Os Amantes Das Rancheiras (1981) (PHONODISC 024405030) - (1981) - Pedro Bento e Zé Da Estrada
Estória Triste
Num ambiente só de jovens muito lindas
Entrei na sala o rádio estava ligado
A emissora transmitia este meu tango
Que há muitos anos por mim fora gravado
Uma mocinha enlaçou-se em meus braços
Me deu um beijo e jogou este recado
Me pague um whisky que direi que fui outrora
E como foi que vim parar neste pecado
E como louca a bebida ela tomou
Naquela mesa sua história me contou
Eu fui honesta e famÃlia muito honrada
Tinha candura e adorava as leis divinas
Fui iludida pelo jovem que eu amava
Me transformei numa mulher ainda menina
Hoje atirada neste lamaçal da vida
Detesto homem quando ele me amofina
Os teus carinhos são falsos meu amigo
Amo a bebida e só o dinheiro me domina
Uma mocinha enlaçou-se em meus braços
Me deu um beijo e jogou este recado
Me pague um whisky que direi que fui outrora
E como foi que vim parar neste pecado
Coração Guerreiro
Os que me conhecem estão percebendoÂ
Que estou triste vivendo muito triste agoraÂ
Já não sou o mesmo de antigamenteÂ
Estou diferente do que fui outrora
Eu não desejo estar desse jeitoÂ
Porem não sou feito de pedra, nem açoÂ
Mas pra todo mal existe a esperançaÂ
No velho ditado tenho confiançaÂ
Vem sempre a bonança depois do mormaçoÂ
A minha tristeza e o meu sofrimentoÂ
São iguais ao vento que vem e que vaiÂ
Desprezo amoroso machuca bastanteÂ
Mais é viajante que chega e que saiÂ
Não me preocupo com os dissaboresÂ
Por causa de amores vulgares enfimÂ
Eu nunca demonstro magoa e desesperoÂ
Pois meu coração é um velho guerreiroÂ
Que perde primeiro, mas vence no fim
Marido Maldoso
Teu marido é muito maldoso, sei que ele te judiaÂ
Você vai saber agora coisas que não sabiaÂ
Se eu fosso rico tirava você da agoniaÂ
Queria ser teu amigo te levar você comigo pra ser minha companhiaÂ
Tua vida já não é vida é um grande pesadeloÂ
Teu rosto é de boneca, teu corpo é de modeloÂ
Ao ver te batendo, chego a arrancar os cabelosÂ
Eu não posso reagir sou obrigado a curtir minha dor de cotoveloÂ
Eu sou mesmo igual ao vento que no mundo vive soltoÂ
Eu sou igual a um navio que não tem nem cais e nem portoÂ
Eu não te levo agora por que não tenho confortoÂ
Você tem aonde morar e eu não tenho um lugar nem se quer pra cair mortoÂ
Se um dia eu ficar rico pra bem longe vou te levarÂ
Vou te dar luxo e riqueza num castelo você vai morarÂ
Vejo ele te batendo chego a perder a falaÂ
Seu marido é um peste o coitado não merece nem o chumbo de uma bala
Humilhação
Agora já é impossÃvel suportar de novo tanta humilhaçãoÂ
Você zombou e sapateou em cima de homem de bom coraçãoÂ
Eu quero que você padeça que você sofra essa mesma dorÂ
Para saber o quanto padece quem recebe um dia desprezo de amorÂ
Sei que muito tempo fui o seu palhaçoÂ
Ver o meu fracasso você sempre quisÂ
Hoje em meu lar tenho quem me abraçaÂ
E nos meus braços vive bem felizÂ
Pois veja que está enganada, porque eu agora deixei de sofrerÂ
Pode voltar desta porta porque não desejo nunca mais te verÂ
Quero que sinta o desprezo, a desesperança e a desilusãoÂ
Para saber o quanto sofri e só recebi sua ingratidão
Sei que muito tempo fui o seu palhaçoÂ
Ver o meu fracasso você sempre quisÂ
Hoje em meu lar tenho quem me abraçaÂ
