A Procura Da Paz (CHORORO LPC 093) - (1974) - João Mineiro e Marciano
A Procura Da Paz
Vou fugir de ti a procura da paz
Olhando teu rosto eu sofro demais
Rezei pra Jesus qual o mal que eu fiz
Eu quero um lugar pra poder ser feliz
Me dá tuas mãos e vamos sair
Vou lhe contar tudo antes deu partir
Eu quero ir pra longe pra não mais te ver
Talvez não te olhando eu consiga esquecer
E no colorido do teu rosto lindo
Vejo o meu ciúme aumento mais
Vivendo aqui perto só tenho tormento
Por isso que vou a procura da paz
Enxugue o pranto e não chores mais
Na realidade eu te amo demais
Mais nunca se esqueças que eu te falei
Por que em silêncio por ti chorarei
Por que em silêncio por ti chorarei
Levanta teu rosto não perca a esperança
Tudo isso é ilusão e você tão criança
E todo esse amor guarde meu coração
Te amo demais e essa é a razão
Preciso ir depressa meu tempo é perdido
Quero acariciar seus cabelos compridos
E melhor agora e bom pra nos dois
Tentar esquecer pra não sofrer depois
E no colorido do teu rosto lindo
Vejo o meu ciúme aumento mais
Vivendo aqui perto só tenho tormento
Por isso que vou a procura da paz
Enxugue o pranto e não chores mais
Na realidade eu te amo demais
Mais nunca se esqueças que eu te falei
Por que em silêncio por ti chorarei
Por que em silêncio por ti chorarei
Sinfonia Da Dor
Laialaialá – Laialai-alá
É noite de tempestade, nos campos do interior
Que louca triste saudade, meu grande e querido amor
A chuva e a ventania, batendo na laje fria
Compasso de agonia, na sinfonia da dor
Laialaialá – Laialai-alá
Nossa casinha querida, quanta lembrança me traz
Retrato de minha vida, que o tempo nunca desfaz
Você é um anjo encantado, o meu mundo perfumado
O céu, um manto azulado, cobrindo a terra de paz.Â
Laialaialá – Laialai-alá
Amor, suave magia, difÃcil de se entender
As vezes traz alegria, enquanto nos faz sofrer
Amor, sonho e delÃrio, amargo e doce martÃrio
É brisa embalando o lÃrio, no vale do bem querer.Â
Laialaialá – Laialai-alá
Sofro muito escutando, ao passar o temporal
Goteiras tamborilando, qualquer coisa de metal
As vezes me desatino, pois amo desde menino
Até que um dia o destino, porá um ponto final
Laialaialá – Laialai-alá
Ontem Eu Chorei Demais
Ontem eu chorei demais
Tanto que nunca tinha chorado
As ver as águas daqueles rios
Recordei muitas coisas do passado
Recordei quem me faz sofrer
Esta dor que aos poucos me consome
Parece que até as águas dos rios
Em murmúrio vivem falando seu nome
Eu já não tenho calma, eu vivo atormentado
Eu vi que não consigo esquecer mais aquela
Porque até as águas e o vento no espaço
No silêncio da noite, murmuram o nome dela
Obrigado Meu Deus
Conheci uma linda garota, ela sempre eu considerei
E nós sempre fomos bons colegas, em namoro eu nunca pensei
Eu não sei se ela pressentia, que o amor ia um dia nascer
Eu, porém nunca tinha pensado, em fazer a amizade morrer
Infelizmente há tanto tempo, a nossa grande amizade
Estava escondendo de nós, o amor e a felicidade
Descobri, foi por causa de um sonho, no jardim nos estávamos juntos
Se eu falasse em estudo, ela logo trocava de assunto
Então comecei compreender, ao falar-me palavras tão belas
Que nós já éramos namorados, e eu me apaixonei por ela
Já está fazendo quase um ano, que comigo isto aconteceu
Hoje ela é a minha noiva, pelo sonho, obrigado meu deus
Minha Gratidão
Ouvindo meus discos sendo divulgados
Em todos estados da nossa nação
Sinto minh'alma tão emocionada
E toca alvorada no meu coração
Muito obrigado aos que me ajudaram
E me colocaram nesta posição
Neste momento minha boa gente
Vai humildemente minha gratidão
Mas no começo fui muito atacado
Desesperançado e humilhado até
Nunca esperava meus versos quebrados
Ser elogiado como hoje é
Com o apoio desta gente amada
Senti reforçada minha grande fé
E sobre as pedras que foram caindo
Tropecei sorrindo e caà de pé
Nada receio, não tenho motivo
Meu objetivo nada se desfaz
Vou caminhado não me preocupo
