Show De Gala (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9029) - (1960) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Meu Sofrimento
Eu não sei até que ponto chega
A tua coragem para mentir
Eu não dei se tu és sincera
Ou se falta me trair

Eu saí de tua vida
Sem beijar os lábios teus
Sem olhar para os teus prantos
Na hora do nosso adeus

Sem ouvir os teus argumentos
Teus pedidos de perdão
O que importava era o meu sofrimento
Pela sua traição

Eu sei que é humilhante
Mas meu desejo é te perdoar
Reconheço, é torturante
Não posso deixar de te amar

Eu saí de tua vida
Sem beijar os lábios teus
Sem olhar para os teus prantos
Na hora do nosso adeus

Sem ouvir os teus argumentos
Teus pedidos de perdão
O que importava era o meu sofrimento
Pela sua traição

Gritam-me As Pedras Do Campo
Sou como o vento que corre ao redor deste mundo
Eu amei tantas mulheres
Eu amei tantas mulheres, porém só tu não me quer

Sou como um pássaro preso na gaiola do teu coração
Nem se ela é feita de ouro
Nem se ela é feita de ouro não deixa de ser prisão

Falam-me os montes e vales, gritam-me as pedras do campo
Que nunca viram na vida querer como estou querendo
Chorar como estou chorando, morrer como estou morrendo

Às vezes me sinto só do mundo não importa nada
Logo desperto sorrindo
Logo desperto sorrindo sou muito menos que nada

Enfim eu sou neste mundo como uma pena no ar
Sem rumo eu vou pela vida
Sem rumo eu vou pela vida sempre por ti a chorar

Falam-me os montes e vales, gritam-me as pedras do campo
Que nunca viram na vida querer como estou querendo
Chorar como estou chorando, morrer como estou morrendo

Copo Na Mesa
Você está vendo aquele copo que está na mesa ao lado
Parece que ainda reflete um semblante apaixonado
Foi alguém que andou bebendo por estar abandonado
Hoje vive o desespero da lembrança de um passado.

Você está vendo aquele copo com resto de bebida
Esse copo simboliza o fracasso de uma vida
De uma vida que foi boa, mas ficou interrompida
Pela ingratidão malvada de alguma mulher fingida

Aquele copo é o espelho meio sujo e meio embaço
Escutai a triste história que em meus versos hoje faço
Aquele copo reflete com algum desembaraço
A mentira de uma ingrata e a verdade de um fracasso

Aquele copo está cheio de tristeza e dissabor
Para quem a própria vida já perdeu o seu valor
Esse copo simboliza a derrota de um amor
Já não tem bebida alguma só tem lágrimas de dor

Tens Que Beber
Estou sabendo que você vive bebendo
Tens que beber pra esquecer o teu passado
Foste feliz nos meus braços muito tempo
E hoje viver num recanto abandonado

O teu destino é viver perambulando
Sempre vagando esta é a tua vida
Por que amor para você não existe mais
A não ser um copo, uma garrafa de bebida

Segue o teu destino e me esqueça de uma vez
Por favor eu peço me deixe viver em paz
Segue a boemia e não pense mais em mim
Por que eu já lhe disse que eu não te quero mais

Bebendo E Chorando
Bebendo e Chorando é o meu destino
Já reservei a mim essa taça
Quando eu choro lembro de ti
Quando eu bebo a tristeza passa
Ai, ai,ai,ai,
Beberei sim
Ai, ai,ai,ai,
Porque você não se lembra de mim

Embora eu chore, não te esqueço
Nem que eu sofra um triste lamento
Hoje a bebida é o meu consolo
Por não tirar-te do meu pensamento
Ai, ai,ai,ai,
Beberei sim
Ai, ai,ai,ai,
Porque você não se lembra de mim

Garçom
Garçom, por favor, enche a taça
Não suporto mais sofrer tanto assim
Garçom me traga bebida
Porque minha vida é um tormento sem fim

Esta noite eu quero beber
Pra esquecer quem de mim esqueceu
Quero afogar esta mágoa
De um alguém que há tempo foi meu

Pode falar quem quiser
Que eu sou um fracasso na vida
Se eu bebo não devo à ninguém
Bebendo esqueço daquela fingida

Ai, ai, ai, ai, quero beber
Garçom, por favor, enche a taça
Quero esquecer a desgraça
Que me faz tanto sofrer

Queixas De Amor
Não posso ver teu rostinho não posso ver teu olhar
Não posso ver teu sorriso que tanto me faz penar
Vivo sofrendo por ti, e tu sofrendo por mim
Tenha dó de mim querida não deixe eu sofrer assim

