Abel E Caim (1974) (LPITAM 2123) - (1974) - Abel e Caim
Adeus De Mãe
Certa noite acordei assustadoÂ
Ouvi do meu pai que chamou dizendoÂ
Socorro meu filho adoradoÂ
Que sua mãezinha esta morrendo
Como um louco abracei minha mãeÂ
Dos erros que fiz lhe pedi perdãoÂ
Ela disse já em voz comovidaÂ
Adeus filhinho do meu coraçãoÂ
Apagou-se a luz dos seus olhosÂ
Cobrindo de luto toda a minha vidaÂ
Pois perdi a alegria do mundoÂ
E nunca mais vi a mãezinha querida
Minha casa encheu-se de dorÂ
Dentro da noite me pranto se ouviaÂ
E meu pai abraçado com elaÂ
No último adeus assim me dizia
Esta vida é tão curta e você durou tão poucoÂ
Jamais poderia imaginarÂ
Que um dia eu fosse chorarÂ
A separação que a morte causouÂ
Você foi em minha vida um exemplo de mulherÂ
Soube sorrir para as horas difÃceisÂ
E me confortar nas horas de amarguraÂ
Soube honrar com dignidadeÂ
O nome de esposa e mãe dedicada
Adeus querida, adeus
Conserve lá no céu o meu cantinhoÂ
Por que um dia estarei junto a ti
A meu lado todos choravamÂ
Aumentando ainda a minha triste dorÂ
Mamãezinha que Deus lá do céuÂ
Conserve pra sempre o teu santo amor
Ensinaste a seguir bons caminhosÂ
Quanta lembrança de ti guardareiÂ
E entre todas as mulheres do mundoÂ
És tu a mãezinha melhor que achei
A Filha Do Patrão
Eu não sei mais o que faço veja só que confusãoÂ
Eu estou apaixonado pela filha do patrão
Eu não sei mais o que faço veja só que confusãoÂ
Eu estou apaixonado pela filha do patrão
No lugar que eu trabalho ela passa todo instanteÂ
Blusa branca, short azul, com seu olhar provocanteÂ
Ela disse que me adora e por mim sente paixãoÂ
Do jeito que eu estou vendo vou ganhar seu coração
Eu não sei mais o que faço veja só que confusãoÂ
Eu estou apaixonado pela filha do patrão
Eu não sei mais o que faço veja só que confusãoÂ
Eu estou apaixonado pela filha do patrão
Esse amor é complicado francamente eu tenho medoÂ
Se o pai dela descobrir posso perder meu empregoÂ
A garota é fascinante é mesmo uma tentaçãoÂ
Meu Deus que bom que seria se não houve a divisão
Eu não sei mais o que faço veja só que confusãoÂ
Eu estou apaixonado pela filha do patrão
Eu não sei mais o que faço veja só que confusãoÂ
Eu estou apaixonado pela filha do patrão
Derradeiro Adeus
Ao por do sol de uma tardinha que morreÂ
Estou a borda de um riacho murmuranteÂ
O ressoar manso das águas que corremÂ
Vai se perdendo como um sonho distante
Se estande a noite num silêncio tão profundoÂ
A quietude é um tormento para mimÂ
O meu sofrer é intenso neste mundoÂ
Onde a saudade veio dominar-me assimÂ
E quantos sonhos abatidos se findaramÂ
Na pobre alma deste triste seresteiroÂ
Senti as lágrimas que dos meus olhos rolaramÂ
Na hora amarga daquele adeus derradeiro
Somente a lua me contempla junto as floresÂ
Neste momento em que estou pensando nelaÂ
Na voz do vento ouço frases de louvoresÂ
Ao som de um órgão ouço um hino na capelaÂ
Foi ali que um dia nos casamosÂ
Suplicamos uma benção do SenhorÂ
Foi ali que depois de alguns anosÂ
Se despedia pra sempre o meu amor
E quantos sonhos abatidos se findaramÂ
Na pobre alma deste triste seresteiroÂ
Senti as lágrimas que dos meus olhos rolaramÂ
Na hora amarga daquele adeus derradeiro
Intrigas De Amor
Falaram tanto de mim pro meu benzinho
Ela foi embora e nem se quer me disse adeus
Nunca pensei em magoar seu coração
Infelizmente a menina me esqueceu
Seu eu soubesse quem é esse engraçadinho