E nos meus braços vive bem felizÂ
Cama De Casal
Está fazendo quase um ano que meu bemÂ
Abandonou o nosso lar e foi emboraÂ
Eu sua ausência eu não procurei ninguémÂ
Pois esperava sua volta a qualquer hora
Porém agora já estou desiludidoÂ
Por que eu sei que tem um novo amorÂ
Meu coração no abandono está feridoÂ
Só me resta caminhar com minha dorÂ
Estou vendendo minha cama de casalÂ
O guarda-roupa, tudo que tem lá em casaÂ
Por qualquer preço vendo tudo, não faz malÂ
Posso vender até o coração em brasa
Meu Velho Amor
Me disseram que chora querida ao ouvir minha triste cançãoÂ
Relembrando o nosso passado sente triste a cruel solidão
Vive sempre falando o meu nome, sua vida é um martÃrio sem fim
Sei que sente um ardente desejo de provar novamente meus beijos e voltar para junto de mimÂ
Muito tempo nós fomos felizes, longa estrada da vida passamosÂ
Quantas vezes juntinho sorrimos, muitas vezes juntinho choramos
Mas depois resolveste ir embora desprezando o meu puro amorÂ
Como um lixo deixou-me atirado solitário por ti desprezado não foi fácil suportar a dor
Eu não quero que sofres meu bem, não és mais uma comprometidaÂ
Pode agora arrumar outro alguém pra fazer bem feliz sua vidaÂ
Pode dar os teus beijos a outros você mesma foi quem assim quisÂ
Coitadinho do meu velho amor vive agora chorando de dor e eu vivo com outra feliz
Chorei, Chorei
Chorei, chorei, chorei por que ela me deu só desilusãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que alivia o coraçãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que ela me deu só desilusãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que alivia o coraçãoÂ
Um desengano de amor só faz a gente penar
Para resistir a dor à s vezes tem que chorarÂ
A pessoa dos meus sonhos me dá tantos desenganosÂ
E é por isso que eu vivo no mundo sempre chorando
Chorei, chorei, chorei por que ela me deu só desilusãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que alivia o coraçãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que ela me deu só desilusãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que alivia o coraçãoÂ
Ela bem que poderia em seus braços me aceitarÂ
E assim eu não teria mais motivos pra chorarÂ
Mas enquanto a sal falta o meu coração sentirÂ
De janeiro a dezembro o meu pranto vai cair
Chorei, chorei, chorei por que ela me deu só desilusãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que alivia o coraçãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que ela me deu só desilusãoÂ
Chorei, chorei, chorei por que alivia o coraçãoÂ
Minha Serenata
Nesta rua deserta e calma no silêncio da madrugada
Eu canto esta serenata para ti, ó minha amada
Não sei estás dormindo ou se estás acordada
Somente com meu violão ofereço-te essa canção nesta noite enluarada
Você sabe, mulher, você sabe o motivo que vivo cantando
Você sabe, mulher, você sabe por que às vezes canto chorando
Meu bem se estás me ouvindo acenda a luz de fora
Venha me ver na janela abrace, me beije agora
Estrelinha do infinito que brilha ao romper da aurora
A ti darei minha vida e tenho esperança querida que serás minha senhora
Você sabe, mulher, você sabe o motivo que vivo cantando
Você sabe, mulher, você sabe por que às vezes canto chorando
Regresso Do Boêmio
