Gente Que Eu Gosto( CABOCLO CONTINENTAL CLP 9189) - (1974) - Liu e Léu
Caminheiro
Caminheiro que lá vai indo pro rumo da minha terra
Por favor faça parada na casa branca da serra
Ali mora uma velhinha chorando um filho seu
Essa velha é minha mãe e o seu filho sou eu
Oi caminheiro leva esse recado meu
Por favor diga pra mãe zelar bem do que é meu
Cuidar bem do meu cavalo que o finado pai me deu
O meu cachorro campeiro meu galo Ãndio brigador
Minha velha espingarda e o violão chorador
Oi caminheiro me faça este favor
Caminheiro diga pra mãe para não se preocupar
Se Deus quiser esse ano eu consigo me formar
Eu pegando meu diploma vou trazer ela pra cá
Mas se eu for mau nos estudos vou deixar tudo e volto pra lá
Oi caminheiro não esqueça de avisar
Oi caminheiro não esqueça de avisar
Gente Que Eu Gosto
Alô Goiás alô gente goiana vai o meu abraço a todos vocês
Eu devo muito a essa gente querida muito obrigado pelo que me fez
Do comecinho de minha carreira que incentivaram essa gente cortes
Alô amigos do meu Goiás irei visitá-los até o fim do mês
Alô Mato Grosso alô mato-grossenses tenho loucura para lhes visitar
Quero conhecer essa gente amiga que a muito tempo escuto falar
 Se estes versos cair por sucesso então mais depressa vamos te encontrar
Mas por enquanto vai o meu abraço qualquer dia desses apareço por lá
Em minha viagem eu quero passar no querido estado de Minas Gerais
E lá na fazenda onde eu morei quero abraçar os meus queridos pais
Quando em criança eu lá namorei uma menina bonita demais
Apesar da idade agente se amava o tempinho bom que não volta maisÂ
Falei de Goiás e de Mato Grosso de Minas Gerais falei dos mineiros
Agora falo do meu São Paulo o mais comentado no paÃs inteiro
Através do rádio minha voz espalha em todo Brasil e até no estrangeiro
E finalizando este simples verso vai o meu abraço a todos os brasileiros
Morena Do Sul De Minas
Minha linda garça branca do varjão do sul de Minas
Que voa cortando espaço cruzando verdes campinas
Vai dizer à minha amada que a paixão me domina
Ela será meu tesouro ou talvez minha ruÃna, ai, ai
O assunto desse amor trago sempre na surdina
Só meu coração que sabe que a morena me fascina
Sei também que ela me ama desde do tempo de menina
Só não me caso com ela se não for a minha sina, ai, ai
Essa mineira que eu digo mora no norte de Minas
Numa cidade distante que se chama Diamantina
Tem os cabelos compridos e o olhar que fascina
Seus olhos são dois faróis que a minha vida ilumina, ai,ai
Casar com mulher bonita é a coisa que mais me inclina
Ai, ai, Rosalina
A saudade mata a gente quando a paixão predomina
Eu tenho quase morrido por alguém que me alucina
Esta dor que me persegue já nem sei quando termina
Se eu não realizar meu sonho adeus estado de Minas, ai, ai
Lobo Não Come Lobo
Num tribunal de justiça por muitos foi presenciado
Na sala de audiência um réu seria julgado
Ali chegava um mocinho no meio dos diplomados
Pra enfrentar um veterano campeão dos advogados
O promotor afirmava na presença dos jurados
Em todos os julgamentos sou bilhete premiado
Jamais perdi uma causa o réu será condenado
Rasgarei o meu diploma se a causo eu for derrotado
A confiança era pouca no moço recém formado
Mas lobo não come lobo conforme diz o ditado
Mudou seu primeiro passo no seu destino traçado
Puxando a ponta da corda que o outro tinha enrolado
O moço puxou as brasas todas na sua sardinha
O promotor viu mosquito cair na sua farinha
Se viu num campo perdido argumento já não tinha
