Esquina Do Mundo (GILP 318) - (1984) - Cleber e Roserli
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Sofre Coração
Eu vivo assim cantando alegre igual sabiá
Ninguém percebe a tristeza que existe no meu cantar
Esse meu olhar é triste distante meio parado
Nesse peito sofredor sofre um coração calado
Nesse peito sofredor sofre um coração calado
Sofre, sofre coração já cansado de sofrer
Bate, bate coração já cansado de bater
Sei que você sofre aqui tão sozinho
Sempre a procura de um carinho
Sempre encostado em meu violão
Sofre calado e chora baixinho
Não fique assim, oh, meu coração
Que para tudo se dá um jeitinho
Te Quero Demais
As luzes da beira da estrada marcam a distância da separação
Eu parto chorando e tu ficas sentindo partir o teu coração
O manto negro da noite ajuda a cobrir a malvada sina
Viver junto é impossível já que nossos gênios não se combinam
Nós não temos paz com brigas constantes
Te quero demais não deixo de te amar nem por um instante
Já estou pensando em volta sinto a minha alma toda ferida
O mesmo acontece contigo morrendo por dentro viu minha partida
Nós devemos agradecer, vivemos brigando, mas apaixonados
Quantos casais dormem no mesmo quarto fingindo se amar, estão separados
Nós não temos paz com brigas constantes
Te quero demais não deixo de te amar nem por um instante
Adeus Solidão
É destino meu padecer assim sem o seu amor
Mas tenho certeza que não vou sofrer e nem chorar de dor
Eu nasci assim e nunca vou dar o braço a torcer
Dentro do meu peito esse amor desfeito vou fazer morrer
Ai, ai, ai, ai agüenta firme pobre coração
Se acostumará, outro amor virá, adeus solidão
Berrante Goiano
Comprando boiada e vendendo por esse mundo eu viajei demais
Nestes trajetos eu tive o prazer de conhecer o estado de Goiás
Eu confesso fiquei encantado com a amizade do povo goiano
É um povo hospitaleiro pros violeiros que estão viajando
Quero dizer ao povo de Goiás que me berrante também é goiano
Quando ouvir o toque bem distante esperem confiantes que estamos chegando
Isso tudo me faz lembrar quando Cristo andou pelo mundo
Foi em Goiás que ele fez pousada por isso deixou um mistério profundo
Eu adoro viver cantando e levo a vida que me satisfaz
Tocando berrante apaixonado recordo o estado e o povo de Goiás
Quero dizer ao povo de Goiás que me berrante também é goiano
Quando ouvir o toque bem distante esperem confiantes que estamos chegando
Meu Velho Boi
Eia, boi, eia meu bóia camarada
Eia, boi, até o final desta estrada
Até o final desta estrada
Ferroei a anca do boi porque ele tinha parado
De repente eu me lembrei que também fui ferroado
E nesse mundo eu passei o que esse boi tem passado
Eia, boi, eia meu bóia camarada
Eia, boi, até o final desta estrada
Até o final desta estrada
Eu pus a cangalha nele puseram cangalha em mim
Meu Deus que estradão é esse, parece que não tem fim
Eu vou ter pena do boi, pra alguém ter pena de mim
Eia, boi, eia meu bóia camarada
Eia, boi, até o final desta estrada
Até o final desta estrada
Pare meu velho boi não fique assim magoado
Igual você também fui da minha mãe apartado
Vou quebras esse ferrão pra ninguém ser ferroado
Eia, boi, eia meu bóia camarada
Eia, boi, até o final desta estrada
Até o final desta estrada
Esquina Do Mundo
Agora me encontro outra vez na longa estrada
Sentindo cansaço de um passado triste
Caminhei sozinho ao rumo do nada
Em minha bagagem só saudade existe
Deixei a família, parentes e amigos
