Mulher Maravilha (CHANTECLER 211405256) - (1979) - Duduca e Dalvan

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Mulher Maravilha
Eu queria ser a cama que ela deita
Eu queria ser seu primeiro amor
Eu também queria ser seu travesseiro
Pra encostar no rosto da mais linda flor

Eu queria ser o homem que ela ama
E ganhar seus beijos e abraço apertado
Na face da terra eu sou tão pequeno
Sou menos que nada, sou um pobre coitado,

Mulher maravilha, modelo do mundo,
É uma pirâmide de muito sucesso
Para o mundo inteiro revelo cantando
Cair nos seus braços para Deus eu peço

Ela vai na praia bronzear seu corpo
Eu queria ser grãozinhos de areia
Pra colar no corpo da mulher mais linda
E ver bem de perto um corpo de sereia

A mulher modelo não pode ser minha
Eu vivo no mundo sonhando acordado
A beleza dela me inspira poesia
A sobrevivência de um apaixonado

Mulher maravilha, modelo do mundo,
É uma pirâmide de muito sucesso
Para o mundo inteiro revelo cantando
Cair nos seus braços para Deus eu peço

Imagem De Santa
Meu amor me confessou ao ir embora
Que estava tudo terminado em ter nós
E eu não pude dizer nada nesta hora
Por que uma lágrima calou a minha voz

Com soluço embargado na garganta
Não compreendo por que o mundo é tão ruim
E como pode a imagem de uma santa
Trazer no peito um coração ingrato assim

E agora que não sei viver sem ela
Nem em sonho eu não consigo acreditar
Que foi mentira o que ouvi dos lábios dela
Que ela fingia cruelmente ao me beijar
Senhor meu pai do céu me daí coragem
Pra sufocar esta tamanha ingratidão
Quero apagar da lembrança a sua imagem
E arrancar aquele amor do coração

Órfão De Pais Vivos
No orfanato meu filho recebe
A visita de uma mulher
É sua mãe e ele mesmo não sabe
Quem ela é, nem o que ela quer,

Como ela é covarde, ela manchou,
Nosso lar que era dela e era meu
De vergonha eu morri para o mundo
De remorso ela também morreu

Tão sozinho naquele orfanato
Nosso filho não sabe o motivo
Que ele é o primeiro do mundo
A ser órfão de pais vivos

Na derrota entreguei-me a bebida
Ela só derrotou-se também
Gente estranha internou nosso filho
Como sendo um filho de ninguém

Qual um farrapo, eu rodei o orfanato,
Vendo ela entrar e sair
Com vergonha que o mundo descubra
O lugar que ela vai residir

Tão sozinho naquele orfanato
Nosso filho não sabe o motivo
Que ele é o primeiro do mundo
A ser órfão de pais vivos

Choro A Semana Inteira
Fazem três dias que em meu quarto estou fechado
Para evitar o comentário dos amigos
Eles não sabem o quanto estou sofrendo
Pois todos eles querem zombar do meu castigo

De onde em diante o meu mundo se acabou
Quem tanto amo casa hoje na capela
E os amigos, pra me ver magoado,
Passam na rua e gritam alto o nome dela

O badalar do sino fica em minha mente
Como se fosse uma lembrança derradeira
Enquanto ela está feliz em outros braços
Aqui sozinho eu choro a semana inteira

Pranto De Um Homem
Estou sentindo uma coisa apertando o meu coração
Dizem que homem não chora, estou chorando a minha paixão,

Será que ela está feliz,
Dormindo com outro no meu colchão
E neste momento eu grito mais alto
Através da dor eu perco a razão

Por que tanta maldade
Ela está vivendo com meu amigo
Matando o meu mundo de felicidade

Estou sentindo na alma um desespero profundo
Estou sentindo agora, ser o homem mais triste do mundo,

Será que ela está feliz,
Dormindo com outro no meu colchão
E neste momento eu grito mais alto
Através da dor eu perco a razão

Por que tanta maldade
Ela está vivendo com meu amigo
Matando o meu mundo de felicidade

Eu, Ela E A Praia
Em todas as tardes de sol castigante
Não muito distante, eu vejo sair,
Da porta da sede de uma fazenda
A moça mais linda que eu conheci

E segue o caminho que leva ao riacho
Que fica pra baixo de onde eu estou
Entre as paredes de uma tapera
A onde a espera jamais terminou

A água corrente na queda que leva
Ao bater nas pedras daquele lugar
Parece fumaça que aos poucos se espalha
Na pequena praia aonde ela está

Quando se liberta das roupas que usa
Meus olhos recusam ver outro lugar
Seu corpo realça com a natureza
Cenas com certeza que irão reprisar

Após o mergulho na água gelada
Se sente amparada e jamais percebeu
Que é sempre vista sob o sol ardente
Na areia quente que o sol aqueceu

Ao esculturar um corpo de areia
Ela se bronzeia sempre um pouco mais
E quando ela abraça o corpo ao meu
Demonstra anseio no gesto que faz

Enquanto admiro seu corpo bonito
Eu ouço num grito uma voz lhe chamar
Ela vai embora, eu fico sofrendo,
Chorando e torcendo pra ela voltar

Cale-se Para Sempre
Quando na Igreja lotada o padre falou
Se alguma voz se erguer entre o povo presente
Para poder impedir a união de dois corpos
Deve agora dizer ou calar-se pra sempre

Eu que sabia de tudo, silenciei,
Imaginando que assim pudesse ajudar
Ela encontrar em seu lar a felicidade
Mas eu estava forçando-a sem forças a cruz carregar

