Zé Tapera E Chiquinho - 78 RPM 1957 (TODAMÉRICA TA-5719) - (1957) - Zé Tapera e Chiquinho
Passagens Da Vida
O meu pai sempre me conta de quando era solteiro
Das proezas que fazia por este Brasil inteiro
Mas sempre fazendo bem e nunca foi desordeiro
E cumpriu dentro da lei o dever de um brasileiro
Hoje ele está velhinho não pode mais trabalhar
Brincando com seu netinho passa o tempo a recordar
às vez conta alguma história pra tristeza disfarçar
Conta coisa do passado e depois pega a chorar
Todos fazem pouco caso quando vê aquele velhinho
Mas ele foi respeitado no seu tempo de mocinho
Sua vida foi uma estrada cheira de ramos de espinhos
Com todo seu sacrifÃcio chegou no fim do caminho
Bem diz aquele ditado quem espera sempre alcança
Meu pai sempre trabalhou desde o tempo de criança
Ele teve muita sorte e gozou sua infânciaÂ
Seu nome ficou na história e o passado por lembrança
Os Dois Amigos
Há muitos anos passados eu conheci um velhinho
Além de ser aleijado ficou no mundo sozinho
Morava em baixo da ponte e apareceu um cachorrinho
No mesmo triste destino seguiram juntos o caminho
O povo do lugarejo o pobre velho ajudava
Vivendo assim muitos anos com as esmolas que ganhava
O cachorro e o velhinho só a noite eles voltavam
Dormiam em baixo da ponte a casa que os dois moravam
Um dia de madrugada chovendo por todo lado
O cachorrinho latia tão triste desesperado
Parecia até pedir pra salvar o pobre aleijado
Mas o coitado sozinho morreu na enchente afogado
No dia no cemitério eu vi muita gente chorar
Só por vero cachorrinho seu caixão acompanhar
Foi uivando pela estrada no cemitério chegou
Em cima da sepultura o cachorrinho deitou
E deu um latido triste os seus olhinhos fechou
Acabou os dois amigos que a morte não separou
Músicas do álbum Zé Tapera E Chiquinho - 78 RPM 1957 (TODAMÉRICA TA-5719) - (1957)
| Nome | Compositor | Ritmo |
|---|---|---|
| Passagens Da Vida | Zé Tapera | |
| Os Dois Amigos | Zé Tapera / Jaime Ramos |