Para acompanhar um amor cruel
Sou mais um exemplo de alguém que erra
Vagando a esmo em cima da terra
Ao lado do abismo e ausente de Deus
Vejam o estado de um ser sem rumo na vida
O juiz final decidiu a partida
E essa demanda não pude ganhar
Joguei contra a sorte perdi, mas porém mereço
Se alguém quiser o meu endereço
É na esquina do mundo em qualquer lugar
O Boiadeiro
Sou boiadeiro e quando toco meu berrante
Até as nuvens se abalam lá no céu
Vou caminhando pela estrada esburacada
Contemplo triste na colina um branco véu
As avezinhas voando em minha frente
Me dão coragem pra viagem continuar
Minha boiada toda de cabeça baixa
Ouve em silêncio meu berrante repicar
Eia boi, eia boi, minha alegria é o berrante e a boiada
Eia boi, eia boi, a minha casa é o relento das estradas
Eia boi, eia boi, não tenho rumo e nem hora pra chegar
Eia boi, eia boi, Deus é meu guia meu destino é caminhar
O Poder Divino
Céu azulado, manhã radiante
O sol brilhante é um novo dia
Eu fico horas e horas ouvindo
Um cantar tão lindo que o mundo anuncia
São os passarinhos que também entendem
Como eu dependo deste novo dia
Qualquer ser esquece de toda maldade
E com igualdade desfruta alegria
Vejam como é lindo entender alguém
Que sinta também esta felicidade
Sei que são poucos os que sabem ser livres
No mundo em que vive sem pensar maldade
Que todos vissem como vejo agora
O mundo lá fora onde a vista alcança
Teria na mente outros pensamentos
Mostrando o exemplo com nova esperança
Se você duvida do que agora digo
Venha comigo me dê atenção
Vejam bem cedinho uma flor se abrindo
Olhe o sol surgindo mostrando o clarão
Ouça os passarinhos que alegram o mundo
Mas sinta no fundo do seu coração
É o poder divino que ensina o caminho
Que afasta os espinhos e a ingratidão
Manhã De Primavera
Manhã formosa de primavera
Por entre as flores de um jardim
Aprisionado pelas lembranças
Pressinto breve será meu fim
Cruel destino roubou-me aquela
Que era toda minha ilusão
Que vale a visa sem quem se ama
Minha alma pergunta ao coração
E recordando vivo chorando
Enlouquecido por ter perdido meu grande amor
Que me deixou na sombra da felicidade morta
Desesperado, tristonho magoado e cheio de dor
E a brisa traz suave perfume
Que ela trazia nos lábios quentes que eu beijei
Trazendo assim pra junto de mim a lembrança dela
Levando-me aos poucos pra junto daquela que tanto quis
Chuva De Saudade
Chuva, chuva cai silenciosa na minha janela
Chuva, chuva leve pra longe esta saudade
Eu não suporto a ausência dela
Esse amor vem me machucando, me maltratando sem piedade
A chuva me traz tristeza e a correnteza transforma em saudade
Invadindo em redemoinho esse pobrezinho do meu coração
Formando uma tempestade, matando minha alma de solidão
Formando uma tempestade, matando minha alma de solidão
Msicas do lbum Esquina Do Mundo (GILP 318) - (1984)
| Nome | Compositor | Ritmo |
|---|---|---|
| Sofre Coração | Índia Rubla / Roserli | Polca |
| Te Quero Demais | Índia Rubla / Santiago | Huapango |
| Adeus Solidão | Zilmar Gomes / Roserli | Guarânia |
| Berrante Goiano | Índia Rubla / Ivan Soares | Carrilhão |
| Meu Velho Boi | Mingo Mariano / Benizio | Cateretê |
| Esquina Do Mundo | Maracaí / Luis Bonanza | Rancheira |
| O Boiadeiro | Índia Rubla | Toada |
| O Poder Divino | Oreco / Walter Fernandes | Rasqueado |
| Manhã De Primavera | Santiago / Cléber | Rasqueado |
| Chuva De Saudade | Índia Rubla / Cléber | Rasqueado |