Pedro Bento E Zé Da Estrada Interpretam 12 Sucessos (INSPIRAÇÃO 1042) - (1970) - Pedro Bento e Zé Da Estrada

Vinte Anos
Trago um sentimento triste sentimento
Que fere o meu peito em tão profunda dor
Velhas ilusões que me traz os tempos
De uma história negra de um maldito amor

A mulher que eu quis me deixou por outro
Eu segui seus passos e matei os dois
Eu não fui culpado porque estava louco
Louco de ciúmes, louco de amor

As leis da minha terra ditaram a sentença
Me deram sem clemência vinte anos de prisão
E aqui por entre as grades são longos os dias meus
Vendo o céu azulado onde se encontra Deus

Sete Léguas
Sete léguas a cavalo todo dia eu percorria
Quando você me queria meu cavalo relinchava
E cantando eu seguia quando você me queria

Na distância do caminho mais o meu amor crescia
E bem depressa eu queria em seus braços me atirar
Para matar a saudade que o meu peito sentia

Hoje você me esqueceu que era puro o meu amor
A traição foi serpente que envenenou nossa vida
Sem lembrar-se querida que era puro o meu amor

Sete léguas a cavalo a chorar vou percorrendo
Lembrando da felicidade que sem você foi morrendo
Sete léguas a cavalo a chorar vou percorrendo

Adeus flores do caminho essa dor meu peito invade
Vou galopando sozinho bem distante da cidade
Vou lembrando seu carinho sete léguas de saudade

A Lua É Testemunha
Numa noite serena e escura
Quando em silêncio juramos amor
Quando em silêncio me deste um abraço
Nos despedimos morrendo de dor

As estrelas o sol e a lua
Testemunham que fui tão fiel
Hoje volto e te encontro casada
Ai que sorte infeliz e cruel

Estou casada seguir-te não posso
Porque assim exige a lei
Quero ser sincera ao meu esposo
Mas em silêncio por ti chorarei

Ao estares nos braços de outro
E o remorso a ti apertar
Peço a Deus que te mate dormindo
Pois não é minha nem de outro será

A Cama De Pedra
De pedra foi minha cama, de pedra o travesseiro
A mulher que eu queria deixou a mim por dinheiro
Ai, ai, coração tão traiçoeiro

Fugiste dos meus carinhos por eu ser um trovador
Mas não pensava que foste me fazer um sofredor
Ai, ai, coração enganador

Consultei meu coração que de amor foi ferido
É triste amar neste mundo e não ser correspondido
Ai, ai, coração ingrato e fingido

No dia em que eu morrer na minha campa estiver
Me traga por despedida essa ingrata mulher
Ai, ai, ai, coração que não me quer

Gritam-me As Pedras Do Campo
Sou como o vento que corre ao redor deste mundo
Eu amei tantas mulheres
Eu amei tantas mulheres, porém só tu não me quer

Sou como um pássaro preso na gaiola do teu coração
Nem se ela é feita de ouro
Nem se ela é feita de ouro não deixa de ser prisão

Falam-me os montes e vales, gritam-me as pedras do campo
Que nunca viram na vida querer como estou querendo
Chorar como estou chorando, morrer como estou morrendo

Às vezes me sinto só do mundo não importa nada
Logo desperto sorrindo
Logo desperto sorrindo sou muito menos que nada

Enfim eu sou neste mundo como uma pena no ar
Sem rumo eu vou pela vida
Sem rumo eu vou pela vida sempre por ti a chorar

Falam-me os montes e vales, gritam-me as pedras do campo
Que nunca viram na vida querer como estou querendo
Chorar como estou chorando, morrer como estou morrendo

Garçom
Garçom, por favor, enche a taça
Não suporto mais sofrer tanto assim
Garçom me traga bebida
Porque minha vida é um tormento sem fim

Esta noite eu quero beber
Pra esquecer quem de mim esqueceu
Quero afogar esta mágoa
De um alguém que há tempo foi meu

Pode falar quem quiser
Que eu sou um fracasso na vida
Se eu bebo não devo à ninguém
Bebendo esqueço daquela fingida

Ai, ai, ai, ai, quero beber
Garçom, por favor, enche a taça
Quero esquecer a desgraça
Que me faz tanto sofrer

Aliança
Quem olhar neste meu rosto
Não percebe o desgosto que me invade o coração
O meu peito foi ferido
O meu lar foi destruído por uma cruel traição

Quem me deu esse castigo
Foi meu perverso amigo e uma ingrata sem moral
E como diz o ditado
Que todo bem praticado sempre é pago pelo mal
Ai, ai, ai, ai, ai, ai, sempre é pago pelo mal

Lhe dei carinho e agrado
Mas num ambiente honrado não pudeste acostumar
Quem tem a alma perdida
Nunca poderá na vida viver dentro de um lar

