Show Para Milhões (CABOCLO 103405300) - (1979) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Dilema De Amor
Senhor, meu Deus todo poderoso 
Foi tão revoltoso o que me aconteceu 
Eu que vivia tão tranquilamente 
Hei que de repente, comigo se envolveu 
Uma menina, linda e sem juízo 
Mas com um sorriso enfeitiçador 
Sua beleza roubou minha calma 
Naufragou minha alma neste mar de dor 

Mas nosso romance e nossa união seu pai não aprova 
Diz que a filha ainda é muito nova
Nesse dilema sofre ela e eu
Porém não sabem que sua filha na realidade 
Apenas com quatorze anos de idade 
Pretende ser mãe de um filho meu

Sinceramente o nosso caso é mesmo complicado 
Porque além de tudo sou um homem casado
Seria o divórcio, minha solução
Mas por vingança, minha mulher divórcio não assina 
Porque já sabe que esta menina 
Está morando em meu coração

Amor Interesseiro
Eu vou deixar de ser palhaço 
Palhaço assim do teu amor 
Agora vou viver nos braços 
De quem me ama com fervor
Eu vou mudar completamente 
Todo meu jeito de amar 
Tu podes crer daqui pra frente 
Vou aprender te desprezar 

Não quero amor comprado 
Quero um amor verdadeiro 
Eu já estou acostumado 
Do teu amor interesseiro
Não quero amor comprado 
Quero um amor verdadeiro 
Eu já estou acostumado 
Do teu amor interesseiro

Depois Do Desquite
Vivendo assim um sem o outro 
É só desgosto o que sentimos 
Foi destruído o nosso futuro 
Amor tão puro que construímos 

Não fui capaz de lhe entender 
Jamais você também me entendeu 
E foi assim que se acabou 
Aquele nosso divino amor 
Que entre nós um dia nasceu 

Nós nos casamos e desquitamos 
E hoje estamos na solidão 
E pela vida nos caminhamos 
Como dois vultos na escuridão 

Nos resta agora grande tristeza 
Pela incerteza do esquecimento 
E por acaso nos encontramos 
Só conversamos em pensamento

Meus olhos fogem do seu olhar 
A discordar com o seu querer 
Mas quase aceito o seu convite 
Pra dar um fim no nosso desquite 
E outra vez voltar pra você

Nós nos casamos e desquitamos 
E hoje estamos na solidão 
E pela vida nos caminhamos 
Como dois vultos na escuridão 

O Progresso Brasileiro
Há muitos anos você via na estrada 
Sempre passava a boiada que vinha lá no sertão 
Ia na frente o berrante e o ponteiro 
Vinha atrás do boiadeiro em cima do alazão 
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi

Estrada velha hoje vive abandonada 
Não se vê uma boiada, nem grito de boiadeiro
Hoje a boiada não precisa de berrante 
Ela chega num instante num caminhão boiadeiro
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi

E o meu pai já trabalhou de carreiro 
Hoje ele está velhinho não pode mais trabalhar 
Faz muito tempo, já foram muitos janeiros 
Conta a vida de carreiro e já se põe a chorar 
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi

Naquele tempo não existia o caminhão 
Com o boi arava a terra pra fazer a plantação 
E o carreiro trabalhava todo dia 
Ele tinha os bois de guia e arrastava o carretão
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi
E hoje vejam o progresso a onde foi 
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi

Teu Erro Será Tarde Demais
Já faz tempo que venho notando 
Que pretende me abandonar 
Podes crer não estou te obrigando 
Que me ames ou queira ficar

Eu não quero viver a seu lado 
Contrariando o teu coração 
Pra viver e viver desprezado 
É melhor uma separação

Se tu queres partir vá agora 
Eu aceito a cruel realidade 
Tu tens livre o caminho lá fora 
Não precisa de mim ter piedade 

Se deixar-me é o teu desejo 
Podes crer para mi tanto faz 
Quando o mundo mostrar o teu erro 
Podes crer serás tarde demais

Amor Sem Fim
Meu bem esse imenso amor que sinto por ti é um amor sem fim 
Seria muito feliz se tu gostasse também de mim 
Mas amo e não sou amado, padeço na solidão 
Mesmo sendo desprezado eu te conservo no coração

Amar como eu te amo, não pode haver quem pode irá amar 
Ternura, amor e carinho tenho bastante pra te ofertar 
Amor assim tão profundo outro igual não pode haver 
Parece que neste mundo eu vim somente pra te querer

Órfãos De Pais Vivos
Quem é favor do divorcio e do desquite também 
Nunca sentiu a maldade que estas palavras contém
Eu era bem pequenino se desquitaram meus pais
Cada um seguiu seu rumo e não os vi nunca mais

Dos meus pais eu não esqueço nem um momento se quer 
Mamãe já tem outro homem, papai tem outra mulher 
Cresci sozinho e jogado por este mundo sem fim 
Meus pais já tem outros filhos e nem lembram de mim

A minha história é igual a tantas outras no mundo 
São infelizes que sofrem esse desgosto profundo 
Mal digo a separação pra isso tenho um motivo 
Filhos de pais separados são órfãos de pais vivos

