Luar Do Sertão (LP 50015) - (1990) - Alexandre Luiz

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Chalana
La vai a chalana bem longe se vai
Riscando no remanso do rio Paraguai

Oh! Chalana sem querer tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas vai levando meu amor
Oh! Chalana sem querer tu aumentas minha dor
Nessas águas tão serenas vai levando meu amor

E assim ela se foi sem de mim se despedir
Oh, chalana vai sumindo lá na curva do rio
E se ela vai magoada eu bem sei que tem razão
Fui ingrato eu feri o seu pobre coração

Rainha Do Campo
Eu sinto quando o sol desponta meu peito a soluçar de amor
Ao ver a linda camponesa correndo pelo campo em flor
Camponesa tu és a rainha se tu fosses minha eu seria rei
Nosso trono o sertão seria e assim eu teria tudo o que sonhei

Oh, camponesa bela tu és a flor singela
E entre outras flores tem mais vida, mais beleza, mais perfume também
Venha enfeitar querida o altar de minha vida
Porque tu tens o encanto e também a inocência que as outras não têm

Luar Do Sertão
Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão

Oh, que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando folhas secas pelo chão
Este luar lá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade do luar lá do sertão

Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão

Se a lua nasce por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata prateando a solidão
A gente pega na viola que ponteia
A canção e a lua cheia a nos nascer do coração

Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão

Coisa mais bela desse mundo não existe
Do que ouvir um galo triste no sertão se faz luar
Parece até que a alma da lua é que descanta
Escondida na garganta desse galo a solução

Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão

Ai quem me dera que eu morresse lá na serra
Abraçado a minha terra e dormindo de uma vez
Ser enterrado numa gruta pequenina
Onde a tarde a sururina chora a sua viuvez

Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão
Não há, ó gente, ó não luar como esse do sertão

Piracicaba
Uma saudade que punge e mata
Que sorte ingrata longe daqui
Entre suspiro triste sem termo
Vivo no ermo desde que parti

Piracicaba que eu adoro tanto
Cheia de flores cheia de encanto
Ninguém compreende
A grande dor que sente
Um filho ausente a suspirar por ti

Só vejo estranho meu berço amado
Ter a teu lado o que perdi
Poucos se importam com teu encanto
Que eu amo tanto desde que nasci

Piracicaba, que eu adoro tanto,
Cheia de flores, cheia de encanto
Ninguém compreende
A grande dor que sente
Um filho ausente a suspirar por ti

Em outras plagas que vale a sorte
Prefiro a morte longe de ti
Adoro os prados, os horizontes,
A serra e os montes que eu vejo aqui

Piracicaba, que eu adoro tanto,
Cheia de flores, cheia de encanto
Ninguém compreende
A grande dor que sente
Um filho ausente a suspirar por ti

São Judas Tadeu
Quem não esquece
O que na vida sofreu
Faça uma prece
Para São Judas Tadeu
Seja novena ou pequenina oração
Toda ventura terrena
Estará sempre em seu coração

Você será feliz, amando São Judas Tadeu
Com toda fé que Deus lhe deu
Levando ao céu a sua prece
E pode ter certeza que ele será seu protetor
Se tiver feito seu amor
De você ele jamais se esquece

São Judas Tadeu ajudai-me a ser feliz
Faça um milagre
Que me queira quem nunca me quis
Que meu coração
Não odeie e nem tenha rancor
Eu lhe agradeço São Judas
Com resignação e amor

Feliz Semeador
É primavera a terra está florida
O sol está despontando no alto do espigão
No arvoredo canta a passarada 
Alegrando o amanhecer na cidade e no sertão

A terra virgem germina a sementeira
A força do trabalho faz a renovação
A natureza sorrindo cante agora
A vida colorida da fauna e da flora

Planta e canta feliz semeador cultiva a terra a raiz e a flor
Espalha a semente pouco a pouco a cada dia
Quem não planta e não cria Jamais terá alegria
Espalha a semente pouco a pouco a cada dia
Quem não planta e não cria Jamais terá alegria

Saiba cantador a primavera é o sorriso colorido da mãe natureza

Meu bom irmão semeia confiante
Igual a água viva que de raça vive do chão
Rompe o caminho de placas e aflição
Beijando a mãe terra tanto amor no coração

É mão de Deus regendo a sinfonia
Dá o pão de cada dia faz nascer o grão no chão
A planta cresce, multiplica abundante
Tudo é fruto de colheita no reino do sertão

Planta e canta feliz semeador cultiva a terra a raiz e a flor
Espalha a semente pouco a pouco a cada dia
Quem não planta e não cria Jamais terá alegria
Espalha a semente pouco a pouco a cada dia
Quem não planta e não cria Jamais terá alegria

Moreninha Lnda
Meu coração tá pisado como a flor que murcha e cai
Pisado pelo desprezo do amor quando desfaz
Deixando a triste lembrança adeus para nunca mais

Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você

O amor nasce sozinho não é preciso plantar
A paixão nasce no peito falsidade no olhar
Você nasceu para outro eu nasci para te amar

Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você

Eu tenho um canarinho que canta, quando me vê
vou canto por ti tristeza, canário por padecer
Da saudade da floresta, eu saudade de você

Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você
Moreninha linda do meu bem querer
É triste a saudade longe de você