Pra morrer essa lembrança
Jogue fora essa aliança, que eu errei em te ofertar
Aliança é abençoada
E não deve ser usada por quem nunca soube honrar
Ai, ai, ai, ai, ai,ai, por quem nunca soube honrar

Jamais Terei Ilusão
O relógio da matriz acabou de assinalar
O momento que meu bem vai subir aos pés do altar

O triste solo de um órgão já estou a escutar
Quem eu tanto amei na vida com outro vai se casar

Enquanto ela está contente eu suspiro de ansiedade
Mas mesmo assim eu desejo para ela felicidade

No dia que a encontrei eu chorei de emoção
E hoje choro ao perder para sempre o seu coração

Pela estrada de amargura minha cruz carregarei
Adeus minha esperança, ilusão jamais terei

Casa Vazia
Não vá embora fique aqui comigo
Porque a noite está frio a casa vazia terás um abrigo
Esta noite eu quisera meu desejo matar
Enlaçado em teu braço beijando teus lábios dormir e sonhar

Se eu pudesse se eu tivesse um poder
Eu parava o tempo e não deixava amanhecer
Mataria o desejo que meu coração sente
Estaria contigo eternamente

Belezas Do Araguaia

De Goiânia eu fui saindo numa tarde bem formosa
O estradão está sorrindo porque o céu é cor-de-rosa
Como o barco na distância bóiam nuvens de cambraia
Quero ver amanhã mesmo as belezas do Araguaia

Mata verde iluminada numa noite de verão
O luar pinta de prata os encantos do sertão
Cachoeiras caprichosas lá no alto se desmaia
Não há nada mais bonito que as belezas do Araguaia

Meu amor veio comigo eu não pude vir sozinho
Tudo aqui seria triste se não fosse os teus carinhos
Ao luar das belas noites nós andamos pelas praias
Contemplando embevecidos as belezas do Araguaia

Seresteiro Da Lua
Abre a janela querida
Venha ver o luar cor de prata
Venha ouvir o som deste meu pinho
Na canção de uma serenata

Sei que dorme sonhando com outro
Desprezando quem é teu amor
Que tu amas, de ti nem se lembra
Quem te quer você não dá valor

Só a lua de mim tem piedade
Porque nunca me deixa sozinho
E não sabe fazer falsidade
Ilumina sempre meu caminho

E o sereno nas folhas das matas
Com o sol vai caindo no chão
Vai sumindo como o nosso amor
Foi se embora do teu coração

Como as nuvens que passam depressa
Foi assim que passou nosso amor
Só te peço que nunca te esqueça
Tudo aquilo que você jurou

E quem falta com o juramento
Com o tempo vai se arrepender
Porque o mundo é uma grande escola
Pra ensinar quem não sabe viver

Piracicaba
Uma saudade que punge e mata que sorte ingrata longe daqui
Tem um suspiro triste e sem termo fico no ermo desde que parti
Piracicaba que eu adoro tanto cheia de flores, cheia de encantos
Ninguém compreende a grande dor que sente
Um filho ausente a suspirar por ti

Só vejo estranhos meu berço amado ter a teu lado o que eu perdi
Pouco se importam com os teus encantos que eu amo tanto desde que nasci
Piracicaba que eu adoro tanto cheia de flores, cheia de encantos
Ninguém compreende a grande dor que sente
Um filho ausente a suspirar por ti

Em outras plagas o que vale a sorte prefiro a morte longe daqui
Adoro os prados e os horizontes, a serra, os montes onde nasci
Piracicaba que eu adoro tanto cheia de flores, cheia de encantos
Ninguém compreende a grande dor que sente
Um filho ausente a suspirar por ti

Músicas do álbum Pedro Bento E Zé Da Estrada Interpretam 12 Sucessos (INSPIRAÇÃO 1042) - (1970)

Nome Compositor Ritmo
Vinte Anos F. Valdez Leal - Versão: Juracy Rago Corrido
Sete Léguas Graciela Olmos - Versão: Sulino Rancheira
A Lua É Testemunha S. Louzano - Versão: Inhana / Goiá Rancheira
A Cama De Pedra Cuco Sanches - Versão: Ramon Cariz Rancheira
Gritam-Me As Pedras Do Campo Cuco Sanches - Versão: Carlos Américo Rego Rancheira
Garçom Pedro Bento / Celinho Rancheira
Aliança Benedito Da Silva / Pedro Bento Rancheira
Jamais Terei Ilusão Versão: Luiz De Castro Rancheira
Casa Vazia Luiz De Castro / Pedro Bento Bolero
Belezas Do Araguaia Celinho / Zacarias Mourão Polca
Seresteiro Da Lua Pedro Bento / Zé Da Estrada / José Raia Rancheira
Piracicaba Newton Mello Toada
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