Autores Em Dueto (UIARAPURU CBS 350043) - (1979) - Peão Carreiro e Praense
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Filho Da Interrogação
As horas que estamos juntos trocando abraços e beijos
Você diz que seu desejo é ser mãe de um filho meu
Seu pedido me entristece eu recuso friamente
Pra não ver um inocente sofrendo assim como eu
Minha mãe na sua idade por alguém foi iludida
O amor da sua vida também já era casado
E no erro dos meus pais eu herdei a cicatriz
Sou o fruto infeliz desse amor desencontrado
Eu tive uma infância triste sem um verdadeiro lar
Até hoje ao me lembrar sinto que meu pranto cai
Os amiguinhos diziam que não brincavam comigoÂ
Porque não eram amigos de um menino sem pai
Ao mostrar os documentos sinto meu rosto queimarÂ
Pois saber que no lugar que vai a filiação
Só vê o no me da mãe e uma linha vaziaÂ
Alguém colocou no guia só uma interrogação
Deus não me deu a coragem para dizer frente a frente
O que minha alma sente ao ouvir o seu pedido
Mas me deu dom de poeta, divina inspiração
Para através da canção mostrar meu peito ferido
Não devemos por um filho neste trilho tão errado
Porque a mancha do pecado com o mesmo sempre cai
Sofri nas garras do mundo jogado no abandono
Igual cachorro sem dono por covardia dos pais
Perdida No Tempo
Cansado de tanto sofrer saà à procura do meu grande amor
Andei pelo mundo, andei, mas não encontrei minha linda flor
Voltei para o mesmo lugar pra velha casinha sem cor
Aonde a saudade sem fim está sendo pra mim um calvário de dor
O vento que vai e volta levando o recado meu
NotÃcia dela não traz, será que já me esqueceu
Porque se esconde de mim roubando nossos momentos
Da doce felicidade que está perdida no tempo
Parede E Meia
Essa vida meu bem não é vida
Você ama e não é amada
Seu amor passa as noites com outraÂ
E só chega quando é madrugada
Você fica sozinha em seu leito
A chorar esperando o seu bem
Sem saber que no quarto vizinho
Eu padeço por você também
Eu vejo a luz que em seu quarto clareiaÂ
Nós moramos de parede e meia
Sei o quanto que você padece
Sinto o desejo de beijar seu rosto
E abraçar o seu lindo corpo
Que espera por quem não merece
Você chora e fala baixinho
Reclamando o martÃrio absurdo
Sem saber que eu estou acordadoÂ
Em meu quarto escutando tudo
E quando ele bate na portaÂ
Você corre abrir no ensejo
Com carinho e afeto recebeÂ
Quem está enjoado de beijos
Eu vejo a luz que em seu quarto clareiaÂ
Nós moramos de parede e meia
Sei o quanto que você padece
Sinto o desejo de beijar seu rosto
E abraçar o seu lindo corpo
Que espera por quem não merece
Briguenta
Eu sei que você me ama mas tem prazer em me maltratar
Me trata de qualquer jeito mas tem a vida pra adorar
Você é prevalecida por ter certeza do meu amor
Por saber que eu a amo e sem você morrerei de dor
Tem dia que qualquer coisa lhe enche a vida de otimismo
Tem dia que nem meus beijos não dão alÃvio ao seu nervosismo
Você é briguenta e cimenta que não tem jeito
Mas eu tolero os seus defeitos
E de te amar Não vou desistir
Você é nervosa e carinhosa e certas horas
Às vezes me manda embora
Depois implora pra mim não ir
Coração Magoado
O meu pobre coração está magoado
O amor de minha vida foi embora
Deixando a nossa casa tão vazia
Meu Deus o que será de mim agora
Fumando um cigarro atrás do outro
Cai a noite eu amanheço acordado
Olhando na parede o seu retrato
Sentindo a sua falta ao meu lado
Eu não consigo acreditar parece um sonho
Que esse amor foi para mim tão desleal
A minha mágoa é saber que fui vencido
Pelas promessas mentirosas de um rival
Abismo Da Arte
Entrei num bar para tomar uma cerveja
Uma mulher tão mal trajada ali estava
E me pediu que lhe paga-se uma dose
Lhe dei um copo da cerveja que eu tomava
Mandei servir outra bebida pra nós dois
Bebendo juntos começamos conversar
Naquele instante alguém me trouxe um violão
A sua história ela contou-me a cantar
Não me ignore por me ver tão mal vestida
Este é o destino da pessoa que fracassa
Ao recordar que já fui gente, não sou nada
Bebo acalmando a tristeza que me abraça
Já fui artista de renome mundial
Já fui a voz mais preferida do universo
Por circunstâncias que o artista desconhece
Sou um espelho de quem hoje é sucesso
Após ouvir a grande artista fracassada
Analisei a sua vida de outrora
Os seus dizeres para mim foram reais
Pois no palácio do sucesso ninguém mora
Ser um artista é valer o quanto pesa
