Ao Mestre Com Carinho - Cadeira Vazia (ATR21241) - (1998) - João Mulato e Douradinho
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Cadeira Vazia
Com essa viola no peito garanto meu dia a dia
Ela inspira meus versos junto vem a melodia
Quando eu chego no pagode tomo conta da folia
Quem não tem jeito pra coisa é de longe que espia
Tenho dó do concorrente da maneira que ele cria
Fazendo versinhos fracos pra ouvir dá alergia
Eu respeito os meus fãs que são minha garantia
Eu só gravo nos meus discos modas que tem serventia
Tem que dá o breque em coisas que de ruim não tem quantia
Modas que tem duas linhas e um refrão que dá agonia
Agulha enrosca no disco e não explica o que queria
No final é mais comprido do que a estrada Rio Bahia
Tem muitos querendo o trono de quem deixou a cantoria
Oh meu Deus aqui na Terra tá um clima de guerra fria
Nem daqui um milhão de anos não aparece outra magia
Meu Ãdolo descansa em paz a cadeira está vazia
Princesa
Estou ficando doente de tanto sofrer por uma mulher
Que ri na cara da gente e fala que a gente sofre por que quer
Não dá mais pra suportar o desprezo dela
Os seus carinhos ela só dedica a peso de ouro
Não tenho ouro para oferecer à essa princesa
O que eu tenho são gotas brilhantes de pingo de choro
Â
Mulher que tem prazer em me ver sofrendo querendo ser seu dono
Eu sei que pra ser dono de uma princesa precisa riqueza pra sentar no trono
Â
Mulher que tem prazer em me ver sofrendo querendo ser seu dono
Eu sei que pra ser dono de uma princesa precisa riqueza pra sentar no trono
Balanço Na Cama
Na parede do meu quarto pendurei o teu retrato
Cada noite que eu não durmo posso olhar teu rosto amado
Teu bilhete na gaveta e o lenço colorido
São pedaços da saudade de um grande amor perdido
Â
No relógio a madrugada meu desejo pra depois
Nossa cama está pedindo o balanço de nós dois
Â
Vem a lua na janela me cobrar a tua presença
O silêncio é a resposta só ficou a sua ausência
Toda noite a gente amava eram horas de loucuras
Para mim foi caso sério pra você só aventura
Â
Vem a lua na janela me cobrar a tua presença
O silêncio é a resposta só ficou a sua ausência
Toda noite a gente amava eram horas de loucuras
Para mim foi caso sério pra você só aventura
O Pulo Do Gato
Um sujeito endinheirado que fazia e desfazia
Menina nova e bonita era o que ele perseguia
Das garras deste gavião quando a menina saÃa
Lá pra casa dos seus pais muito triste ela Ãa
A menina tão formosa um lindo botão de rosa
Que no galho já morria
Â
O que é bom logo se acaba confirma o velho ditado
Pote tanto vai à fonte que um dia volta quebrado
Foi quebrado logo cedo o encanto deste malvado
Ele zombou de um amor da filha de um coitado
Ele quis fazer peteca de um linda boneca
Mas filha de um pai honrado
Â
A coitadinha chorando pro seu pai contou o fato
Tenho na minha garganta um nó que eu não desato
Naquele rosto de pai, vergonha ali era mato
O velho entrou em cena foi no derradeiro ato
Jurou de joelho no chão vou pular neste gavião
Do jeito que pula um gato
Â
O caboclo de vergonha deu um balanço na vida
Viu sua esposa rezando perto da filha querida
Viu sua filha chorando numa estrada sem saÃda
Dentro da sua razão ele entrou nesta partida
Foi só pena que voou o gavião se acabou
Desta vez pra toda vida
Â
Este caboclo que eu digo mora lá no pé do morro
Numa casa escondida parece a toca do zorro
Onde a corruÃra canta e faz o seu ninho no forro
Tem azeitona de aço malandro não tem socorro
Malandro naquela casa topa besouro sem asa
Tá num mato sem cachorro
Última Chance
Foi pena que você chegou tão tarde
Sem tempo de salvar nosso romance
Agora você vem fazendo alarde
Querendo que eu lhe dê mais uma chance
Â
Eu sei que o seu erro é perdoável
Mas como vou mandar a outra embora
Mulher não é objeto descartável
Que se usa uma vez e joga fora
Â
Outra chance vou lhe dar pra você reconquistar o lugar que era seu
Vai ser a última chance quem desperdiçar o lance é o azar de quem perdeu
Sei que a outra é força bruta e você ganha esta luta estou pagando para ver
Não vou ajudar em nada vou sentar na arquibancada e torcer contra você
Amargurado
