Decida - (2003) - Milionário e José Rico
Decida
Sente aqui comigo no sofáÂ
E vamos conversar é hora de abrir o jogo
Nosso amor está indo água a baixoÂ
Se deixar vira relacho, temporal apaga o fogo
Porque você não olha nos meus olhos
Seu beijo não tem o mesmo sabor
O seu carinho não me faz durmir
Nem sua quando a gente faz amor
Você só vai tomar banho sozinha
Na hora do Jantar me diz que já comeuÂ
Não vê novelas e nem liga o somÂ
Diz que não tem nada bom, que satisfaça o ego seu
Você se esqueceu, que dentro desta casa eu existo
Que em oitenta e dois casou comigoÂ
Por isso exijo uma explicação
Se sou eu que te incomodaÂ
Pra te fazer feliz fiz o que pude
Mas o incomodado é que se mude
Você quem vai tomar a decisão
Decida, se vai embora ou ficar comigo
Se vai me respeitar como marido
Pois desse jeito não estou aguentando
Decida, ou pare de uma vez com esse delirioÂ
Talvez você precise usar colirÃo
Pra enxergar o quanto ainda te amo
Moça
Moça me espere amanhãÂ
Levo o meu coração pronto pra te entregar
Moça, moça eu te prometo
Eu me viro do avesso, só pra te abraçar
Moça eu sei que já não é pura
Teu passado é tão forte pode até machucar
Moça, dobre as mangas do tempo
Jogue o teu sentimento todo em minhas mãos
Eu quero me enrolar nos teus cabelos
Abraçar teu corpo inteiro
Morrer de amor, de amor me perder
Eu quero me enrolar nos teus cabelos
Abraçar teu corpo inteiro
Morrer de amor, de amor me perder
Você Vai Ver
Você pode encontrar muitos amores
Mas ninguém vai te dar o que eu te dei
Podem até te dar algum prazer
Mas posso até jurar você vai ver
Que ninguém vai te amar como eu te amei
Você pode provar milhões de beijos
Mas sei que você vai lembrar de mim
Pois sempre que um outro te tocar
Na hora você pode se entregar
Mas não vai me esquecer nem mesmo assim
Eu vou ficar guardado no seu coração
Na noite fria solidão, saudade vai chamar meu nome
Eu vou ficar num verso triste de paixão
Em cada sonho de verão, no toque do seu telefoneÂ
Você vai verÂ
Canarinho Do Peito Amarelo
Ao regressar de um ninho destruÃdo
Passou voando um canarinho
Com suas asas quase sangrando
A companheira vai procurando
Quando ele cansa para e canta
Ninguém compreende que está sofrendo
Desesperado, desaparece
Só Deus quem sabe que vai chorando
Ai canarinho, passarinho do peito amarelo
Eu também sofro grande amargura
Porque amei uma criatura
Que hoje me põe sofrer como a ti
Quando ele cansa para e canta
Ninguém compreende que está sofrendo
Desesperado, desaparece
Só Deus quem sabe que vai chorando
Eu que amei com toda minh'alma
E te adorava com imenso ardor
Não Foi bastante para prender-te
Eu fracassei perdi meu amor
Ai canarinho, passarinho do peito amarelo
Eu também sofro grande amargura
Porque amei uma criatura
Que hoje me põe sofrer como a ti
Porque Chora A Tarde
Porque chora a tarde
Seu pranto entristece o caminho
Porque chora se tem a beleza do sol e da flor
Porque chora a tarde
Sabendo que existe outro dia
E a alegria depois da tormenta é dia de sol
Porque chora a tarde
No rio salpicando o seu leito
Porque chora gritando ao vento angústias de dor
É que a tarde já sabe que
Alguém carregou o meu carinho
Eu compreendo que também
A tarde soluça de amor
A tarde está chorando por você
Porque assiste a solidão no meu caminho
A tarde entristeceu junto comigo
E eu preciso dessa tarde como abrigo
A tarde está chorando por você
Ela sabe que o amor partiu pra sempre
Seus passos vão sumindo pela estrada
E esta chuva faz a tarde tão molhada
Fim De Noite
Madrugada, fim de noite !!!
Porque não devolve a mulher que dormiu em meus braçosÂ
Na mesa de um bar
Madrugada, você é culpada porque me ajudaste com ela encontrar
Madrugada, fim de noite !!!
Momento exato em que ela sorriu, jurou me amar
Ela já sabe quem sou somente não sabe onde estou
E com ela preciso encontrar
Madrugada, fim de noite !!!