Não é somente o desejo de cantar
Tem que ser chumbo na balança do mercado
Porque caindo não pé fácil levantar
Tenho Pena De Você
Amigo tenho pena de você
Mas não jogo pra perder, não há outra solução
É por amor que nesta vida a gente faz
Aquilo que satisfaz as ordens do coração
Há muitas coisas que a gente não importa
E às vezes até suporta com a maior dignidade
Mas o problema entre nós é muito sério
Esta casa é meu império não aceito rivalidade
Amigo deixe em paz esta mulher
De você o que ela quer é somente amizade
Se persistir será maior o seu fracasso
Quando vê-la em meus braços na maior felicidade
Serenata
Era m ais de meia noite eu ainda sem dormir
Fazer outra serenata para alguém eu resolvi
Esse alguém que estou dizendo é a mulher que eu amo
O meu amor em segredo que nasceu há mais de um ano
Cantando em serenata eu escondo o meu desgosto
Por saber que quem eu amo dorme nos braços de outro
Através de idioma criado por mim e ela
Eu digo acorda meu bem e vem abrir a janela
Eu gosto profundamente deste amor que já tem dono
E esse amor muitas vezes aja me fez perder o sono
Ela vive em outros braços, mas não tem felicidade
Com o pensamento em mim também chora de saudade
Cantando em serenata eu escondo o meu desgosto
Por saber que quem eu amo dorme nos braços de outro
Através de idioma criado por mim e ela
Eu digo acorda meu bem e vem abrir a janela
Última Visita
Estou aqui, porém não vim lhe implorar
Que você volte e reviver o nosso idÃlio
Eu quero apenas que você vá visitar
Urgentemente uma vez mais o nosso filho
Pois afinal sou eu quem sofro as conseqüências
E me perguntas com respeito a ausência sua
Vá visitá-lo e use um pouco a consciência
Diga pra ele a verdade nua e crua
Confesse a ele que você não presta
Diga onde mora e o que você faz
Faça pra ele esta visita extra
E não precisa voltar nunca mais
Quando fizer o favor que lhe peço
Pode partir pra onde bem quiser
No nosso filho terei mais afeto
Quando souber a mãe que você é
Recusa
Você diz a todo mundo que me ama com loucura
E às vezes até jura que sem eu será seu fim
Outra noite vai passar e você não vai provar que me ama tanto assim
Outra noite apo seu lado o meu sono já perdi
Ansioso pra sentir o calor do seu corpinho
Você faz que está dormindo quem não vê que está fingindoÂ
Recusando o meu carinho
Não, não, não me responda afinal
Pra que cama de casa, pra quem quer dormir sozinho?
Adeus Ingrata
Adeus ingrata soluçando vou embora
Dar carinho à quem não ama é jogar carinho fora
Adeus ingrata soluçando vou embora
Dar carinho à quem não ama é jogar carinho fora
Estou entregando flores pra quem só merece espinho
O melhor jeito que tem é sair o seu caminho
O melhor jeito que tem é sair o seu caminho
Adeus ingrata soluçando vou embora
Dar carinho à quem não ama é jogar carinho fora
Adeus ingrata soluçando vou embora
Dar carinho à quem não ama é jogar carinho fora
Você veio em minha vida destruir a minha paz
Um amor dessa maneira eu não quero nunca mais
Um amor dessa maneira eu não quero nunca mais
Adeus ingrata soluçando vou embora
Dar carinho à quem não ama é jogar carinho fora
Adeus ingrata soluçando vou embora
Dar carinho à quem não ama é jogar carinho fora
Porta Na Cara
Briguei com ela sem haver razão
Arrependido choro por despeito
Minhas coisas ela jogou fora
Me mandou embora sem nenhum direito
Na sua cama já não durmo mais
O meu ciúme já não tem mais fim
Mulher bonita nunca tem fracasso
Sei que em outros braços vai sorrir de mim
Foi por água abaixo minha ilusão
O meu coração de reclamar não para
Ela jurou se eu chegar de volta
Vai bater a porta bem na minha cara
Músicas do álbum Autores Em Dueto (UIARAPURU CBS 350043) - (1979)
| Nome | Compositor | Ritmo |
|---|---|---|
| Filho Da Interrogação | Peão Carreiro / Jesus Belmiro | Rasqueado |
| Perdida No Tempo | Peão Carreiro / Praense | Guarânia |
| Parede E Meia | Peão Carreiro / Praense | Rancheira |
| Briguenta | Praense / Toninho Mazzei | Rasqueado |
| Coração Magoado | Peão Carreiro | Rancheira |
| Abismo Da Arte | Peão Carreiro / Praense | Tango |
| Tenho Pena De Você | Peão Carreiro / Praense | Rasqueado |
| Serenata | Praense / Ado | Rasqueado |
| Última Visita | Peão Carreiro / Praense | Polca |
| Recusa | Peão Carreiro / Praense | Bolero |
| Adeus Ingrata | Peão Carreiro / Praense | Sambinha Sertanejo |
| Porta Na Cara | Peão Carreiro / Praense | Corrido |