Um Pouco De Minha Terra (Volume 2) - (2009) - Adail e Adalberto

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Um Pouco De Minha Terra
Quero nestes versos que eu fiz pro meu povo relembrar de novo nosso sertão
A nossa cidade que era pequena mas tinha a beleza que hoje não tem não
O carro de boi, a charrete a boiada que vinha tocada por vários peões
O carro trazia o café e o arroz todo mantimento pra população

Nossa região era rica em beleza com a natureza entre os ribeirões
O rio Tietê e o Jacarezinho são nossos vizinhos tem lindo varjão
Jacareguaçu que é o primeiro tem o São Lourenço e o São João
Todos esses rios e corgos pequenos corriam serenos sem poluição

As grandes fazendas que tinham os colonos rodavam o café faziam mutirão
Nos fins de semana a sanfona chorava e o povo dançava até de pé no chão
Não se tinha luxo todos respeitavam se era empregado ou se era patrão
Os pais não podiam nos dar o estudo mas davam pros filhos muita educação

O nosso corguinho no meio da mata onde a passarada fazia canção
A juriti e a codorninha bem de tardezinha faziam oração
O urutau na ponta do pau e o curiango cantava no chão
Nos fins de semana eu não sossegava e eu já montava no meu alazão

Domingo e dia santo eu saia de casa beirava o rio com os meus irmãos
Pra ver o trenzinho que vinha passando e minha beirando o rio São João
Maria fumaça tocada a lenha seu eco do apito abalava o sertão
Com carga e descarga em toda cidade hoje é a saudade que enche o vagão

Casamento De Pobre
No dia do meu casamento foi uma briga danada
Pra casar fui pra cidade deixei a turma arrumada
Mas a turma que arrumei tinha uma fome danada
Comeram tudo que tinha pro povo não sobrou nada
Quando eu cheguei em casa confusão tava formada
Sem ter nada pra comer fizeram o chão tremer saíram foi na pancada

Invadiram a minha casa pra achar o que comer
Pegaram tudo o que tinha eu não soube o que fazer
Presente de casamento que eu ganhei por merecer 
Levaram tudo de volta para a briga resolver
Eu briguei com a mulher já botou eu pra correr
Se você não tem dinheiro porque que não viu primeiro comigo não vai viver

Casamento é só pra rico porque está preparado
O pobre não tem dinheiro tem que viver embolado
No casamento do rico só entra os convidado
No casamento do pobre vem gente de todo lado
O rico ganha presentes todos bons e até os móveis
O pobre é azarado o padrinho do coitado vai no um e noventa e nove

Perdi a minha mulher só por falta de dinheiro
Eu fiquei endividado atacou o desespero
Se você quiser casar arrume tudo primeiro
Arrume padrinho rico que tem bastante dinheiro
Se a mulher quiser voltar to correndo o ano inteiro
Casamento é igual a fome depois que a gente come não quer mais sentir o cheiro

Viajei Por Sete Estado
Uma viagem que eu fiz tenho orgulho em contar
Foi conhecer os estados comecei no Paraná
Quando eu cheguei em Londrina tive que um pouco parar
Arrumei uma menina veio de Nova Londrina pera morar em Maringá

De Maringá eu saí fazendo novas conquistas
Na capital de São Paulo arrumei uma paulista
Quando saí de São Paulo senti meu amor primeiro
Viajei com a pequena que veio lá de Dracena fomos pro Rio de Janeiro

Dali pra Belo Horizonte cidade hospitaleira
Lá fiquei quatro semanas nos braços de uma mineira
Fui seguindo mais pra frente ali só tem coisa boa
Arrumei outra mineira com olhar de feiticeira que mora em Sete Lagoas

Saí de Sete Lagoas deixando rastro pra trás
Levando uma goiana do interior de Goiás
De Goiânia para frente pensei não vai acabar
Porque desde o fim do ano tem alguém me esperando na capital Cuiabá

Eu saí de Cuiabá onde as plantações se expandem
Levando a mato-grossense pra ficar em Campo Grande
Dali eu voltei pra casa tive que seguir calado
Porque lá na minha terra uma morena me espera na capital do bordado

Porteira E Estrada
Estrada de terra porteira de tábua casinha de barro e sapé no telhado
Estrada de terra beirando a colônia passava na água pra ir ao povoado
Estrada que um dia passei com meu carro e os bois puxando fazendo poeira
E as caboclinhas saiam na porta pra ver quem passava batendo a porteira

Porteira de estrada feita de ipê a tranca é de ferro e os mourões de aroeira
Que marca o passado com suas batidas a chuva e sereno no sol e poeira
E quando criança corria na estrada ganhar uma bala pra abrir a porteira
Porteira da estrada já envelhecida a estrada da vida também tem porteira