Com as ondas dos grupos dos tais leva e traz
São os que vivem de um modo imperfeito
E acham defeito no que a gente faz
Mas a maldade não me atrapalha
Pois ganho a batalha com as armas da paz
Aceite ouvinte minha homenagem
Na simples mensagem que hoje compus
Que os sofredores no mundo espalhados
Suportem calados o peso da cruz
Que o Brasil tão grande e amado
Seja iluminado com divina luz
Neste universo a fé permaneça
E o mundo adormeça na paz de Jesus
Direito De Amar
Ontem, mais uma vez nos despedimos
Mais uma vez nós sentimos a tristeza de partir
Ontem, naquele beijo derradeiro
Vendo sob o nevoeiro a aurora a surgir
Nós dois, nossos destinos compreendemos
Um sem o outro não vivemos não adianta insistir
Se estou distante você chora
Diz a todos que me adora e não vive mais sem mim
Distante também choro de amargura
Já nas margens da loucura no começo do meu fim
Anjo, que horas lindas nós vivemos
Só nos dois compreendemos nossa historia singular
Anjo, você me entende eu a entendo
Deixe o mundo remoendo fale quem quiser falar
Pra nós tudo será grande mentira
O próprio mundo não nos tira o direito de amar
Se estou distante você chora
Diz a todos que me adora e não vive mais sem mim
Distante também choro de amargura
Já nas margens da loucura no começo do meu fim
Nas Curvas Do Teu Corpo Capotei Meu Coração
Na estrada da saudade conheci a falsidade por amar quem não convém
E pensei ingenuamente se ternura ninguém sente, eu serei assim também
No trajeto ilusório, namorei pra mais de cem
Mas jurei que amor sincero, não daria a ninguém
Pela rota sinuosa desta vida caprichosa vinha eu e minha dor
Sob chuva e nevoeiro evitando os traiçoeiros atoleiros do amor
Não queria transformar-me em um triste sonhador
Pois eu era na verdade um alegre sofredor
Mais um dia doce amada eis que vejo na estrada teu sorriso de marfim
Teu andar bamboleante como o vento da vazante ondulando o capim
A luz alta dos teus olhos veio toda sobre mim
E a viagem de aventura neste instante teve fim
No meu carro pequenino no caminho do destino eu entrei na contramão
Quis deixar-te criatura no retorno da ternura, mas perdi a direção
Fui descendo acelerado pela serra da ilusão
E nas curvas do teu corpo capotei meu coração
Sorriso De Maria
Cai a tarde mansamente para os lados da Abadia
Ritmado em som dolente, bate o sino Ave-maria
No horizonte o sol poente diz adeus a mais um dia
Vou remando amargamente meu barquinho de ansiedade
Naufragando na saudade do sorriso de Maria
Escrevi uma canção numa triste noite fria
Fui ao circo da ilusão e cantei a melodia
Fiquei só na multidão que de pé me aplaudia
Essa estranha solidão já foi muito discutida
Pois só vejo a luz da vida no sorriso de Maria
Despertar dos desenganos de uma vida tão vazia
Um hotel provinciano madrugada de agonia
Todo mundo no engano que só tenho alegria
Já faz tempo não um ano que eu sofro assim calado
Vejo o mundo estampado no sorriso de Maria
Dos meus versos enfadonhos deixo aqui a ironia
À Maria dos meus sonhos tenho ainda a poesia
De um tempo tão risonho quando tudo mal nascia
Os vencidos são tristonho falam mal daquele charme
Mas só ela sabe dar-me um sorriso de Maria
Vêm Me Dar Suas Mãos
Só sei que fui um bobo, fiquei furioso
Briguei com você, deixei você partir
A cruel saudade é o meu castigo
Quero esquecer, mas nunca consegui
Até seu beijo é tão diferente
Teu jeito de abraçar louco e apertado
Mesmo disfarçando, todo mundo vê
Que é por você que estou apaixonado
Vivo no deserto desde o seu adeus
Meu caminho certo são os braços seus
Linda criatura luz do meu viver
Minha desventura foi perder você
E no submundo onde eu estou
Decididamente não sei onde vou
Estou jogado fora, estou aqui no chão
Venha bem de pressa me dar suas mãos
Venha bem de pressa me dar suas mãos
Nos braços carinhosos da menina amada
Sono de ternura muitas vezes dormi
Peço seu perdão por este mal que fiz
A sede de lhe amar me faz sentir feliz
A minha madrugada ficou diferente