Que não trabalha vive a transmitir recado
Queria dar-lhe uma lição para aprender
Não implicar com os casais de namorados
Em qualquer canto deste mundo que ela esteja
Se alguém a ver dê à ela este recado
Sou inocente sempre amei e ainda a amo
E aqui vive um coração amargurado
Seu eu soubesse quem é esse engraçadinho
Que não trabalha vive a transmitir recado
Queria dar-lhe uma lição para aprender
Não implicar com os casais de namorados
Jardim Da Vida
Na frente da minha casa formei um belo jardimÂ
Plantei cravo e rodeira e um lindo pé de alecrimÂ
Tudo que se planta colhe nosso mundo é mesmo assimÂ
Eu plantei tudo pra ela pra colher tudo pra mim
Eu plantei beijo sincero estou colhendo amor sem fim, ai, ai
Quem planta muito desprezo sempre colhe solidãoÂ
E quem planta falsidade só pode colher traiçãoÂ
Quem planta amor mentiroso sempre colhe ingratidãoÂ
Eu plantei a minha vida na palma daquela mãoÂ
O amor que eu tenho nela eu plantei no coração, ai, ai
Quem planta muita miséria não pode colher farturaÂ
Quem planta muito desgosto sempre colhe amarguraÂ
No jardim da minha vida sou vendo que formosuraÂ
Essa flor que eu amo tanto é uma linda criaturaÂ
Quem planta amor e carinho vai colher muita ternura, ai, ai
O jardim da nossa vida é uma realidadeÂ
Pois quem planta bons amigos colhe boas amizadesÂ
Quem planta muita mentira não pode colher verdadeÂ
Quem vive plantando o mal não pode colher bondadeÂ
Quem semeia muita chuva sempre colhe a tempestade, ai, ai
Envergonhado
Eu muitas vezes te julguei sinceraÂ
Por ter sofrido tanto na vidaÂ
Mas enganei-me a teu respeitoÂ
Por que não passa de uma fingida
Amargurado agora confessoÂ
Nem tua sombra eu quero verÂ
Sinto a vergonha corar meu rostoÂ
E me arrependo em te quererÂ
Dei meu afeto, dei meu carinhoÂ
Mas enganaste o meu coraçãoÂ
Pois preferiste a liberdadeÂ
Para seguir-te de mão em mãoÂ
Que triste sorte deu-me o destinoÂ
Ganhei espinho em vez de florÂ
O juramento que me fizesteÂ
Foi só mentira e não amor
Abismo Cruel
Meu amor é melhor mais depressa esquecer do que tarde demais
Porque o erro é igual a um cristal que ao quebrar não se emenda jamais
Eu sou comprometido e não posso querida fazê-la feliz
Conformemos com o nosso destino façamos de conta que a sorte assim quis
Meu bem a nossa paixão tem um destino atroz
Porque existe um abismo profundo entre nós
Meu bem esqueça de mim que nós dois assim não podemos viver
Porque agente gostar sem poder amar é melhor morrer
Em meu dedo este anel é um abismo cruel que separa nós dois
Todos que não pensar no momento de errar se arrependem depois
Apesar deu gostar de você em meu lar também sou feliz
Siga outro caminho querida e leve consigo estes versos que eu fiz
Meu bem a nossa paixão tem um destino atroz
Porque existe um abismo profundo entre nós
Meu bem esqueça de mim que nós dois assim não podemos viver
Porque agente gostar sem poder amar é melhor morrer
Menina Ingrata
Briguei com ela um dia desses lá no jardimÂ
Hoje a encontrei ela nem se quer olhou para mimÂ
Ai que tristeza, senti no peito naquele instanteÂ
Passou pertinho num andarzinho tão provocante
Fez que não me viu e depois sorriu ao me ver chorarÂ
Num jeitinho airoso e malicioso ao caminharÂ
Aumentado a febre que envenena minha paixãoÂ
Vai cortando aos poucos em pedacinhos meu coração
Que menina ingrata que me faz sofrerÂ
Se a paixão mata sei que vou morrer
