A Viola Tá Tinindo (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 103405242) - (1966) - Jacó e Jacozinho

Peão Da Cidade
Eu vi com meus próprios olhos foi num circo de rodeio
Na chegada dos peões que vieram pro torneio
Soltaram tanto foguete que fizeram um bombardeio
Na hora da montaria que o negócio ficou feio
Soltaram um burro famoso que nem sei da onde veio
Era só sentar no lombo cada pulo era um tombo ninguém esquentou o arreio

Surgiu um moço grã-fino do meio da multidão
Pelo traje eu vi que era um homem de posição
Cabelo bem penteado e roupa de exportação
As unhas todas esmaltadas e anel de ouro na mão
Pra montar naquele burro foi pedindo permissão
Pode ser que eu também caio, mas pretendo dar trabalho pra fama desse burrão

Os peão que beijou a terra falaram com precisão
Os grã-finos da cidade quando quer bancar o peão
Não para nem amarrado no lombo de um pagão
Se esse grã-fino montar pode preparar o caixão
O burro tirou do lombo barbado da profissão
Não foi um e nem foi dois vamos ver o pó de arroz bater a cara no chão

O grã-fino entrou na arena calçou a espora de prata
Jogou o paletó na cerca e apertou bem a reata
Sentou no lombo do burro bambeou o nó da gravata
Cortou o burro na espora e foi batendo de chibata
O burrão caiu de costas levantou as quatro patas
O moço saltou de lado e o burro ficou deitado entregue para as baratas

Ganhou aplausos do povo ganhou beijo das meninas
O grã-fino contou a vida bebendo numa cantina
Eu já fui peão de fama lá no estado de Minas
O dinheiro do papai que mudou a minha sina
Eu tenho na minha casa diploma de medicina
To morando na cidade, mas sinto grande saudade que até hoje me domina

Breganha De Mulher
As corda da viola é aço e a viola é de madeira
Encostada no meu peito chora turina e a toeira
Pra cantar minha modinha peço licença primeiro
Eu vou contar o que aconteceu na Fazenda das Corredeiras
Isto foi acontecido lá na Barra das Palmeira
E o Pedrinho e seu Manéco dois homens aventureiro
Entraram em combinação o camarada e o patrão
E caíram em contradição e breganharo as companheira

O namoro tava firme, tava tudo controlado
Pedrinho chamou Manéco pra fazer esta negociada
Seu maneco consentiu aí por ser um homem relaxado
Podemos fazer a breganha se voltar uma boa eitada
Pedrinho imaginou logo, inda deu uma risada
Mas será que vai dá certo como eu tenho pensado
Eu volto a metade do sítio e a metade de um capado
Eu inda dou pro’cê levar mais quinhentão incolobado

Seu Manéco respondeu, apodemos ficar tratado
Eu vou falar com Mariquinha sobre essa negociada
E você fala com Palmira se ela está concordada
Este negócio é eu que quero, Palmira num manda nada
Porque já faz muito tempo, que nós vive descontrolado
Falta só nós combinar pra repartir a criançada
Eu vou dizendo de uma vez, eu fico com dois ou três
O resto fica pra vocês e a breganha está acabada

O negócio tava feito, tava tudo realizado
Pedrinho com Mariquinha foro passear na cidade
Pra fazer uma grande compra de fazenda e de calçado
Lá encontraram suas amiga, pra ela foi perguntado, ai 
Dá Breganha que fizeram, se não se achava envergonhada
Ela foi e respondeu não tenho vergonha de nada
Quando eu era do Manéco, eu sofria leva breca
Hoje eu sô uma boneca e do Pedrinho eu sô estimada

Silvério Dias
O senhor Silvério Dias foi um homem fazendeiro
Forte criador de gado tinha muito dinheiro
Mas só que ele não confiava nem no banco brasileiro
Na sua casa guardado tinha muitos mil cruzeiros
Dinheiro é seu inimigo por isso ele foi traído
Por um homem desconhecido no traje de um boiadeiro

Pois um homem boiadeiro na sua casa chegou
Logo entraram em negócio comprou o gado e pagou
Contando algumas vantagens o seu Silvério acreditou
Ofereceu um curativo seu Silvério aceitou
Silvério sendo um homem ativo não desconfiou do perigo
Acreditou no inimigo fingindo ser curador