Porque fui calar meu Deus
Por quê por que não falei, eu sei,
Que esta união logo vai ter um fim
Ela vai casar por quê
Tenta me esquecer, porém,
Não dá pra esquecer um amor grande assim

Lembro as palavras do padre e fico a chorar
Eu prometi ante Deus me calar para sempre
Hoje ela sofre e eu não posso quebrar minha jura
Para dizer que a mim ela ama somente

Porque seria pior para nós dois
Nada ela pode me dar e eu não posso também
A confissão vai deixar três destinos sem rumo
Três vidas tristes, sofrendo no mundo sem lar, sem ninguém,

Porque fui calar meu Deus
Por quê por que não falei, eu sei,
Que esta união logo vai ter um fim
Ela vai casar por quê
Tenta me esquecer, porém,
Não dá pra esquecer um amor grande assim

Metade Da Cama
No silencio triste da noite que chega
Me faz companhia, cruel abandono,
Trazendo lembranças da pessoa amada
É mais uma noite que passo sem sono

Em meu leito frio se às vezes me deito
Parece que vejo meu bem ao meu lado
Porém é mentira, pois estou sozinho,
É imensa falta de amor e carinho
Que às vezes me faz sonhar acordado

Falando com dois travesseiros
Fiéis companheiros deste alguém que ama
Eu choro a falta que faz
Alguém que partiu e não voltou mais
Ocupar a outra metade da cama

Berrante De Ouro
Nesta casinha junto ao estradão
Faz muito tempo eu parei aqui
Vem minha velha vamos recordar
Quantas boiadas eu já conduzi
Fui berranteiro e me ver passar
Você surgia me acenando a mão
Até que um dia eu aqui fiquei
Preso no laço do seu coração

Vê ali está o meu berrante no mourão do ipê
Vou cuidar melhor porque foi ele quem me deu você

Me lembro o dia em que aqui parei
Daquela viagem não cheguei ao fim
Foi a boiada e com você fiquei
E os peões dizendo adeus pra mim
Vem minha velha veja o estradão
E o berrante que uniu nós dois
Nuvens de pó que para trás deixei
Recordações do tempo que se foi

Vê ali está o meu berrante no mourão do ipê
Vou cuidar melhor porque foi ele quem me deu você

Daquele tempo que ao longe vai
O meu berrante repicando além
Ecos de choros vindos do sertão
Ao recordar fico a chorar também
Não é de ouro o meu berrante não
Mas para mim ele tem mais valor
Porque foi ele quem me deu você
E foi você quem me deu tanto amor

Vê ali está o meu berrante no mourão do ipê
Vou cuidar melhor porque foi ele quem me deu você

Meu Último Pedido De Amor
Estou pedindo pra você não partir
Estou pedindo pra você ficar
Estou chorando com a sua decisão
Meu infeliz coração, com a sua intenção, pode me matar,

Se vai embora desta vez pra não voltar
Eu ficarei meu amor sozinho aqui
Pois vá embora, lhe desejo boa sorte,
Deixe-me fechar pra não ver você sair

E no momento em que eu entrar no quarto
Abraçarei suas coisas que ficarem
E de joelhos em frente o seu retrato
A noite inteira, meu amor, eu vou chorar.

Minha Pobre Mãe Querida
Há anos passados num beco de rua
Em um bairro pobre de uma capital
Era encontrado uma criancinha
Chorando a falta do amor maternal
Junto ao inocente tinha um bilhete
Que talvez chorando, a mãe escreveu,
E no desespero mais triste da vida
Pedia que alguém lhe desse guarida
E o amor de mãe que ela não lhe deu

Depois que passaram vinte e cinco anos
Foi somente agora que eu vim saber
Porque quem me deu amor e carinho
Me confessou tudo antes de morrer
Mostrou o bilhete velho e descorado
Onde minha mãe, por Deus implorava,
Que levando a vida igual a um andarilho
Ela não queria que seu pobre filho
Passasse por tudo que ela passava

Minha mãe querida, quero lhe encontrar,
Nem que for preciso revirar o mundo
Eu tenho certeza que seu coração
Recorda de mim com amor profundo
Por isso mãezinha onde estiver
Me mande notícias que vou lhe buscar
Eu quero a senhora juntinho comigo
Porque hoje eu posso lhe dar o abrigo
Que a senhora um dia não pode me dar

Ave Maria Para Mim E Para Ela
Venho pedir, venho implorar,
Uma Ave Maria para não chorar
Senhor, aqui estou,
De joelhos em sua capela
Pedindo perdão por mim e por ela
Que um dia erramos
Em nossa união
Eu amei demais
E depois fui traído
Por vingança do coração

Músicas do álbum Mulher Maravilha (CHANTECLER 211405256) - (1979)

Nome Compositor Ritmo
Mulher Maravilha Dalvan / Tião Carreiro Rancheira
Imagem De Santa Ronaldo Adriano / Benedito Seviero Polca
Órfãos De Pais Vivos Carlos Cesar / José Fortuna Balanço
Choro A Semana Inteira Duduca / Lourival Dos Santos Guarânia
Pranto De Um Homem Duduca / Lourival Dos Santos Chamamé
Eu, Ela E A Praia Zé Da Praia / Sebastião Ferreira Da Silva Rancheira
Cale-Se Para Sempre Carlos Cesar / José Fortuna Rancheira
Metade Da Cama Praense / Compadre Lima Guarânia
Berrante De Ouro Carlos Cesar / José Fortuna Toada
Meu Último Pedido De Amor Dalvan / Asrgento Juarez Miranda Bolero
Minha Pobre Mãe Querida Miltinho Rodrigues / Benedito Seviero Guarânia
Ave Maria Para Mim E Para Ela Carlos Mendes / Dalvan Rancheira
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