiser

E nos meus versos te ofereço esta canção
E nela vejo a tua imagem retratar
És para sempre a razão do meu viver
E não me canso de teu nome mencionar
Só a beleza destes teus olhos tão meigos
E a teu lado para sempre vou viver
Mas do que nunca quero ser teu companheiro 
Moreninha adorada dona de todo meu ser

Minha linda moreninha desde quando a conheci
Ao beijar teus lábios nunca esqueci
Quero todo teu carinho e serás minha mulher
Para toda vida até quando Deus quiser

Estrada Boiadeira
Velha estrada boiadeira tem histórias pra contar
É onde passa os peões sorridente a cavalgar
Quero ver-te empoeirada quando a boiada passar
É a última que resta ainda sem asfaltar
E o repique do berrante não pode silenciar
E o repique do berrante não pode silenciar

Quero ver a passos lentos a boiada caminhar
Rodeada de peões sobre os raios de luar
Quando chegar na pousada para então pra descansar
No ponteio da viola o peão pega a cantar
E o repique do berrante não pode silenciar
E o repique do berrante não pode silenciar

Vou pedir ao presidente esta estrada conservar
Onde o peão estradeiro faz poeira levantar
Onde passou mil boiadas e outras tantas vão passar
Sempre ouvindo o som manhoso de um berrante a repicar
E o repique do berrante não pode silenciar
E o repique do berrante não pode silenciar

Seresteiro Apaixonado
Sou seresteiro apaixonado um solitário 
Tão desprezado nas ruas mortas da solidão
Sinto que estou perdido morrendo aos poucos
Num mar imenso sem ter um porto
Para ancorar o meu coração
Até o meu cantar não é mais o mesmo
Vivo no mundo jogado a esmo
Preso no laço de uma paixão

A mulher que amei em minha vida
Deixou minha alma ferida e foi embora com outro alguém
Eu que tinha um milhão de companheiros
Hoje vivo em desespero desprezado sem ninguém
Por culpa desta mulher estou destruído
Dentro da noite perdido esperando quem não vem

Canto De Abandonado
Que espécie de amor o seu querendo acabar comigo
Seu carinho foi feito de lua seu desprezo cruel furacão
Minha vida que era bonita você destruiu com ingratidão

Que pode te querer bem se és meu maior castigo
Meu caminho não tem mais saída estou preso e não sei o que fiz
Não mereço sofrer deste jeito seu desprezo me fez infeliz

Por isso é a bebida consolo de abandonado
Que pelos cantinhos se encontram quase sempre embriagados
De tanta tristeza que sentem a enlouquecer estão condenados

Mercedita
Recordo com saudade teus encantos Mercedita
Perfumada flor bonita me lembro que uma vez
A conheci num campo muito longe numa tarde
Hoje só ficou saudade deste amor que se desfez

Assim nasceu o nosso querer com ilusão com muita fé
Mas eu não sei porque essa flor deixou-me dor e solidão
Ela se foi com outro amor assim me fez compreender 
O que é querer, o que sofrer, por que lhe dei meu coração

O tempo foi passando as campinas verdejando
A saudade só ficando dentro do meu coração
Mas apesar do tempo já passado Mercedita
Esta lembrança palpita na minha triste canção

Assim nasceu o nosso querer com ilusão com muita fé
Mas eu não sei porque essa flor deixou-me dor e solidão
Ela se foi com outro amor assim me fez compreender 
O que é querer o que sofrer por que lhe dei meu coração

Meu Carro De Boi, Meu Caminhão
Já fui boiadeiro no sertão mineiro já montei em lombo de burro pagão
Naquela fazenda onde eu trabalhava era estimado e tinha um bom patrão
Todo dia cedo juntava meus bois carregava o carro e dobrava o espigão
O carro cantava de longe se ouvia para mim ficou esta recordação

Mudei pra cidade comprei outro carro transporto progresso no meu caminhão
Oitenta por hora economizo óleo sou patriota defendo a nação
Se a carga é pesada desço engatado peço a São Cristovão me dar proteção
Solto na banguela canta os borrachudos lembro do meu carro gemendo o cocão

Da vida que levo já ando cansado sempre lembrarei lá do meu sertão
To aqui cantando de longe escutando o mugir dos bois descendo o grotão
Amanhã cedinho saio de viagem vou cortando serra dobrando espigão
Abraço a viola minha namorada e minha morada é meu caminhão

Velha Canoa
Velha canoa deslizando na correnteza
Vai carregando o sofrimento e a tristeza
De um coração de alguém que vivi amargurado
Que muito sofre por amar sem ser amado

Gotas de orvalho vão caindo de mansinho
Por entre as flores que nas margens vão crescendo
São como lágrimas de alguém que sem carinho
Que não suporta mais viver sempre sofrendo

Vai canoa, vai deslizando a minha mágoa estou chorando
Distante da minha amada eu só vivo soluçando
Distante da minha amada eu só vivo soluçando

Velha canoa sei que escuta o meu lamento
Que entre soluço devagar se perde ao vento
Atirei na água o caderninho em que escrevi
Os lindos versos que pra ela ofereci

Canoa amiga que das águas és companheira
Peça à essa onda e devolve os versos meus
Pois é a única lembrança que ficou
De um grande amor que terminou sem ter adeus

Vai canoa, vai deslizando a minha mágoa estou chorando
Distante da minha amada eu só vivo soluçando
Distante da minha amada eu só vivo soluçando

Meu Mundo De Amor
Não sei se vou suportar a sua ausência
Não sei se vou poder viver sem o seu amor
Tenho certeza que irei chorar todas minhas lágrimas
Meu grande amor, meus dias vão se transformar em amargura e dor

Serão tristes as minhas noites sem você perto de mim
Cada dia que passar mais perto estará meu fim
E se um dia voltares só encontrarás a minha saudade
Porque já parti par a eternidade por não suportar tanta solidão
E se me encontrares depois de tudo que eu já sofri
Pode estar certa que te esqueci que já estas morta em meu coração

Músicas do álbum Lençol Cor De Rosa (LP 526404940) - (1984)

Nome Compositor Ritmo
Lençol Cor De Rosa Mussulino / Alterir / Roniel Rancheira
Minha Terra Distante Emigdio A. Baez - Versão: José Fortuna Guarânia
Bahia Dos Meus Amores Amaraí / Edmilson Corrêa Rojão
Homem Triste Messias / Adriano Rancheira
Moreninha Guarany Mussulino / Morandi Polca
Estrada Boiadeira Amaraí / Hilde Moreira Cururu
Seresteiro Apaixonado Amaraí / Altevir / José Roberto Teixeira Rasqueado
Canto De Abandonado Mussulino / Amaraí / Edmilson Corrêa Rancheira
Mercedita Ramon S. Rios - Versão: Belmonte Rasqueado
Meu Carro De Boi, Meu Caminhão Amaraí / Zé Bananeiro Rasqueado
Velha Canoa Belmonte / Chrisostomo De Faria
Meu Mundo De Amor Mussulino / Alterir / Roniel Guarânia
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