O que é feito daqueles beijos que eu te dei
Daquele amor cheio de ilusão que foi a razão do nosso querer
Pra onde foram tantas promessas que me fizeste
Não se importando que o nosso amor viesse a morrer
Â
Talvez com outro estejas vivendo bem mais feliz
Dizendo ainda que nunca houve amor entre nós
Pois tu sonhavas com uma riqueza que eu nunca tive
E se ao meu lado muito sofrestes o meu desejo é que vivas melhor
Â
Vai com Deus sejas feliz com o teu amado
Tens aqui um peito magoado que muito sofre por ti amar
Eu só desejo que a boa sorte siga teus passos
Mas se tiveres algum fracasso creias que ainda te possa ajudar
Vim Dizer Adeus
Eu vim dizer adeus,amor
Sei que me dói demais o adeus
Mas Levarei por onde for
As marcas deste amorÂ
Amor que não morreu
Amor que vive e mim
Amor que não é meu
Eu não tenho mais o teu calor
Teus longos beijos de amor
Pra outro eu perdi
Não, não adianta esperar
Se já tem outro em meu lugar
Nada mais me prende aqui
Eu não tenho mais o teu calor
Teus longos beijos de amor
Pra outro eu perdi
Não, não adianta esperar
Se já tem outro em meu lugar
Nada mais me prende aqui
Na Barba Do Leão
Vai pagode, vai pagode encher o mundo de beleza
Levando só alegria pra dar um tombo na tristeza
Â
Meu pagode é um foguete prepare para explosão
Ele sai na base quente com capricho e perfeição
Um pagode só tem força quando sai de um peito bom
Meu pagode onde passa é só fogo sem fumaça
Deixa saudade e paixão
Â
Vai pagode, vai pagode encher o mundo de beleza
Levando só alegria pra dar tombo na tristeza
Â
Meu pagode sai tinindo e some na imensidão
Levando só alegria na onda de uma estação
O controle está na viola no peito do folgazão
Meu pagode num segundo vai até o fim do mundo
Mas estou na direção
Â
Vai pagode, vai pagode encher o mundo de beleza
Levando só alegria pra dar tombo na tristeza
Â
Passo por cima das esbarrando no trovão
Desço no pingo da chuva bem no risco do clarão
Tiro água do deserto faço poço no areião
Eu venho de um lugar quente sou vizinho da serpente
Moro na barba do leão
Fujo De Ti
Que tristeza eu sinto agora em minha vida
Vendo tua boca unida assim em outra boca
Ao ver teu corpo segura assim por outros braços
Fujo de ti porque o ciúme é meu fracasso
Â
Tu me deixaste por um alguém que não te ama
E este alguém vive contigo pensando em outra
Ai que loucura ver teu corpo em outros braços
Ai que tristeza ver tua boca em outra boca
Â
Mas se quiseres voltar pra mim ainda te quero
Somente tu que noite e dia eu te espera
Mas se quiseres voltar pra mim ainda te quero
Somente tu que noite e dia eu te espera
Preto Velho
Perguntei ao Preto Velho porque chora meu herói
Preto Velho respondeu é meu coração que dói
Eu já fui bom candeeiro, fui carreiro e fui peão
Já derrubei muita mata e já lavrei muito chão
Com carinho carreguei os filhos do meu patrão
Em troca do que eu fiz só recebi ingratidão
Perguntei ao Preto Velho porque chora meu herói
Preto Velho respondeu é meu coração que dói
Sempre chamei de senhor quem me tratou a chicote
Livrei o patrão de cobra na hora de dar o bote
Eu sempre fui a madeira e o patrão fui o serrote
Sofri mais do que boi velho com a canga no cangote
Perguntei ao Preto Velho porque chora meu herói
Preto Velho respondeu é meu coração que dói
Da terra eu tirei o ouro que o patrão fez seu anel
Mas eu agora eu estou velho e meu patrão mais cruel
Está me mandando embora vou viver de deu em deu
O que me resta esperar é a recompensa do céu
Teu Nome Tem Sete Letras
Quem tem seu amor distante alegre não pode ser
Ninguém sabe que eu canto somente pra me esquecer
Morena eu deito na cama sonhando eu vejo você
Quando acordo eu fico triste pensando o que hei de fazer
Na distância que separa de você meu bem querer
Â
Teus olhos são verdes claros ilumina o meu viver
Tem o brilho das estrelas na hora do escurecer
Morena cor de canela é a razão do meu sofrer
As ondas do teu cabelo como vento pega a tremer
Como as ondas do oceano aonde eu queria morrer
Â
Morena teu lindo nome que eu não canso de escrever
A sua linda cartinha eu leio e torno a reler
Teu nome tem sete letras cada letra tem um dizer
Sete lágrimas que eu choro sete dias a padecer