Então sentiu-se obrigado por o facão na bainha
O réu foi absolvido ao som de uma campanhinha
Um frango novo cantou e o Ãndio fugiu da rinha
Está caneta de ouro escreve em cima da linha
A pedra do seu anel não brilha mais do que a minha
Saudade De Peão
O galo canta nas campinas o gado berra a neblina cai na terra traz um raio de ilusão
A lua cheia nasce por de trás do morro mas não gane meu cachorro nem relincha meu burrão
Que não consola este filho brasileiro hoje velho sem dinheiro isolado no galpão
Eu não conformo com a tralha empoeirada me lembro das madrugadas que eu deixava meu rincão
Minha baldrana onde sempre tive os bagos olho nas balas de aço que ficou no cinturão
Mais eu compreendo que nos quatros continentes o progresso minha gente engrandeceu a nação
O meu berrante pendurado na parede minha capa minha rede a guaiaca e o gibão
O meu chapéu a bombacha e minha botapendurados na vigota o meu laço e meu facão
Meu trinta e oito e a chilena prateada minha faca parelhada que me traz recordação
Meu lenço branco faz lembrar o moço forte pioneiro do transporte capataz de profissão
Quando eu avisto as jamantas carregadas eu me lembro das boiadas que eu puxava no sertão
Mas não condeno o expresso boiadeiro que transporta os pantaneiros e a saudade de um peão
Mulher E Dinheiro
Prefiro andar sozinho na minha estrada da vida
Às vezes a estrada é penosa e outras vezes florida
Eu nunca quis ter comigo uma mulher preferida
Porque eu adoro música, mulher, dinheiro e bebida
Porque eu adoro música, mulher, dinheiro e bebida
Eu levo a vida cantando cantar este é o meu papel
Quem canta seu mal espanta isso faz bem a qualquer
Sou igual um beija flor falem de mim quem quiser
Porque eu adoro música, mulher, dinheiro e bebida
Porque eu adoro música, mulher, dinheiro e bebida
Conheço todos estados deste rincão brasileiro
Viajo sempre cantando eu não tenho paradeiro
Por isso não tenho amor para não se prisioneiro
Porque eu adoro música, mulher, dinheiro e bebida
Porque eu adoro música, mulher, dinheiro e bebida
Um Pouquinho De Amor
Existe um coração pulsando em um peito querendo te ofertar um amor sem fim
Existe um coração um amor perfeito e talvez jamais terá outro amor assim
Existe um coração um sonho desfeito este pobre coração está dentro de mim
Não quero que tu me queiras como eu te quero nem quero que tu me ames com tanto ardor
Porem para ser feliz eu queria ao menos em troca de tanto amor um pouquinho de amor
Até Breve Amor
Até breve amor vou partir agora mas não fique tristeÂ
pois não é para sempre que eu vou embora
Até breve amor vou partir agora mas não fique tristeÂ
pois não é para sempre que eu vou embora
Tua imagem linda seguirá comigo eu voltareiÂ
pois meu coração deixarei contigo
Este não será o meu último adeus
porque a saudade me fará voltar para os braços seus
Vou Roubar A Mariquinha
Esta noite eu não dormi varei a noite pensando de roubar a Mariquinha que a tempo estou amando
Quem não pensa no que faz só pensa depois que vê por isso eu estou pensando de que jeito eu vou fazer
Já pensei estou resolvido não custa nada tentar Mariquinha se apronte vim aqui pra te buscar
Esta vida não é vida precisa modificar não tenho muita coragem meu bem mas eu tento te roubar
Se você fugir comigo uma coisa vou dizer eu vou na sua garupa pra nada me acontecer
Se o seu pai nos alcançar o velho vai me compreender você que está me roubando em vês de eu roubar você
Depois de nós dois casados eu tenho mais segurança seu pai pode vir a traz e achar que eu sou criança