A noite teve seção a família acompanhou
Cada um com um copo d'água que este homem temperou
Quatro copos e quatro velas que este homem envenenou
Na hora do seu mandado de uma vez tudo virou
Quatro copos e quatro velas do casal foi ele e ela
Morreu as duas donzelas que o seu Silvério criou

Deu uma busca no cofre muito dinheiro encontrou
Numa lata de mamona este o ladrão não achou
Dinheiro de sua esposa que tanto ela trabalhou
Segurou e não valeu nada foi outro que aproveitou
Não encontraram na gaveta mais oitenta conto em letras
Que ladrão cheio de treta roubou tanto e ainda deixou

A casa amanheceu fechada, fechada mesmo ficou
Bezerrada da mangueira o dia inteiro berrou
Ajuntaram a vizinhança pra ver o que resultou
Ai, alguma novidade este homem não viajou
Não frequentava diversão pra não gastar nenhum tostão
Foi morto por um ladrão, ai sua fortuna deixou

O Jogador De Baralho
Conheci um rapazinho honrado e trabalhador 
Foi nascido e foi criado numa vila do interior 
Veio para a capital estudar pra ser doutor 
Levado por maus amigos deu um grande jogador 
Deixando o estudo e o trabalho e com as cartas do baralho ganhou riqueza e valor.

Casou com uma moça rica redobrou sua alegria 
Na sua rica mansão felicidade existia 
Dominado pelo vício toda noite ele saía 
No cassino onde jogava só ganhava e não perdia 
Enquanto o tempo passava sua riqueza aumentava do jogo não desistia

Mas tudo que vem no mundo traz sua sina marcada 
Numa noite ele jogou sua última parada 
Se perdia uma partida a outra era dobrada 
Foi jogando e foi perdendo chegou a ficar sem nada 
Numa última defesa, pôs a aliança na mesa jogou a mulher amada 

Sua esposa quando soube o que tinha acontecido 
Pra não se entregar a outro que não era seu marido 
Foi se embora pelo mundo com o coração ferido 
Quem ganhou não leva ela, mas o lar foi destruído 
O jogador em desespero sem mulher e sem dinheiro transformou-se num perdido 

Aquela rica mansão era igual um céu aberto 
Hoje está tão solitária só tem tristeza por perto 
O jogo dá e também tira é um ditado muito certo 
Aos amigos do baralho nesses versos eu alerto 
Que ninguém é invencível parece que por incrível sempre tem um mais esperto

Pai De Doze Filhos
Vida de solteiro é doce namorando as meninas 
Vida de casado é amarga que parece chá de quina 
Solteirinho vai nas festas vai cheirando brilhantina 
O casado também vai se a mulher determina 
O rapaz depois que casa é fogo na butina

Muito tempo fui solteiro eu andava divertindo 
Hoje em dia sou casado dentro da lei do divino 
Pra dar conta do recado ando pra corda do sino 
Com a minha filharada minha vida vou seguindo 
Eu sou pai de doze filhos seis menina e seis menino 

Quando eu vou fazer compra a mulher tá insistindo 
Trás camisa pro Pereira uma calça pro Jovino 
Um chapéu pro Sebastião par de meia pro Rufino 
Trás sapato pro Zezinho uma cinta pro Firmino
Pra você uma ceroula e pra mim um pente fino

Uma saia pra Isabel uma blusa pra Jorgina 
Traz sandália pra Maria um saiote pra Idalina
Um vestido pra Tereza um sutiã pra Justina 
Um vidrinho de perfume pra mim passar nas meninas 
Pro novinho que vem vindo trás também flanela fina

Casamento é compromisso guarde isso na lembrança 
Quem casou tem que aguentar o peso da aliança
Minha esposa é um tesouro meus filhos é minha herança 
Gosto da minha mulher gosto das minhas crianças
Se nascer mais meia dúzia não faz mal, não tem importância

Briga De Velhos
Os prazeres que eu tinha não diminuiu 
Eu fui numa festa num lugar baixiu 
Na minha chegada que o povo me viu 
Soltaram rojão pro ar explodiu 
As moças bonitas na sala saiu 
Passou por nós dois pisando macio 
Sapatinho novo no pisar ringiu
Vendo moça bonita das feia eu desvio 
O meu coração quase repartiu 
Tem gente que fala violeiro é vadio 
Essa carapuça pra mim não serviu

