Zé Carreiro E Carreirinho - 78 RPM 1951 (CONTINENTAL 16462) - (1951) - Zé Carreiro e Carreirinho
Sucuri
Me contou um pescador que no rio Itararé
Na barranca desse rio mora uma cobra cruelÂ
Essa cobra quando pia tem que ver como é que é
Deixa o povo do lugar todo de cabelo em pé
Um dia eu fui pescar e levei o Zé Mané
Fomos nesse tal lugar onde o rio não dava pé
E topamos com essa cobra nós fizemos um maranzé
A cobra quando viu nós de brava ficava em pé
Nós subimos o rio acima remando contra a maré
Essa cobra vinha atrás que dava arrepio até
Eu chamei por todo santo por São Bento e São José
E disse pro companheiro vá rezando e tenha fé
Onde o rio fez uma curva eu gritei pro Zé Mané
Abandonamos a canoa e amoitemos num sopé
A cobra passou direto parecia o Lúcifer
Nunca mais nós dois voltamos pra pescar no Itararé
Bombardeio
Ai, do jeito que me contaram o negócio pra mim tá feio
Já fizeram uma reunião ai, já formaram este torneio
Ai, a respeito a cantoria querem-me tirar o galeio
Pra rebaixar o meu nome já aplicaram todos meios
Ai, já mandaram fazer moda e diz que estas modas já veio
Estas modas vem de longe enviada pelo correio
Ai, moda só de me abater ai, diz que tem caderno cheio
Pro dia do nosso encontro me fazer um bombardeio
Ai, sendo que eu não mereço de cair nestes enleios
Quando eu chego nos fandangos meus colegas eu não odeio
Ai, todas modas que eles cantam dou valor e apreceio
Conforme repica a viola eu bato palma e sapateio
Ai, eu não sou mesmo instruÃdo ai
Eu pouco escrevo e pouco leio ai
Ai, eu não sou mesmo instruÃdo eu pouco escrevo e pouco leio
Mas minha sabedoria serve só pro meu custeio
Ai, quando passo a mão no pinho canto sem ter arreceio
Porque eu faço a cortesia sem pegar chapéu alheio
Músicas do álbum Zé Carreiro E Carreirinho - 78 RPM 1951 (CONTINENTAL 16462) - (1951)
Nome | Compositor | Ritmo |
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Sucuri | Zé Carreiro / Ado Benatti | Cururu |
Bombardeio | Geraldo Costa / Zé Carreiro | Moda De Viola |