Menina De Quinze Anos
Menina de quinze anos e demais minha paixão 
Eu sofro por que não posso te entregar meu coração 
Nosso amor é proibido, mas te amo loucamente
A paixão que estou sentindo, sentirei eternamente 

Quando estamos frente a frente nem é preciso falar 
Um amor sincero ardente a gente nota no olhar 
Parece ser um castigo o cruel destino nosso 
Te esquecer eu não consigo, te amar também não posso 

Menina desta maneira não podemos continuar 
Infelizmente não posso te levar aos pés do altar 
De viver sempre a teu lado já perdi a esperança 
Eu sou um homem casado e tu és uma criança

Dama De Pedra
Não sorri mulher tanto assim teu desprezo só me causa dor 
Choro ao ver teu sorriso me deste um restinho de amor 
Teu orgulho um dia se acaba chega ao fim a tua beleza 
Um dia a tua alegria poderá transformar em tristeza 

É de pedra o teu coração no amor tudo isso acontece 
Qualquer dia vou perder a calma teu desprezo me enlouquece 
Um dia tu iras chorar vai chegar minha vez de sorrir 
O teu coração é de pedra, mas eu sei que não via resistir

Os boêmios que hoje te abarcam vão cobrar o que fez para mim 
As cenas de abraços e beijos muito breve vai chegar ao fim
Teu sorriso vai mudar de cor vou sorrir e você vai chorar 
O teu coração é de pedra é frágil e pode quebra

Coração Da Natureza
Estou morando num recanto de sertão 
Onde a civilização não sabe que existe 
Moro no grande coração da natureza 
Onde o céu tem mais beleza e a cigarra canta triste 
Aonde eu moro não existe ilusão 
Minha luz é lampião, minha água é de vertente 
Minha mobília é madeira emparelhada 
Me trator é a enxada, meu dinheiro é a semente 

Minha piscina é um simples ribeirão 
É minha televisão é um lindo amanhecer 
Meu automóvel é um cavalo tordilho 
O meu ouro é o brilho que o luar vem me trazer 
Meu palacete é um rancho de sapê 
Minha arma é a fé que protege os dias meus 
Minha riqueza sempre foi minha saúde 
E grande virtude é acreditar em Deus 

O meu transporte ainda é o carro de boi 
Que muitas vezes foi lindo teme de canção 
Onde os poetas misturam com saudade 
Este carro de verdade em simples recordação 
Para o homem do mundo civilizado 
Ainda sou atrasado sem cultura e sem valor 
Mas nesse lindo paraíso de verdade 
Para ter felicidade não precisa ser doutor

Amor Distante
Quando saíste de minha vida 
Veio a saudade invadir minha alam 
Chorando tanto sua partida 
Meu coração já não tem mais calma 
O nosso amor foi como um sonho 
Das noites lindas que longe vai 
Tantos prazeres, sonhos risonhos 
Foram pra sempre e não voltam mais 

Do que me vale viver chorando 
Se ela distante não ouve minhas queixas 
Talvez não possa viver cantando 
Por que a saudade que sinto não deixa
Talvez não possa viver cantando 
Por que a saudade que sinto não deixa

Quando em silêncio a noite passa 
Sinto esta mágoa brotar em meu peito 
Só a tristeza é que me abraça 
Nas longas horas que passo em meu leito 
Quem teve amor como eu tive 
Hoje no mundo não tem mais ninguém 
Nem sabe ao menos onde ela mora 
Se está sozinha ou com outro alguém

Do que me vale viver chorando 
Se ela distante não ouve minhas queixas 
Talvez não possa viver cantando 
Por que a saudade que sinto não deixa
Talvez não possa viver cantando 
Por que a saudade que sinto não deixa

Longe Dos Braços Teus
Não pode haver outra dor pior 
Que a dor cruel de uma paixão 
É um espinho que fere sempre 
Sem piedade um coração

Apaixonado estou vivendo 
Sempre sofrendo neste abandono 
As minhas noites são tão vazias 
São noites frias, noites sem sono 

A vida passa tudo é sem graça 
Vivendo longe dos braços teus 
Do nosso amor com muita esperança 
Resta lembrança de um triste adeus

Músicas do álbum Show Para Milhões (CABOCLO 103405300) - (1979)

Nome Compositor Ritmo
Dilema De Amor Luiz De Castro Guarânia
Amor Interesseiro Luiz De Castro / Cláudio Balestro Bolero
Depois Do Desquite Praense / Compadre Lima Rancheira
O Progresso Brasileiro Arnaldo Viana / Vadão Toada Balanço
Teu Erro Será Tarde Demais Luiz De Castro / José Homero Béttio Rancheira
Amor Sem Fim Luiz De Castro Corrido
Órfãos De Pais Vivos Luiz De Castro / Benedito Seviero Rancheira
Menina De Quinze Anos Luiz De Castro Rancheira
Dama De Pedra Paixão / Mineiro Rancheira
Coração Da Natureza Luiz De Castro / Ademir Toada
Amor Distante Luiz De Castro / Benedito Seviero Rancheira
Longe Dos Braços Teus Luiz De Castro / Messias Custódio De Mello Rancheira
Compartilhe essa página
Aprenda a tocar viola, acesse Apostila de Viola Caipira Material de qualidade produzido por João Vilarim