É uma semana tão longa quando eu passo sem te ver
Â
Morena eu tenho esperança e o futuro há de dizer
Que ainda vou ser feliz bem juntinho de você
Numa casinha modesta por entre as flores do ipê
Os dias serão mais lindos e a vida tem mais prazer
Nossas almas sempre unidas até na hora de morrer
Pobre De Mim
Quem será o felizardo que toda noite sente seus carinhos
Quem será o felizardo que toda noite sente seus beijinhos
Quem será o felizardo que a todo instante terá o seu calor
De beijar a tua boca e sentir a ânsia louca do seu amor
Â
Pobre de mim que vivo pensando nela
Pobre de mim que sofro tanto por ela
Ai, ai meu Deus a vida é mesmo assim
Quem me quer eu não quero
E quem eu quero não gosta de mim
Encantos Da Natureza
Tu que não tiveste a felicidade deixa a cidade e vem conhecer
Meu sertão querido meu reino encantado, meu berço adorado que me viu nascer
Venha o mais depressa não fique pensando estou lhe esperando para lhe mostrar
Vou mostrar os lindos rios de águas claras e as belezas raras do nosso luar
Â
Quando a lua nasce por detrás da mata fica cor de prata a imensidão
Então fico horas e horas olhando a lua banhando lá no ribeirão
Muitos não importam com este luar nem lembram de olhar o luar da serra
Mas estes não vivem são seres humanos que estão vegetando em cima da Terra
Â
Quando o lua esconde logo rompe a aurora vou dizer agora do amanhecer
Raios avermelhados riscam o horizonte o sol lá do monte começa a nascer
Lá na mata canta toda a passarada e lá na palhada pia o chororó
O rei do terreiro abre a garganta bate a asa e canta em cima do paiol
Â
Quando o sol esquenta cantam cigarras em grande algazarra na beira da estrada
Lindas borboletas de variadas cores vem beijar as flores já desabrochadas
Este pedacinho de chão encantado foi abençoado por Nosso Senhor
Que nunca nos deixa faltar no sertão saúde, união, a paz e o amor
No Cego
Malandro que é malandro não carrega meu dinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
Â
Veio com papo furado um malandro respeitado
Era o conto do vigário comigo deu pulo errado
Ele caiu direitinho que nem mosca no melado
Eu entreguei o nó cego na unha do delegado
Â
Malandro que é malandro não carrega meu dinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
Â
Lá no trem da zona leste um dia de sexta feira
Foi dia de pagamento da gente trabalhadeira
Malandro encostou em mim, minha mão foi mais ligeira
Peguei a mão do nó cego puxando a minha carteira
Â
Malandro que é malandro não carrega meu dinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
Â
Lá no largo Paissandu na Avenida São João
Trombadinha bate e rouba logo sai no carreirão
Trombada bateu em mim eu passei o sapatão
Trombada caiu de bruços bateu a cara no chão
Â
Malandro que é malandro não carrega meu dinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
Â
O ladrão chegou em casa eu moro no pé do morro
Ele quis entrar por cima tinha concreto no forro
Lá na porta da cozinha o ladrão pediu socorro
O nó cego viu o diabo nos dentes do meu cachorro
Â
Malandro que é malandro não carrega meu dinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
A barata que é sabida não atravessa galinheiro
Músicas do álbum Ao Mestre Com Carinho - Cadeira Vazia (ATR21241) - (1998)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Cadeira Vazia | João Mulato / Chicão Pereira | Pagode |
Princesa | Romeu Wandscheer | Guarânia |
Balanço Na Cama | Wally Macedo / ParaÃso | Toada Balanço |
O Pulo Do Gato | Lourival Dos Santos / Tião Carreiro | Cururu |
Última Chance | Lourival Dos Santos / Tião Carreiro | Tango |
Amargurado | Tião Carreiro / Dino Franco | Guarânia |
Vim Dizer Adeus | Tião Carreiro / ParaÃso | Toada Balanço |
Na Barba Do Leão | Lourival Dos Santos / Priminho | Pagode |
Fujo De Ti | Waldik Soriano / Jorge Gonzales | Rasqueado |
Preto Velho | Jesus Belmiro / Tião Carreiro | Toada Balanço |
Teu Nome Tem Sete Letras | Zé Carreiro / José Fortuna | Cateretê |
Pobre De Mim | Roberto Becker | Corrido |
Encantos Da Natureza | Luiz De Castro / Tião Carreiro | Querumana |
No Cego | Tião Carreiro / Pardinho / Moacyr Dos Santos | Pagode |