Quem dera voltar ao passado e ter ao meu lado aquela mulher
Madrugada, eu dou o que tenho até minha vida, se ela quiser
Madrugada, fim de noite !!!
Estarei ansioso de braços abertos se ela vier
Madrugada, fim de noite
Lhe peço por Deus, me mande de volta este amor se puder
Meu Grito
Se eu demoro mais aqui eu vou morrer
Isso é bom, mas eu não vivo sem vivo sem você
Eu não penso mais em nada a não ser só em voltar
Vou depressa e leva meu amor nas mãos, para lhe dar
Já não durmo, morro até só em pensar
E citando só seu nome quero gritar
Mas se eu grito todo mundo de repente vai saber
Que eu morro de saudade e de amor por você
Ai que vontade gritarÂ
Seu nome bem alto no infinito
Dizer que meu amor é grande
Bem, maior do que meu prórpio grito
Mas eu falo bem baixinho e não conto pra ninguém
Pra ninguém saber seu nome eu grito só meu bem
Agenda Rabiscada
Você fala por aà que não me ama você jura que já não sente mais nada
Mas a noite é pesadelo em sua cama solidão da madrugada
Telefone na parede desligado e o meu nome em sua agenda rabiscado
São sintomas de paixão mal resolvida de amor mal acabado
Você deita mas sem sono se levanta faz de tudo pra dormir não adianta
Tá morrendo de saudade e por orgulho não vem me procurar
Quem esqueceu não chora, quem chora ainda lembra
Quando se esquece rasga, não se rabisca a agenda
Quem esqueceu não chora, nem rola pela cama
Se ainda perde o sono é que ainda me ama
Gita
Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando
Foi justamente num sonho que ele me falou
Às vezes você me pergunta por que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada nem fico sorrindo ao seu lado
Você pensa em mim toda hora me come me cospe e me deixa
Talvez você não entenda, mas hoje eu vou lhe mostrar
Eu sou a luz das estrelas, eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida, eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco, a força da imaginação
O blefe do jogador, eu sou, eu fui, eu vou
Gita, Gita, Gita, Gita, Gita
Eu sou o seu sacrifÃcio, a placa de contramão
O sangue no olhar do vampiro, e as juras de maldição
Eu sou a vela que acende, eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo, eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra, do fogo, da água e do ar
Você me tem todo dia, mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você, mas você não está em mim
Das telhas eu sou o telhado, a pesca do pescador
A letra "A†tem meu nome, dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa, nos pegue-pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco, sou raso, largo, profundo
Gita, Gita, Gita, Gita, Gita
Eu sou a mosca na sopa, e o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego, e a cegueira da visão
Mas eu sou o amargo da lÃngua, a mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio, o inÃcio, o fim e o meio       Â
O inÃcio, o fim e o meio, o inÃcio, o fim e o meioÂ
O inÃcio, o fim e o meio
Coração De Luto
O maior golpe do mundo que eu tive na minha vida
Foi quando com nove anos perdi minha mãe querida
Morreu queimada no fogo morte triste, dolorida
Que fez a minha mãezinha dar o adeus da despedida
Vinha vindo da escola quando de longe avistei
O rancho em que eu morava cheio de gente encontrei
Antes que alguém me dissesse eu logo imaginei
Que o caso era de morte da mãezinha que eu amei
Seguiu num carro de boi aquele preto caixão
Ao lado eu ia chorando a triste separação
Ao chegar no campo santo foi maior a exclamação
Cobriram com terra fria minha mãe do coração
Dali eu saà chorando por mãos de estranhos levado
Mas não levou nem dois meses no mundo fui atirado
Com a morte da minha mãe fiquei desorientado
Com nove anos apenas por este mundo jogado
Passei fome, passei frio por este mundo perdido
Quando mamãe era viva me disse filho querido
Pra não roubar, não matar, não ferir, não ser ferido
Descanse em paz, minha mãe eu cumprirei seu pedido
O que me resta na mente minha mãezinha é seu vulto
Recebas uma oração desse filho que é teu fruto
Que dentro do peito traz o seu sentimento oculto
Desde nove anos tenho o meu coração de luto
Desde nove anos tenho o meu coração de luto
Milagre Da Flecha
Era alta madrugada, já cansado da jornada, eu voltava pro meu lar
Quando apareceu no escuro, me encostando contra o muro, um ladrão prá me assaltar
Com o revólver no pescoço ainda expliquei pro moço, tenho filho prá criar
Sou arrimo de famÃlia, leva tudo, me humilha, mas não queira me matar
Ave Maria aleluia, ave Maria!