Estrada de terra que há tempo passado mostrava a beleza dobrando o espigão
Estrada que um dia passou minha amada e aos pés do altar fez a nossa união
Estrada de terra foi tanto progresso levou os colonos trilhou a porteira
Deixou esquecida casinha da roça que tinha a cabocla e a flor da roseira

Porteira de estrada feita de ipê a tranca é de ferro e os mourões de aroeira
Que marca o passado com suas batidas a chuva e sereno no sol e poeira
E quando criança corria na estrada ganhar uma bala pra abrir a porteira
Porteira da estrada já envelhecida a estrada da vida também tem porteira

Viola Brasileira
Companheiro afirme o pé vamos pro povo falar
Meus amigos violeiros também tem que ajudar
Nós temos que dar as mãos para a força aumentar
É o poeta que diz nossa música raiz tão querendo acabar

Nossa música raiz o nome já tá explicado
É o alicerce da casa pra sustentar o telhado
A viola brasileira é um instrumento sagrado
Seja de quem é que seja a música sertaneja tá crescendo em todo estado

Essas duplas de sucesso escute o que eu vou falar
Tem que ajudar os pequenos que hoje quer começar
Quem canta o seu sucesso vocês tem que ajudar
O que pode acontecer invés de ela morrer outros vão continuar

Vamos cantar todos juntos para o povo provar
Que a viola tem força ninguém te derrubar
Vamos cantar moda boa para a raiz brotar
Vou falar o que eu acho quem canta raiz é macho por isso vamos cantar

O Brasil levanta a taça porque é o rei da bola
Aqui tem bons violeiros vamos levantar a viola
A viola brasileira o nosso Brasil consola
Viola chegou primeiro só quem não é brasileiro que não gosta da viola

Baiano Zé
No lugar que eu morava conheci o Zé Mané
Era muito divertido conhecido rei do mé
Quando casou na fazenda Santa Fé
Teve festa e pagodeira e também arrasta-pé
Aproveitando a colheita do café
Bebeu tudo encheu a cara não parava mais de pé
Baiano Zé, Baiano Zé, Baiano Zé que veio de Caculé

Acordou no outro dia lembrou que tinha casado
E percebeu que estava sem mulher
Pobre do pobre ainda estava atrapalhado
Saiu andando para onde Deus quiser
Se eu encontrar ela eu vou segurar
Ou então volto pra minha Bahia a pé
Baiano Zé, Baiano Zé, Baiano Zé que veio de Caculé

Quando encontrou tava bem acompanhada
Arrependida não queria mais o Zé
Mas meu benzinho eu não bebi quase nada
E nessa altura já tava de quatro pé
Ela então disse então vou te dar uma chance
Vamos comigo meus olhos de jacaré
Baiano Zé, Baiano Zé, Baiano Zé que veio de Caculé

Voltou com ele foram morar na cidade
Mas a cidade sabe bem como é que é
Em pouco tempo já ficou acostumada
E a danada achou bom o aranzé
Um dia desse o Zé com dor na cabeça
Passou a mão só para ver o que é
É que o chifre do zebu tava tão grande
Não consegui mais colocar o boné
Baiano Zé, Baiano Zé, Baiano Zé que veio de Caculé

Negrinho Joaquim
Deitado na minha rede fico lembrando o passado
O nosso tempo da infância muitas coisas tem mudado
Até hoje eu não entendo vinha da escola correndo pra trabalhar no pesado

Trabalhava no café ou então atrás do gado
Sempre alegre e cantando nunca ficava cansado
Hoje é tudo diferente pra não pegar no batente caminham pro rume errado

Da nossa vida roceira muita saudade me traz
Amansando boi de carro no tempo que eu fui rapaz
Dos bois que eu amansei bem certinho eu ensinei nenhum voltaram pra traz

O nome dos nosso bois eu não esqueço jamais
Parece que eu estou ouvindo barulho que o carro faz
Só a estrada da saudade que era felicidade deixando rastro pra traz

Os camaradas da casa numa casinha dormia
No meio tinha um negrinho que era a nossa alegria
Pegava seu violãozinho sentava ali num banquinho tocava o que ele sabia

Lembro o primeiro ponteado que ele ensinou pra mim
Quem conheceu tem saudade, saudade que não tem fim
Alma pura de bondade que pra nós deixou saudade nosso negrinho Joaquim

Levantava bem cedinho antes do dia clarear
E vinha na nossa casa para nós cumprimentar
Nós ainda tava deitado mas na área ali do lado escutava ele falar

Bom dia se Vitório, bom dia dona Rosa
Eu já to indo pra roça, o tempo tá de chuva 