Seriema
Oh! Seriema de Mato Grosso
Teu canto triste me faz lembrar
Daqueles tempos que eu viajava
Tenho saudade do teu cantar

Maracaju, Ponta-porã
Quero voltar ao meu Tupã
Rever os campos que eu conheci
A seriema, eu quero ir

Oh! seriema, quando tu cantas
De Mato Grosso a saudade vem
Oh! seriema quando tu choras e vai embora
Eu chorava também

Maracaju, Ponta-porã
Quero voltar ao meu Tupã
Rever os campos que eu conheci
A seriema, eu quero ir

Seu Pai Precisa Saber
Eu vou contar pro seu pai que você pra mim piscou
Não vai, não vai, menina juro que vou
Se você ta me piscando é porque ta me querendo
Eu quero, eu quero, mas seu pai não ta sabendo

Ai, linda loirinha de que vale tanto amor
Se você não vai ser minha
Ai, linda loirinha de que vale tanto amor
Se você não vai ser minha

Eu vou contar pro seu pai que você pra mim sorriu
Sorri, sorri, só eu vi ninguém mais viu
Eu vou contar pro seu pai que você me mandou um beijo
Mandei, mandei, eu gostei, pois lhe desejo

Ai, linda loirinha de que vale tanto amor
Se você não vai ser minha
Ai, linda loirinha de que vale tanto amor
Se você não vai ser minha

Quero, quero, quero, quero seu amor
Quero, quero, quero, quero seu amor
Quero, quero, quero, quero seu amor

Ai, linda loirinha de que vale tanto amor
Se você não vai ser minha
Ai, linda loirinha de que vale tanto amor
Se você não vai ser minha

Pombinha Solitária
Na marquise do prédio onde eu moro
Num cantinho do último andar
Uma pombinha branca solitária
Fez seu ninho para morar

Pobrezinha não conhece o perigo
A violência da selva de cimento
Quando desce no centro da avenida
Apressada pra colher seu alimento

Oh, pombinha solitária, fuja logo, por favor,
Vá viver lá na floresta onde reina o amor
Oh, pombinha solitária, fuja logo, por favor,
Foi ali naquela esquina que morreu o seu amor

Se eu fosse igual a ti um passarinho
Fugiria bem depressa da cidade
Construiria um novo ninho
Onde houvesse maior tranqüilidade

Respirando o ar puro das campinas
Ser ter nada pra me preocupar
Beberia nas fontes cristalinas
E o espaço inteirinho pra voar

Oh, pombinha solitária, fuja logo, por favor,
Vá viver lá na floresta onde reina o amor
Oh, pombinha solitária, fuja logo, por favor,
Foi ali naquela esquina que morreu o seu amor

Mocinhas Da Cidade
As mocinhas da cidade são bonitas, dançam bem
As mocinhas da cidade são bonitas, dançam bem
Eu dancei uma vez com uma moreninha já fiquei querendo bem
Eu dancei uma vez com uma moreninha já fiquei querendo bem

E o sol já vai entrando a saudade vem atrás
E o sol já vai entrando a saudade vem atrás
Vou buscar aquela linda moreninha para eu viver em paz
Vou buscar aquela linda moreninha para eu viver em paz

Fui na casa da morena pedi água pra beber
Fui na casa da morena pedi água pra beber
Não é sede, não é nada moreninha vim aqui só pra te ver
Não é sede, não é nada moreninha vim aqui só pra te ver

Embora teu pai não queira que eu me case com você 
Embora teu pai não queira que eu me case com você 
Mas depois de nós casados moreninha ele vai nos compreender
Mas depois de nós casados moreninha ele vai nos compreender

Destinos Iguais
Já foi no morrer do dia quando eu vi com alegria
Dois canarinhos gorjear
Com bicadas de ternura o casal trocava juras
De eternamente se amar

De repente da galhada aonde estava pousada
As avezinhas do amor
Surge um gavião malvado passando o bico encurvado
Na canarinha levou

O canarinho coitado voou desesperado
Perseguindo o malfeitor
Depois mais voltando muito triste soluçando
Num gorjear cheio de dor

Nos olhos do canarinho eu vi molhado os cantinhos
De chorar pelo seu bem
Uma dor foi me apertando os meus olhos foi piscando
Sem querer chorei também

Chorei, pois tive saudade daquela felicidade
Que o destino me roubou
O meu viver solitário é tal e qual desse canário
Que perdeu o seu amor

Músicas do álbum Luar Do Sertão (LP 50015) - (1990)

Nome Compositor Ritmo
Chalana Máro Zan / Arlindo Pinto Rasqueado
Rainha Do Campo Versão: José Fortuna Balnço
Luar Do Sertão Catulo Da Paixão Cearense Toada
Piracicaba Newton A. Mello Toada
São Judas Tadeu Palmeira / Luizinho Rancheira
Feliz Semeador R. Stanganelli / Belmiro Toada
Moreninha Lnda Tonico / Priminho / Maninho Corrido
Seriema Nhô Pai / Mário Zan Rasqueado
Seu Pai Precisa Saber O. José / Maxines Baião
Pombinha Solitária Everaldo Ferraz / Guaracy Sampaio Rancheira
Mocinhas Da Cidade Nhô Belarmino Xote
Destinos Iguais Cap. Furtado / Laureano Toada
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