Lembrança (Volume 14) (CHANTECLER 171405644) - (1984) - Milionário e José Rico

Duas Camisas
Você agora vai decidir 
Qual de nós dois será o homem que você quer para viver
Assim não posso continuar
Você me encontra durante o dia e quando é noite tem de voltar

Se eu tiver, duas camisas
E alguém chegar com frio uma eu darei
Mais no amor sou egoista
Eu não quero sentir um sócio jamais querida consentirei

Lembrança
Lembrança por que não foge de mim
Ajude a arrancar do peito esta dor
Afaste meu pensamento e o seu
Porque vamos reviver este amor

Amando nós padecemos iguais
Eu tenho meu lar e ela também
É triste ser prisioneiro e sofrer
Sabendo que a liberdade não vem

Vai lembrança não voltes mais
Para acalmar os meus ais
Deste dilema de dor
Vai para bem longe de mim
Não posso viver assim
Devo esquecer este amor
 
Lembrança já imaginaste o que é
Distante dois corações palpitar
Querendo junto viver sem poder 
Com outra tem que viver sem amar

Enquanto você lembrança não for
É este o nosso dilema sem fim
Pensando nela eu vivo a sofrer
E ela também sofrendo por mim

Vai lembrança não voltes mais
Para acalmar os meus ais
Deste dilema de dor
Vai para bem longe de mim
Não posso viver assim
Devo esquecer este amor

Entre Lágrimas
Eu não quero que tu penses
Nem um só instante em mim
Deixes que eu viva sofrendo
Gosto de viver assim

Teu amor me enlouquece
Eu não sei se estou sonhando
Isto é coisa que acontece 
Quando a gente está amando

Se um dia eu chorar
Ninguém vai saber por que
É meu modo de amar 
É meu jeito de querer

Ninguém vai fazer juízo 
Nem saber que estou sentindo
Tu verás o meu sorriso 
Entre lágrimas caindo

A Pombinha Branca Voltou
A pombinha branca voltou
Trazendo notícias que me fez chorar de alegria
Uma cartinha encontrei com palavras de carinho
Voltar em teus braços era o que tanto sonhei
Te entregar de corpo e alma é o sonho de minha vida

Eu sofri muito mais sem teu carinho
Sem teu amor também chorei
Quero voltar te pertencer
E nunca mais te deixarei

Quando estivermos juntinho
De joelhos agradeceremos ao Senhor que nos uniu
E seremos felizes na vida em toda nossa existência
E com amor, ternura e carinho 
O nosso destino será um só destino

Eu sofri muito mais sem teu carinho
Sem teu amor também chorei
Quero voltar te pertencer
E nunca mais te deixarei

Esquina Do Adeus
Navegando vida afora pelo mar da esperança
Aprendi desde criança sobre as ondas me manter
Ao raiar da juventude vi passar depressa os anos
Na maré dos desenganos consegui sobreviver

E venci nesta jornada furacões e tempestades
E mentiras e verdades que na vida todos tem
Mas perdi a grande luta para uma dor constante
A saudade alucinante que eu sinto de alguém

Guardião dos navegantes deste mar misteriosos
Que destino caprichoso te pergunto é o meu
Se o passado está morto nos confins da mocidade
Porque vivo de saudade de um amor que já morreu

Olhos tristes sonhadores que me olhavam com ternura
Quando eu era a criatura mais feliz que pode haver
Qual será o felizardos que agora te fascina 
O encanto de menina nunca pude te esquecer

Quantas vezes eu comparo o passado e o presente 
Tu surgistes mansamente enfeitando os dias meus
Fui feliz mas veio o tédio como sempre dominando 
E deixei-te soluçando na esquina do adeus

Tu me amastes na idade da paixão mais comovida, 
Mas saí da sua vida sem notar o que deixei
Já cansado da procura de ilusão e sonhos loucos 
Hoje estou morrendo aos poucos pelo amor que desprezei

Minha Última Canção
Esta será minha última canção
Que fiz com o coração pro meu querido bem
Jamais pensei que eu iria sofrer 
Quando decidi abandonar você
Hoje me perdi nesta solidão

Me perdoe querida por eu agir assim
Se lembrar de mim faça oração
Não sei se estou vivo ou estou morrendo
Pagando o pecado de minha ingratidão

Esta será minha última canção
Que fiz com o coração pro meu querido bem
Jamais pensei que eu iria sofrer 
Quando decidi abandonar você
Hoje me perdi nesta solidão

Que pena querida tudo teve fim
Se lembrar de mim faça a oração
Não sei se estou vivo ou estou morrendo
Pagando o pecado de minha ingratidão

Mais Uma Noite Vou Dormir Sem Meu Bem
Onde andará meu benzinho nesta hora
Por que será que a gente ama tanto alguém
Esta saudade me acompanha noite afora
É madrugada e o meu sono nunca vem

Para aumentar o desespero de quem chora
Os galos cantam nas quebradas muito além
Meu amorzinho não chegou até agora
Mais uma noite vou dormir sem o meu bem

Há tanta gente proclamando que me adora
Mas de que vale dois amores, dez ou cem
Em minha raiva mando todo mundo embora
Não interessa não importa qual ou quem

Só a idéia de ter outra me apavora
Pois outro amor igual aquele aqui não tem
Talvez sonhando com os tempos de outrora
Mais uma noite vou dormir sem o meu bem