Eu entrei no salão o povo aplaudiu 
Peguei na viola e as cordas tiniu 
Meu peito cantou e nunca mentiu 
Com meu companheiro que me garantiu 
Cantei moda nova que ninguém não viu 
Era um dia de geada o gelo caiu 
Eu passei a noite me dando arrepio
Os velhos da fogueira que não resistiu 
Beberam quentão a ideia fugiu 
No fim houve briga ninguém acudiu 
Tudo aquilo era pra esquentar o frio

Os velhos de fogo perderam o brio 
Um velho xingou outro arrepelio
Brigaram no tapa orelha zuniu 
O povo da festa na hora se abriu 
Os velhos brigava naquele feitio 
Pulando pra cima que nem dois tiziu 
Na arma de fogo ninguém não buliu
Foi no pé e no tapa que a briga seguiu 
Os velhos na roda virou corrupio 
Pra cima de mim a briga investiu 
Eu pulei a cerca a viola caiu

Chegou a Policia fazendo psiu 
O povo quietou e não deram um pio 
Um velho ficou, o outro sumiu 
Com a voz de prisão ele reagiu
Lutava bastante, não escapuliu 
Borracha cantou de fio a pavio 
Amarraram o velho com forte amarril 
A velha do velho quase recaiu 
O meu companheiro se atirou no rio 
A polícia deixou o terreiro vazio 
Acabaram com a festa e o meu desafio

Moça Namoradeira
Eu tenho posto a reparo é no uso de hoje em dia 
Essas moça namorista só carrega fantasia 
Vestido com a manga curta mostrando a pele macia 
Tinta vermelha nos lábios pra ganhar mais garantia 
É assim que as mocinhas pede toda simpatia 
É desajeitado pros enamorado precisa cuidado 
Que é uma tirania se beija encostado fica lambicado 
E o tal fica enjoado pra muitos dias 

As moças namoradeira eu tenho pena das coitada 
Vive sempre na esperança de algum dia ser casada 
Pra pegar um bom marido e ter a vida arregalada 
Veste seu vestido curto que é o prazer da rapaziada 
Sai arrequebrando o corpo que nem cobra mal-matada 
Andam bem vestida por ser protegida é por ser querida 
E por ser amada são divertida luta com a vida 
E as coitada lida e não acaba em nada 

A tarde estão na avenida esperando o seu amado 
Não demora vem o tal com jeitão entusiasmado 
De pomada no cabelo e bigodinho bem pintado 
Com seu lencinho de seda e seu terninho bem passado 
A talzinha de alegria vai dizer pro namorado 
Você é um colosso é um bonito moço o tal fala grosso 
Muito obrigado mas tenho desgosto faço tanto esforço 
Que o maldito bolso anda sempre ariado 

O rapaz por ser sabido veja só como ele fez 
Namorou pra passar tempo, namorou duas ou três 
Deixa só e vá correndo trinta dias por um mês 
Se você fala em casamento você fica sem freguês 
Diz que trouxa era quinze já morreram dezesseis 
Desse jeito então vou fazer opinião tido a decisão 
Pela última vez adeus coração aperto na mão 
O que é de obrigação de um rapaz cortês

Burro Empacador
Eu alembro e tenho saudade do bom tempo que eu passava 
No tempo que eu fui valente, ai o pessoal me respeitava 
Sempre eu era arreliento em toda festa que eu chegava 
Alembro de uma ocasião que o pessoal sempre me contava 
Fiz correr quatorze homem de medo tudo gritava 
Comigo fazia os quinze que na frente até avoava 
Corria mais do que os outros e nenhum não me alcançava

Sempre eu era de sorte porque Deus me ajudava 
Todas brigas que havia sempre eu que apartava 
O pessoal já conhecia perto de mim ninguém brigava 
A canela do mateiro seguidinho eu emprestava 
Eu via briga formada e garrucha quando lumiava 
Se saía algum tiro lá de longe eu escutava 
Nunca eu fui testemunha que nesta hora eu não tava

