Chico Rey E Paraná (Volume 4) - (1984) - Chico Rey e Paraná

Forma Perfeita
Nossos corpos se abraçam 
Se encontram, se acham com satisfação 
Nossos lábios se unem 
As curvas se unem na mesma intenção

Nossa pele adormece 
Os olhos amortecem num longo suspiro 
Nossas vozes não saem 
E amamos ainda mais num grande delírio 

Este é o jeito 
Puro e perfeito para quem gosta 
Não tem cansaço em nosso abraços 
Tudo é mais fácil, nada importa 

Nossas roupas se amassam 
Os cabelos embaraçam, mas ninguém reclama 
Não sabemos se a vida 
É curta ou comprida quando a gente ama 

Por isso gostamos 
E aproveitamos da forma perfeita 
Do amor reconheço 
E quando ofereço ela diz que aceita

Este é o jeito 
Puro e perfeito para quem gosta 
Não tem cansaço em nosso abraços 
Tudo é mais fácil, nada importa 

O vestido
Quando foste embora guardei de lembrança 
Um vestido teu sobre o travesseiro 
E dormi contigo em meu pensamento 
Pela noite a dentro sentindo teu cheiro

Uma hora dessas qualquer solução 
Serve ao coração que ama pra valer 
Até um vestido traz tanto conforto 
Quando ele exala o cheiro do corpo 
De alguém que se ama e não se pode ter

Mas pra meu castigo 
Este teu vestido também traz saudade 
Eu tento que dizer ao meu coração 
Que esta tudo bem, mas não é verdade

No fundo de tudo 
Fica o desespero e a desilusão 
Eu consigo até enganar a mim mesmo 
Porém não engano ao meu coração

Súplica
Eu precisava saber 
Se é mesmo verdade o que vieram dizer 
Que vai me abandonar 
E que ao me deixar eu sei que vou sofrer

Me costumei com os seus gestos 
Se me deixar eu protesto obedecendo o coração
Eu preciso de você 
Para sempre me aquecer no inverno e no verão 

Eu lhe suplico querida 
Pois em toda minha vida lhe dediquei o meu amor 
Lutei contra a regra do jogo 
Sendo sempre o seu bobo e o meu saldo foi a dor

Resumo
Somei os dias que vivemos um para o outro 
E no resumo eu descobri que foi tão pouco 
Nossos problemas superaram nossos sonhos 
E aquele amor que desejamos não soubemos cultivar

Agora eu lhe pergunto o que fazer 
Se o que fizemos foi tão pouco por nós dois 
O que era hoje nós deixamos pro amanhã 
E o amanhã fomos deixando pra depois

Finalmente chega a hora de decidir 
E não havendo mais respostas só resta partir
Você pra um lado e eu pro outro morrendo aos poucos 
Não fui eu e nem você quem quis assim

Nesta vida nunca vem o que pedimos 
Para nós quem define é o destino 
Enfraqueceu entre nós dois nossos carinhos
Vá com Deus, siga com outro seu caminho

Paixão Infinita
Tu me fizestes promessas bonitas 
Me causastes paixão infinita 
Jogando em meus braços o amor que esperei 
Tu recebestes minha confiança 
Mas roubastes mais tarde a esperança 
De ter para sempre este amor que sonhei

Tu de quem nunca esperei um engano 
Destruístes pra sempre meus planos 
Tirando de mim o prazer de viver
Se hoje vivo chorando apenas 
Desse amor recordando as penas 
É por que um dia fingistes querer

Meu amor toda ternura e carinho 
Que a ti eu dediquei com sentimento 
Me pagastes me deixando aqui sozinho 
Convivendo apenas com o sofrimento
 
Já não posso confiar noutros amores 
Para ti não voltarei eu até juro 
Se o mundo para mim perdeu as cores 
Por que todo nosso amor foi muito escuro

Triste Remorso
Ao deixá-la a espera de um filho 
Mesmo sendo menor de e idade 
Você não quis valer-se da lei 
Castigando meu gesto covarde

E falou eu não quero ninguém 
Pra que viva forçado comigo 
Quem não serve pra ver o próprio erro 
Nunca serve pra ser meu marido

E até hoje solteira e honesta 
Você cria o filhinho que é nosso 
Enquanto isso no meu coração 
Corta fundo a dor do remorso

Hoje após vários anos a vejo 
Quando leva o filho a escola 
Sou agora um boêmio que almeja 
Receber seu perdão por esmola

Mas as suas palavras ficaram 
Qual punhal a ferir meus ouvidos 
Quem não seve pra ver o próprio erro 
Nunca serve pra ser meu marido

