A Lua É Testemunha (CARTAZ CLP 5177) - (1970) - Pedro Bento e Zé Da Estrada
Ficar Ou Partir
Só me falta que tu me despreze, só me falta que tu me atraiçoe
Pra arruinar de uma vez minha vida, só me falta que tu me abandones
Meus amigos também me deixaram e o amor que te dou já não ligas
Só me falta que tu me abandones pra arruinar de uma vez minha vida
Já perdi o amor deste mundo, mas não quero continuar sofrendo
A ilusão com quem tanto sonhara já esta pouco a pouco morrendo
Eu não posso obrigar-te a querer-me Sofrerá se por outro me deixas
Eu me vou que tu fiques feliz saberás quanto dói um a queixa
Não se pode enganar o destino quando tudo já se tem perdido
Mas não posso esquecer teus carinhos e a ternura de ti recebido
Pra viver e viver sem amor e melhor de chamar te fingida
Só me falta que tu me abandones pra arruinar de uma vez minha vida
Já perdi o amor deste mundo, mas não quero continuar sofrendo
A ilusão com quem tanto sonhara já esta pouco a pouco morrendo
Eu não posso obrigar-te a querer-me Sofrerá se por outro me deixas
Eu me vou que tu fiques feliz saberás quanto dói um a queixa
Para Que Me Serve Esta Vida
Eu vivo triste na vida perdi a minha querida
Eu já não gosto da vida sem amor eu não sou nada
A vida é como a bebida depois da mesma ingerida
Logo se transforma em nada
Depois que meu bem partiu eu tenho chorando tanto
Eu fui à margem do rio para entregar meus prantos
O rio assim murmurou procure um novo amor
Pra não mais sofrer tanto
Não quero amar mais ninguém eu quero viver sozinho
Não quero que outro alguém venha me fazer carinho
Se ela não mais voltar eu vou aos pés do altar
A minha jurar provar
Não Me Pergunte Nada
Vem meu amor vem aos meus braços me consolar
Esta paixão que vive em meu peito e não quer me deixar
Assim sozinho vivo sofrendo por teu amor
Ai que tristeza ninguém tem pena da minha dor
Hoje eu quero beber
Quero afogar a minha tristeza
Garçom não me pergunte nada
Traga bebida na minha mesa
Eu Tenho Medo De Te Amar
Eu tenho medo de te amar
Eu tenho medo de ti meu bem
Gosto de ti, mas é amizade
Sinto saudade de outro alguém
Não te condeno por que me amas
Embora saiba da sua dor
A mesma dor que sofre por mim
Eu já sofri por outro amor
Já fui feliz, tive um amor
Sempre guardei este segredo
Hoje, porém a ti eu revelo
Penso em te amar, mas tenho medo
Não te condeno por que me amas
Embora saiba da sua dor
A mesma dor que sofre por mim
Eu já sofri por outro amor
A Lua É Testemunha
Numa noite serena e escura
Quando em silêncio juramos amor
Quando em silêncio me deste um abraço
Nos despedimos morrendo de dor
As estrelas o sol e a lua
Testemunham que fui tão fiel
Hoje volto e te encontro casada
Ai que sorte infeliz e cruel
Estou casada seguir-te não posso
Porque assim exige a lei
Quero ser sincera ao meu esposo
Mas em silêncio por ti chorarei
Ao estares nos braços de outro
E o remorso a ti apertar
Peço a Deus que te mate dormindo
Pois não é minha nem de outro será
Flor Da Lama
Venho agora dizer adeus aos meus amigos
Eu já não posso mais viver neste lugar
Porque a mulher que viveu sempre comigo
Manchou meu nome e na lama foi morar
O nosso lar que era um ninho de amor
Hoje é um recanto que só existe a solidão
E na lama nasceu uma nova flor
Para enfeitar o ambiente da perdição
E sozinho no silêncio do meu quarto
Quantas noites amanheço acordado
Sempre olhando na parede o teu retrato
Relembrando quando estava a meu lado
Sinto a mágoa destruir minha existência
Tenho vergonha de saber onde ela mora
Não podendo suportar a sua ausência
Soluçando de saudade eu vou embora
Tarde da noite, quando apaga a luz da lua
E os boêmios, passam em frente a minha janela
Sobre meu leito, sozinho escuto uma voz na rua
Que vem passando e vem falando o nome dela
Não Vá Embora
Fique comigo não vá embora
Não corras tanto que não é hora
Fique em meus braços mais esta noite
Ouça as palavras de quem te adora
Se é verdade que tu me ama
Porque desprezas o meu carinho
Fique comigo não, não vá embora
Porque se for a saudade me devora
A Carta Do Pracinha
Na guerra, naquelas fortes metralhas, na encarniçada batalha muitos homens vão tombando
E é nesta mesma guerra bem longe de sua terra que um pracinha está lutando
E no campo de perigo não temia os inimigos o pracinha ia avançando
Ao passar de uma trincheira uma bala certeira atinge o pobre pracinha
Que caÃdo no capim compreende que é seu fim e lembra de sua mãezinha
Com fervor e muita fé num pedaço de papel foi escrevendo essas linhas
Todas as cartas até agora que eu escrevi pra senhora levou somente alegria
Ao lhe escrever que beleza não pensava que a tristeza lhe magoasse um certo dia