Ai, ai,ai,ai, sofro uma grande dor
Peço desculpas querida das minhas queixas de amor
Ai, ai,ai,ai, sofro uma grande dor
Peço desculpas querida das minhas queixas de amor

Meu viver é padecendo, sei que não tenho valor
Sim que outras não me querem, não querem ser meu amor
Não posso viver assim, machuca meu coração
Antes morrer sofrendo do que viver na ilusão

Ai, ai,ai,ai, sofro uma grande dor
Peço desculpas querida das minhas queixas de amor
Ai, ai,ai,ai, sofro uma grande dor
Peço desculpas querida das minhas queixas de amor

Vidas Perdidas
Certo ambiente de vidas perdidas
Vi a mulher que mais eu amei
Embriagada já quase vencida
Não resistindo a dor eu chorei

E vi em sue rosto já desfigurado
A dor do pecado que cometeu
Quando sorrindo deixou-me chorando
E foi-se embora sem dizer-me adeus

E por esse mundo cruel e traidor
Sozinha ela foi enfrentar nova vida
Pensando em vencer facilmente os espinhos
Que sempre nos cercam em nossa subida

Porém o seu prêmio foi triste coitada
Porque não pensava na cruel descida
E ela zombava do meu padecer
Hoje vive a sofrer na lama caída

Quando a noite desce com seu manto
Se ouve o pranto de uma criatura
Que soluça e geme, reclama da sorte
Esperando a morte nas ruas escuras

Eu dei o perdão e queria de novo
Que ela voltasse pra perto de mim
Ela olhou e beijou o meu rosto
E foi-se embora esperando seu fim

Sou Cigano
Sou cigano, o que é que há oh, minha gente
Fico alegre e bem contente na barraca onde eu moro, ai, ai, ai
Não tenho mágoa, vivo sorrindo e cantando
Por esse mundo andando esta é a vida que eu adoro

Por onde eu passo com minha turma afamada
Mulheres apaixonadas querem me acompanhar, ai, ai, ai
Mas só tem uma que o meu coração ama
É uma linda cigana porque eu vivo a cantar

Ai, ai, ai a cigana querida
Vamos juntos viver nossa vida
Ai, ai, ai quero sempre te amar
Oh, cigana eu vivo para te adorar

Esperança Perdida
Sei que vou ficar sozinho sem ti meu amor
Sei que vou sofrer calado a minha dor
Sei que ao lado de outro irá até ao altar
Vestida com véu e grinalda para se casar

Sabes que vou padecer oh, minha querida
Sabes que nada serei sem ti nesta vida
Que só terei por lembrança a esperança perdida
E pra esquecer-te um momento
Eu precisarei entregar-me a bebida.

Se algum dia querida eu morrer de saudade
Saibas que morreu alguém que te amou de verdade
E agora oh, meu grande amor para longe eu vou partir
Adeus vida de minha vida
Quero que tu sejas bastante feliz

Aquela Mulher
O meu destino é viver vagando
Sem teus carinhos eu vivo chorando
Eu vivo sofrendo por quem não me quer
Eu vivo enganado por uma mulher

Não posso mais viver assim
Neste tormento que não tem fim
Fui desprezado por quem tanto eu quis
Aquela mulher me fez infeliz

Sem teu amor não posso viver
Nesse abandono eu vivo a sofrer
Vivo amargurado sempre a padecer
Sem o teu calor prefiro morrer

Não posso mais viver assim
Neste tormento que não tem fim
Fui desprezado por quem tanto eu quis
Aquela mulher me fez infeliz

Músicas do álbum Show De Gala (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9029) - (1960)

Nome Compositor Ritmo
Meu Sofrimento Sebastião Aurélio Carrilhão
Gritam-Me As Pedras Do Campo Cuco Sanches - Versão: Carlos Américo Rego Rancheira
Copo Na Mesa Goiá / Zacarias Mourão Guarânia
Tens Que Beber Caçula / Zé Da Estrada Carrilhão e Guarânia
Bebendo E Chorando Milano / Serafim Rancheira
Garçom Pedro Bento / Celinho Rancheira
Queixas De Amor Zé Da Estrada Carrilhão
Vidas Perdidas Léo Canhoto / Carijó Rancheira
Sou Cigano Léo Canhoto Corrido
Esperança Perdida Léo Canhoto Rancheira
Aquela Mulher Pedro Bento / Ivo De Oliveira Rancheira
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