Nunca É Tarde Demais (PCLP 0014) - (1976) - Divino Reis e Deny Ringo
Na nova safra de valores sertanejos, surge esta dupla Divino Reis e Deny Ringo, que merece destaque especial, pelos seus dotes naturais interpretativos, reunindo lindas canções e entoadas com verdadeira inspiração.
Estamos nos referindo a Divino Reis e Deny Ringo, jovens interpretes nascidos e criados no interior paulista e que já desde pequeninos sonhavam em empunhar a viola e cantar para os amigos mais chegados, atraindo entretanto, caboclos das mais distantes localidades que se locomoviam e se faziam presentes para aplaudi-los.
Eram sonhos de fato e de fato tornaram-se realidade pois tudo o que fora sonhado por Divino Reis e Deny Ringo, não muito demorou para se concretizar
Divino Reis, cujo nome de batismo é Virgustino Daniel, é natural de São Pedro, municÃpio de Piracicaba, faz segunda voz e executa a viola, sendo que nos espetáculos da dupla faz a plateia vibrar com magnÃficos solos deste dificÃlimo instrumento, e é ainda autor de todas as músicas deste disco.
Deny Ringo, chama-se na vida real Benedito Osvaldo Vieira, filho de Jaú, responsável pela primeira voz e quem cuida dos interesse comerciais da dupla.
Neste seu disco de estreia no mercado fonográfico de Divino Reis e Deny Ringo, podemos salientar dentre as 12 composições aqui inseridas: Realizado; Boiadeiro e Tradição; Eterna Lembrança de Um Ãdolo, esta homenagem póstuma ao grande artista Belmonte, recentemente falecido em um desastre automobilÃstico.
Divino Reis e Deny Ringo sempre foram batalhadores incansáveis e procuraram apresentar-se impecavelmente para seus admiradores, mas faltava-lhe ainda o principal: a patente de suas interpretações em disco, o que somente lhes fora concedido graças ao apoio recebido por parte de Chaninho e Zacarias Mourão. Defensores incontestes da música regional.
Aprecie-o amigo discófilo a autenticidade e gosto apurado desta dupla: Divino Reis e Deny Ringo, que cantam com o coração, não apregoado para apelações berrantes e descabidas, resultando portanto, numa das poucas existentes que não visam exclusivamente s comercialização de sua arte, o que é dignificante e merecedor de todos os júbilos e exaltações. João Borges.
(Texto extraÃdo do LP: Nunca E Tarde Demais -1976 - Gravadora Pé De Cedro).