Com seu garrafão de barro de água bem cristalina
Ele pegou lá na mina que muito amor ele tinha
Com seu corote pequeno deixou pousar no sereno pra ficar bem geladinha

Esse negrinho que é gente que tem alma transparente
Com toda a sua pobreza vivia sempre contente
Tudo ele agradecia Deus lhe pague ele dizia tava sempre sorridente

Hoje ele mora distante está no céu com certeza
Cantando pra nós dizendo para nunca ter tristeza
Adeus negrinho da serra você foi na minha terra uma flor da natureza

Caminhando Sem Parar
Vou caminhando pela estrada sem destino
Sou andarilho minha vida é caminhar
Sei que a estrada não tem fim mas vou andando
Até o dia que eu não possa mais andar
Porque andando ajuda a esquecer o passado
Ando magoado e não posso mais parar
Porque andando ajuda a esquecer o passado
Ando magoado e não posso mais parar

Hoje estou longe da terra que eu nasci
Mas muito breve mais longe eu quero estar
Porque a distância me faz esquecer alguém
Que no seu nome eu não quero mais falar
Se me deixou eu não quero nem lembrança
Se esperança pode ficar onde está
Se me deixou eu não quero nem lembrança
Se esperança pode ficar onde está

Quando criança era feliz e não sabia
Que eu crescia e tudo ia se acabar
Tinha esperança que a vida era tão linda
Era inocente não podia imaginar
Hoje me encontro nesse mundo esquecido
Estou perdido ninguém quer me encontrar
Hoje me encontro nesse mundo esquecido
Estou perdido ninguém quer me encontrar

Essa distância que me encontro não tem volta
E no passado eu não quero mais falar
Sai andando pois jurei que não voltava
Por isso hoje estou no mundo a vagar
Já perdi tudo quero esquecer o passado
Só tenho o mundo que restou pra mim andar
Já perdi tudo quero esquecer o passado
Só tenho o mundo que restou pra mim andar

Carroceiro Herói
No estado do Paraná que esta história se passou
Muitas léguas da cidade morava um lavrador
Junto morava uma filha que o marido abandonou
Com a menina pequena princesinha do avô
Morava em uma palhoça ia cedinho pra roça pra cuidar do que plantou

Quando foi num certo dia menina ficou doente
Uma febre de repente a mãe em casa ficou
Pra cuidar da inocente mas no meado do dia a sua febre aumentou
Sem saber o que fazia vou até a rodovia foi o que ela pensou

Quase morta de cansada na rodovia chegou
Já não podia andar no acostamento sentou
Dava com a mão todo instante pensando em ser um andante
Nenhum dos carros parou
Menina estava largada nesta hora abençoada um carroceiro chegou

O valente carroceiro pegando as duas ligeiro
Num geste de desespero na rodovia tocou
Correndo em disparada com o seu forte animal
Em busca de um hospital que bem depressa chegou
Na mão de um profissional tirando ela do mal a sua vida salvou

Esperando lá de fora o carroceiro ficou
Quando foi dali a pouco uma viatura chegou
E aquele policial tratando ele tão mal
O carroceiro explicou pode punir se eu errei
Mas uma vida eu salvei não importa o que passou

O guarda não acreditando no hospital foi entrando para ver o que se passou
Depressa veio voltando com os olhos lagrimando o carroceiro abraçou
Vai cuidar da sua vida foi minha filha querida que estes dois heróis salvou

História De Pescador
Tenho um compadre valente e não é conversador
Vou contar a pura verdade do jeito que ele contou
Foi pescar no Mato Grosso em poucos dias voltou
Foi preciso uma carreta pra trazer o que ele pegou
Para caber todos peixes o rabo ele cortou
Lambari de quatro quilos três e meio ele soltou
Isso é pura verdade não é história de pescador

Meu compadre é valente também é bom caçador
Foi fazer uma caçada no sertão do virado
Ele matou tantos bichos que ele se admirou
Trouxe dez onças pintadas e umas pás dele soltou
Girafa e elefante meu compadre não matou
Nos dentes do seu cachorro leão bravo se afastou
Isso é pura verdade não é história de pescador

O irmão do meu compadre honesto e trabalhador
Numa plantação de milho no banco ele financiou
Quando a roça cresceu uma seca começou
Com medo de perder tudo o coitado se matou
Choveu no dia seguinte a roça inteira granou
Arrependeu de ter morrido pra colher ele voltou
Isso é pura verdade não é história de pescador

Esse pagode é dos bons meu compadre que falou
Diz que é rei dos pagodes sei que ele não errou
Não falou uma mentira todas ele confirmou
Já vendeu um milhão de disco fora o que ele não contou
Mas vai vender muito mais agora que começou
Se você quiser provar me procure por favor
Isso é pura verdade não é história de pescador

