Bola De Pano (Volume 2) (GTLP 1066) - (1984) - Celestino e Gardel

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Bola De Pano
O sorriso de uma criança é o que existe de mais divinal
E a tristeza na casa do pobre é maior quando chega o natal
Mas não é o dinheiro somente que nos traz alegria no lar
Vale mais uma bola de pano na história que vou te encontrar

Alegria reinava na rua era véspera do santo dia
Todo mundo de brinquedo novo, só Juquinha tristonho dizia
Não faz mal que eu seja esquecido, amanhã finalmente eu terei
Meu presente de Papai Noel, minha bola que tanto sonhei

E a noite naquela casinha a tristeza era grande demais
O menino dormindo sonhava sem saber o martírio dos pais
Uma bola custava dinheiro algum jeito teria que ter
Foi então uma bola de pano o melhor que puderam fazer

Mas ainda restava o receio que Juquinha não fosse feliz
E não visse na bola de pano o presente que tanto ele quis
Mas o dia trazia bonança e Juquinha feliz levantou
E sorrindo mostrava a todos o presente que ele ganhou

Entre todas aquelas crianças alegria maior era sua
Que corria pra todos os lados quando um carro parava na rua 
E no carro um casal bem distinto assistia o menino brincar
Com os olhos repletos de mágoa comentavam os dois a chorar

Nosso filho escolheu um presente que achava que estava na moda
Foi a motocicleta maldita que lhe pois na cadeira de rodas
Trocaríamos toda a riqueza que lhe trouxe o cruel desengano 
Pela graça de vê-lo sorrindo por ganhar uma bola de pano

Quando Você Voltar
Quando você querida voltar pra mim
Quero que aja muito sol sobre nós
Quero sentir perfume dos roseirais
Quero que as aves cantem numa só voz

Eu vou deixar aberto meu coração
Entre sem dizer nada o lugar é seu
Nele vai encontrar os sinais da dor
De que na tua ausência tanto sofreu

Vou erguer em meu peito um pedestal do amor
Quero com lindas flores forrar o nosso chão
Quando a felicidade nos envolver 
Não haverá mais noites de solidão

Vai ressurgir das cinzas que o seu adeus deixou
Longo caminho verde para você pisar
Clara manhã de luz de ternura e paz
Quero guardar pra quando você voltar

Medo Da Solidão
Se alguém perguntar por mim, não diga que estou aqui
Diga que foi embora que desapareci
Não dê o meu paradeiro que não quero ver ninguém
Quero curtir sozinho a saudade do meu bem
Quero curtir sozinho a saudade do meu bem

Se perguntarem por que não dê nenhuma razão
Diga que estou fugindo com medo da solidão 
Não conte a realidade não fale da minha dor
Não diga que eu amo não quer mais o meu amor
Não diga que eu amo não quer mais o meu amor

Motivo Pra Viver
A minha solidão é muito grande
A dor que estou sentindo não tem fim
Parece que eu vejo a cada instante 
O mundo desabando sobre mim

Não sei mais o que é felicidade
A minha alegria terminou
Meu mundo é repleto de saudade
Vivendo nessa vida sem amor 

Outra noite, outro dia
Que eu vejo amanhecer 
Para mim é sempre o mesmo
Eu já sei que vou sofrer 

Eu queria ter na vida
Eu queria ter na vida
Um motivo pra viver

Os lindos horizontes coloridos
As cores que vislumbra em cada flor
Existem, mas pra mim não faz sentido
Parecem que perderam sua cor

Alguém que eu amava tanto, tanto
Partiu e me deixou em desespero
Porém se ela voltar acaba o pranto
Fazendo-me acordar do pesadelo

Outra noite, outro dia
Que eu vejo amanhecer 
Para mim é sempre o mesmo
Eu já sei que vou sofrer 

Eu queria ter na vida
Eu queria ter na vida
Um motivo pra viver

Menina De Trança
Voltei só para te ver criatura amada
Sem ti eu não sei viver, eu não sou nada
Voltei só para lhe dar o meu grande amor
Assim eu darei um fim nesta minha dor

Perdão mil vezes te peço, oh linda criança
Parti, ficaste chorando sem esperança
Mas quando eu olhei pra traz mesmo na distância
Você acenava a mão e enxugava os olhos na fita da trança

Agüenta Sofá
Já não agüento mais esta vida
Vou pro trabalho estou cansado
Eu passo o dia inteiro pensando
Que esta noite durmo ao seu lado

Mas chego em casa tudo atrapalha
Vem a mulher com a cara feia
Já começamos a discutir
Até sair tapa nas orelhas

Ai, meu bem, viver brigando assim não dá
A gente briga fica com raiva 
Já vira a cara vai se deitar 
Você se tranca dentro do quarto
Se quero dormir, é no sofá

Nuvem Vermelha
Entardecer, o sol desceu
Nuvem vermelha no poente apareceu

Nuvem vermelha parecida com são Jorge
Galopando seu cavalo a caminho do luar
É um ajo loiro no cordão azul do espaço
Avisando que a noite não demora pra chegar

Em seus novelos se esconde a lua nova
É um boque de flor celeste no jardim da imensidão
Parece um floco de algodão ensangüentado
Dorme em seu acolchoado o sol quente do verão

Nuvem vermelha seus cabelos cacheados
Faz lembrar a minha amada que no céu foi residir
Qual garimpeiro recolhendo diamantes 
Na peneira do universo com receio de cair