A minha mágoa nesta hora não melhora
Nas ruas mortas já não vejo mais ninguém 
Sem entender o motivo da demora
Para o meu quarto solitário vou também
 
Talvez teu anjo chegue ao romper da aurora
E os outros anjos lá no céu digam amém
Na grande fossa de quem ama e te adora
Mais uma noite vou dormir sem o meu bem
 
Há tanta gente proclamando que me adora
Mas de que vale dois amores, dez ou cem
Em minha raiva mando todo mundo embora
Não interessa não importa qual ou quem

Só a idéia de ter outra me apavora
Pois outro amor igual aquele aqui não tem
Talvez sonhando com os tempos de outrora
Mais uma noite vou dormir sem o meu bem

A minha mágoa nesta hora não melhora
Nas ruas mortas já não vejo mais ninguém 
Sem entender o motivo da demora
Para o meu quarto solitário vou também

Talvez meu anjo chegue ao romper da aurora
E os outros anjos lá no céu digam amém
Na grande fossa de quem ama e te adora
Mais uma noite vou dormir sem o meu bem

Vinte Anos
Trago um sentimento triste sentimento
Que fere o meu peito em tão profunda dor
Velhas ilusões que me traz os tempos
De uma história negra de um maldito amor

A mulher que eu quis me deixou por outro
Eu segui seus passos e matei os dois
Eu não fui culpado porque estava louco
Louco de ciúmes, louco de amor

As leis da minha terra ditaram a sentença
Me deram sem clemência vinte anos de prisão
E aqui por entre as grades são longos os dias meus
Vendo o céu azulado onde se encontra Deus

Cabecinha No Ombro
Encosta tua cabecinha no meu ombro e chora
E conta logo tua mágoa toda para mim
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora
Que não vai embora que não vai embora
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora
Que não vai embora porque gosta de mim

Amor, eu quero o teu carinho porque eu vivo tão sozinho
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora
Se ela vai embora se ela vai embora
Se ela vai embora

Orgulhosa E Bonita
Três noites, três dias
Que passo bebendo procuro esquecer te
Eu vivo sofrendo
Chorando e penando penando por ti
Se tornei me um ébrio
É por tua culpa de te amar assim
Tornei me um boêmio
Ao saber que tu não nasceu para mim

Tu orgulhosa e bonita
E eu sou farrapo perdido
Tu a mulher dos meus sonhos
E eu sou por ti esquecido

Quisera que o sono
Da morte viesse levar me daqui
Prefiro outro mundo
Do que viver sempre sofrendo por ti

Desventura
Você não sabe menina, você não pode saber
Com este amor impossível tem me feito padecer 
Eis aqui minha desdita, a minha sorte mesquinha
Não posso ser de você, você não pode ser minha

Há coisas que não entendo e também não adivinho
Por que Deus foi por você bem justo no meu caminho
Por que você me agradou e por que sempre te amei
Eu sei que você não sabe, você sabe que não sei

Você menina bonita prestimosa, santa e pura
É toda minha desdita, é toda minha loucura
Tenho sofrido bastante, mas não mal digo este amor
Sofro até com alegria, pois você é minha dor

Deus tenha pena de mim e me dê força bastante
Para vencer a saudade quando estiver distante
Senhor resolva a minha sorte meu sofrimento é invencível
É tortura é quase morte o meu amor impossível

Flor Da Lama
Venho agora dizer adeus aos meus amigos
Eu já não posso mais viver neste lugar
Por que a mulher que viveu sempre comigo
Manchou meu nome e na lama foi morar

O nosso lar que era um ninho de amor
Hoje é um recanto que só existe a solidão
E na lama nasceu uma nova flor
Para enfrentar aquele ambiente da perdição

E sozinho no silêncio do meu quarto 
Quantas vezes amanheço acordado
Sempre olhando na parede o seu retrato
Relembrando quando estavas ao meu lado

Sinto a mágoa destruir minha existência
Tenho vergonha de saber aonde ela mora
Não podendo suportar a sua ausência
Soluçando de saudade eu vou embora

Tarde da noite quando se apaga a luz da rua
Vem os boêmios, passam em frente a minha janela
Sobre meu leito sozinho escuto uma voz na rua
Que vem passando que vem falando o nome dela

Músicas do álbum Lembrança (Volume 14) (CHANTECLER 171405644) - (1984)

Nome Compositor Ritmo
Duas Camisas Miltinho Rodrigues / Waldemar De Freitas Assunção Rancheira
Lembrança José Fortuna Rasqueado
Entre Lágrimas Miltinho Rodrigues / Bolinha Bolero
A Pombinha Branca Voltou Miltinho Rodrigues Rancheira
Esquina Do Adeus Goiá Polca
Minha Última Canção José Rico Guarânia
Mais Uma Noite Vou Dormir Sem Meu Bem Waldemar De Freitas Assunção / Goiá Balanço
Vinte Anos Graciela Olmos - Versão : Juracy Rago Corrido
Cabecinha No Ombro Paulo Borges Guarânia
Orgulhosa E Bonita Consuelo Velasquez - Versão : Miltinho Rodrigues Rancheira
Desventura Zacarias Mourão / Zé Do Rancho Polca
Flor Da Lama Paiozinho / Benedito Seviero Guarânia
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