Depois fiquei domador, mas é tempo que eu gozava 
Empreguei numa fazenda os peão que tinha tudo eu cinzava 
Eu vivia de reserva e de mim tudo ciumava 
Esses burro empacador sempre a barda eu que tirava 
Quando era redomão logo eu desabusava 
Se o burro era queixudo na hora que ele empacava 
Só pra não ficar bardoso eu apeava e puxava

O patrão me despachou falou que eu não atacava 
Disse que eu não era peão pra lida eu não prestava 
Eu fiquei louco de raiva de tanto que ele insultava 
Eu arranquei do meu revólver que na cinta eu carregava 
Depois vieram me agradar pensando que eu atirava 
Nunca vi que viagem triste a vergonha que eu passava 
Quando eu via boi no laço eu nem lá perto eu não chegava

Velho Valente
Ora, veja seu Zé Gomes morador lá das três Ilhas 
Quem tem bom procedimento às vezes acontece eivaria
Ele sendo homem direito e de muita garantia 
Induziu sua cunhada pra mudar lá pra Bahia
A polícia deu de cima levando a fotografia 
Foram presos em Avaré na porta do café fria 
E trouxeram pra Ourinhos recolheram na enxovia 
Foram interrogar a moça só pra ver o que ela dizia
Ela disse que o Zé Gomes até aqui honrou o seu nome 
Eu quero que soltem o homem eu fugi porque eu queria

Mandaram chamar o velho só pra ver o que ele dizia 
A polícia levou uma carta do doutor é quem escrevia
Veio a dona Vitalina junto com seu Jeremias
Esperaram lá no Fórum na alta categoria
Perguntaram pra mocinha que idade ela trazia 
Ela foi respondeu vinte e um anos e alguns dias
A velha disse que não o doutor não consentia 
Foi um bafafá danado mãe e filha discutia
O baiano entusiasmado ali perto do delegado 
Não justou advogado a morena defendia

Foram tomando providencias conforme a lei prometia 
O baiano tinha dinheiro notas de grande valia
Pegou na mão da mocinha e foram pra delegacia 
Pra fazer o casamento porque o velho não queria
Falou baixinho no ouvido do doutor Cintra Garcia 
O doutor disse que sim vou mostrar minha teoria 
O velho perdeu a fala sua barba até tremia 
Dava tiro sem saber pra que lado a bala ia
Foi uma guerra arrojada rebentou tanta granada 
Na sarjeta e na calçada era sangue que corria 

A moça pediu perdão, ai ai ai ele falou que não podia, ai ai 

Pois foi eu quem te criei você sabe minha filha
Você também já conhece sabe das minhas manias 
Sou que nem o sete ouro só morro se for espadilha
Meu revolver não respeita quem tiver na pontaria 
Eu já matei um malvado e ainda não fiz o que eu devia 
Você também não me escapa que me pois nesta anarquia
Eu quero matar sua mãe pra não sofrer da nevralgia 
A velha virou um sorvete escondeu na sorveteria
Por causa deste bandido hoje eu sou um velho perdido 
Pois eu dou um tiro no ouvido e morre o resto da família

Companheiro Do Ferreirinha
Eu recebi uma carta que veio lá de Pardinho 
Pra terminar uma empreitada que eu peguei com Ferreirinha
Pra buscar aquele mestiço no campo do Espraiadinho 
Aquilo no coração atravessou como espinho
Não tinha mais companheiro eu tive que seguir sozinho

Por não ter outro vacano resolvi ir no redomão
Trouxe o potro no mangueiro lacei, passei no mourão
Arriei com garantia duas barrigueira e o chinchão 
Quando eu ganhei o arreio o potro virou leão
Preguei a espora no peito pra limpar meu coração

Sozinho pra aqueles campos bati todo os maiadô
Achei o lugar fresquinho aonde o mestiço posou
Segui a batida do boi que desceu pro bebedor 
O mestiço vinha vindo de longe me avistou
Alembrei do Ferreirinha a coragem redobrou

O mestiço furioso pro meu lado ele partiu 
Igual faísca de raio no potro ele investiu
Joguei o laço de tirão que os tento até rangio 
A laçada fez um oito quando nas guampas caiu
O redomão veiaqueava virava de corrupio