Mas veja só minha sorte eu vim encontrar com a morte não tenho mais serventiaÂ
Se mãezinha estou deitado por uma bala varado eu sei que me vou agora
Mas com meu amor profundo não quero ir pro outro mundo sem despedir da senhora
Vai meu último abraço por causa de um balaço deste mundo eu vou embora
Minha mão está a tremer não posso mais escrever adeus minha mãe querida
Aqui será meu enterro perdoai todos meus erros se eu a magoei na vida
Os meus colegas me chamam minhas lágrimas derramam é a minha despedida
Vejo um caminho estreitinho todo cercado de espinho parece o raiar da aurora
Vejo uma nuvem e um véu se eu chegar até no céu bem lá no reino da glória
Pedirei neste segundo um lugar pras mães do mundo junto com Nossa Senhora
Saudade
Saudade palavra rica que martiriza e fica dentro de um coração
Da felicidade morta que a saudade conforta trazida de uma paixão
Saudade eu tenho de alguém uma saudade que vem de uma distância sem fim
Será que ela também na falta de outro alguém sente saudades de mimÂ
Eu vivo sempre pensando meus olhos vivem chorando não tenho felicidade
Estou morrendo aos poucos o que me deixa mais louco é a maldita saudade
A Fotografia
Eu devolvi naquele dia
A fotografia que você me deu
Por certo então fica esclarecido
Que era fingido os carinhos teus
Pois não era eu, não era eu, não era eu
O dono da fotografia que um certo dia já me pertenceu
Não era eu, não era eu, não era eu
O dono da fotografia que um certo dia já me pertenceu
A fotografia eu devolvi
Por que percebi que era fingimento
Pois um amor igual a você
Não se deve ter nem no pensamento
Pois não era eu, não era eu, não era eu
O dono da fotografia que um certo dia já me pertenceu
Não era eu, não era eu, não era eu
O dono da fotografia que um certo dia já me pertenceu
Não interesso mais no teu amor
Seja como for estou decidido
A minha vida é um paraÃso
E eu não preciso de um amor fingido
Pois não era eu, não era eu, não era eu
O dono da fotografia que um certo dia já me pertenceu
Não era eu, não era eu, não era eu
O dono da fotografia que um certo dia já me pertenceu
Bom Jesus De Pirapora
Mãe nome sagrado que a gente venera e adora
Criatura que mais se ama depois de Nossa Senhora
Vendo minha mãe paralÃtica sem sinal de melhora
Levei ela confiante ao Bom Jesus de Pirapora
Â
Num velho carro de boi saÃmos estrada afora
Passando em toda viagem perigo de hora em hora
Dormindo nos matarel, aonde a pintada mora
Mas quem tem fé neste mundo sofre calado e não chora
Com dez dias de viagem sem a esperança a perder
Do alto do espigão ouvi um sino gemer
A mais linda paisagem que nunca hei de esquecer
A matriz de Pirapora nas margens do rio Tietê
Até a porta da igreja o meu carro nos conduz
Levei minha mãe no colo no altar cheio de luz
Ali mesmo ajoelhei fazendo o sinal da cruz
Beijei a imagem sagrada do abençoado Jesus
E a cura milagrosa deu-se ali naquela hora
Minha mãe saiu andando daquela igreja pra fora
Foi o milagre da fé falo por Nossa Senhora
Bendito seja pra sempre Bom Jesus de Pirapora
Momento Mais Triste Da Vida
Olha bem nos meus olhos querida por que vou te dizer a verdade
É o memento mais triste da vida vou dizer-te com sinceridade
Eu te amo apaixonadamente e jamais deixarei de te amar
Vim dizer-te adeus para sempre porque sou casado e já tenho meu lar
Sabe Deus como irei padecer recordando o amor que perdi
A saudade será tão cruel beijarei minha esposa pensando em ti
Quando o sol despontar no horizonte eu preciso estar bem distante
O perfume das flores das matas me fará recordar teu semblante
Se um dia chorares por mim saibas que eu também chorarei
Eu adoro a minha esposa, mas eternamente a ti amarei
Sabe Deus como irei padecer recordando o amor que perdi
A saudade será tão cruel beijarei minha esposa pensando em ti
Músicas do álbum A Lua É Testemunha (CARTAZ CLP 5177) - (1970)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Ficar Ou Partir | José A. Gimenes - Versão: Ricardo Reis | Rancheira |
Para Que Me Serve Esta Vida | J. Monge - Versão: Miguel Glacial | Rancheira |
Não Me Pergunte Nada | Mario Vieira | Rancheira |
Eu Tenho Medo De Te Amar | Zulico / Dono Da Noite | Rancheira |
A Lua É Testemunha | S. Lozano - Versão: Goiá / Inhama | Rancheira |
Flor Da Lama | Paiozinho / Benedito Seviero | Guarânia |
Não Vá Embora | Ramoncito Gomes | Rumba |
A Carta Do Pracinha | Zé Paioça / Zé Capueira | Toada |
Saudade | Tião Carreiro / Zé Matão | Rancheira |
A Fotografia | Cardozinho / Zé Da Estrada | Guarânia |
Bom Jesus De Pirapora | Serrinha / Ado Benati | Toada |
Momento Mais Triste Da Vida | Léo Canhoto | Rancheira |