Além Fronteira (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9074) - (1969) - Pedro Bento e Zé Da Estrada
Rei Dos Toureiros
Nasceu em São Clemente um touro valente e matador
Seu nome era Gitano Que em toda a Espanha causava pavor
Panchito toureiro afamado foi sorteado pra ser peleador
Gitano naquela arena cinco toureiro matou
Naquela tarde fria o povo se reunia a praça da touro lotou
Panchito rezando e o povo gritando solta o matador
Oh! Virgem de Guadalupe
Olhai este toureiro que a ti pede uma graça
Não deixe que este teu filho
Morras sem teu auxilio tombando, tombando aqui nesta praça.
Ao som de uma trombeta levantou uma nuvem preta, bravo Gitano avançou
Com cinco capeada gravou sua espada, bravo, bravo Gitano tombou
Noite Fria
Oh, noite fria com o assovio dos ventos
E eu neste sofrimento sozinho a esperar
Ela não vem, isso eu bem sei
Por que quem eu amo, não ama ninguém
Ai, ai, ai, ai, ai, lá, lá
Pois quem eu amo não ama ninguém
De madrugada lá bem distante aparece
Ele que sempre esquece de me acariciar
Ao meu encontro a caminhar
Eu fechos os olhos para não chorar
Ai, ai, ai, ai, ai, lá, lá
Eu fechos os olhos para não chorar
Me faz carinho, carinho interesseiro
Seus lábios são traiçoeiros me beije só por beijar
Depois me deixa triste chorando
E saà pela rua sozinho a vagar
Ai, ai, ai, ai, ai, lá, lá
E saà pela rua sozinho a vagar
Caminheiro
De bem de longe venho vindo procurando meu amor
Trago comigo a saudade dos seus beijos o calor
Eu vou seguindo seus passos sem perder a esperança
Encontrar com alguém que vive em minha lembrança
Numa cidade encontrei a mulher que eu procurava
Não sabia que o destino pra sempre nos separava
Confesso muito chorei foi grande a desilusão
Por que vi minha mulher dar a outro seu coração
Por isso eu sou um farrapo que não tenho direção
Eu sou um barco sem rumo sozinho na solidão
Minha cama é na calçada, nasci pra viver ao léu
A noite é a minha coberta é as brancas nuvens do céu
Dois Balanços
Companheirada quero beber ,quero gritar
Hoje é o último dia, colegas de boemia sozinho irão ficar
Breve estarei longe daqui já reservei dois balaços
Diga pra aquela fingida
Que findarei minha vida para não ver em outros braços
Peço que na minha campa
Não tenha ninguém, nem flores plantadas
Que vermes destruam o boêmio
Que vive a esmo no mundo sem nada
Meu Tormento
Quantas vezes encontrei chorando
Em meu lar a mulher que eu amava
Quando entreva sozinho e silencio
Quando da boemia eu voltava
E os dias foram passado
A coitada de tanto chorar
Talvez pra aliviar sua dor
Resolveu me abandonar
Sem destino saiu pelo mundo
Talvez para nunca mais voltar
Hoje eu vivo no mundo jogado
Pagando os pecados é tão grande esta dor
Já não tenho a mulher que um dia
Pela boemia troquei seu amor
Hoje eu sofro grande tormento
Tive um lar que tanto sonhava
Pra seguir os maus companheiros
Minha esposa sozinha deixava
Agora não tenho amigos
Que venha meu pranto acalmar
Solitário eu vivo pagando
Já não posso viver sem chorar
É tão grande o meu sofrimento
O meu fim não demora chegar
Hoje eu vivo no mundo jogado
Pagando os pecados é tão grande esta dor
Já não tenho a mulher que um dia
Pela boemia troquei seu amor
Passei Chorando
A noite passei chorando horas inteiras
Pensando em que tu foste toda a causa da minha dor
Querida porque se alegra, porque me deixa
Se sabe que neste mundo
Sem teus carinhos não sei viver
Ai como sofre meu peito
Por Deus não pé direito que me faça assim
Não, já não posso esperar
Se tu não voltar será o meu fim
A noite passei chorando horas inteiras
Pensando na vida minha um novo dia me surpreendeu
Depois de ter dormido um novo sono
Pensei tê-la em meus braços por um momento aquele amor
Ai como sofre meu peito
Por Deus não pé direito que me faça assim
Não, já não posso esperar
Se tu não voltar será o meu fim
Amigo Telefone
Através do telefone correspondo a minha amada
Me sinto desesperado se a linha está ocupada