Meu amor eu não quero mais os seus agradosÂ
Venho lhe dar para sempre meu adeusÂ
Não suporto mais a vida a seu ladoÂ
Ser boêmio sempre foi o sonho meu
Eu não posso prosseguir mais nesta vidaÂ
Não suporto o silencio de um larÂ
Um recanto sem violão e sem bebidaÂ
E um inferno que não posso suportarÂ
Vou trocar o seu amor pela orgiaÂ
Meu destino eu não posso transformarÂ
Sou escravo da sublime melodiaÂ
Sou amante das estrelas e do luar
Sempre foi tão carinhosa e sinceraÂ
Mas a boemia me faz lhe esquecerÂ
Eu tenho tantos que estão a minha esperaÂ
Eu não posso viver só para vocêÂ
Em minha ausência a seresta vive tristeÂ
Até a lua me suplica a voltarÂ
Nas madrugadas serenatas não existemÂ
Meus companheiros já não querem mais cantarÂ
Todos querem que eu volte novamenteÂ
Levar de novo a alegria que morreuÂ
Pra dar mais vida a prazer aquela genteÂ
Só mesmo sendo um boêmio como eu
Entre A Cruz E A Espada
Eu sei que ela gosta de mim, mas que vou fazer
Se eu não sinto por ela um pingo de amor
Dizer a verdade à ela é o meu dever
Por isso estou desgostoso,Â
Porque meu coração piedoso não deseja causar-lhe esta dor
Eu nunca tive na vida um caso tão sério
Tem que fingir que adoro a quem eu não quero
Estou entre a cruz e a espada não acho saÃda
Não posso me martirizar também não quero deixarÂ
Quem me ama sofrendo na vida
Eu não quero que ela padeça, não desejo fazê-la chorar
Eu só quero que outro aparece e dê o amor que eu não pude lhe dar
Coração Amargurado
Sofre coração amarguradoÂ
Sofre calado a sorte cruel que a vida lhe deuÂ
O seu destino é viver no mundo sempre abandonadoÂ
Deu tanto amor e ninguém jamais lhe compreendeuÂ
Não, não adianta você reclamarÂ
Por que assim está escrito e assim vai serÂ
É bobagem chamar por socorro, pois será em vão
Você veio ao mundo com essa missãoÂ
De dar sempre amor e não receberÂ
Sofre e chora coração, vencido pela solidãoÂ
Sempre haverá traição, onde você chegarÂ
Pobre coração sofrido não tem amor e nem amigoÂ
O seu destino inimigo sempre vai ganhar
Mulher De Minha Vida
Boa noite mulher de minha vidaÂ
Boa noite mulher dos sonhos meusÂ
Amanhã se deus quiser estou de voltaÂ
Para ficar um pouco mais nos braços teus
Amanhã se deus quiser estou de voltaÂ
Para ficar um pouco mais nos braços teus
Durma tranquila, meu amor é o que desejoÂ
Só mais um beijo vou te dar por despedidaÂ
Não é preciso ficar triste deste jeitoÂ
Por que te adoro ó minha amante querida
Músicas do álbum Os Amantes Das Rancheiras (1981) (PHONODISC 024405030) - (1981)
Nome | Compositor | Ritmo |
---|---|---|
Estória Triste | Torrinha / Pedro Bento | Tango |
Coração Guerreiro | Ronaldo Adriano / Marrequinho | Rasqueado |
Marido Maldoso | Ronaldo Adriano / Marrequinho | Rancheira |
Humilhação | Morandi / Joaquim M. Borges | Guarânia |
Cama De Casal | Morandi / Nelson Gomes | Bolero |
Meu Velho Amor | Idu Itareré / Pedro Bento | Rancheira |
Chorei, Chorei | Vicente Dias / Ronaldo Adriano | Polca |
Minha Serenata | João Do Reino / Sargente Oliveira | Rancheira |
Regresso Do Boêmio | Paiozinho / Benedito Seviero | Tango |
Entre A Cruz E A Espada | Ronaldo Adriano / Tony Damito | Rancheira |
Coração Amargurado | Ronaldo Adriano / Oswaldo Filho | Guarânia |
Mulher De Minha Vida | Roberto Nunes / Tião Do Carro | Corrido |