Nuvem vermelha se pescar lá no infinito
Um anel de pedra rara está jóia é de meu bem
Anel que um dia colocando em seu dedo
Ela disse eu pertenço só a ti e a mais ninguém

Sorriso
Sorriso é clareira a se abrir na selva do teu mundo escuro
Como arco Iris que a tarde vem como vendaval 
Estrela cadente a riscar o espaço do teu céu sem brilho
Janela que entra o clarão da aurora do sol matinal

E teus dentes alvos é o portão da estrada que conduz ao peito
Onde adormecido sobre um leito azul está meu coração
Faço teu sorriso tirar deste abismo a felicidade
Não deixe que o tédio que tua alma invade
Para apagar a chama da ilusão

Sorriso, sorriso
Eu quero ver desabrochar de sua boca em flor
Sorriso, sorriso
É a alegria contagiante que traduz amor

Deixe entrar a vida pelo teu sorriso de contentamento
O sorriso é chama que aquece a alma fria de paixão
Sinta que o mundo torna-se mais belo e luar mais claro
Quando há sorriso, luz que descortina toda escuridão

Ame intensamente porque o amor somente acontece
Uma vez na vida e quando ele chega não deixe fugir
Pode ser que nunca essa luz tão alta tua mão alcance
E verás mágoa que perdeu a chance e oportunidade de poder sorrir

Sorriso, sorriso
Eu quero ver desabrochar de sua boca em flor
Sorriso, sorriso
É a alegria contagiante que traduz amor

Cão De Guarda
Meu Deus me responda por que me castiga?
Me fazendo amar quem não pode ser minha
Distante um do outro como o sol e a lua
Igual um escravo amando a rainha

No portão da frente daquele castelo
Eu vejo chegar seu marido e senhor
Sempre embriagado não vê que lá dentro
Existe uma dama a espera do amor

Qualquer noite desta eu perco a cabeça
E jogo no fogo esta minha farda
Porque pra mulher que eu amo tanto
Eu sou simplesmente o seu cão de guarda

Vigiada por mim ela tenta dormir
Em seu luxuoso quarto de mansão
Enquanto lá fora chorando sozinho
Eu estou passando outra noite de cão

Vem a madrugada e pra minha tristeza
Ela está chorando em sua janela
A espera de alguém que só lhe faz sofrer
Sem saber que eu dou a vida por ela

Qualquer noite desta eu perco a cabeça
E jogo no fogo esta minha farda
Porque pra mulher que eu amo tanto
Eu sou simplesmente o seu cão de guarda

Terra
Terra, igual um rosto enrugado
Por planícies e serrados, cordilheiras e varjões
Terra, ventre que traz escondida
Hoje raízes de vida que amanhã serão botões

Cobre como pranto em sua face
A água do rio que nasce nos olhos verdes do chão
Terra onde se apóiam meus passos
Os mares são os seus braços com a Terra se dando a mão

No espaço do meu destino também sou planeta Terra
Recebo o sol no verão e flores na primavera

Terra, de onde vim e pra onde vou
Terra eu fui e Terra eu sou pois faço parte do chão
Terra se outra semente consigo 
Para juntar-se comigo queremos destra união

Campos floridos sobre o chão bruto
Semente depois do fruto e fruto depois da flor
Ela eu não sei porque razão 
Não planta em meu coração a sementinha do amor

No espaço do meu destino também sou planeta Terra
Recebo o sol no verão e flores na primavera

Linda Manhã
Nesta linda manhã de sol fico olhando pro tempo e pensando
Quem me dera poder neste instante caminhar com ela pelo campo
De mãos dadas correr sobre a relva tão feliz a brindar nosso amor
Descansar abraçados na sombra respirando o perfume da flor

Entres os galhos do verde arvoredo em uma só voz
Em grande murmúrio os pássaros cantam pra nós

Substituto Do Amor
Quando começo a pensar minha vida
Porém confesso fico envergonhado
O homem não pode deixar que a paixão 
Lhe domine tanto até ser derrotado

Não vivo chorando, mas sou muito triste
Pois desta maneira jamais vou sorrir
Porque pra você sou apenas reserva
Só entro no jogo pra substituir

Eu vivo tentando te esquece para sempre
Mas sinto que a força do amor é dobrada
Ser substituto não é grande vantagem 
Mas ainda é muito melhor do que nada

Não vivo chorando, mas sou muito triste
Pois desta maneira jamais vou sorrir
Porque pra você sou apenas reserva
Só entro no jogo pra substituir

Músicas do álbum Bola De Pano (Volume 2) (GTLP 1066) - (1984)

Nome Compositor Ritmo
Bola De Pano Manoelito Nunes / Zé Venâncio Toada Ligeira
Quando Você Voltar José Fortuna / Carlos Cézar Rasqueado
Medo Da Solidão Leonardo Rasqueado
Motivo Pra Viver José Julio Bolero
Menina De Trança Cancioneiro / G. Maciel Guarânia
Agüenta Sofá Carlos Gardel / J. Simões Rasqueado
Nuvem Vermelha José Fortuna / Paraíso Polca
Sorriso José Fortuna / Paraíso Guarânia
Cão De Guarda Alcino Alves / Praense Rancheira
Terra José Fortuna / Paraíso Polca
Linda Manhã Roberto Michelin / Nedir Colombo / Carlos Gardel Balanço
Substituto Do Amor José Antônio Michelim / Paulo Santos / Celestino
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