Eu não me conformo em te perder
Venha bem depressa eu aqui espero
Quero amanhecer juntinho de você
Vivo no deserto desde o seu adeus
Meu caminho certo são os braços seus
Linda criatura luz do meu viver
Minha desventura foi perder você
E no submundo onde eu estou
Decididamente não sei onde vou
Estou jogado fora, estou aqui no chão
Venha bem de pressa me dar suas mãos
Venha bem de pressa me dar suas mãos
Vivendo Ao Seu Redor
Preciso lhe encontrar minha linda estrela guia
Falar do meu desespero, meu tormento noite e dia
Falei com tanta gente, pedindo endereço seu
Não sei se foi por maldade, mas ninguém me respondeu
Amargurado chorei de dor e me perdi de tanto amor
Rezei pra meu deus, mas o meu silencio foi bem maior
E a distância aumenta mais, o meu tormento a cada momento
Em pensamento estou vivendo ao seu redor
Recordo do nosso encontro na rua do caracol
Os seus cabelos compridos se alaranjando com o sol
Um dia vou lhe encontrar se Deus me conceder
Pra não morrer de saudade apaixonado por você
Amargurado chorei de dor e me perdi de tanto amor
Rezei pra meu deus, mas o meu silencio foi bem maior
E a distância aumenta mais, o meu tormento a cada momento
Em pensamento estou vivendo ao seu redor
Durma Na Paz De Jesus
Boa noite grande amor de minha vida
É muito tarde e eu tenho que partir
Vou lhe abraçar e lhe dar o último beijo
A madrugada não demora a surgir
Não chore agora, deixe o pranto pra depois
Quando eu estiver longe de você
Você chora quase bem na madrugada
Eu vou chorar quase no amanhecer
Quando o clarão da divina estrela Dalva
Acariciar o seu rosto adorado
Pense me mim, que eu estou pensando em você
Meu coração vai bater descompassado
O meu destino está unido junto ao seu
Você é a linda luz do meu viver
Na sua ausência sei que vou sofrer demais
Por que eu sou um pedaço de você
Anjo adorado, estrela guia
Fique com Deus e os anjos lhe conduz
Quando eu chegar eu vou rezar por você
Deus lhe proteja, durma na paz de Jesus
Centelha Divina
Pôr entre florestas e vales floridos
Pôr serras e campos do nosso paÃs
As ondas do rádio penetram levando
A nossa mensagem ao povo feliz
Nas grandes cidades ou nos povoados
Nas belas fazendas do nosso sertão
Aonde existir um radinho ligado
Mandamos o nosso abraço apertado
E o muito obrigado pôr essa atenção
Os programadores e discotecários
Os radialistas de um modo geral
Quem faz faculdade, quem faz o ginásio
Ou quem se inicia através do mobral
É gente que eleva a pátria querida
Marcando a fase do grande progresso
Pôr isso saldamos a toda essa gente
Que trás o futuro aqui ao presente
Razão evidente do nosso sucesso
Pôr onde cantamos vai gente a cavalo
De jipe, charrete ou carro emprestado
Senhoras e moças, crianças e velhos
E assim trabalhamos com o circo lotado
E nós dependemos do apoio sincero
Da gente que sempre nos vem aplaudir
Tal qual uma rosa formosa tetéia
A música nasce de simples idéia
E a grande platéia irá decidir
Feliz juventude vibrante e sadia
Do interior ou da grande cidade
Sentimos orgulho porque hoje em dia
Não temos problemas de escolaridade
Num salto gigante a nossa nação
Atenta seus filhos ao ano dois mil
A luz do progresso é tão cristalina
Bendita cultura, centelha divina
Que hoje ilumina o nosso Brasil
Músicas do álbum A Procura Da Paz (CHORORO LPC 093) - (1974)
| Nome | Compositor | Ritmo |
|---|---|---|
| A Procura Da Paz | Marciano | Jovem |
| Sinfonia Da Dor | Goiá | Rumba |
| Ontem Eu Chorei Demais | Amilton Lelo | Bolero |
| Obrigado Meu Deus | Zezito / João Mineiro | Jovem |
| Minha Gratidão | Goiá / Sebastião Victor | Rasqueado |
| Direito De Amar | Goiá / Leonardo Amâncio | Bolero |
| Nas Curvas Do Teu Corpo Capotei Meu Coração | Goiá | Polca |
| Sorriso De Maria | Goiá / Sebastião Victor | Balada e Cururu |
| Vem Me Dar Suas Mãos | Marciano | Jovem |
| Vivendo Ao Seu Redor | Marciano / Oscar Martins | Rasqueaado |
| Durma Na Paz De Jesus | Marciano | Rumba |
| Centelha Divina | Goiá | Rasqueado |