Que menina ingrata que me faz sofrerÂ
Se a paixão mata sei que vou morrer
Mágoa
Eu não consigo esquecer o meu passadoÂ
A ingrata que um dia me deixouÂ
Tantas vezes sonhei preso em teus braçosÂ
Quantas noites de aventura que findou
A minha mágoa traz profundo sentimentoÂ
Neste mundo ninguém sofre como euÂ
Os meus sonhos por traições foram desfeitosÂ
A esperança desta vida já morreuÂ
Será que ela ainda é falsa como antesÂ
Será que a outro está causando a mesma dorÂ
Eu porém estou sentindo a sua ausênciaÂ
Com saudade imortal do nosso amor
Erro De Amor
Amigo não quero conselho deixe que eu erre sozinhoÂ
Bem sei que estou errado se à outra dei meu carinhoÂ
Não posso mais continuar com quem não é minha amadaÂ
O meu coração ama outra que por mim vive apaixonadaÂ
Me lembro que um dia jurei de ser fiel até a morteÂ
Porém o destino quis que outra mudasse minha sorteÂ
Se ela me deu toda a paz a mim não importa o passadoÂ
Eu peço perdão à Deus se amar assim for pecadoÂ
Eu pensei que o casamento daria só felicidadeÂ
Porém foi bem diferente de nada vou sentir saudadeÂ
Agora nos braços de outra eu quero viver e sonharÂ
A lei não condena quem ama é pena sofrer por amar
Recado
Você vai pra minha terra dê lembranças aos meus amigosÂ
Diga pra minha mãezinha não ter cuidado comigoÂ
Diga que eu vivo bem e que moro na cidadeÂ
O que tá me judiando é a malvada da saudadeÂ
Se encontrar por um acaso a mulher que mais ameiÂ
Não diga que me encontrou e não conte que eu choreiÂ
Dizem que homem não chora quem falar não tem razãoÂ
Quem disser isso não sabe quanto dói à ingratidãoÂ
Diga pra minha mãezinha pra vender minha violaÂ
Que dê um sumiço nela ou dê a um pobre de esmolaÂ
Eu não posso mais cantar até fiz um juramentoÂ
Não posso mexer no pinho mais aumenta o sofrimentoÂ
Sinto saudade da velha e também dos seus carinhosÂ
Saudade do amanhecer do cantar dos passarinhosÂ
Diga para aquele povo que esta saudade me mata
Eu não volto mais pra lá pra não ver aquela ingrata
Amor Passageiro
Você era pra mim uma flor mais formosa que tem no jardimÂ
Você fez tanta juras de amor que jamais esquecia de mimÂ
Você hoje é tão diferente, até fingi que não me conheceÂ
Um coração que bate descrente sofre calado mas não esqueceÂ
Nosso amor foi tão passageiro igual sonho que é tudo mentiraÂ
Relembrando o passado hoje o meu peito suspiraÂ
Se um dia a saudade doer você sabe onde me encontrarÂ
Quando a sua ilusão morrer estou pronto pra lhe ampararÂ
Se nos braços de outra estiver, por favor não venha insistirÂ
Você mostra opinião de mulher, você sofra, mas saiba fingir
Se um dia isto acontecer nunca digas que eu fui ruimÂ
Você fique bem certa nosso amor chegou ao fim
Músicas do álbum Abel E Caim (1974) (LPITAM 2123) - (1974)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Adeus De Mãe | Cido / Caim | Toada Balanço |
A Filha Do Patrão | Nhô Cido / Tapuã | Valsa |
Derradeiro Adeus | Dino Franco / Afonso Rosa | Fox |
Intriga De Amor | Flor Da Serra / Compadre Delmo | Rojão |
Jardim Da Vida | Moacyr Dos Santos / Lourival Dos Santos | Cateretê |
Envergonhado | Anacleto Rosas Júnior | Valsa |
Abismo Cruel | Zé Fortuna / Sulino | Valsa |
Menina Ingrata | Tapuã | Polca |
Mágoa | Dino Franco / Zeca | Guarânia |
Erro De Amor | Nhô Cido / Abel | Valsa |
Recado | Anacleto Rosas Júnior / Arlindo Pinto | Rasqueado |
Amor Passageiro | Zico | Polca/Valsa |