E até hoje solteira e honesta 
Você cria o filhinho que é nosso 
Enquanto isso no meu coração 
Corta fundo a dor do remorso

Paixão Eterna
Quantas noites não tenho sono 
Em soluços chamo seu nome 
Sofrendo em desespero 
Eu não tenho fome 

Sou o homem mais triste do mundo 
Acabou minha ilusão 
Pois os lábios que tanto beijei 
Pra outro deixei é a minha paixão 

O meu corpo suplica seu corpo 
Meus beijos precisam dos seus 
Essa voz que canta e venera 
Sofre e espera o que foi meu 

Vem, eu estou esperando 
Vem, acalmar minha dor 
Vem, eu quero seus beijos 
Vem, eterno amor 

Teu Amor É Um Veneno
O teu amor é um veneno que vicia 
Me consome dia a dia, mas não sei viver sem ti 
Já procurei me libertar e não consigo 
Até parece castigo coisa igual eu nunca vi

Este veneno que aos poucos me consome 
Nem ao menos tem um nome simplesmente me devora 
Não é amor e nem paixão é bem mais forte 
Me parece a própria morte que angustia e apavora

Se eu não te massa viveria muitos anos 
Mas com todos os desenganos prefiro morrer assim 
Bebendo sempre deste amor envenenado 
Um eterno viciado eu serei até o fim

Valsa dos 15 Anos
Hoje é a festa dos seus quinze anos 
Não fique assim chorando filhinha querida
Eu quero lhe ver na sala dançando 
E feliz festejando a data florida

E claro a mãezinha não está presente 
Mas no céu se sente orgulhosos de você 
Hoje faz quinze anos que você nasceu 
E nos braços meus sua mãe vi morrer 

Quinze anos se passaram chorar já não convém 
Em seu aniversário o pranto não faz bem 
Enxuga suas lágrimas não chore mais filhinha 
No céu a mamãezinha faz quinze anos também 

Um Sonho de Paz
Os gritos de guerra no mundo vão ter acabar 
Um dia eu sei que meu sonho vai acontecer 
Um dia os homens terão que parar pra pensar 
E vão entende que os gritos de morte 
Não vão trazer sorte a quem começar 
Um dia os homens terão que parar pra pensar 
E vão entende que os gritos de morte 
Não vão trazer sorte a quem começar 

Um dia eu sei que haverá toda paz e sossego 
Sem holocaustos de morte espelhando medo 
Não terás luta então, vamos viver como irmãos 
Isso vai ter que acabar esta destruição
 
Eu quero ver os meus filhos com inteligência 
Me chamar de amigo com obediência 
E ver com certeza que somos iguais 
Não vou dar para eles armas de brinquedo 
Por que tenho medo, não quero guerreiros 
Eu quero um mundo com amor e paz

Amor Profundo
Há um boato por aí correndo 
O povo está sabendo em nossa cidade 
Que o nosso amor já chegou ao fim 
Que você deixou de mim, porem não é verdade 

Se isso um dia ira acontecer 
O povo irá saber o que deseja tanto 
Saber que sem o seu agrado 
Morri afogado em um mar de pranto

Porém nosso amor é profundo 
E a inveja do mundo não nos aborrece 
Seu corpo precisa do meu 
É no corpinho seu que meu corpo se aquece
 
Um dia longe de você 
Começo a morrer, saudade me consome
Mas mesmo estando quase morto 
Abraçando seu corpo eu sou muito homem

Casa Noturna
Esta canção me machuca pare agora por Deus 
Não cante mais esta música que fala do passado meu 
Deixa eu viver esta noite sem ter que chorar outra vez
Se não essa casa noturna vai perder para sempre um freguês

Aqui nessa casa uma noite encontrei 
Alguém que me fez conhecer o amor 
A gente ouvindo esta mesma canção 
Que agora só faz aumentar minha dor

Só por uma noite eu fui o seu dono 
Até que o dia nos interrompeu 
Esta mesma canção separou nós dois 
Talvez para sempre o meu amor se foi 
E tentando esquecê-la aqui estou eu

Músicas do álbum Chico Rey E Paraná (Volume 4) - (1984)

Nome Compositor Ritmo
Forma Perfeita * Rancheira
O Vestido * Guarânia
Súplica * Balanço
Resumo * Guarânia
Paixão Infinita * Bolero
Triste Remorso * Rancheira
Paixão Eterna João Renes / José Homero Rancheira
Teu Amor É Veneno * Guarânia
Valsa Dos Quinze Anos Marcos Monteiro / Praense Rancheira
Um Sonho De Paz * Balanço
Amor Profundo * Guarânia
Casa Noturna * Rancheira
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