Liu E Léu - 78 RPM 1963 (CABOCLO CS-584) - (1963) - Liu e Léu
Meu Ranchinho
Quando a lua surge a trás da mata
Vem iluminando ramos vegetais
Vejo meu rancho tão abandonado
Cheio de folhas que do ramo cai
A brisa passa trazendo a saudade
Do meu amor que muito longe vai
Olho pra lua triste soluçando
Vejo as estrelas no céu a brilhar
Até parece que eu to enxergando
Aquela ingrata que me faz penar
Triste lamento no braço do pinho
E os seus carinhos eu vivo a recordar
Em alta noite um silêncio profundo
Triste sozinho eu ponho-me a cantar
Meu pinho chora triste no meu braço
Vai disfarçando este meu penar
Aquela ingrata me deixou sofrendo
E agora eu canto só pra não chorar
Porem se um dia neste meu ranchinho
Por um desvairo a morte vim buscar
Eu vou deixar uma triste lembrança
Pra toda gente que aqui chegar
É o meu violão que vai ficar de luto
Em serenata não vai mais tocar
Adeus Minha TerraÂ
Ta fazendo hoje mais um ano que eu despedi dos meus pais
Deixei a casinha branca e a querência dos meus ais
Na viagem eu vinha cantando mas o meu coração eu deixava pra traz
Foi na hora da minha partida minha pobre mãe eu abracei
Em soluço eu pedi sua benção em seu rosto molhado eu beijei
Adeus minha mãe eu vou-me embora vou deixar minha casa e não mais voltarei
Pros amigos que me escrevem cartas vou pedir isto e nada mais
Não pergunte por uma pessoa porque muito desgosto me traz
Só por ela eu deixei pai e mãe por estar ausente eles choram demais
Hoje eu levo a vida cantando quem lastima vantagem não faz
Conhecendo este Brasil colosso interiores e as capitais
A viola é minha defesa ganho a vida fácil e ainda me distrai
Adeus terra que eu me criei adeus serra e adeus coqueirais
Adeus povo da velha Congonha adeus tempo que não volta mais
Hoje longe eu sofro calado porque fiz juramento de não voltar mais
Músicas do álbum Liu E Léu - 78 RPM 1963 (CABOCLO CS-584) - (1963)
Nome | Compositor | Ritmo |
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Meu Ranchinho | Pirassununga / Sebastião Vitor | Toada |
Adeus Minha Terra | Liu / Léu | Moda De Viola |