Eu Planto Tudo
Sou plantador planto tudo quem tiver
Já to plantando vestido pra ver se colho mulher
Planto na nova, na minguante e lua cheia
Mas quando planto na nova nasce logo sementeira

Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato
Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato

Já plantei tanto que eu até perdi a conta
Até o meu plantador já gastou a sua pomba
O amendoim planto pra fazer paçoca
Como tudo e fico duro daí vou plantar mandioca

Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato
Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato

Quando eu planto não precisa nem chover
Eu planto na terra gorda não demora pra nascer
E quando nasce não completa nem um mês
Vou agitando a cova para plantar outra vez

Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato
Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato

Eu planto arroz, o milho e o algodão
Enquanto nasce vou arrancando feijão
Na terra magra eu planto pro meu consumo
Porque lá na terra gorda eu deixo pra plantar fumo

Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato
Eu planto tudo e acho o maior barato
Porque a terra mais boa tá perdida lá no mato

Caçada Boa
Fui fazer uma caçada que até hoje estou lembrando
Levantei de madrugada na palhada fui entrando
Encontrei com uma pombinha que ainda tava empenando
Era da minha vizinha que ali tava passando

Quando eu armei a espingarda que eu já ia engatilhando
Apareceu a vizinha desesperada gritando
Não faça isso ela ainda tá empenando
Abaixe a arma que ela vai sentar no cano
Não faça isso ela ainda tá empenando
Abaixe a arma que ela vai sentar no cano

Eu perguntei para ela quantas pombas ela tinha
Ela disse tenho bastante já estão todas empenadinhas
Essa aí é a mais nova não pode andar sozinha
Se eu deixar vão comer minha pombinha

Nessa palhada vou jogar muita quirela
Depois de gorda eu vou passar na panela
Eu gasto tudo no cartucho e na quirela
Vou fazer tudo pra comer a pomba dela
Eu gasto tudo no cartucho e na quirela
Vou fazer tudo pra comer a pomba dela

Quando eu armei a espingarda que eu já ia engatilhando
Apareceu a vizinha desesperada gritando
Não faça isso ela ainda tá empenando
Abaixe a arma que ela vai sentar no cano
Não faça isso ela ainda tá empenando
Abaixe a arma que ela vai sentar no cano

Nessa palhada vou jogar muita quirela
Depois de gorda eu vou passar na panela
Eu gasto tudo no cartucho e na quirela
Vou fazer tudo pra comer a pomba dela
Eu gasto tudo no cartucho e na quirela
Vou fazer tudo pra comer a pomba dela

Mulher Bonita É Um Azar
Na minha rua só passa mulher bonita
Saí daí e venha ver se você não acredita
Passa morena, passa loira e japonesa
Se mulher é bicho bom quanto mais com essa beleza

Pensando nela eu encho a cara de cachaça
Pois eu bebo até cair se cair do chão não passa
Pensando nela eu encho a cara de cachaça
Pois eu bebo até cair se cair do chão não passa

Mulher saí de casa é um azar
Até cadeira de roda sai na rua pra olhar
Até o padre se ele pensa o que eu acho
Na hora de dar a hóstia dá uma olhadinha por baixo

Pensando nela eu encho a cara de cachaça
Pois eu bebo até cair se cair do chão não passa
Pensando nela eu encho a cara de cachaça
Pois eu bebo até cair se cair do chão não passa

Se vou ao baile eu danço até de madrugada
Minha vida é mais vida no meio da mulherada
Vou na folia e não abro a mão por nada
No outro dia eu chego em casa com a cabeça virada

Pensando nela eu encho a cara de cachaça
Pois eu bebo até cair se cair do chão não passa
Pensando nela eu encho a cara de cachaça
Pois eu bebo até cair se cair do chão não passa

Músicas do álbum Um Pouco De Minha Terra (Volume 2) - (2009)

Nome Compositor Ritmo
Um Pouco De Minha Terra Adail Manzoni Querumana
Casamento De Pobre Adail Manzoni Pagode
Viajei Por Sete Estado Adail Manzoni Rasqueado
Porteira E Estrada Adail Manzoni Rancheira
Viola Brasileira Adail Manzoni Cateretê
Baiano Zé Adail Manzoni Cana Verde
Negrinho Joaquim Adail Manzoni Moda de Viola e Rancheira
Caminhando Sem Parar Adail Manzoni Toada
Carroceiro Herói Adail Manzoni Moda De Viola
História De Pescador Adail Manzoni Pagode
Eu Planto Tudo Adail Manzoni Arrasta-pé
Caçada Boa Adail Manzoni Cana Verde
Mulher Bonita É Um Azar Adail Manzoni Cana Verde
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