Com o boi no chinchador me custou pra por na linha 
Queria limpar meu nome também o do Ferreirinha
Terminar aquele trabalho empreitada tão mesquinha 
Labutei com o mestiço com o traquejo que eu tinha
Depois de muito trabalho que eu mostrei a ciência minha

Ao passar numa restinga o potro e o boi levei 
Naquele lugar tão triste que morto o rapaz achei
Soluçando de saudade uma cruz ali finquei 
Com a ponta da minha faca essas palavras eu gravei
Descase em paz Ferreirinha que a empreitada terminei

Mulher É Na Cozinha
Um circo ficou parado muitos dias lá na praça
Os peões fizeram feio o rodeio perdeu a graça
Mas o dono inteligente querendo reunir a massa
Contratou uma mulher de muita fibra e raça
Dizendo que uma senhora vai cortar o boi na espora e fazer muita arruaça

Francamente eu aplaudi esta grande promoção 
A mulher tá superando os homens na profissão
Vi mulher na assembleia defender nossa nação
Vi mulher plantando roça, dirigindo caminhão
Agora pago pra ver ela montar e não descer do lombo desse pagão

A fama dessa mulher esparramou no estado
Só se ouvia o nome dela na boca do povoado 
Felizmente eu pude ver o circo superlotado 
O povo torcendo junto para o boi ser derrotado
Todos peão que caiu da cidade até sumiu estavam sendo vaiados

A mulher entrou na arena foi só aplauso que vinha
Mas quando sentou no lombo a mulher perdeu a linha
O boi pinoteou no ar com toda força que tinha
A dona caiu no chão que nem saco de farinha
Agora falo com fé lugar certo de mulher é lavar prato na cozinha

Galo Carijó
As moças de hoje em dia nenhuma gosta que os violeiros cante 
Ela gosta é do baile porque ela dança com seus amante 
Os velhos gosta é de moda que canta desde o tempo de Dante
Ele entra no catira e ele quer que os violeiros cante 
Toma um gole de quentão bate o pé que nem gigante 
Faz a sentir pra rapaziada vira o facão com o cabo pra diante 

Nas festas de hoje em dia todas as mocinhas já sabe o jogo
Convida sua mãe pra ir que a velha sempre já toma um logro
Chega arranja namorado já com a desculpa de arranjar sogro
O velho fica de lado fica com os olhos que nem João Bobo 
Se a filha for bonita tem medo de haver roubo 
Bem vale viver casada pra viver com a orelha pegando fogo 

Nossa fama sempre corre aqui o nome dos dois Jacó 
Quando eu saio em festa longe levo a violinha de tiracolo 
Quando eu entro no catira risco no pinho e é uma vez só 
Faço moça trocar vestido e olhar no espelho pra passar pó 
Os velhos lá da fogueira vem fazendo caracol
Só pra ver a rebanada batida de espora do carijó

Se eu contar da minha vida que muita gente de mim tem dó 
Já fui moço divertido e gozei os tempos que foi melhor 
Violeiro depois que casa pra fazer moda ainda fica pior
Se a mulherzinha for brava ela chama ele só de bocó 
Chama ele de galo velho canta em cima do paiol
Já cantei em terreiro alheio todos correram do carijó

Músicas do álbum A Viola Tá Tinindo (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 103405242) - (1966)

Nome Compositor Ritmo
Peão Da Cidade Sulino / / Moacyr Dos Santos Moda De Viola
Breganha De Mulher Jacó / Jacozinho Moda De Viola
Silvério Dias Jacó / Jacozinho Moda De Viola
O Jogador De Baralho Quintino Elizeu / Sulino Moda De Viola
Pai De Doze Filhos João Gonçalves / Moacyr Dos Santos Moda De Viola
Briga De Velhos Moacyr Dos Santos / Jacozinho Moda De Viola
Moça Namoradeira Sulino / Teddy Vieira Moda De Viola
Burro Empacador Jacó / Jacozinho Moda De Viola
Velho Valente Jacó / Jacozinho Moda De Viola
Companheiro Do Ferreirinha Pinheirinho / Germano Galdino Moda De Viola
Mulher É Na Cozinha Moacyr Dos Santos / Jacozinho Vira
Galo Carijó Jacó / Jacozinho Moda De Viola
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