É um direito que ele tem de ter de mim desconfiança ele pode te levar Mariquinha mas eu fico com a herança
O Paranaense
Sou paranaense tenho viajado conheço um bom trecho do meu verde estado
Em Foz do Iguaçu fiquei encantado lugar de progresso e povo educado
Conheci o Paraguai que fica pegado e a Argentina logo do outro lado
São as três fronteiras que tem se falado divisa do nossa Brasil adorado
Quem seguir o rio de lancha ou canoa só se avista terra de cultura boa
O chão é cortado de algumas lagoas a onde o roceiro não trabalha a toa
E na derrubada o machado entoa a roça levanta nem que o braço doa
Chega o fim do ano o caboclo enjoa de tanto dinheiro que até se amontoa
Eu sempre falei e torno falar esta zona é boa pra gente morar
A terra produz tudo o que plantar e muito diamante pra se explorar
Desde o sul ao norte pode observar o paranaense vive a trabalhar
Por isso é que eu digo sem medo de errar o Brasil precisa do meu Paraná
Cantando esta moda a todos confesso que pra outras terras eu jamais regresso
Por ser filho dela sempre me interesso honrar o seu nome que seguindo expresso
Daà me um abrigo é só isso que peço defenda seu povo na lei do progresso
Desta homenagem assim me despeço viva o meu estado com o seu progresso
Onde Eu Morava
Recordo e nunca me esqueço o lugar onde eu morava
Recanto cheio de encantos que só prazeres me dava
A casa era modesta porém eu apreciava
Por dentro estava vestida por fora ainda faltava
Uma tira de arvoredo minha casa sombreava
Uma paineira viçosa o meu terreiro enfeitava
Um ribeirão de águas claras minhas terras divisava
Terra de boa cultura dava tudo o que plantava
Meu pedacinho de chão Nosso Senhor abençoava
Tinha tudo com fartura para mim nada faltava
Um certo dia porém minha vida transformava
Mudei pra cidade grande porque o destino obrigava
Agora vivo tão longe do lugar onde eu morava
Das noites de lua cheia que a solidão prateava
Fosse coisa que eu pudesse de novo pra lá voltava
E nunca mais deixaria a casa que eu morava
Adoro A Natureza
Oh, natureza te adoro tanto os seus encantos me fazem crerÂ
Da existência do criador que a criou pra gente ver
Há muita gente que lhe conhece porem esquece de contemplarÂ
No azul bonito de um céu gigante a luz brilhante de um luar
Natureza quanta beleza você contémÂ
Quem não contempla os teus encantos sinceramente alma não tem
Natureza quadro repleto de esplendorÂ
Paisagem pura bem sertaneja bendito seja seu criador
Da velha grota esbarrancada sai a pintada só para verÂ
A lua cheia vaidosa e bela na passarela do anoitecer
Na quietude da noite calma sinto em minha alma inspiraçãoÂ
A melodia que me transborda toca nas cordas do coração
Músicas do álbum Gente Que Eu Gosto( CABOCLO CONTINENTAL CLP 9189) - (1974)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Caminheiro | Jack | Cateretê |
Gente Que Eu Gosto | Jango / Liu | Rasqueado |
Morena Do Sul De Minas | Dino Franco / Tião Carreiro | Pagode |
Lobo Não Come Lobo | Liu / David Vieira | Moda de Viola |
Saudade De Peão | David Vieira / Craveiro | Toada Ligeira |
Mulher E Dinheiro | Carreirinho | Carrilhão |
Um Pouquinho De Amor | Luiz De Castro | Samba Caipira |
Até Breve Amor | Luiz De Castro | Cana Verde |
Vou Roubar A Mariquinha | Liu / Dino Franco | Cururu |
O Paranaense | Dino Franco / Priminho | Rasqueado |
Onde Eu Morava | Luiz De Castro / Toninho | Moda de Viola |
Adoro A Natureza | Luiz De Castro / Roberto Tornin | Cataretê e Chula |