Mas o homem sem piedade, um escravo da maldade, começou me maltratar
Prá ver se eu tinha medo, antes de puxar o dedo, ele me mandou rezar
Eu nunca tinha rezado, eu que era só pecado implorei por salvação
Elevei meu pensamento, descobri neste momento o que é ter religião
Ave Maria aleluia, ave Maria!
Um clarão apareceu, minha vista escureceu, e o bandido desmaiou
E morreu não teve jeito, com uma flecha no peito sem saber que atirou
Nesta hora a gente grita, berra e chora e acredita que o milagre aconteceu
De joelho na calçada, perguntei com voz cansada quem será que me atendeu
Ave Maria aleluia, ave Maria!
Já estava amanhecendo, a alegria me aquecendo quando entrei na catedral
Cada santo que eu via, eu de novo agradecia e jurava ser leal
Veja o santo de passagem, não me toque nas imagens me avisou o sacristão
Pois lá ninguém explicava, uma flecha que faltava na imagem de São Sebastião
Ave Maria aleluia, ave Maria!
Meu Pranto
Sempre que penso em você amor eu choro
Não consigo esconder o meu pranto por você
Quantas vezes eu sonho acordado chamando seu nome
É delÃrio de amor, é paixão
Que sufoca o meu coração
Que maltrata e judia de um homem
Agora ou nunca mais
Tanto faz minha vida
É sempre assim
Quando a gente ama mesmo de verdade
Sempre acontece alguma coisa de maldade
Pra destruir essa ilusão dentro da gente
É sempre assim
Não consigo viver como estou vivendo
Sem você amor estou morrendo
Esta paixão vai explodir dentro de mim
Meu Primeiro Amor
Saudade palavra triste quando se perde un grande amor
Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor
Igual a uma borboleta vagando triste por sobre a flor
Seu nome sempre em meus lábios irei chamando por onde for
Você nem se quer se lembra de ouvir a voz deste sofredor
Que implora por seu carinho, só um pouquinho do seu amor
Meu primeiro amor tâo cedo acabou só a dor deixou neste peito meu
Meu primeiro amor foi como uma flor que desabrochou e logo morreu
Nesta solidâo sem ter alegria o que me alivia sâo meus tristes ais
Sâo prantos de dor que dos olhos caem
É porque bem sei quem eu tanto amei nâo verei jamais
Ancestrais
Lá vou eu pelo caminho que levou o meu pai
Lá vou eu passar por onde passaram meus ancestrais
Lá vou eu deixar também a semente que plantei
Já germinada, dando frutos e sementes
Que com certeza como eu serão decentes
Igual aquele que se foi e eu chorei
Vou caminhando de cabelos brancos
Chegando ao fim da estrada
Vou encontrar o meu velho pai
A mais bonita de todas as moradas
Vou caminhando de cabelos brancos
Chegando ao fim da estrada
Vou encontrar o meu velho pai
A mais bonita de todas as moradas
Lá vou eu deixar saudades pra quem vai ficar
Lá vou eu passar na estrada onde todos vão passar
Adeus não sou o primeiro e nem o último a partir
Meu pai se foi eu agora estou indo
O velho tronco de madeira está caindo
No meu lugar um outro fruto vai surgir
Vou caminhando de cabelos brancos
Chegando ao fim da estrada
Vou encontrar o meu velho pai
A mais bonita de todas as moradas
Vou caminhando de cabelos brancos
Chegando ao fim da estrada
Vou encontrar o meu velho pai
A mais bonita de todas as moradas
Músicas do álbum Decida - (2003)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Decida | Airo | Rancheira |
Moça | Wando | Balada |
Você Vai Ver | Elias Dinis / Carlos Colla | Balanço |
Canarinho Do Peito Amarelo | Tomas Mendes / Versão: Miltinho Rodrigues | Rancheira |
Porque Chora A Tarde | Antonio Marcos / Gabino Correa | Balanço |
Fim De Noite | Juliano / Navarro / Compadre Lima | Rancheira |
Meu Grito | Roberto Carlos | Balanço |
Agenda Rabiscada | Alexandre / Rick | Balanço |
Gita | Raul Siexas / Paulo Coelho | Balanço |
Coração De Luto | Teixeirinha | Milonga |
Milagre Da Flecha | Moacyr Franco / Marcos Silvestre | Balanço |
Meu Pranto | José Rico / Campanário / Oscar Safuan | Balanço |
Meu Primeiro Amor | Herminio Gimenez – Versão: José Fortuna / Pinheirinho | Guarânia |
Ancestrais | Compadre Lima / Jarde | Balanço |