Quantas cartas para ela pra Goiânia registrei
Como é triste viver longe desses lábios que beijei
Se o amigo telefone por ventura não der linha
Por favor meu bem escreva para mim uma cartinha
Você é minha esperança desde quando a conheci
Seu olhar meigo e sincero eu jamais me esqueci
Se eu pudesse estar agora onde está meu pensamento
Estaria em seus braços bem feliz nesse momento
E depois de um longo abraço eu me sentiria em paz
Se acaso desse certo eu iria para Goiás
Se o amigo telefone por ventura não der linha
Por favor meu bem escreva para mim uma cartinha
Duas Namoradas
Lá no bairro onde moro tenho duas namoradas
Uma loira, outra é morena por mim são apaixonadas
Eu marco encontro com a loira a moreninha aparece
Ai, sei que as duas não me esquecem
Marco encontro com a morena a loirinha também vem
Eu não fico envergonhado, trato as duas de meu bem
Eu gosto muito das duas, eu não sei o que fazer
Ai, são bonitas de morrer
Estão brigando por mim, tem um ciúme danado
E quando não vejo elas eu passo a noite acordado
A loirinha é tão bonita, a morena é bem faceira
Ai, elas vão morrer solteira
Fosse coisa que eu pudesse com as duas me casar
Eu ia embora distante pra muito longe morar
ConstruÃa um bangalô enfeitado de marfim
Ai, elas vivam par mim
Eu Direi
Se alguém perguntar por ti, eu direi
Eu direi que partiste sozinha
Que a tua espera ficarei
Eu direi que tu amas a mim
E a ti eu sempre amarei
Eu direi, eu direi
Se alguém perguntar por ti, eu direi
Eu direi que teus braços vazios
Sem me abraçar ficarão
Eu direi que teus lábios querida
Outros lábios não beijarão
Eu direi, eu direi
Se alguém perguntar por ti, não direi
Não direi que tu amas a outro
Que desprezo me deste sem dó
Não direi que partiste com ele
Me deixando tão triste, tão só
Não direi, não direi
Eu Tenho Medo De Te AmarÂ
Eu tenho medo de te amar
Eu tenho medo de ti meu bem
Gosto de ti, mas é amizade
Sinto saudade de outro alguém
Não te condeno por que me amas
Embora saiba da sua dor
A mesma dor que sofre por mim
Eu já sofri por outro amor
Já fui feliz, tive um amor
Sempre guardei este segredo
Hoje, porém a ti eu revelo
Penso em te amar, mas tenho medo
Não te condeno por que me amas
Embora saiba da sua dor
A mesma dor que sofre por mim
Eu já sofri por outro amor
Dois Prisioneiros
Te fizeram prisioneiro passarinho
Na gaiola que ninguém queria estar
Nem parece mais aquele que na mata
Em gorjeio em serenata vivia sempre a cantar
Eu também sou prisioneiro, passarinho
Na gaiola de um coração mal feitor
Uma ingrata que aparece todo instante
Com sorriso delirante zombando da minha dor
Mas um dia haverá que esta gaiola
Seu cadeado todo enferrujará
E batendo suas asas fortemente
Com seus filhinhos contente ao teu ninho voltará
Eu também espero que esta dia chegue
Para o orgulho desta ingrata terminar
Moraremos numa casa numa casa campesina
Onde espero na colina ouvir teu lindo cantar
Noite Escura
A noite está tão escura
A lua não apareceu
Estou sofrendo a amargura
Ninguém sofre mais do que eu
Ai, como posso viver cantando
Pois eu vivo no mundo chorando
Ela não quer mais meu amor
Ai, vou seguir o meu triste caminho
Machucado pelos espinhos
Morrerei de tristeza e de dor
Músicas do álbum Além Fronteira (CABOCLO-CONTINENTAL CLP 9074) - (1969)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Rei Dos Toureiros | Pedro Bento / Jovino Leonel | Huapango |
Noite Fria | Passarinho / Celinho | Rancheira |
Caminheiro | João Camargo / Geraldo Rocha | Polca |
Dois Balanços | Pedro Bento | Rancheira |
Meu Tormento | João Camargo / Ramon Perez | Rancheira |
Passei Chorando | Cuco Sanches- Versão: Pedro Bento | Fox |
Amigo Telefone | Salim / Flor Da Serra | Polca |
Duas Namoradas | Pedro Bento / Geraldo Libardi | Carrilhão |
Eu Direi | Mestiça / Zulmara | Carrilhão |
Eu Tenho Medo De Te Amar | Zulico / Dono Da Noite | Rancheira |
Dois Prisioneiros | Edmilson Corrêa / Pedro Bento | Rancheira |
Noite Escura | Canário / Celinho | Rancheira |